Diário de Bordo:

Saudações meninos e meninas, para aqueles que não me conhecem eu sou J.F. Souza (Yoz) “O Antediluviano”, minha missão é falar sobre jogos antigos, e para isso aproveito a oportunidade oferecida pelo meu amigo Orakio Rob para cumprir esta missão, e espero com isso honrar a confiança que ele depositou em mim.

Hoje escreverei a primeira parte do meu diário de bordo deste incrível e pouco conhecido jogo chamado Crusader of Centy. Entretanto, antes de dar “start” no meu “controle de Mega Drive”, falarei um pouco sobre ele:

  • Como foi o meu primeiro contato com o jogo;
  • Como configurar o emulador;
  • Uma breve introdução sobre a história decorrente no jogo e outras coisinhas mais.
Capa dos cartuchos Americanos, Japonês e Europeu

Crusader of Centy, Ragnacenty ou Soleil:

Crusader of Centy, como é chamado nos EUA, também é conhecido como Soleil na Europa e como Ragnacenty (Shin Souseiki RagnacënTy) no Japão. Foi desenvolvido pela NexTech Corporation, publicado pela Atlus Software Inc e licenciado pela SEGA Empreendimentos LTDA em 16 de junho de 1994 (Dois dias depois do meu aniversário de 15 anos) para o já falecido console caseiro SEGA Mega Drive.

Crusader of Centy segue um estilo Aventura RPG bastante parecido com Zelda, Beyond Oasis etc. Bem, uma curiosidade sobre isso é que todas as pessoas que conheço e tiveram o prazer de jogar Crusader of Centy e que também jogaram Zelda, acharam Crusader of Centy melhor, na minha humilde opinião, existem pontos positivos e negativos de um sobre o outro. Mas não estou aqui para falar sobre essas diferenças entre esses jogos.

Sua história é um tanto fraca assim como a dificuldade, entretanto, a diversão e a jogabilidade com certeza são os pontos fortes deste game e irá proporcionar ao jogador momentos incríveis de entretenimento. Os gráficos usam bastante o potencial do console de 16bits da SEGA. Mas o que mais me chamou a atenção, e que merece um destaque adicional, são as músicas compostas por Motokazu Shinoda e Noriyuki Iwadare. Se quiser tirar suas próprias conclusões, logo abaixo há uma lista de download das musicas, embora não estejam bem ripadas (existem alguns efeitos sonoros do game em algumas delas), já dá pra matar a saudade ou, até mesmo, a curiosidade.

DETALHES DO ÁLBUM

Game: Crusader of Centy – Fate of the World
Sistema: SEGA Genesis
Compositor: Motokazu Shinoda e Noriyuki Iwadare

DETALHES DE RIPAGEM

Gravação: Emulador Gens
Decodificação: Lame 3.92
Qualidade: VBR
Tags: ID3v1/ID3v2

Data de Ripagem: 01 de Fevereiro de 2003
Tamanho total: 59,3 MB
Ripper: GrAwL

Lista de Musicas para Download

DETALHES DE CONTATO

Site: http://www.grawl.cjb.net
ICQ: 89358304
AIM: therealgrawl

E um incrivel ReMix:  Crusader of Centy ‘Daily Training’ (Remixada pelo talentoso Scaredsim)

Maravilhosa fanart de Aleksandra (mais informações no fim do post)

Meu primeiro contato com o jogo:

Encontrei este jogo pela primeira vez em meados de 1997, numa locadora de games que hoje nem existe mais. Ele estava na prateleira ao lado de muitos outros cartuchos de Mega Drive e fiquei atraído pelas imagens exibidas na capa. Então o loquei numa sexta feira e joguei durante todo um final de semana. Todavia, não pude terminá-lo, pois nunca fui de zerar um jogo em tão pouco tempo, isso tira o prazer da exploração, das descobertas, e para isso eu precisava ter esse jogo para mim. Então, eu tive a brilhante idéia de comprar o bendito da locadora, foi aí que eu topei com o primeiro obstáculo: O Preço.

O valor cobrado por ele na época era tão salgado que, mesmo hoje me dá calafrios só em pensar. Era algo em torno dos R$ 60, não estranhe o preço, na verdade aquela locadora cobrava o preço de loja do produto mesmo que fosse usado. Entretanto, no balcão envidraçado onde ficavam expostas para venda os vários produtos usados dos clientes da própria locadora, havia para venda um outro cartucho do mesmo jogo por menos da metade do preço que a locadora queria no dela, foi aí que surgiu o segundo obstáculo: Arranjar o dinheiro para aquisição.

