“Para quem quer fazer exercícios de reflexão”
Olá crianças!
Aproveito esse espaço para falar de uma coisa que tem me ocupado já há bastante tempo. Apesar do teor e da forma com que escrevi, aviso que não quero com este pequeno texto falar por todos vocês que nos acompanham ou que nutrem o mesmo sentimento e respeito que nós por games e, claro, por jogos velhos (no excelente sentido da palavra). Mas, claro, se minhas palavras forem também as que diriam, ficaria muito mais grato e contente.
Eu comecei a jogar videogame em um console com jogos que não tinham sequer música direito (somente parcos efeitos sonoros de pulos ou coisas do tipo). Depois, rumei para jogos mais complexos tanto no desenvolvimento como na execução. Mas o que queremos com toda essa preocupação com os jogos do passado? Afinal, existem vários sites, blogs, livros e revistas ao redor do mundo dedicados ao que chamamos das mais diversas formas: oldgamer, retrogamer, vintage, clássicos etc. Enfim, toda a cena que envolve a nós mesmos e tudo o que apreciamos em games quer dizer o quê afinal de contas?
A partir da superior esquerda, em sentido horário: Frostbite (sou viciado neste daí até hoje); River Raid; Enduro; Keystone Kapers. Todos de Atari 2600, o primeiro console que joguei.
Não parto aqui de uma simples nostalgia. Claro que não me refiro àquela melancólica lembrança de eventos, coisas e jogos que tiverem um papel importante em nossas vidas anos atrás, mas àquela insistência em dizer que tudo que é atual e futuro é desprezível e que o bom mesmo seria voltar ao passado. Quase o que muitos literatos e acadêmicos brasileiros quiseram em diversos períodos com relação à natureza e uma relação menos mediada pelas cidades e centros urbanos.
O que queremos mostrar às pessoas defendendo a importância de se jogar games que hoje não rendem lucro nenhum às empresas de entretenimento a não ser em coletâneas lançadas vez ou outra? Será que é somente porque jogar jogos antigos ou com cara de antigos é bom? Isso mesmo quem não é (retro)gamer sabe: quantos não curtem jogar Xadrez ou Ludo? Ou ainda outros jogos mais antigos como Go ou Gamão? A idade de um game não importa se ele ainda é capaz de divertir; não importa por quais mudanças ele passou no decorrer do tempo, e nem quais modificações ainda haverá de sofrer.
À esquerda, posicionamento moderno de xadrez. À direita, tabuleiro e posicionamento nerd de xadrez (tirado direto de Star Trek).
Mas o que fez xadrez, Ludo, Gamão e outros clássicos jogos de tabuleiro permanecerem por tanto tempo e serem jogados ainda hoje? Eles continuaram sendo jogados e se tornaram em tradição. O que queremos? Queremos que a memória desses jogos permaneça viva. E isso nada mais significa do que manter vivos os jogos mesmo; os personagens que embalaram nossos salvamentos (ou destruições) de mundos dentre outras aventuras mais.
Não é somente acesso e informação que queremos. Não almejamos simplesmente que estejam disponíveis para baixar em qualquer lugar, ou que sejam relançados à exaustão pelas empresas. Afinal, ambas as coisas acontecem ainda hoje, sem qualquer influência nossa. Mas acham mesmo que ter um game encostado lacrado numa prateleira é mantê-lo vivo? Um jogo demanda ser jogado; assim como um livro clama por ser lido. Uma série, uma empresa, um jogo de arcade quase esquecido que foi lançado por uma empresa independente no começo dos anos 1980 não morrem até que todos esqueçam o que é jogar aquele game. Queremos que joguem esses jogos. Desejamos que os gamers não se interessem por sua origem arcaica per se, por suas “limitações” técnicas e sim que se preocupem unicamente com a diversão que desfrutamos com eles e que ainda podemos usufruir.
À esquerda, o grupo de Phantasy Star I enfrentando problemas. À direita, parte do grupo de Dragon Age: Origins.
Queremos que as pessoas joguem. Mas que joguem verdadeiramente. Que joguem seriamente. A impressão que tenho é que, proporcionalmente, os jogos foram se tornando mais infantis com o passar dos tempos. Controles mais complexos, gráficos exuberantes e muitas coisas para deslumbrarmos. Mas sentimos falta de jogos em que, de fato, podemos jogar. Como a sensação de que falta algo ao lermos versões ridículas de clássicos da literatura para adolescentes. É um enxugamento similar ao que experimentei com “Os miseráveis” em sua edição “juvenil” que tem, no máximo 1/100 do conteúdo e da beleza do original.
