Minha cruzada para jogar todos os jogos de Master System às vezes me força a jogar algumas “bombas”. Por outro lado, às vezes eu encontro umas joias raras.
Em toda as áreas do entretenimento e da cultura existem os clássicos que todo mundo conhece, e aquelas obras maravilhosas que acabam sendo um pouco “eclipsadas” por outras. Na música, o “grande disco do rock” é Sgt. Peppers dos Beatles, e o Pet Sounds dos Beach Boys acabou ficando meio de lado (o porquê, só Deus sabe). Nos videogames a coisa não poderia ser diferente… todo mundo conhece (ou ao menos deveria conhecer) Phantasy Star, o mais clássico RPG do Master System. Mas é claro que existe um outro RPG escondido, enjeitadinho e com cara de pobre-coitado que merece a nossa atenção, mas quase ninguém conhece. Senhores, apresento a todos Miracle Warriors — Seal of the Dark Lord.
É sempre um pouco difícil confirmar essas informações, mas segundo diversas fontes, Miracle Warriors foi o primeiro RPG de videogame lançado no ocidente. Naquele tempo a turma trabalhava rápido, e o jogo ganhava sua versão norte-americana em janeiro de 1988, três meses após o lançamento oriental. Trata-se de um ótimo RPG, que guarda diversas semelhanças com Phantasy Star (Miracle Warriors foi lançado apenas dois meses antes de PS no Japão).
Eu ainda me lembro que a primeira vez em que ouvi falar no jogo foi quando comprei meu Master System. O clássico folheto que acompanhava o console mostrava em um dos lados os jogos que haviam sido lançados apenas no exterior (foto ao lado). Na época o meu inglês era meio macarrônico, e lembro de ter pensando que a opção “Retreat” do menu era para bater um retrato do monstro, fazendo um arquivo de criaturas do jogo…
Miracle Warriors não é bem uma criação original da SEGA. O jogo original foi programado para o MSX e outros computadores pela Kogado (cuidado com esse nome!), e era bem xoxinho. A SEGA enxergou potencial na coisa, e adquiriu os direitos para reprogramá-lo. E meu amigo, que diferença que faz um time talentoso de programadores.
A visão do mapa de jogo já é uma coisa muito curiosa: um pequeno quadro à direita mostra os arredores e sua posição. À esquerda, ocupando boa parte da tela, temos uma visão mais caprichadinha do cenário. Quando você se move, o cenário é atualizado, mas é um negócio meio esquisito, porque mesmo quando o quadro à direita indica que você está em uma floresta, a visão principal continua mostrando um campo aberto…
Quando você entra em batalha a coisa muda de figura. À moda de Phantasy Star, o cenário de batalha está de acordo com a área na qual o personagem está. E aqui nós notamos um dos grandes trunfos do jogo: o design das criaturas.
Não há como não se admirar com o excelente trabalho realizado no desenho das criaturas. Aliás, o estilo é muito, muito semelhante ao de Phantasy Star I. Infelizmente, não há informações disponíveis sobre a equipe que trabalhou em Miracle Warriors, mas é difícil não levantar a hipótese de que o misterioso Chaotic Kaz, designer de criaturas de PS, tenha um dedinho neste jogo. Notem as semelhanças:
Nas duas montagens acima, coloquei lado a lado um monstro de Miracle Warriors e outro de Phantasy Star I. As feições dos primeiros monstros são parecidas. Já os dois ao lado têm o mesmo “jeitão”.
Na verdade, até Rieko Kodama, “mãe” de Phantasy Star, confessou ter desenhado pelo menos um dragão em Miracle Warriors, então é bastante provável que vários designers tenham desenhado um monstrinho ou outro no jogo.
Outro ponto em que Miracle Warriors brilha é na trilha sonora. As músicas são excelentes, e ficam ainda melhores na versão japonesa, que usa o chip de som FM do Master System japonês. Será que o famoso Tokuhiko “Bo” Uwabo (também de Phantasy Star) deu o ar da graça por aqui? Mistério… curtam este vídeo com as músicas em versão FM:
Os méritos do jogo não ficam restritos ao aspecto técnico. A jogabilidade lembra um pouco a de RPGs lançados para computador (afinal de contas, o jogo se originou nos computadores), e tem uma jogabilidade mais aberta. Você pode correr boa parte do enorme mapa desde o início do jogo, e pode tomar decisões quanto à ordem a ser seguida para a realização de várias missões, sem ficar preso a uma longa e inexorável sequência de acontecimentos. Na verdade, há tantas possibilidades, e o mapa é tão amplo, que o jogo original acompanha um mapinha maroto para dar um help. Acredite, é muito fácil se perder em Miracle Warriors.
