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“Para quem quer fazer exercícios de reflexão.”

Olá crianças!

Não vou estar fugindo do tema desta coluna ao aproveitar para contar e convidar a todos sobre a defesa da minha dissertação de mestrado. Os dados estão especificados aqui, mas vou repetir aqui para que não tenham que ir à outra página só para isso.

O título completo do trabalho (e que trabalho! hehe) é: “Jogando Phantasy Star: trajetória compreensiva ao sentido de jogar videogame.” O resumo (em “academiquês”):

“Esta pesquisa parte do problema acerca do sentido de jogar videogame. Estudos sobre videogame nunca foram muitos na área acadêmica, todavia vemos um crescimento na preocupação séria com o tema nos últimos anos com os game studies que englobam estudos interdisciplinares vários. O objetivo deste trabalho é compreender como é jogar videogame com base em um relato referente à experiência em Phantasy Star . Propõe-se a utilização do método fenomenológico como forma de análise dos dados e um diálogo com autores que corroboram com esta perspectiva de pesquisa e autores da área dos videogames. Com esta pesquisa, busca-se contribuir com a psicologia do Brasil além dos game studies de modo geral. E, não obstante, ser uma fonte para a reflexão acerca de estereótipos promovidos pela mídia e muitas vezes corroborados por cientistas sobre jogadores de videogame.”

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À esquerda, tela-título de Phantasy Star. À direita, uma das imagens da introdução do jogo.

Explicando: usando um tipo de “diário” de uma jogatina completa de Phantasy Star de Master System, tentei compreender como é jogar videogame. Ou seja, como é a experiência de jogar algum game. Isso significa que não é uma análise do “jogo” Phantasy Star; é uma análise do “jogar” Phantasy Star. O que me interessa muito é o jogador divertindo-se com seu jogo já que este não tem sentido algum isolado e desconectado de alguém que usufrui dele.

Tenho planos de, no decorrer dos posts aqui nesta coluna, expôr um pouco mais detalhadamente a pesquisa. Acho que a comunidade de fãs de jogos de verdade pode se interessar por isso.

A defesa será no dia 17/09/2010, às 14:00, no bloco G, sala 12 no Instituto de Psicologia da USP (São Paulo-SP). Quem quiser comparecer, sinta-se à vontade! Sei que o horário não ajuda muito, mas foi o que consegui combinar com os professores da banca. A sala que arrumei é meio pequena também (cabe, estourando, quinze pessoas), mas seria um prazer encontrar alguns de vocês, visitantes frequentes do asilo, pessoalmente. Como incentivo, existem planos de irmos a um Outback à noite “comermorar”. Então, se o horário for ruim e quiserem aparecer neste restaurante do Shopping Bourbon Pompéia, serão muito bem-vindos! Embora avise desde já que minha aposentadoria não me permite pagar para todo mundo. 😛 Mas se pudesse, eu pagava.

Enfim, se alguém tiver interesse de ir ao Outback somente, poste um comentário aí avisando que eu mando um e-mail porque ainda preciso ver direito um horário, um ponto de encontro e também saber quantas pessoas irão para saber quantos lugares peço para reservar. E precisarão saber quem sou eu, certo? Na defesa, vão me reconhecer sem dúvida, mas num Shopping eu duvido um pouco (embora eu provavelmente esteja olhando coisas de videogame ou livros, o que muita gente faz; ou só eu? :-P).

Ah, levem câmeras se forem porque daí tiramos umas fotos e posto por aqui depois. Não é um aniversário, mas acho que serve para conversarmos, rirmos e nos conhecermos. E também para não pensarem que a filial paulistana do asilo não liga de promover encontros entre si, he he!

Até a próxima!

Academia Gamer: Mestrado
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24 ideias sobre “Academia Gamer: Mestrado

  • 07/09/2010 em 10:08 am
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    Pelo amor de Deus, assim que defender a dissertação, disponibilize um pdf do trabalho (ou, se já tiver uma publicação no prelo também). Apesar de não ter nada a ver com a minha área, eu caço trabalhos sobre a influência dos games nas pessoas, e pô, Phantasy Star! E dia 17, talvez eu esteja em SP, se estiver eu vou assistir. Proteja-o, Nero.

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  • Pingback:Blog de Algol » Defesa de tese de mestrado… com Phantasy Star!

  • 07/09/2010 em 8:15 pm
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    Que maneiro, cara…

    Sei como é essa tensão/pressão pré dissertação/tese (e vou passar por isso de novo ano que vem, na minha tese de doutorado), mas é um grande alívio e um peso nas costas quando termina.

    Mandarei energias positivas daqui do Rio (e acredito que todos nós do asilo faremos o mesmo), e comemore mesmo depois.

    Agora uma curiosidade: vai seguir na pós fazendo doutorado, ou isso é loucura demais para uma pessoa?? =D

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  • 07/09/2010 em 11:31 pm
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    Parabéns pelo esforço em montar uma dissertação sobre o tema. Estudo Psicologia e sei como é difícil falar no meio sobre temas tão pouco “sérios”. Estou muito curioso pelo trabalho, também gosto bastante da abordagem fenomenológica. Boa sorte na defesa!