A indústria dos games, promovendo a repetição inerente a todo jogo, fez duas estratégias diferentes. Uma delas, repetir jogos com poucas mudanças (mas com o mesmo preço) levou à crise nos Estados Unidos durante os anos 1980. A outra, apresentar os games a um público maior, levou as empresas a fazer jogos não para “garotos pré-adolescentes” e sim com essa mentalidade. Não falo aqui do tema de um jogo; se é sexo, estupro ou violência sanguinolenta para classificá-lo como adequado para maiores de 18 anos não importa aqui. Os jogos que vêm sendo lançados nos últimos tempos são jogos, sem sombra de dúvida. Apreciar um quadro é um jogo; ler um bom livro é um jogo. Ver personagens se movendo por si mesmos em uma tela enquanto seguramos um controle fazendo movimentos absurdos com os dedos (ou os braços e pernas) também é um jogo.
À esquerda, um clássico dos jogos de tiro em primeira pessoa: Doom. À direita, um inovador com elementos de RPG chamado Borderlands.
Assim, o que sinto falta são jogos de verdade. Não consigo levar a sério muitos dos jogos lançados ultimamente. Me divirto muito mais jogando Phantasy Star e Sonic do que perdendo meu tempo com games mais recentes. E desde quando jogar, ler uma boa literatura, é desperdiçar tempo? Na verdade, nós ganhamos tempo fazendo essas viagens a outros mundos que de qualquer outra maneira a não ser pela loucura não poderíamos experimentar.
Por isso, o que esse manifesto (retro)gamer quer dizer é simples. Não queremos que haja mais jogos com visual e jogabilidade retrô; nem que todos usufruamos muito mais de jogos antigos. Queremos jogos de verdade. Queremos jogos que nos façam sentir como verdadeiros gamers. Nós, vistos comumente como nostálgicos (no pior sentido da palavra) lutamos e anunciamos o caminho do verdadeiro jogo. Podemos assistir filmes no cinema; podemos dançar num salão; podemos fazer yoga se nos matricularmos em um curso. Mas, como jogadores de videogame, queremos games que sejam aquilo que dizem e que devem ser.
Por isso, não importa a idade ou o visual de um jogo. O que nós, verdadeiros (retro)gamers queremos é simples: games. Não mais iludidos por comerciais e franquias, mas por aquele game que nos seduz deliciosamente à sua esfera.
Acima, máquina de arcade revolucionária (como muitas da Sega): R-360. Dificilmente surgem novidades assim; e não venham me dizer que Street Fighter IV tem uma máquina invoadora, porque não tem mesmo. 😛
Sou um jogador. Ou melhor, quero continuar sendo um que busca a diversão ao jogar. Seja em novidades dos games ou em jogos milenares de tabuleiro. É isso, essencialmente, que toda nossa preocupação com jogos antigos transpira. Não caixas e manuais surrados e empoeirados atrás de armários ou cofres; e sim experiências genuínas de jogo. É isso que o mundo dos jogos e dos jogadores pode esperar e querer de nós; nada mais, nada menos. Depende de mim, de vocês e de todos aqueles que jogam de verdade; que querem essa raridade divertida de hoje. Senão, as próximas geraçãos vão puramente admirar aquilo que nos absorve como mera relíquia do passado; e não pensem que jogos lançados hoje em dia escaparão desta sina daqui a décadas.
É isso. Até a próxima!
chuveu no molhado
Vaca Velha[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
O legal desse seu texto é que ele apresenta um monte de ideia diferentes, então cada um pode se interessar mais por uma ideia específica, mesmo que não concorde com tudo. Acredito que a intenção tenha sido essa mesmo.
Uma coisa que eu achei interessante foi quando você comparou os games com o xadrez, e também deste trecho:
“Desejamos que os gamers não se interessem por sua origem arcaica per se, por suas ‘limitações’ técnicas e sim que se preocupem unicamente com a diversão que desfrutamos com eles e que ainda podemos usufruir.”
Esse pedaço me fez pensar um pouco, e não sei se o que eu entendi foi o que você quis dizer, mas aí vai.
