Olá leitores do Gagá Games! Aqui é o André Breder trazendo para vocês mais uma edição do Recordar é envelhecer! Desta feita a bola da vez é o game Streets of Rage 2 do Mega Drive… simplesmente o meu “Beat-’Em-Up” preferido dentre todos os que eu já joguei até hoje! Bem, espero que gostem da análise… tenham todos uma boa leitura e até a próxima!

Uma briga das boas: Streets of Rage Versus Final Fight!

Do início até mais da metada de década de 90, os gamemaníacos do mundo todo presenciaram a “guerra” entre os consoles de 16 Bits da SEGA e da Nintendo. No ano de 1991 a SEGA tinha criado um concorrente a altura de Mario, no caso o ouriço Sonic, e na questão de jogos no estilo “Beat-’Em-Up” a empresa trouxe ao mundo o jogo Streets of Rage, lançado para o Mega Drive, que foi o mais forte concorrente para o jogo Final Fight, produzido pela Capcom, e que era exclusividade da Nintendo. O jogo da SEGA, pelo menos na minha opinião e de muitos outros jogadores, conseguiu ser mais bem acabado do que a versão de Final Fight do Super Nintendo, que estava longe da versão perfeita que o jogo teve nos fliperamas. Só pra destacar a principal falha, basta dizer que na versão de Final Fight do Super Nintendo, não é possível jogar com dois jogadores de forma simultânea na tela! Em Streets of Rage isso só não é possível, como ele possui ainda uma jogabilidade mais dinâmica, onde golpes aplicados em conjunto pelos personagens podem ser feitos!

Antes mesmo que a concorrência pudesse fazer uma sequência para o jogo Final Fight no Super Nintendo (Final Fight 2 só sairia no ano de 1993), a SEGA lançou em 1992 a continuação de seu mais bem sucedido “Beat-’Em-Up”: Streets of Rage 2 conseguiu ser tão bom quanto o jogo anterior, e de quebra trazia uma jogabilidade ainda melhor, além de gráficos e sons surpreendentes para um jogo do estilo!

História

Um ano após a derrota do sindicato do crime comandado pelo maléfico “Mr. X”, a cidade dos heróis Axel Stone, Blaze Fielding e Adam Hunter finalmente parecia ter encontrado a paz. Ledo engano! Mr. X ainda está vivo e sedento de vingança! Na intenção de atrair Axel e Blaze para uma armadilha mortal, o líder criminoso sequestra Adam, e o mantém prisioneiro em sua fortaleza. Os dois partem então em uma missão onde o principal objetivo é salvar seu amigo, além de destruir de uma vez por todas Mr. X e todo seus império de criminosos! Mas Axel e Blaze não irão partir nesta difícil jornada sozinhos, pois eles poderão contar também com a valiosa ajuda de Max Thunder, um campeão de luta livre, e de Skate, que é o irmão mais novo de Adam.

Gráficos

Os gráficos de Streets of Rage 2 são excelentes, bem melhores que os do jogo anterior! Agora os personagens e tudo mais nos cenários do jogo estão bem maiores e com detalhes mais definidos e visíveis! Os personagens principais estão muito bem caracterizados, sendo cada um bem diferente do outro. Os inimigos também estão muito bem feitos e bem diversificados, indo desde simples punks mal encarados até ninjas armados com afiadas katanas. Os chefes de fases costumam ser sempre sujeitos de grandes proporções, mas desta vez não estão tão exagerados como os que são encontrados no primeiro jogo, que mais pareciam gigantes. Os cenários do jogo são bem variados e trazem centenas de detalhes de fundo bem interessantes, sendo que é possível até mesmo “interagir” com certos objetos dos cenários, como mesas, latas de lixo, máquinas de fliperama, entre outras coisas. As cores estão na medida exata para um jogo de ação mais sério como Streets of Rage 2, com tons mais escuros.