O único meio disponível era convencer meu pai a comprá-lo, uma missão basicamente impossível se não fosse traçado um plano bem pensado. Na época eu era um dos melhores alunos do colégio, apesar da minha fama de estranho e misantrópico, e mesmo assim eu não podia usar isso ao meu favor, pois o velho tinha uma opinião muito rígida e conservadora sobre games (Na verdade contra games).

Todavia, aprendam uma coisa: Todos sem exceção possuem pontos fracos. E com meu pai não era diferente, se de um lado ele acenava um tchau com as mãos fechadas, do outro ele era defensor da seguinte filosofia: “O produto mais barato é sempre o melhor.” Por isso a chave para adquirir o game estava justamente na diferença dos preços. Eu o convenci de que o preço “normal” do jogo era R$ 60, o que me isentava de uma mentira, mas havia um carinha que precisava de grana urgente pra estudar e que queria vender por R$ 20. Resultado: Ele me passou as 20 pratas e o restante eu já tinha.

As mãos de um homem de 94 anos de idade. Caramba, não sabem o que eu passei pra arranjar isso.

Como podem ver, ainda hoje eu tenho este velho cartucho. Todavia, não vou usá-lo para adquirir as informações para este diário de bordo, usarei uma ROM traduzida em 2002 para português por Fserve do site tradu-roms.

Como configurar o Emulador:

Aqueles que me conhecem sabem que para mim o melhor emulador de SEGA Genesis é o DebuGens (Uma versão alterada do Gens que, por sua vez, é bem mais conhecido). Porque? Simples, além de poder usar efeitos de renderização que melhoram os gráficos dos jogos (Como o 2Xsai e HQ2X), você ainda poderá pressionar as teclas F9, F10, F11 e F12 para retirar e recolocar os elementos gráficos do jogo como cenário, animação, fonte, Sprites etc. Como meu objetivo tanto neste quanto nos demais jogos não é somente criar diário de bordo, e sim capturar vários Sprite Sheets dos mesmos, este recurso de isolamentos de partes gráficas sempre me será sempre útil, sem falar que eu vou levar mais tempo que o normal para terminar esse jogo.

Gráficos:

O gráfico pode ser configurado indo em “GRAPHIC” > “RENDER” > “2xSAI” ou “HQ2X”. Além de dar um trato nas imagens dos jogos, ele deixará a tela numa resolução de 640 (Largura) por 480 (Altura). Entretanto, para tanto este quanto os demais diários de bordo, usarei a resolução de 320 por 240 desprovida de efeito de renderização.

Escolha a melhor imagem

Com relação as diferenças entre os efeitos, tire suas próprias conclusões indo nos links abaixo (ultimamente estou usando o HQ2x):

DOUBLE:
2xSAI (Kreed):
HQ2x:

Sons:

Para economizar palavras, deixe desse modo aqui…:

Melhor qualidade sonora

Controle:

Para configurar o controle você vai em “OPTION” > “JOYPADS” onde aparecerá essa tela:

Escolha a melhor configuração de controle.

Onde primeiramente você terá de escolher qual tipo de controle, se o de 3 ou o de 6 botões, depois clicar em “REDEFINE KEYS” e “IMPUT KEY FOR…”, bastando ir clicando no controle ou no teclado conforme ele vai solicitando, onde será cima, baixo, esquerda, direita, start, botão A, B e C.

História do Jogo:

Ainda na idade da escuridão onde a luz não podia tocar o chão, o mundo era infestado por criaturas que os humanos batizaram de “monstros”. Ninguém sabia ao certo como, onde ou quando eles surgiram, tudo o que se sabia era que tolos seriam aqueles que não os temessem.

Como seria viver num mundo assim?
Como seria viver num mundo assim?

O tempo passou até que um dia houve uma grande mudança climática. Esta alteração permitiu que a luz pudesse iluminar todo o planeta, e como muitos desses monstros não possuíam resistência a essa claridade, a maioria deles desapareceu em subterrâneos cavernosos.

Ha!!!!!!!!!!

Este breve período de paz permitiu aos humanos evoluírem e se propagarem sobre a face de todo o planeta, trazendo a esperança de uma vida melhor e feliz, sem angústia ou sofrimento, guerras ou descontentamento.

Pula coelhinho! Pula!

Entretanto…

Os monstros não haviam sido extintos. Eles se esconderam da luz para se fortalecerem e crescerem em população, se adaptarem para a mudança ocorrida no clima, e acima de tudo esperaram até o momento em que deveriam retornar e reclamar seu direito de viverem na superfície.