Geralmente quando a gente fala de games antigos, apresenta os jogos meio que como uma curiosidade arqueológica, fala da importância histórica e mistura com um pouco de nostalgia. Nada de errado nisso, mas de fato, quando as pessoas falam no xadrez, ninguém fica explicando suas “limitações tecnológicas”. Xadrez é xadrez, é um baita jogo, e não tem a menor importância quanto tempo passou desde que ele saiu, nem quais jogos vieram depois, ou se “War” é melhor nos aspectos x e y: ele continua sendo interessante para quem se aventurar a jogar, e não tem porque um fã de War (que saiu muuuuuuitos anos depois) deixar de jogar Xadrez.
No caso dos videogames, muita gente tem um certo preconceito com títulos antigos só por causa das limitações tecnológicas. Tipo, o cara começa a carreira gamer dele jogando God of War e não joga Streets of Rage por causa dos gráficos. Pelo que eu entendi, o que você está querendo dizer é que a gente não deve enxergar esses jogos como peças de museu, ou apenas como um “documento histórico”, mas como jogos tão bons (ou até melhores) quanto os atuais. O aspecto “jogo” desses títulos não depende do avanço tecnológico, assim como a idade avançada do Xadrez não diminui a sua graça. É por aí ou estou chutando na trave? 🙂
Bom, mesmo se não for, eu acho que nunca tinha pensando nas coisas por esse ponto de vista, então o texto já serviu a algum propósito. São argumentos interessantes para se levar em conta se formos pensar em uma maneira de fazer a turma mais nova se interessar por esses jogos. Talvez acabe influenciando alguns posts meus num futuro próximo.
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Eu queria comentar aqui algo que eu acho o maior defeito de todo o retrogamer (eu inclusive): Estamos sempre comparando o novo com o velho. É como comparar maçã com pera. Qual o mais gostoso? Eu particularmente não sei dizer…
Porém gostaria de dizer algo que eu faço aqui pra não ficar “sofrendo”. Quando vou jogar qualquer jogo (seja ele novo ou antigo), eu analiso o jogo como uma peça isolada, não como uma fraquia. Vou pegar o Sonic por exemplo. Se vc comparar o Sonic 1 do Mega Drive com Sonic Adventure do Dreamcast provavelmente vc não gostará deste último. Porém se você analisar o Sonic do DC de forma isolada, verás que é um bom jogo. São dois jogos com propostas diferentes em que o único ponto em comum entre eles são os personagens e nada mais.
Fechar os olhos pra atual geração pode ser considerado também um ato de “ista”, pois por puro preconceito baseado em comparações que ao meu ponto de vista não deveriam ser feitas, você pode estar perdendo jogos excelentes como God of War 3. Falow!
piga[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Rapaz, isso que você disse já merecia um post inteiro de “Academia Gamer” 🙂 Eu li um texto muito interessante sobre isso ontem, é uma (não) crítica ao novo Metroid. Não sei a quantas anda o seu inglês, mas se estiver afiado eu recomendo, porque o cara fala sobre isso ali no meio:
http://www.gamespite.net/verbalspew/archives/archive_2010-m08.php#e1661
É verdade que às vezes a gente é meio “reacionário” ao avaliar novas versões de franquias antigas, e esse texto sobre o Metroid me fez pensar um bocado.
Mas voltando ao assunto… eu curto bastante o God of War 🙂
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@piga
Mas aproveitando o gancho do Piga, Thiago… neste trecho você diz:
“Não consigo levar a sério muitos dos jogos lançados ultimamente.”
Do que mais exatamente você não gosta nos jogos atuais? O que você acha que há de errado com eles?
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
E aí, pessoal, beleza?
Bem, eu penso, quanto a este trecho “Não consigo levar a sério muitos dos jogos lançados ultimamente” o seguinte: Os jogos de hoje são, tecnicamente, maravilhosos (ao menos a maioria).
Porém, quanto a HISTÓRIA, quanto aquilo que SEGURA o jogador no jogo, que faz o cara repetir a mesma fase durante meses e meses seguidos (o meu caso em parappa the rapper, por exemplo) para querer chegar ao fim do jogo, isto eu creio que já quase não existe mais.
Em resumo, o fator DESAFIO dos jogos atuais está quase que morto.
E tenho dito.