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  • 08/09/2010 em 12:35 am
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    Estranhamente, meu comentário sobre os comentários de vocês não apareceu aqui… Estranho… Bom, de qualquer modo, vou responder tudo de novo. hehe

    @Monocromatico
    Pode deixar! A própria USP disponibiliza um pdf lá na biblioteca digital deles. Assim que publicarem, eu dispnibilizo em todo canto (pedindo até ajuda de vocês todos para divulgação hehe). Só não sei quanto tempo eles demoram para fazer isso. Se puder aparecer, será legal finalmente conhecê-lo. hehehe

    @yuri_x
    A idéia é publicar artigos e apresentar em congressos. Não descarto a possibilidade de um livro, mas depende mais das editoras do que de mim. O mercado editorial é meio complciado; mas quem sabe alguma editora que já publica coisas de games (revistas ou livros mesmo)? É uma chance, não é? Vamos ver como caminham as coisas. Mas pretendo falar da pesquisa aqui nesta minha coluna, aos poucos e com calma; serve para divulgar o trabalho também e longe do jargão acadêmico.

    @Marcio
    Tenta sim! hehehe Vai ser bom bater papo com vocês depois que isso tudo acabar.

    @Sabat
    Pode deixar Sabat! Eu explico direitinho. hehe No final de semana estou mais tranqüilo, daí nos falamos melhor.

    @Leandro Moraes
    @Doidao66
    @64gamers
    Valeu pela força! Depois eu conto por aqui como é que foi e, como prometi, assim que a USP liberar um pdf eu aviso.

    @Adney Luis
    Com certeza será um alívio! huahuahauhua Quanto ao doutorado, a minha área é acadêmica mesmo… Então, vou ter que fazer uma hora ou outra; só que vai depender da defesa se já vou engatar para o ano que vem ou mais tarde. Mas de qualquer modo vou ter que fazer. hehehe

    @Gorin
    Sério cara? Que legal! Eu estudo fenomenologia desde o primeiro ano da faculdade quando tive que fazer uma pesquisa sobre o existencialismo. Psicanálise e behaviorismo nuna me interesaram muito… Valeu pela força também! Minha orientadora foi muito gentil em permitir que eu adotasse esse tema de pesquisa, tão controverso nas ciências humanas… Jogo em geral já é levado pouco a sério na Academia; que dirá videogame. hehe

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  • 08/09/2010 em 6:43 am
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    Eu também sou psicólogo e fiz mestrado recentemente (porém na área de administração). Tente emendar o doutorado, pois depois de um tempo fica mais difícil.

    Se prepare que a banca vai criticar o campo, então enriqueça bastante sua justificativa prática e teórica, não necessariamente no trabalho escrito, mas na defesa. Dá para falar que estudos futuros podem estabelecer métodos para que o videogame possa ser usado em diagnósticos e terapias, diga que conhecimento tecnológico faz parte do desenvolvimento humano, sei lá.

    Quanto ao jogo, eu nunca tive Master, só Nintendo. Sempre quis jogar esse jogo pelo fato de ser traduzido pela Tec Toy. Fui descobrir os RPGs só depois dos anos 2000, pois foi quando aprendi bem inglês. Estou jogando Dragon Quest 9 para o DS, acho que é uma experiência em partes semelhante a que a sua.

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  • 08/09/2010 em 10:49 am
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    Uma pena morar em Salvador, nessas horas. Gostaria muito de comparecer à sua defesa só para olhar os olhares de estranhamento da banca.

    Você está fazendo algo épico duas vezes: jogando Phantasy Star inteiro e colocando esse assunto na academia. Dá pra ter uma twitcam da apresentação? 😀

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  • 08/09/2010 em 1:17 pm
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    @Luis
    Que legal! Vou levar seus conselho em consideração sim! Eu sei por outras pessoas também que é difícil. O problema é que a defesa é duas semanas antes do prazo de inscrição em algumas universidades inetressantes (a própria USP em que estou); vou tentar correr com um projeto dependendo do encaminhamento da banca. A tradução deste Phantasy Star pela TecToy é muito boa; só passe longe da versão de Phanatsy Star III que tem erros horríveis de tradução. hehehe Jogue em inglês mesmo que é melhor.

    @Eric Fraga
    huahuahuahua Seria divertido sim. Daí a gente ia tocar um pouco em algum estúdio! hehehe

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  • 08/09/2010 em 5:52 pm
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    Cara que coincidência!
    Sou graduando em Letras e minha monografia, entre outras coisas, expõe práticas de aquisição da Língua Inglesa através de jogos de Video game, hehe!
    Eu gostaria muito de ver sua defesa, pena que sexta-feira é complicado.No mais, boa sorte e aguardo o PDF ^_^

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  • 08/09/2010 em 7:14 pm
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    @Aglio
    Que barato! hehehe Isso é algo extremamente comum entre gamers. Até porque o inglês que aprendemos no colégio é bem ruinzinho. Daí, entre o povo que joga videogame, é muito comum o autodidatismo. Entre os quais eu mesmo me incluo (e boa parte de meus amigos). E valeu pela força também!

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  • 04/10/2010 em 10:08 pm
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    Meeeeuuuu Deeeeeuuusss!!! Eu também quero uma cópia desse trabalho pra mim!! Gostaria de saber mais detalhes sobre esse trabalho!! Isso com certeza vai fazer com que o pessoal que torce o nariz dizendo que “videogame não presta, videogame faz mal” e essas outras coisas que estamos costumados a ouvir deles olhem os jogos com um outro olhar!! E que pesquisadores como você façam mais trabalhos como esse, colaborando assim com o ensino e a educação no nosso país!!

    Meus Parabéns!!

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