Além da liberdade, uma coisa que pode espantar os jogadores em um primeiro momento é a dificuldade. Na verdade, o jogo em si não é difícil, mas você vai ter que avançar MUITOS níveis. Assim como acontece em Phantasy Star, enfrentar o monstro errado no início do jogo pode representar morte quase instantânea. Sua energia inicial é baixíssima, e você vai passar os primeiros momentos se alternando entre batalhas a poucos passos da cidade e visitas à dona curandeira que restaura sua energia (e que, obviamente, cobra por isso).
As armas, armaduras e escudos têm um indicador numérico que vai diminuindo a cada batalha. Chegou a zero, perdeu a arma. Para evitar isso, você vai ter que gastar um dindin considerável indo a um ferreiro. Ou, mais adiante no jogo, gastar um dindin ainda mais considerável para pagar os honorários de um ferreiro particular, para que ele o acompanhe em sua aventura e mantenha seus equipamentos sempre em ótimas condições — mas o maldito não ajuda nos combates.
Outra característica marcante do jogo é o carisma, o último item do mostrador de status exibido na parte inferior direita da tela. Quando você derrota monstros, ganha carisma. Se topar com um mercador, tem a opção de conversar com ele, o que encerra o “combate” após uma breve e inútil mensagem. Se decidir descer a lenha no sujeito, vai ganhar um bom dinheiro, mas vai perder carisma. Se seu carisma ficar negativo e você tentar falar com um mercador, ele vai fugir em desespero! 🙂 Não tenho muita certeza da utilidade do carisma, mas parece que você precisa ter bom carisma para cumprir certos eventos do jogo.
Além de juntar dinheiro para comprar equipamentos e ervas, você também coleta garras de criaturas. Essas garras podem ser vendidas (a cinquenta “ouros” cada), mas se juntar um certo número de garras, poderá trocá-las por armas mais poderosas. E você vai ter que brigar muito para conseguir juntar as garras de que precisa.
Felizmente nosso herói não está sozinho nessa. Logo pelo início do jogo, ele aprende o encantamento que deve ser proferido ao encontrar um dos guerreiros destinados a ajudá-lo. Por vezes, isso é divertido, como quando você encontra uma dançarina com pouca roupa em uma cidade e diz as palavras mágicas “desperte, gigante!” para que ela assuma a forma de uma amazona que lutará ao seu lado. Que papo é esse? O cara vê uma mulher seminua e grita “desperte, gigante!” É um tarado! 🙂
Aliás, por falar em safadezas, o último chefe do jogo é uma mulher-dragão altamente siliconada, e totalmente despudorada. Sim, eu estou querendo dizer que ela exibe os seios na maior, em pleno fim de década de 80, em um jogo de videogame. E não houve censura na versão americana, caso os mais assanhados (e masoquistas) já estejam pensando em encarar a versão japonesa só para conferir os dotes da moça-fera.
Na verdade, a SEGA parece ter adotado uma postura bem diferente da Nintendo na geração de 8 bits com relação à censura. Vejam só a caixa japonesa do jogo:
Na caixa americana colocaram uma armadura na criatura, mas no jogo tá tudo à mostra! Isso vai totalmente contra os meus princípios, mas eu vou colocar uma foto da maligna e sensual Terarin aí embaixo para vocês. Sabem como é, esse é o meu dever enquanto game reporter.
A aventura é bem extensa e interessante, mantendo o jogador ocupado por um bom tempo (especialmente na hora de avançar níveis). A trama não vai levar nenhum prêmio, mas tem lá o seu charme e cria uma boa atmosfera. É verdade que o jogo tem muitas pontas a serem aparadas, mas eu realmente recomendo a você dar uma olhadinha com carinho em Miracle Warriors. É uma aventura épica, e vale a pena perder alguns dias para dar cabo da missão do jogo. Fora a baita aula de história sobre RPGs que o jogo representa, reunindo elementos de RPGs ocidentais a ideias orientais, numa época em que os JRPGs começavam a estabelecer a identidade que os tornaria famosos em todo o mundo. Imperdível.