Ricardo[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Não estava botando fé na “Academia Gamer” até ler este seu segundo post. Muito interessante esta idéia.
Este sentimento nostálgico já chegou a me incomodar, fazendo-me, inclusive, ir à psicóloga, que me tranqüilizou ao afirmar ser um fenômeno comum às pessoas que se encontram na faixa dos 30 anos. A infância, explicou a entendida no assunto, é a fase mais marcante da vida e quando bem vivenciada, tende a provocar saudades.
Grande parte do encanto destes games que brincávamos, é oriundo de momentos felizes que tínhamos na infância, ou seja, está intimamente ligado aos brinquedos que tínhamos. Isso criou uma fórmula de satisfação em nós que a evolução natural do entretenimento eletrônico está deixando e lado. É o mesmo efeito que os puristas sentiram ao perceber que o vinil estava sendo substituído pelos CD.
Por outro lado, também penso que a indústria está entrando numa onda de mesmice. Poucos são os títulos que trazem uma experiência realmente inovadora. Os consoles HD e o PC sofrem ainda mais deste mal. A Nintendo, num modo geral, é aquela que mais está sabendo conduzir a magia inicial que o videogame proporcionava, variando com criatividade trabalhos 2D/3D, buscando ressuscitar a diversão, priorizando game play ao invés de gráficos. Sem contar que se dispõem a manter viva a chama do passado através do Virtual Console. Com o 3DS a empresa já declarou – aliará tecnologia ao sentimento perdido da era 8 e 16 bits.
Acredito que não deveríamos fazer apologia somente aos títulos antigos, é necessário manter esta nostalgia saudável, porém com a consciência de que o tempo não para. Isto não implica em deixar de sermos críticos, contrários a pouca criatividade que estamos presenciando atualmente. Entretanto, não podemos deixar de nos abrir à nova era. Tem muita coisa boa e moderna por ai que a “velharada ranzinza” está deixando de usufruir.
Sandro “Matusalém” Vasconcelos[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Tem se falado muito sobre um certo complexo de inferioridade que os games têm em relação ao cinema, aquela coisa do jogo querer ser um filme. Um jogo no sentido mais estrito do termo é divertido uma, duas, três vezes. Não acaba quando termina, por assim dizer. Era assim nos tempos do Atari, por exemplo. Ultimamente, os jogos parecem mais filmes, que depois de “assistidos” uma vez perdem o encanto. Talvez seja por aí.
Claro, não vale para todos os jogos, há games cinematográficos que não enjoam tão facilmente depois de zerados, mas parece que há mesmo essa diferença de abordagem entre os jogos antigos e os novos.
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Orakio Rob, “O Gagá”
Só para ressaltar, sobre o meu comentário: não é dizer que os antigos sejam melhores, mas sim que os antigos estão mais próximos do conceito “de dicionário” para o termo “jogo”. Estou sendo bem técnico aqui, depois não vão dizer que estou diminuindo os jogos novos :p
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
O manifesto retrogamer de O Senil é algo que me atiçou bastante e motivador da escrita.
Preciso começar falando do pilar maior do nosso blog, o Cosmic Effect. O nome é a junção de “Cosmic Ark” do Atari 2600 com o jogo recente, atual, graficamente explosivo, superprodução (ah… e o jogo É bom), etc etc, “Mass Effect”. A idéia que desejo passar é que estaremos abordando jogos eletrônicos sempre em perspectiva. Ou seja: se eu comentar sobre Frostbite (putz, favoritaço aqui também 🙂 tentarei colocá-lo numa perspectiva (vou só de palavras-chave agora) gamer, jogo, gameplay – e que associe, quando possível, com jogos de gerações diferentes, bem distantes se houver como justificar. Se estiver revisitando, digamos, Alan Wake, o que fica desse jogo? O gameplay. Antes que alguém lembre de fatores como “mas e a atmosfera?”, o “clima do jogo”, eu digo o que vocês já sabem: você não absorve atmosfera nem clima através de cutscene (longas ou não): e sim do gameplay envolvido (nem que seja um quicktime, já ajuda).
Ou seja: o gameplay pode colocar Megamania ao lado de Bayonetta (ambos requerem timing preciso para realização de ações, do ponto de vista da jogabilidade, similares).