Lá vem encrenca...
Lá vem encrenca...

A guerra entre os humanos e os monstros era eminente…
…e inevitável…

Curiosidade:

Como esta é a primeira vez que eu jogo esse game num emulador, descobri uma curiosidade inesperada, interessante e um tanto óbvia que gostaria de compartilhar…
Se você estiver usando o DebuGens e pressionar a tecla F9 quando estiver nesta tela:

Pecione F9 no DebuGens.

A camada da frente desaparecerá dando lugar esta outra tela revelando o nome do jogo lançado no oriente…:

Que loucura!
Tela do RagnacënTy Oriental

Sendo que o mesmo não ocorre no Europeu, ou seja, apesar de pressionar a tecla F9, a tela não modifica.

Soleil, nome da cidade onde se inicia o game.

Iniciando o Diário de Bordo:

Vamos finalmente dar inicio ao diário de bordo, a principio o jogador deverá atribuir um nome ao personagem, eu me lembro que no manual estava escrito que a denominação verdadeira do personagem é Corona, mas não tenho como ter certeza e nem tenho mais o manual, mesmo assim, colocarei o nome dele conforme acredito que seja.

A aventura de Corona se inicia em sua própria casa em seu aniversário de 14 anos. Como presente, sua Mãe lhe dá, meio contra vontade, a espada e o escudo que pertenceu ao pai de Corona, e lhe diz também que o mesmo morreu numa batalha. Alguns dos coleguinhas se admiram pelo presente, afinal, não é sempre que se ganha uma arma branca de aniversário. >;-)

Aposto que vocês nunca ganharam um presente desses no aniversário de 14 anos. Imagem extraída do manual em japonês, mas adquiridas através do site: http://jumafas.blogvideojuegos.com/2006/11/27/artworks-del-soleil/

Antes que Corona pudesse desfrutar de sua festa com seus amigos, a mesma é subitamente interrompida por barulhos de fogos de artifício que ecoam por toda a cidade. Não, não é por causa do aniversário de Corona, mas sim por causa de Amon, o novo herói da cidade e provavelmente recém-formado no treinamento básico de Rafflesia (preciso investigar melhor, por isso explicarei em outra ocasião). Bem, antes que o bolo pudesse sequer ser cortado e servido, todos os convidados vão embora para ver como é o tal herói, deixando Corona sozinho com sua mãe e sua espada (seus canalhas).

No lado externo da casa de Corona, logo ao lado, esta o cafofo do Mac, melhor amigo do nosso protagonista. Mas ainda não é hora dele acompanhá-lo.

“Não alimente o Totó pra ele não engordar.”

Andando pelas ruas da cidade de Soleil e adentrando nas casas para conversar com as pessoas, obtemos muitas informações importantes sobre o jogo. Vale ressaltar que isso é imperativo em qualquer jogo de RPG: a observação, os diálogos, a dedução e, acima de tudo, o espírito de explorador, sem esses elementos, um individuo não aproveita o jogo de RPG em sua totalidade. Bem, vou até o castelo para ver o tal Herói. Ao ir para lá, olha só quem eu encontro: Os três desertores da festa de aniversário de Corona.

A</p
"Aí estão vocês seus malditos desavergonhados. >;-)"

Comentário pessoal: Devo dizer também que na ultima vez que eu joguei esse jogo ele estava totalmente em Inglês. Portanto, jogá-lo nesse momento em Português é o mesmo que abrir os olhos para algo que eu não conseguia ver. Das outras vezes, muitas das verdades contidas em Crusader of Centy eu tinha que descobrir apoiado naquilo que via combinado às minhas próprias deduções. O que eu quero dizer com isso é que, apesar de ter zerado isso umas quatro ou cinco vezes, estou me deparando com uma série de informações excitantes que renovam o jogo, mais ou menos como se o jogasse pela primeira vez, o que desperta em mim uma sensação bem nostálgica daquela época de adolescente que não volta mais.

Bom, vou encerrar por aqui o meu diário de bordo fundido com a minha simplória matéria sobre Crusader of Centy antes que o Orakio me demita do emprego não-remunerado de editor do Gagá Games por escrever que nem um louco varrido. Na próxima ocasião, entrarei no castelo para ver o tal Amon e darei início ao treinamento básico na escola Rafflesia. Espero que tenham gostado da minha primeira matéria sobre games da linha 16bits da SEGA. Até outro dia…

Agradecimentos especiais ao Juanma do site http://jumafas.blogvideojuegos.com/ e Aleksandra do site http://www.artwarrior.ru/ que gentilmente nos cederam as imagens artísticas para esta matéria.