Eu joguei esse game nos meus doces 6 anos de idade!!! Rs…
Eu lembro que Aluguei esse e o Phantasy Star no mesmo final de semana, influenciado pela excelente revista Super Game… ^^
Mas o jogo era muito confuso pra mim, e mal conseguia avançar muito… Phantasy Star foi mais chamativo, mesmo meu portugues na época ser muito ruim!!! euheuheu… Se bem que soh chegava no primeiro Fisherman, e BAMMMM… morria e começava feliz a jogar de novo! hehehe
“Na época o meu inglês era meio macarrônico, e lembro de ter pensando que a opção “Retreat” do menu era para bater um retrato do monstro, fazendo um arquivo de criaturas do jogo…” – Juro que dei boas risadas!!! euheuheue…
“O jogo original foi programado para o MSX e outros computadores pela Kogado (cuidado com esse nome!), e era bem xoxinho.” – Com um nome desses, lógico que a coisa ia sair “kogada” mesmo… 😛
“Na verdade, até Rieko Kodama, “mãe” de Phantasy Star, confessou ter desenhado pelo menos um dragão em Miracle Warriors” – Ah… depois dessa tenho que jogar obrigatóriamente esse game!!! Sob pena de ficar ajoelhado no milho se não cumprir!!! ^^
Hehehe… sem falar das safadezas!!! 😛
Bem… to no finalzinho do Shining Force 3… tenho tempo ateh chegar o meu Skies of Arcadia Legends (eh… esse chegando, paro tudo o que tiver fazendo! euheuheu), então acho que vou encarar essa aventura!!!
Mesmo pq, vc não é muito adpeto de posts tão longos, e se falou tanto do game, eh pq vale a pena!!!!
Mais uma jornada épica graças ao Gaga Games!!!!
🙂
Vinny “Segata” Pinheiro[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Vinny “Segata” Pinheiro
Nunca jogou “Skies”? Eu só joguei o do Dreamcast, e garanto que você vai ficar doido com o jogo, é brilhante!
Orakio “O Gaga” Rob[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Essa Terarin me lembra a Baahla da webcomic Pawn. O link é esse http://www.pawn.se mas vou avisando, o material apesar de ser bem soft é para 18+.
Dancovich[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Orakio “O Gaga” Rob
O do Dreamcast é simplesmente um dos melhores RPGs da galáxia!!! ^^
Jah zerei tres vezes, sem falar que consegui comprar o GD original US!!!! ^^ Sem falar que fiz todas as descobertas na raça (meu primeiro arquivo de save tem 153 hs de jogo!!!!)
Agora comprei lah dos States a versão do GameCube, que tem umas dezenas de descobertas a mais, e mais uma personagem na trama!! ^^
Chutar o traseiro do Ramires e do Lord Galcian em dois sistemas diferentes não tem preço!!!!!
Bons tempos da Sega neh…
Vinny “Segata” Pinheiro[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Nunca gostei de Miracle Warriors, acho Dragon Cristal melhor para ocupar o cargo de segundo melhor RPG do master. Talvez eu deva dar uma outra chance para o jogo quando estiver com mais paciência.
maxi2099[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Eu nunca tinha ouvido falar nesse jogo. Tendo em vista que já joguei Phantasy Star, acho que vou conferir Miracle Warriors.
Fábio Leira[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@maxi2099
Eu também curto o Dragon Crystal, pretendo jogar com mais calma qualquer dia desses.
Orakio “O Gaga” Rob[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
joguei isso nao lembro aonde mas joguei
9volt[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
A primeira vez q joguei esse Miracle Warriors eu mal entendia inglês e assim achei q ele era um lixo, mas agora que eu tô inclusive curtindo os rpgs ocidentais, vou dar mais uma chance a este, mas creio q primeiro vou ter q achar esse mapa que vinha com o jogo pra não ficar perdido.
@maxi2099
Dragon Crystal é muito bom mesmo, mas eu o considero o terceiro melhor RPG do master, pra mim o segundo é Ys.