Já tentei provar lá no mesmo bloguinho que alguns jogos são obra-de-arte dos videogames não por terem um conteúdo estético exacerbado (Bayonetta é um exemplo recente – do conteúdo estético fantástico e que faz as pessoas se enganarem dizendo “este jogo é uma obra-de-arte”) e sim pelo envolvimento do gameplay com o jogador. Tenho um exemplo que sempre gosto de usar para demonstrar este ponto:
Em Out Of This World, há um momento em que o jogador é surpreendido por um inimigo ao trocar de tela; este inimigo derruba seu personagem no chão com um murro e sua arma visivelmente escorre pelo chão; o alienígena levanta-o pelo pescoço e… sem nenhum aviso dado pelo jogo, é possível usar o botão de chute para que o Lester consiga se soltar do inimigo; neste momento, é natural do jogador correr para a arma e pressionar para baixo no pad/teclado para pegá-la novamente; só que, somente neste momento “especial”, seu personagem rola no chão (bem hollywood mesmo) e levanta com a arma em punho, ESTIMULANDO o reflexo do jogador a pressionar o botão de tiro, resolvendo finalmente a situação. Ou seja: foi criada uma situação de extremo envolvimento do jogador com a “estória”, uma vez que tudo aconteceu totalmente através de gameplay. Certamente, a experiência é muito mais memorável do que uma cutscene pois esperamos da mídia videogame este tipo de relacionamento – o tempo todo, ora.
“Assim, o que sinto falta são jogos de verdade. Não consigo levar a sério muitos dos jogos lançados ultimamente.”
Você tem razão. A maioria dos jogos chamados next-gen tem baixo nível de interação, ironicamente – uma vez que eles vendem cada vez mais a idéia de “integração” e “interação” com suas manoplas cheias de swing. Mas eu diria que é uma camada artifical de interação o que eles estão propondo(sim, Wii, você também – só está salva porque a first party não deixou a peteca cair). Mas não há como negar que eles não vão deixar de tentar, senão viveríamos na era 16 bit até hoje (não seria ruin, hein? rs).
Por outro lado, fica um alerta: é possível acompanhar a evolução, o lado positivo do que acontece com os jogos ditos next-gen. Sim, eles estão menos intensos como JOGO e criam justificativas para que O Senil escreva um manifesto retrogamer sem que isso, de maneira nenhuma, seja visto como loucura, insanidade, pela comunidade gamer. Mas… algumas características que são parte da relação do jogador com os videogames não deixaram de acontecer em alguns títulos de hoje e, quando o jogo respeita a “máxima do retrogamer” que seria “gameplay & desafio”, temos jogos que não recomendo que deixem passar o momento – ou seja: que só joguem em 2030 quando forem retrô.
Gráficos bonitos. Cara, jogue a primeira pedra quem não joga videogame desde o Telejogo e sempre curtia, sentia aquele “warm feeling”, quando via um jogo mais bem-feito visualmente – quem sabe no Intellivision do vizinho, no MSX do amigo de infância ou naquele cartucho série diamante do Atari 2600 que o colega da escola tinha trazido dos Estados Unidos. A imagem “bonita”, aprazível aos olhos, agrada instintivamente. E este prazer também faz parte do todo da experiência gamística, não há como negar. Crysis. Já experimentaram este jogo (esqueça que é PC, que precisa de placa de vídeo de 1000 dólares, que tem AI duvidosa, etc) – repito: já tiveram a oportunidade de EXPERIMENTAR este jogo? Você, gamer desde sempre, nunca quis derrubar uma árvore do cenário? Isso aconteceu pela primeira vez em Crysis. “Ah, o Eric deve ser PCzista enrustido, aquele SuperConsole dele é só pra disfarçar” – nada disso! 🙂 Estou me referindo aos gráficos fora-de-série, que não foram igualados ainda por sinal. Nem sou fã de FPS. Se o jogo fosse péssimo, horrível, terrível… aí não dava pra jogar só por isso, é óbvio. Mas não é o caso. O ponto: é justifica experimentá-lo, se você for um gamer de verdade.