Crusader of Centy – Fate of the World
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11 ideias sobre “Crusader of Centy – Fate of the World

  • 08/11/2008 em 3:52 pm
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    Muito bom o post, rapaz! Fiquei interessado no jogo. Os gráficos parecem muito bons!

    E não é por acaso que as músicas do jogo são boas: Noriyuki Iwadare também fez as trilhas de Lunar, Grandia e Langrisser, dentre outras.

    E depois eu indico um creme jóia para as suas mãos, tenho uns amigos que jogam xadrez comigo que dizem que faz milagres…

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  • 08/11/2008 em 8:24 pm
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    Primero pediros disculpas por escribir en español pero el portugues no lo domino, entiendo un poco pero ya está, así que espero que me podáis entender mas o menos. O:)

    Muy buen artículo, sobre todo muy completo, se nota que te gusta el juego. 🙂

    Yo soy muy poco aficionado a los RPG pero este juego fué el primero que jugué y me encanto, tanto que lo pasé 2 veces, y tengo en el cartucho guardado el punto del circuito donde por 10 malines se puede hacer una carrera contrareloj con el kart para intentar bajar tu tiempo. 🙂
    Y he de reconocer que habiendo jugado a un Zelda me gusta más el Soleil, ya que el tema de los animales que te acompañan y como van entrando en la historia me encanta, y aunque el Zelda tiene una historia más compleja y puzzles más complicados, el Soleil tiene un encato que no he encontrado en el Zelda, y además, ¿como puede ser malo un juego donde aparece Sonic de vacaciones en la playa? 😉

    Y me alegro que, aunque no de forma oficial, tengáis la traducción al portugues, aquí en España tuvimos la suerte de que salió totalmente traducido, eso si, con la portada horrorosa que sacaron en Europa. 🙂

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  • 08/11/2008 em 9:45 pm
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    Noriyuki Iwadare é realmente um ótimo compositor, nunca joguei Grandia, mas Langrisser, Lunar e Crusader tem algumas músicas espetaculares.

    De qualquer forma, é uma ótima escolha, o jogo é realmente excelente. Compete com Beyond Oasis como o melhor jogo de ação/RPG do Mega.

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  • 09/11/2008 em 12:30 pm
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    JuMaFaS, Gracias por la presencia, y gracias de nuevo por las fotos. En cuanto a los Kart, debería ver la locura que hago en ese juego con el Game Genie y el código de la cruz paredes. Si yo fuera con mi cartucho, que había Burst en mi cara … Hehehehehe

    Y jugar este juego traducido, es la misma que la supresión de las ventas de los ojos … Aparece con más frecuencia para ver la secuencia del cuaderno diario de pesca, estoy preparando algo lindo con el Sonic en Soleil…

    Naiyan, valeu pelo comentário… Beyond Oasis é tudo de bom, vamo ver se alguem e/ou até eu mesmo escrevo um super post sobre ele… >;-)

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  • 09/11/2008 em 1:03 pm
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    Muito bom o texto, você realmente me convenceu!
    Yo voy jogar!!! E acompanhar o seu diario de bordo ^_^
    Ei Yoz, que honra! Você é o primeiro a receber um comentario internacional! Parabens cara!

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  • 09/11/2008 em 7:05 pm
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    Estaré atento a los siguientes capítulos. 🙂

    Y para que no haya problemas respondeme en portugues que ya lo entenderé y los demás también, la pena es que no pueda escribir yo los comentarios en portugues, y no confio en el traductor de Google. O:)

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  • 10/11/2008 em 8:30 am
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    Quando eu tinha apenas 3 anos (em 1903), ganhei um game de meu avô, na época ele tinha 103 anos, presente que já havia sido dado a ele pelo seu bisavô, que hoje está com 403 anos, acho que devido á idade não fala coisa com coisa e por isso não pode comprovar a veracidade do caso que irei relatar: …, …, …, bem, quando eu tinha 3 anos eu… Ih, o que era mesmo que eu ia falar? Do meu avô?! Ou era de Games? Quando me lembrar eu retorno. Prometo. Não vai levar nem 2 anos.

    Abraço, não muito apertado

    Tartarugão De Meia Idade Ninja

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  • Pingback:Gagá Games » Entrevista com Fserve: tradutor de Crusader of Centy

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