Efeitos e Trilha Sonora

Os efeitos sonoros de Streets of Rage 2 estão em maior número se formos fazer um comparação com o primeiro jogo, e bem mais diversificados. Todos cumprem bem seu papel, e passam uma boa sensação de “realidade” para o jogador. Há diversos sons de golpes, daqueles que mais parecem terem saído de filmes de luta, e muitos sons característicos para cada tipo de objeto do jogo, sendo todos realmente muito bem feitos! Os personagens gritam ao morrerem, assim como acontecia no primeiro jogo, só que desta vez temos uma maior diversidade nas “vozes” digitalizadas presentes.

As músicas são muito boas! Yuzo Koshiro foi novamente o responsável pela trilha sonora (ele já havia trabalhado no primeiro jogo) e conseguiu se superar, fazendo um trabalho ainda mais digno de elogios! O estilo techno é predominante na trilha sonora de Streets of Rage 2, assim como ocorreu no primeiro game, sendo que ela é composta tanto por temas novos como por músicas remixadas e melhoradas do primeiro jogo. Mesmo para uma pessoa como eu, que detesto música eletrônica e dançante, a trilha sonora de Streets of Rage 2 soa muito, mas muito agradável, tamanha é a qualidade e bom gosto das composições, sem falar que a música casa de forma perfeita com todos os diversos climas pelos quais o jogador irá passar durante a jogatina! Melhor impossível!

Jogabilidade

A jogabilidade de Streets of Rage, como já foi dito anteriormente, é ainda melhor da encontrada no primeiro jogo. Todos os comandos podem ser executados de maneira rápida e precisa, e a movimentação dos personagens na tela é simples e eficaz. O uso de armas secundárias como canos, espadas, adagas, etc, também é executado de forma segura e eficiente. A “turma do bem” desta vez tem até novos golpes e poderes especiais, algumas bem utéis naqueles momentos de aperto. Mas os poderes especiais dos persongens devem ser usados de maneira cautelosa, pois cada vez que se faz o uso deles, o jogador perde um pouco de sua energia. Os heróis do jogo são bem variados e possuem suas próprias características, que são definidas pelos valores de atributos como força, agilidade, saúde, técnica, etc.

Dificuldade

Streets of Rage 2 apresenta 4 níveis de dificuldade (Easy, Normal, Hard e Hardest), e quanto mais alto o nível de dificuldade escolhido, maior será o número de inimigos na tela e também a quantidade de suas energias. No total são 8 fases cheias de bandidos mal encarados para serem surrados pelos jogadores, cada uma com um chefe no final. Vale lembrar que os chefes de fase vão ficando mais difíceis a medida que se prossegue no jogo. O último chefe, Mr. X, age da mesma forma que fez no final do primeiro jogo, ou seja, usa uma metralhadora e atira para todos os lados, pouco importando se está acertando seus próprios aliados durante o tiroteio, o que o torna um chefe nada agradável de ser vencido. Destaque para Shiva, o guarda-costas de Mr. X, que é um conhecedor de artes marciais e dá golpes “estilosos”, sendo um dos chefes mais difíceis de todo o jogo.

Modo Duel

Após terminar o jogo, porque não lutar um pouco contra um amigo? Em Streets of Rage 2 há o modo de jogo chamado de Duel, onde se pode travar lutas entre os quatro personagens principais do jogo, podendo até mesmo escolher em qual cenário será travado o combate. Este modo de jogo é exclusivo para dois jogadores.

Conclusão

Para mim e também para outros vários gamemaníacos amantes de um bom jogo de luta, Streets of Rage 2 foi o ápice da série. Um jogo que conseguiu suprir a necessidade dos donos de um Mega Drive, de possuírem um “Beat-’Em-Up” à altura de Final Fight. Eu particularmente sou mais fã da série da SEGA que a da Capcom, mesmo gostando de ambas, e tenho em Streets of Rage 2 o meu jogo preferido dentro de seu estilo! Bem que a SEGA poderia fazer um novo jogo da série Streets of Rage… sonhar não custa!

Recordar é envelhecer: Streets of Rage 2 (Mega Drive)

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