Adinan[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Adinan
Mas Ys está mais para um adventure igual Zelda do que para RPG.
maxi2099[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Interessante esse jogo. Parece legal, considerando a biblioteca de rpg der master que não é grande como a de nes, esse aí parece uma pérola. Talvez um dia, dê uma olhada e uma jogada.
GLStoque[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Essa ultima imagem mostra um inimigo bem parecido com o estilo do Shin Megami Tensei…
J.F. Souza[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@maxi2099
É verdade, Ys lembra bastante o Zelda, mas como ele possui sistema de experiência e level up, ele é geralmente considerado um action-RPG. Na wikipedia eles definem Zelda como Action-Adventure, mas jogos como Ys e Secret of Mana são definidos como Action-RPGs (http://en.wikipedia.org/wiki/Action_role-playing_game).
Adinan[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Eu acho engraçado essa definição de Adventure/RPG. Se for pensar no que RPG significa (interpretar papeis) nenhum dos dois é RPG já que você não interpreta seu personagem, apenas guia ele em uma aventura.
Hoje em dia se chama de RPG tudo que tem “elementos de RPG”, evolução de personagem, exploração e iteração com NPCs. Nesse sentido tanto Ys quanto Zelda seriam RPG, os dois tem exploração, iteração e evolução de personagem, a diferença é que em Zelda não se usa XP como medida de evolução, mas não quer dizer que a evolução não está lá.
No final das contas eu acho que em termos de computadores e consoles ou não existem RPGs ou qualquer jogo que tenha exploração, evolução de personagem e iteração deve ser considerado RPG, apenas com a diferença que alguns são RPGs voltados para ação (Zelda, Terranigma, Ys) e outros são RPGs voltados para estratégia (Final Fantasy, Phantasy Star, etc). Se for pensar desta forma até mesmo jogos que nunca se imaginou como RPG deveriam ser considerados assim, por exemplo, GTA3, já que este tem evolução de personagem, iteração com NPCs e exploração.
Dancovich[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Mais uma grande descoberta do velho Gagá, e que parece ser um grande jogo.
Alias, sinto que já vi essa gosto…quer dizer essa mulher dragão em algum lugar! o.O
Excelente post Velho 😀
Cyber Woo[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Dancovich
Quando você mencionou o GTA3, me lembrei da frase do Greg Zeschuk, da BioWare: “Temos grandes debates sobre se GTA é um RPG, por exemplo. Ele tem todos os elementos, ele só não tem os números. E o que os jogadores querem é aquela profundidade maior, a integração maior dos recursos… Mass Effect 2 é em algumas maneiras a continuação desta evolução”. (http://finalboss.uol.com.br/fb4/ctu.asp?cid=60573)
Adinan[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
É uma perda de tempo ficar sendo muito meticuloso para definir RPG… segundo uma certa corrente, Zelda não é RPG porque não tem pontos de experiência. Essa gente não tem o que fazer mesmo.
Orakio “O Gaga” Rob[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Adinan
Cara, eu não sabia que Greg Zeschuk tinha dito isso, é interessante porque eu concordo com essa frase dele. A maioria dos jogadores não sabe (ou não quer) reconhecer um RPG eletrônico se os elementos de RPG não estiverem jogados na cara dele. Por isso que algumas pessoas chamam Zelda de “adventure”, ele não tem uma barra com nome XP do lado.
Mass Effect realmente é um ótimo exemplo, incrível como ele é descaradamente um RPG e ao mesmo tempo descaradamente um shooter. E parece que Mass Effect 2 vai misturar essas questões mais ainda. A tendência no futuro é que RPG vai deixar de ser um estilo único e vai ser mais uma característica que a maioria dos jogos terão, apenas alguns terão pouco e outros terão muito. Teremos o shooter RPG, o RTS RPG, quem sabe até mesmo a corrida RPG? (Need for Speed Most Wanted anyone?)
Baixei esse jogo já, assim que chegar em casa vou jogar ele, vai entrar em minha lista retro de jogos que não joguei na época e quero detonar agora junto com Golden Axe Warrior e ActRaiser.
Dancovich[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Só explicando meu ultimo post, botei uns separadores que não sairam no post e não pode editar. O último parágrafo é falando de Miracle Warriors, os outros são comentando o post de Adinan.