Existem outros exemplos: Dead Space, que é um jogo da Electronic Arts, sim, dela mesma. Quem não era fã dos jogos da EA na era 16 bit e nos computadores? A logo “EOA” no início sempre era garantia de um jogo mais polido em gameplay e demais características. Pois então: hoje a EA é um império, comprou todo mundo, The Sims, blá blá blá – Dead Space é um jogo dela, original, e que trouxe um ar de “puxa, estou jogando um jogo da Electronic Arts!”. Sim, e o game é de 2008, next-gen ao extremo. Mas tão bom quanto jogar Deus Ex em 2000, Ocarina of Time em 1998, Out Of This World em 1993, Super Mario Bros 3 em 1989 e… Cosmic Ark em 1982.
No fim, o bom dos videogames e da Internet é que podemos escolher entre três perfis de jogador genuíno de videogame:
1) Só jogar retrogames pois o acervo de bons (digo, maravilhosos) jogos é interminável;
2)É possível escolher somente jogar um único jogo, um MMO polido e gameplay-wise como Starcraft 2 e não jogar mais NENHUM outro jogo (é uma opção pra muitos, parece válida, você fica mestre naquele único jogo e tal – para mim não serve, mas respeito bastante quem assim o faz)
3)Jogar poucos jogos somente “next-gen”, mas que há acervo suficiente por causa da imensa quantidade de BONS jogos de verdade oferecida pelas redes dos consoles modernos. Porém, em geral, o desafio é um pouco menor, mas a experiência continua importante para qualquer gamer.
Eu sou 1 e 3. E você? Ôpa, isso não é post, não vou terminar com esse tipo de pergunta (risos).
“Queremos que as pessoas joguem. Mas que joguem verdadeiramente. Que joguem seriamente.”
Termino com essa frase sua, tamanha minha identificação com ela.
Eric Fraga[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Eric Fraga
Um dia eu ainda compro o passe desse Eric aqui para o Gagá Games 🙂
Gostei do comentário sobre o Out of this World, esse lance nunca tinha me ocorrido.
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Estou adorando os comentários até agora!
Sandro “Matusalém” Vasconcelos[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Vou usar uma frase sua naquela entrevista lá no Game Blogs: “….optei pelo Wii justamente pelo foco na fantasia. Prefiro controlar o bonequinho orelhudo e feliz de roupinha verde do que o guerreiro torturado com espada comprida e cicatriz no rosto.”
Achei muito interessante esse comentário. Uma coisa que eu posso dizer sim que a fantasia na era atual acabou. Só não sei dizer se é por causa dos jogos ou por sermos adultos hoje em dia e não vemos mais as coisas com os olhos infatis que tinhamos. Pode ser pelas duas coisas também, quem sabe?
Quanto ao artigo do Metroid que vc me recomendou lá em cima, vou ler com calma em casa depois…
Falow!
piga[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Eu gosto de jogos no sentido mais amplo da palavra. Tanto jogos de tabuleiro, quanto jogos eletrônicos, jogos velhos, novos. Aqui em Minas Gerais tem um jogo de cartas bem famoso chamado Truco (não sei se é famoso no Brasil todo, ou se mantém este nome). Eu fico meio chateado de ver que computadores e videogames estão matando jogos de baralho. Quando eu estudava, jogava truco pelo menos uma vez por semana. Todos na escola sabiam jogar. Hoje em dia, meu irmão (de 16 anos) não dve saber nem um jogo de cartas. Jogos como xadrez conseguiram se adaptar aos tempos, e hoje é relativamente agradável jogar xadrez pelo computador. Já muitos jogos não se adaptaram tão bem. Pega-varetas, pião, War… Não é apenas por falta de espaço, e nem por preço. Simplesmente vão sendo esquecidos, pq ninguém mais liga.
Eu gosto de jogos bons. Não importa se são novos ou velhos. Isso inclui jogos de videogame também. É algo comum pela internet: pessoas que não acompanham jogos novos criticam apenas por nostalgia e apego aos jogos velhos, sem enm ao menos jogar. E o inverso também acontece: viciados em gráficos que não conseguem ver a graça de um Pacman, de gastar horas nas mesmas fases de Megaman, sem nem ao menos tentar. É comum também ver críticas a um estilo de jogo específico. Por exemplo: hoje em dia tudo é FPS. Verdade, mas devemos lembrar que o que “capa” os jogos é os recursos presentes.Quando o ápice eram jogos de plataforma, tinhamos dezenas de jogos, com poucas variações.Uma pessoa que não consegue distinguir na jogabilidade entre Halo e Modern Warfare II em teoria não deveria ser capaz de distinguir entre um jogo de Sonic e Mario. Jogos ruins sempre foram a maioria, mas sinceramente acho bobagem largar os jogos novos completamente de lado. Gostava de jogos de simples, bonitos e simpaticos? Tente Mini Ninjas. Os grandes problemas nos jogos atuais, para mim, sãoa falta de dificuldade e a falta de exploração. Mas criticar toda uma industria que lança centenas de jogos por ano só por isso é generalizar demais. Quem sabe filtrar e escolher o que quer vai se divertir com um Nintendinho, Wii, Playstation 3, Nintendo 64…
Heider[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Orakio Rob, “O Gagá”
O telefone do meu produtor é 555-…
E diretamente da versão “Another World High Resolution Collector’s Edition” que ganhei no Rifão do Gagá, a cena cinematograficamente-gameplay que comentei (só a cena mesmo, 10 segundinhos) para apreciação. Sirva com uma bela taça de vinho.
