Olá retroaventureiros, retroamigos, retroleitores do Gagá Games. Eu, o Piga espero que vocês tenham conseguido digerir os dois primeiros posts dessa série, pois rapadura é doce, mas não é mole não!

Seguindo a nossa lista, vamos continuar pelo mundo assombroso, digo, maravilhoso, do Atari Jaguar…

Cannon Fodder

Aqui está um jogo que vale a pena para esse sistema. Em Cannon Fodder, você controla um batalhão de quatro soldados e terá que cumprir diversas missões como destruir estruturas e matar inimigos em cenários como florestas, geleiras, desertos e bases militares. O gameplay se baseia em jogos como Warcraft, porém com um toque de Mercs, já que é possível mirar e atirar enquanto você ordena o caminho a seguir de seus boinas-verdes.

As animações estão muito boas, com direito a sangue jorrando. Os efeitos sonoros também são legais, destacando-se o grito de pavor quando um inimigo é abatido. O controle funciona bem, só a parte dos menus de suprimento e armas que está confuso, além dos tutoriais inuteis. A música apesar de boa, é muito “zen” para esse tipo de jogo. 

Chekered Flag

Horrível. Medonho. Injogável. Lixo. Podre. Não há adjetivo que defina a mediocridade deste game.

À primeira vista lembra Virtua Racing de Mega Drive, mas a qualidade vai ladeira abaixo. Seu carro é pesado e lento, e os dez circuitos são mal desenhados, parecem cópia um do outro.  O framerate do jogo é terrível. O som parece aqueles de tecladinhos de R$ 5,00 do camelô. Este jogo é um exemplo típico da falta de capricho da Rebellion e da falta de um critério mínimo de qualidade por parte da Atari.

Club Drive

Club Drive bebe do mesmo esgoto, digo, fonte, do Checkered Flag.

A decepção começa já na tela de apresentação, onde você vê que vai pilotar uma caixa de sapato. Mas quando o jogo começa, aí que a coisa fica feia de verdade, como se fosse possível ficar pior. Apesar da droga “crack” estar bem popular agora, em 1995 já devia estar difundida entre os programadores da Atari, pois só na cabeça deles o asfalto é roxo! Não acredita? Veja a foto acima. Fora que tudo aqui é quadrado, mal desenhado e a paleta de cores é psicodélica. Os cenários são uma tristeza só. Até a ponte de São Francisco eles conseguiram estragar.

Já estamos no fundo do poço, mas vamos pegar uma pá e cavar ainda mais! No modo Racing, que é o principal do jogo, ao contrário que o nome possa sugerir, não há adversários. Você passeia sozinho à la “Eu sou a lenda”. O som é algo assim além do péssimo. Pra quem gosta de tortura, este é o jogo!

Crescent Galaxy

Este game é um shump que poderia ser bem melhor. A primeira coisa que choca o jogador já na apresentação são os militares: humanos com cabeça de gato! Passada essa bizarrice nota-se que  Crescent Galaxy é um projeto inacabado.

Apesar dos gráficos serem aceitaveis, parece que as coisas estão fora do lugar, ou seja, parece uma prévia do que era pra ser. Ao escolher um planeta para começar, antes de mais nada você deve passar por uma área de espaço aberto, longa e tediosa, atirando ou desviando de asteroides que parecem batatas e outras coisas que eu não identifiquei o que eram. As armas são conhecidas de outros jogos do gênero, como o canhão principal, mísseis e raios. Porém há uma arma magnética que suga os inimigos ao redor dela, como se fosse um buraco negro.

Os controles são “lag-ados” mas dá pra suportar. A dificuldade é insana, os chefes de fases levam horas para serem derrotados. Não há músicas e os efeitos sonoros são desastrosos. Enfim, um jogo de nível mediano-ruim, porém jogável se você não tiver nada melhor pra fazer.

Cybermorph

Diz a lenda que Cybermorph era uma demo “in house” que foi usada para demonstrar o poder (ou a falta de poder…) do Jaguar. O jogo que vinha “grátis” com o console é desanimador.

Os gráficos poligonais 3D são péssimos, totalmente quadrados. Você pilota sua nave praticamente em um cenário plano. Uma vez na vida e outra na morte é que aparece um morrinho. Os inimigos são várias estruturas quadradas emendadas uma nas outras. O que você deve fazer não está claro e a marciana careca só fala meia dúzia de frases que de nada adiantam.

Como é padrão no Jaguar, o jogo não tem música e a única coisa que você escuta são o zunido do avião e o tiro da aeronave que eu posso jurar que foram retirados do River Raid do Atari 2600. Os controles estão totalmente descalibrados, basta um leve toque no direcional para o avião bater nas bordas da tela. O curioso é o nome da produtora: Attention to Detail, “Atenção aos Detalhes” traduzindo. Parece piada mas não é, pois eu não rí.

Bom caros companheiros de aventuras, até a próxima!

Cruzada Jaguar: De asfalto roxo a marciana careca
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