Olá crianças. Graças aos auxílios à terceira idade, eu (o Senil), como parte dessa equipe, vou poder falar um pouquinho de jogos mais antigos… É estranho, mas parece que aquelas pessoas que idolatram Virtual Tennis esquecem que Pong foi o seu precursor… Podemos começar com um sistema famoso aqui no país: Master System. Conhecem? Bom. E já jogaram? Excelente! O quê? No emulador?…

Bem, esse jogo conta a história de um escravo… Hum… Em linguagem mais atual, de um estagiário. Ele passa seus dias entregando jornais que provavelmente ninguém lerá. O formato em que ele estava disponível para os possuidores de um Master System era em cartucho. Não sabe o que é um cartucho?… Bem é como uma fita cassete… Também não sabem como é uma fita cassete… E nem uma VHS? Imagino que Betamax muito menos… Digamos que é como um CD que limpamos soprando ao invés de passar um paninho encardido. E nessa época alugávamos os jogos que não queríamos ou não podíamos comprar. Locadoras de videogame existiam e não se chamavam “banquinhas de camelô”.

Muitos consideram esse jogo obsoleto por algumas razões simplistas. Uma delas é que, devido às leis trabalhistas vigentes, uma criança é obrigada a ir à escola e a não trabalhar. Por estas razões, especula-se uma espécie de “Paperboy 3” no qual o personagem principal seria mais velho e entregaria folhetos com propaganda de supermercados de casa em casa e de imóveis em construção de carro em carro. Obviamente, os obstáculos seriam diferentes do original.

Todavia, estes infantes podem dedicar-se a algum esporte. Atividade esportiva essa que, na medida do possível, deve ser olímpico. No caso de nosso entregador de jornal, tiro de jornais ao alvo com obstáculos aquáticos. Pouco praticado nos dias de hoje, a associação internacional desse esporte tenta, juntamente com a associação de capoeira, colocá-la nas olimpíadas. “Não devemos desistir nunca!”, diz um de seus chefes.

Ainda que seu protagonista não estude, trabalhe como escravo e busque somente a glória de “melhor entregador de jornais do bairro” e não dinheiro, este jogo possui algumas críticas e colocações além de seu tempo aparentemente antiquado. Além da evidente crítica aos operários em greve nas ruas, fizeram alusão à supremacia do movimento hiphop e da black music vigente no pop atual (que nos interpelam a cada esquina). O fato de existirem cortadores de grama automáticos também faziam referência aos avançoes tecnológicos. E, o mais importante, rádios jogados pelo chão retratam a utilização de mp3 e podcasts da nova geração.

E, como diria o Capitão Ninja: “Let’s vamos!”.

Mas você já trabalha?
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3 ideias sobre “Mas você já trabalha?

  • 31/08/2008 em 5:08 pm
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    hahahahahaha…Muito bom! Não sou uma das maiores conhecedoras de jogos de consoles antigos, mas me orgulho por ao menos ter participado modestamente dessa época e de ser uma das poucas garotas que gosta de jogar e de ler sobre jogos. (Na verdade, tenho apreendido mais sobre o tema com um bom professor)

    Belas observações sobre o estilo visionário embutido em um jogo inocente e simples. Jogadores desavisados nem sonhariam com tais referências…rsrsrs

    O que dizer…Muito da diversão dos jogos de antigamente se perdeu. Parabéns aos organizadores e colaboradores do site por não deixar tudos isso ser esquecido!

    Até breve…

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