Dancovich[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Miracle Warriors foi um dos poucos games que tive do Master System. Consegui tê-lo por meio de troca numa locadora. Deixei de ter o Mônica no Castelo do Dragão (que foi o game que veio junto do meu Master, que comprei usado, mas em bom estado) por este interressante RPG. O ano era 1993, e já nesta época eu e meu pai já tínhamos conhecido há algum tempo o gênero RPG por meio do Phantasy Star, o qual ambos jogamos e terminamos (eu e meu velho pai dividíamos os saves do jogo, sendo dois para cada um e o último ficava de reserva).
Miracle Warrior foi então o segundo game do Master que meu pai também gostou, mas como o inglês do velho era muito ruim, ele acabou mais me ajudando neste do que jogando. Compramos folhas e mais folhas de papel quadriculado, e fizemos todos os mapas dos calabouços que conseguimos adentrar no game e também fizemos o grande mapa do mundo do jogo, todo colorido, para especificar cada tipo de área (campos, desertos, água, mar profundo, etc). Cheguei a ter os quatro personagens do game e deixei todos no nível máximo, mas acabei nunca terminando o jogo, pois cheguei a um ponto nele onde não sabia mais para onde ir e o que fazer. Lembro que havia algumas cavernas que eu não conseguia entrar de forma alguma, memo com todo o mapa do jogo já tendo sido explorado na época. Se fosse nos dias de hoje seria fácil procurar algum faq ou detonado no Gamefaqs, mas em 1993 isto não era possível, e acabei ficando sem conseguir terminar este game.
Hoje nem sei mais onde esté o meu cartucho do Miracle Warrior e todos os mapas com certeza foram jogados no lixo pela minha mãe. Mas é realmente um jogo interessante, e mesmo que não esteja no mesmo nível do grande Phantasy Star, foi um game responsável por me divertir por dias.
André "Caduco" Breder[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@André “Caduco” Breder
Legal a história, Caduco, valeu por compartilhar!
Acho tão legal essa coisa do jogo te forçar a desenhar os mapas… fiz isso no Might & Magic. Dá a sensação de que você está mesmo descobrindo o mundo.
Orakio “O Gaga” Rob[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Eu joguei umas duas vezes esse jogo e não me acostumei com o scroll, bem quem sabe eu jogue de novo uma outra vez 🙂
Daniel “Talude” Paes Cuter[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Bem humorado esse post, dei muitas risadas! Mas depois de ler, me bateu uma certa tristeza, justamente pelo fato de nunca ter jogado Miracle Warrior e Phantasy Star na época que tive o master. Eu nem fazia idéia do sistema do jogo, mas quando lia as dicas da revista Supergame eu ficava com mais vontade de jogá-los. O meu primeiro rpg foi Albert Odissey do Saturn, em 1997! Aliás, um bom jogo.
To vendo que existe uma certa polêmica quanto ao termo “rpg”. Como eu joguei rpg de tabuleiro na adolescência, considero como um “rpg genuíno” aquele em que vc monta um grupo de personagens que evoluem, além da liberdade de poder escolher seu destino.
Elielson[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Realmente é legal você mesmo desenhar os mapas em um jogo… mas confesso que Miracle Warriors foi o único jogo que me fez ou onde eu tive a necessidade de fazer isso. Nos outros RPGs sempre pude ter acesso a detonados ou guias… como não lembrar do Guia Games e todos aqueles úteis mapas do Phantasy Star…
André "Caduco" Breder[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Elielson
Eu também joguei RPG de mesa (jogo até hoje) e entendo que não há como comparar RPG eletrônico com o de mesa. No eletrônico falta a coisa essencial que faz de um RPG um RPG, que é a interpretação.
Então para considerar um RPG eletrônico como RPG você acaba tendo que olhar para as outras características, que são de fato a evolução do personagem, escolha do destino (há controvérsias, existem muitos RPGs que são bastante lineares por aí), etc.
Só não concordo com sua definição “montar um grupo”, isso deixa de lado ótimos RPGs em que você não monta grupo, como Zelda, Alundra, Oblivion, etc. Até mesmo no RPG de mesa existem as “aventuras solo”, que são justamente aventuras em que você não forma grupo. Enfim, não acho que esse quesito faça parte do que define um RPG.