http://www.4shared.com/video/PtyPwI8G/Another_World__Achievement_Unl.html
Eric Fraga[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Apenas uma correção: o nome do jogo é keystone KAPERS, e não keystone keepers (não me pergunte o porquê)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Keystone_Kapers
Duke Magus[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Ótimo texto!
Ontem mesmo, me deparei com dúvida. Sou apaixonado por automobilismo, hoje inclusive sou piloto virtual, pra quem não sabe do que se trata, visite o link baixo e entenda como funciona este novo esporte, o Automobilismo Virtual:
http://www.sentidosul.com.br/colunas/automobilismo-virtual/conheca-o-automobilismo-virtual
Ok, ok, não resisti o merchan, hehehee!!! Mas voltando ao nosso tema…
Sempre fui apaixonado por automobilismo e consequentemente por jogos de corrida, Enduro, Pole Position, Top Gear, Super Mônaco GP e tantos exelente jogos de corrida sempre me proporcionaram dezenas, centenas (milhares???) de horas de diversão e desde o enduro, até os dias atuais, eu sempre me sento um piloto no cockpit. Pois bem, ontem, após treinar para a próxima corrida que é semana que vem em Monza, resolvi aliviar a tensão de ter que andar sempre no limite, brincando em algum bom jogo de corrida!
Comecei a analizar vários games novos que tenho, como GTR, Race PRO, Race07, GTR Evo, até o lindo mais fraco Grid e percebi que são jogos lindos, cheios de efeitos e etc, mas nenhum deles, me atiçam a vontade de jogar “O JOGO”! Não estava afim de gráficos exulberantes e partículas por toda a tela, estava afim de me divertir somente!
Pensei, Super Monaco GP II!!! Sim, imaginei que ia coorer duas corridas, ia dar um save e sei lá quando voltaria a brincar novamente. Quando dei por mim, já estava na ultima etapa da segunda temporada, ou seja, 32 corridas e algumas horas depois… correndo com o pior carro e sendo campeão, me senti realizado, me diverti muito disputando as curvas com a AI…
Aí que entra o tão buscado ato de JOGAR!
E não parei, a sensação de jogar, havia tomado conta de mim, tinha jogado por umas 2 horas o Super Monaco, mas não estava satisfeito e pulei diretamente para o Flash Back, (aqui tem spoiler sobre o jogo, não diga que não avisei!!!) fui até a fase em que Conrad precisa trabalhar para comprar as passagens, quem conhece o jogo sabe que isso deve acontecer quase na metade do jogo e hoje por várias vezes no meu dia, me veio o pensamento sobre como será retomar a aventura e assumir novamente a pele do personagem, a interação com o jogo é fantástica, obra de arte, assim como o citado pelo Eric, Out of This World, que me rendeu emoções fantásticas, principalmente no final, não vou dar spoiler, mas quem terminou sabe a carga de emoção que tem o final, isso pra quem conseguiu entender a história e se encarnou nela.
O mesmo, tem acontecido com Alan Wake, estou tendo com ele, praticamente a mesma experiência que tive com Out of This World, estou me emocionando, com os acontecimentos durante a trama, a jogabilidade, tem me incomodado um pouco, mas está sendo muito bom!
Então, vamos jogar o jogo pow!!!
Abraço…
Boca-Fox[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Um dos motivos de eu ainda gostar de games antigos é por causa das músicas.
Jogos antigos seduzem mais por causa das musiquinhas em chiptune, com temas grudentos. Hoje é tudo genericamente orquestrado.
