“Para quem quer fazer exercícios de reflexão”

 

Olá crianças!

Hoje quero que pensem um pouco a respeito dos “jogos mais vendidos” e se isso realmente importa com relação a uma boa experiência de jogo.

Geralmente, quando falamos desse tipo de coisa, o argumento seria algo como “a quantidade não importa, mas sim a qualidade”. É um tipo de defesa comum tanto de jogos mais obscuros como daqueles que realmente mal foram jogados, mas não é por aí que quero ir.

Um dos jogos mais vendidos do Mega Drive.

O que torna um jogo realmente bom é, em certo sentido, a quantidade. Não a quantidade de cópias vendidas, mas o fato dele ter sido re-jogado por nós. Não é a quantidade de pessoas que jogaram esse jogo, mas a quantidade de vezes que nós jogamos esse mesmo game. 

A repetição é imprescindível em qualquer jogo que possamos chamar de bom. Um filme que não queremos assistir de novo, não é bom. Um livro que não tencionamos ler novamente também não é. Um game que compramos, demoramos meses para “debulhá-lo” (lembram-se desta expressão?) e ao término desse intenso envolvimento e dedicação o guardamos em nosso armário para nunca mais vê-lo não é um bom jogo.

O grande (ou, às vezes, o pequeno) número de cópias vendidas de um mesmo game pode servir para nos seduzir e nos atrair à sua esfera. Mas o que realmente conta é se, ao final, queremos jogá-lo de novo. Se queremos passar por tudo aquilo novamente. Não é “buscar uma nova aventura” em um novo game, mas “buscar uma nova aventura” no mesmo game. Um desafio semelhante ao dos amantes fiéis, se quiserem uma comparação com algo fora do âmbito dos games.

Um dos jogos mais mal-sucedidos em vendagens (daí sua raridade hoje em dia).

Para nós, fãs de jogos antigos, é fácil imaginar e estereotipar uma nova geração de gamers que se dedicam a comprar todas as novidades que saem, seduzidos por propagandas, gráficos e qualquer outra coisa que possamos imaginar. Mas este mesmo espírito que abomina o jogo genuíno paira sobre nós também. Afinal, terminar de jogar Final Fantasy VI pensando em jogar depois Secret of Mana e, em seguida, Phantasy Star IV sendo que não tem planos de repetir nenhum deles é a mesma coisa que, sei lá, jogar Dragon Age II, depois Deus Ex e depois Xenoblade sem querer jogá-los novamente.

Não é a vendagem que importa. Seja grande ou pequena. Afinal, muita gente acaba se sentindo atraído por games que venderam pouco e têm certo ranço e preconceito com aqueles mais populares (no sentido de terem sido mais bem sucedidos comercialmente). O que realmente é relevante é se, naquela melancólica despedida daquele mundo no qual nos entretemos por algum tempo, desejamos: “mal posso esperar para voltar aqui de novo e fazer tudo outra vez”.

Tela-título de Xenoblade (estática, infelizmente).

Não repetir a mesma coisa, porque isso é impossível. Aquele que busca repetir uma experiência nos mínimos detalhes falha miseravelmente em seu intento. Mas aquele que quer voltar e sabe que “repetição” nada mais significa do que uma “re-apropriação”, aproveita ainda mais esse segundo envolvimento que só bons jogos podem nos dar.

É isso que queria compartilhar com vocês esta semana. até o próximo post!

Academia Gamer: Mais vendido
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57 ideias sobre “Academia Gamer: Mais vendido

  • 13/10/2011 em 7:48 pm
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    @Late Mr.Douglas
    hehehehe Eu vou entrar nessas de casamento a partir do começo do ano que vem. Aí vou muito provavelmente ter provas empíricas para concordar com você!

    @Orakio Rob, “O Gagá”
    E pior que é mesmo. Eu também fujo de sidequests; faço uma ou outra e olhe lá…

    huahuahauhauha Momento de revelações aqui. hehehe Mas não deixa de ser improtate tirar um tempinho para descansar.

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  • 13/10/2011 em 8:46 pm
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    “Claro, sou freelancer e perdi dinheiro nessa brincadeira, mas who cares? ^_^”

    essa foi boa.

    Eu também não curto muito sidequests dependendo do jogo, Final Fantasy 7 mesmo eu terminei sem o último summon e faltava muitos limits, morri na primeira tentativa contra o Sephiroth e consegui acabar na segunda, isso que ele é fácil, mas meus personagens estavam fracos e mal equipados, tentei acabar o jogo o mais rápido possível.
    Em compensação nos Golden Sun eu fiz questão de conseguir tudo que era possível no jogo.

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  • 13/10/2011 em 8:55 pm
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    @Juliano
    Eu terminei Final Fantasy VII desse jeitão também. “Faltava” um monte de coisa (summons, limits etc.).

    Golden Sun eu só peguei todos os bichos lá. O jogo vale a pena até porque nem é cansativo fazer isso e as batalhas nem são entediantes. Aliás, preciso jogar de novo. Faz tempo que não jogo Golden Sun.

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  • 13/10/2011 em 9:02 pm
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    @O Senil
    Golden Sun fica ali numa listinha dos rpgs que realmente valem a pena serem jogados de tempos em tempos porque o que nuns jogos me irrita muito, que é a falta de ação no início do jogo, no Golden Sun não me irrita nada, na primeira não irritou, e agora sabendo que vem uma grande história pela frente, eu jogo ele saboreando cada momento, ás vezes até imaginando o que poderia ser mudado na história, que não primeira vez que joguei senti os momentos de tensão imaginando o que aconteceria a cada momento.

    Realmente um rpg que pra mim inovou demais com a sacada de dividir ele em duas partes. Já o do DS eu estava jogando feliz, até acontecer uns contra-tempos e eu deixar ele lá de lado, mas ainda volto, depois que o trauma de perder o save passar. Hehehe

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  • 13/10/2011 em 9:34 pm
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    @Juliano
    Com certeza. E isso passa por aquela questão da repetição (e muitsas outras) que temos tratado por aqui de vez em quando.

    Essa divisão do Golden Sun é muito legal porque não parece aquele tipo de sequência “dê-nos mais dinheiro” (como fazer dois filmes finais em harry Potter, Crepúsculo e o Hobbit): faz muito sentido pela mudança mesma de perspectiva de cada um. Tanto é que nem é possível dizer qual seria o melhor: o primeiro ou o segundo.

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  • 13/10/2011 em 11:58 pm
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    @O Senil
    Nem o primeiro nem o segundo, considero os dois como um só, até porque se você terminar o primeiro, vai ficar na expectativa pra jogar o segundo e ver o final da história. Pra mim o que ficou muito bom foi a mudança do grupo principal, o que uns tentavam fazer os outros tentavam impedir, isso deu um clima muito bom pro jogo.

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  • 17/10/2011 em 12:47 am
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    @Juliano
    É justamente essa unidade entre eles que tanto me agrada. A sequência faz todo o sentido e permite que entendamos melhor o que “Golden Sun” significa e não somente a luta do primeiro grupo de personagens que controlamos.

    Vixe… Já estou ficando com vontade de jogar de novo! hehehehehe

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