Dancovich[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@André “Caduco” Breder
Alguém já jogou Etrian Odyssey para Nintendo DS? Nele você tem que desenhar seus próprios mapas, a diferença é que você desenha no próprio DS, usando a touch screen. Confiram quem puder, é um RPG bem hard core que lembra muito sucessos como Eye of the Beholder.
http://en.wikipedia.org/wiki/Etrian_Odyssey
Dancovich[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Deu uma lida no Wikipedia, e é bem interessante mesmo este jogo… pena que não possuo um DS para poder jogá-lo.
André "Caduco" Breder[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Dancovich
Realmente o fator “interpretação” é algo que falta nos jogos eletrônicos. Talvez por estar sem jogar há tanto tempo, tenha me esquecido desse item especial.
Zelda do Snes é ótimo! E sim, concordo que ele é um rpg, mas acho ele mais parecido com Golden Axe Warrior e bem diferente de Final Fantasy, no quesito jogabilidade, lógico. Pra explicar melhor: considero Zelda, Golden Axe Warrior, Alundra, Brave Fencer Musashiden (já jogaram? É bom!) como rpg’s sim, pois afinal em todos esse jogos há evolução dos personagens também. Agora, eu usei o termo “rpg genuíno” para aqueles jogos que possuem classes de personagens, como monks, guerreiros, magos, clérigos, ladrões, ninjas… Enfim, que me lembram da época em que
jogava Dungeons & Dragons. Não que esse termo seja de uso universal hehehe, mas é assim que costumo
diferenciar “Albert Odissey” de “Zelda”.
E claro, é tudo rpg! Hehehe
Elielson[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Elielson
Eu já joguei o Brave Fencer. Infelizmente joguei pouco, foi mais um entre os zilhões de jogos piratões que eu comprava de PSX (e tinha tantos que não conseguia jogar nenhum direito). Qualquer dia eu encaro até o final, ele parece ótimo.
Orakio “O Gagá” Rob[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Nunca cheguei a jogar, mas taí um bom game pra um futuro Diário de Bordo!
Cosmão, o "Velho Piadista"[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Experimentei o Miracle Warriors no emulador agora. Morri na segunda batalha. Isso mesmo, Gagá… segunda. Parece que os retro-rpgs eram mais difíceis. Recentemente terminei Grandia 3, e só cheguei a ver o “game over” lá pelo fim do jogo.
Outro exemplo: Eu estava jogando o Final Fantasy 1, versão do psp, e raramente morria, com excessão da piaba que tomei do último chefe (prepotência minha de enfrentá-lo com nível mediano). Mas quando joguei o mesmo jogo na versão Nes… outra piaba… de goblins.
Ah, podem jogar Brave Fencer, é um jogaço!
Elielson[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Elielson
Ah, bons tempos esses de RPG’s fodões. Não sei dizer pra mim qual foi exatamente o “último” RPG foda que joguei, acho que foi Phantasy Star 2 do Mega. O 3 não joguei e o 4 só tinha “momentos” fodas, mas em geral era mediano.
No SNES praticamente todos eram médio pra fácil, só no NES mesmo que os FF eram osso duro de roer.
Quanto ao RPG “genuíno”, essa questão de customização do seu personagem, versus os personagens prontos que existem normalmente nos JRPGs, realmente é um fator a mais e que inclusive considero como o mais próximo que um RPG eletrônico chega da interpretação, afinal você faz seu personagem, então se sente mais responsável pelos sucessos e fracassos dele. Lembro logo de Oblivion onde é fácil fácil fazer um personagem que não bate nem em papel molhado se você construir seu char errado.
Acho isso uma coisa mais de jogos ocidentais, no JRPG quando eles querem que você se sinta como o personagem eles fazem o protagonista ser mudo!!! Sério, em Chrono Trigger o Crono é mudo porque é pra você como jogador se sentir como se fosse ele, o que não aconteceria se ele tivesse falas próprias!!!
Dancovich[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Dancovich
Peraí, o Crono não tem nenhuma fala no jogo inteiro? Isso é novidade pra mim, preciso jogar esse jogo que todos elogiam, e ver como a história se desenrola.
