Para relaxar (ou não): Divine Sealing (Mega Drive)

Como dito em meu último post, vou dar uma folga curta nos meus posts sobre jogos desenvolvidos pela Sega para o Sega/Mega CD. A razão disso é simples e é explicada em duas partes. Certa tarde abafada, nós, os idosos daqui, discutíamos na praça jogando Columns no Game Gear simultâneamente. E percebemos que poderíamos falar alguma coisa dos populares “jogos de navinha”. Em uma conversa anterior, descobrimos que alguns indivíduos na puberdade (talvez com algum fetiche) encontravam este asilo buscando algo como “mulher pelada mega drive”. Para que a viagem não fosse de toda perdida, resolvi ajudar (ou não) estes incautos navegadores.

Bom, como podem ver o jogo é Divine Sealing. Infelizmente não posso dizer muita da história dele sem apelar para a crueza e simplicidade digna de filmes da Emanuelle. Até porque, não sei nada de japonês… Então tudo aqui fica no plano do “suposto”. Mas sinceramente, não acho que seja algo muito destoante não. Aliás, nem preciso dizer que esse jogo é piratão, né? Isso, na época em que foi lançado significava que era um cartucho não-oficial (isto é, não autorizado pela Sega) geralmente feito por crianças escravas da China no tempo livre que tinham depois de vinte e três horas seguidas, por dia, de manufaturação de tênis da Nike.

Bem, basicamente, você é um piloto de uma navinha azul estranha (provavelmente um mercenário) que é contratado por uma série de planetas para livrá-los de alguma ameaça alienígena. Sei que é um pedido de ajuda e sei que são alienígenas porque os inimigos são mais estranhos que as comidas de Cloud Master, como podem ver nas imagens abaixo.

Agora que se recuperaram do deslumbramento ao fitarem estes gráficos, podem continuar lendo.

Surpreendentemente, esses planetas devem ficar a anos-luz da Terra já que lá são as mulheres que mandam em tudo (e não só em casa e nos maridos). As regentes de cada planeta podem ser lutadoras ou não, mas sempre mulheres. Presumo que fique em algum lugar próximo de Algol, Sistema Solar da Rainha Alis. Ou não, já que Alis é moralmente diferente das que aparecem neste jogo. Outra característica é que todas elas são pobres.

Então, elas simplesmente tiram a roupa enquanto falam coisas incompreensíveis. Não, não são gemidos. É que falam em japonês.

O jogo em si é muito, mas muito, mas MUITO decepcionante. E não me refiro às mulheres. O problema é que é um jogo feito para vender somente por conta de um hentai fajuto. Existem jogos hentai que são divertidos pela sua dinâmica, dificuldade ou comédia e não um mero slideshow. O que não é o caso desse. Decerto que as fases são dificílimas, mas essa dificuldade se dá mais pela programação simplista do que pelo jogo em si. Outro aspecto importante a notar é a trilha sonora. São somente poucas (três ou quatro) músicas que se repetem constantemente. E são ruins, muito ruins. É digno de nota porém que o design das mulheres, ainda de roupa, é até que bem feito. Como, por exemplo, aquela imagem que está mais acima e esta logo abaixo.

Enfim, garotos na puberdade, se acham que vale a pena jogar algo horrível, monótono, repetitivo e difícil para ver umas três ou quatro poses de mulheres em estilo hentai com pixels por fase, esse jogo é para vocês. Eu recomendo que passem longe. Sinceramente. Jogá-lo não vai relaxá-lo, vai deixá-lo com raiva de ter desperdiçado tempo e de saber que detonou todas as suas vidas na primeira fase. Mas, se quiserem mesmo ver mulheres peladas no Mega Drive é isto, ou um slideshow ou Mahjong (se tiverem paciência de aprender a jogar).

Mas, como o Senil aqui é gente boa, vai dar uma colher de chá para vocês. Aparentemente os programadores sabiam que o jogo era medícocre, então criaram esse código para facilitar sua vida. Assim que começar a fase aperte Start+A+B+C ao mesmo tempo. Assim, você pode ignorar todos os cenários lamentáveis e que só trocam a paleta de cores e tiles.

Ah, e avisando: as imagens pequenas foram de propósito caso estejam se perguntando. hehe