Na verdade, preciso jogar muitos outros rpg’s da era 16 bits… inclusive os ocidentais…
Elielson[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Elielson
Não, não tem… se conseguir jogar de novo observe. Acho que tem 2 ou 3 escolhas que você faz, mas o próprio Crono não fala as escolhas, o outro personagem já reage como se ele tivesse dito alguma coisa. É tipo:
-Marle: Ei Crono, você achou nossa aventura boba?
-Crono: “só balança a cabeça”
-Marle: Legal, por isso gosto de você.
É até engraçado e Chrono Trigger não é o único, tem até um nome oficial pra isso, é o “silent hero”. É bem comum em JRPGs.
Dancovich[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Pingback:Tweets that mention Gagá Games » Miracle Warriors é clássico perdido do Master System -- Topsy.com
@Dancovich
olha só que ironia: vc mencionou o “silent hero”, eu mencionei que joguei Albert Odyssey em 1997. Pesquisando na net sobre esse tema, descobri que o personagem principal de AO é um silent hero! E eu nem me lembrava, ou era um detalhe que me passou despercebido, sei lá! Mas a lembrança que eu tinha era a que ele falava. Que estranho!
Mas acho que é isso mesmo que vc disse sobre como o personagem mudo interage e se comunica. Eu é que caí numa pegadinha hehehe
Elielson[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Elielson
Albert Odyssey é lindo, tirando que o sistema de batalha hoje já esteja pra lá de ultrapassado, embora a história e as músicas (principalmente) compensem isso. Foi um dos primeiros jogos de Saturn que zerei quando ganhei o console. Vou ver se jogo ele de novo esse ano.
maxi2099[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Gagá e Caduco
Ehehe eu tenho esse jogo, já zerei 2 vezes, é bom o treinamento do Inglês arcaico (thou), essas coisas! O fogo era achar o chefão. xx passinhos pra lá, depois desce xx passos pra lá enfim..
Sobre o GuiaGames, ainda tenho, e há algum programa para elaboração de mapas?
@Dancovich
Joguei tem um tempo o Etrian Odyssey, é justamente no estilo clássico só que muito extenso, quem não sossega fácil pode encarar! 🙂
gamer_boy[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@gamer_boy e Dancovich
Etrian Odyssey é muito bom! Aliás tem vários jogos do estilo Western RPG no DS, um deles é o Mazes of Fate que tinha no GBA e é mto interessante. O outro é o Dark Spire, que faz perder os cabelos de tão difícil que é, possui até modo clássico pra simular a experiência de se jogar em PCs antigos, é muito legal vale a pena!
Adinan[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Belo post! Interessante pensar no capricho que era conseguido no games da época das produções de orçamento curtíssimo (Mais especificamente 8 para 16 bits).
MarCel[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
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Show de bola a trilha sonora desse game. O pessoal dessa época sabia mesmo como tirar leite de pedra
Johnny[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Mano! eu joguei essa jóia rara véio ^_^.
Foi meu primeiro console depois do sonic é claro que ele já vinha com o game mas este RPG que na época eu neim sabia o que significa foi o primeiro que comprei,enfim concerteza o melhor jogo para um criança de 8 ou 10 anos jogar!! HAHAHAHAAH
bem faz tanto tempo… eu não lembro da guerreira peituda 🙁 mas eu encontrei todos os guerreiros!.. bem na epoca éra muito dificil para mim achar eles porque não sabiaa nada de inglês..foram dias quebrando a cabeça até meu tio fodão em english me explicou tudo sobre o jogo! Nossa to indo baixa um emulador de master agora!! se alguém souber ajuda ae!
abssss
Vagner Oliveira[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
welcome back!!!Elpizoume na se doume ananewmeno kai me nea enondferaita 8emata…Mporeis na 3ekinhseis legontas auta pou den eipes sto post gia ta RPG..Welcome again 🙂
Roseline[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
God help me, I put aside a whole afternoon to figure this out.
life insureanse[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
pq ningufem fala de golden axe warrior
Fabio Silva da Graça[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Esse jogo é demais, roubou minha infância. Mas demorou bastante para “aprender” como jogar. Destaque pro mapa imenso com todos pixels marcados físico que vinha com o cartucho. Infância era boa demais
Caio Carvalho Abubakir[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Olha a diferença para a primeira versão, do PC88: https://www.youtube.com/watch?v=jDiBYsWmRlE
Andrei[Citar este comentário] [Responder a este comentário]