Fernando Lorenzon[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Fernando Lorenzon
Ahh, isso é outro assunto “bem legal” que o Fernando colocou….
Sonic 1. O que seria dele sem aquela trilha absurdamente boa? Sonic não é tão rico em gameplay do que o primeiro lugar, o tal do Mario (apesar de ser O segundo lugar); mas aquele jogo da SEGA é carregado em parte sua pela trilha marcante.
Se ela fosse em orquestra, Fernando, como seria? De fato, muda a abordagem do músico compositor. E a melodia fica mascarada – claro, a música ganha depth – do ponto de vista estritamente musical, ganha MUITO depth por sinal. Mas aquela relação mais direta com a canção que trilha os caminhos do game fica meio esfumaçada mesmo.
A Nintendo até hoje usa, propositalmente, sons PCM nos jogos do Wii justamente para tentar garantir este ‘feeling Super Nintendo’ (até porque é a mesma tecnologia sonora empregada na época do 16 bit).
Mas digo uma coisa: é uma diferente apreciação, mas pode ser igualmente prazeirosa. A trilha de Elder Scrolls IV ou mesmo a minimalística trilha de Fallout 3 eu escuto no carro. Ao lado das músicas de Castlevania 1 do NES, Phantasy Star 1 do Master e… Sonic. Tipo, no mesmo playlist mesmo.
O ponto é: não é que as músicas são genericamente orquestradas, mas é que a música com mais de 4, 5 instrumentistas tende a ganhar muita profundidade e a melodia deixa de ser o elemento pop, fácil de “seguir” e se torna apenas mais um elemento. Daí, absorvê-la requer mais “atenção”, eu diria. Mas entendi seu ponto – e nisso a própria Nintendo concorda com você, tanto que faz o que comentei com seus jogos da série Mario Galaxy, por exemplo.
Eric Fraga[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Eric Fraga
O lance das trilhas também tem a ver com o fato de que naquela época os personagens de um Final Fantasy VI da vida, por exemplo, não tinham expressões faciais detalhadas e realistas. Os temas mais melodiosos e marcantes ajudavam a definir a personalidade deles. Sempre gosto de usar a música do Kefka como exemplo: ela contribui enormemente para definir a insanidade e a periculosidade do sujeito.
Eu fico me perguntando se as trilhas não pegaram o “caminho errado” numa tentativa de imitar o cinema. Tipo, o avanço tecnológico não é impedimento para a criação de temas mais melodiosos, então por que temos trilhas tão genéricas com cara de música de fundo hoje em dia. Bom, isso já daria assunto de sobra para outro “Academia Gamer” 🙂
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Sim, faço suas as minhas palavras.
MAS o console que comecei jogando foram odyssey e intellevision, só 1 ano depois tive o atari
sonic_tales[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Grande post…muito, mas muito bom mesmo….=D
Li também os comentários e teve um que me fez pensar: que a fantasia dos games está acabando….também acho isso…hoje se busca o realismo nos games e na minha opinião quanto mais real um jogo é, mais sem graça ele fica….já que o legal mesmo é soltar hadoukens, enfrentar alienígenas, pular em cogumelos num mundo de imaginação….enfim, tudo que não podemos fazer na vida real…..
E talvez o apego maior que tenho pelos 8 e 16 bits seja porque quando você vê um cenário simples e com fundo com quase tudo preto tipo o do Metroid do Nes automaticamente sua imaginação preenche aquele espaço vazio com o que deveria estar lá…é meio que como ler um livro, você lê e imagina aquela cena…..já os games novos é como um filme…já está tudo pronto na tela……
Por isso não troco a velha pela nova geração….embora tenha muito saudosismo de minha parte incluido…
Hely[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Uma correção: o jogo do 2600 chama-se Keystone Kapers, não Keepers.
Gostei do texto.
Eu não consigo gostar dos jogos atuais. Acho eles focados quase que exclusivamente em gráficos e realismo e parecem se esquecer do resto. Não suporto esses jogos 3D em 3ª pessoa. Sinto falta daqueles jogos “sem sentido”, onde você simplesmente é um bicho esquisito qualquer com um objetivo ainda mais estranho. Gostaria que houvesse mais remakes desse tipo de jogo, com gráficos e sons mais atuais. Tipo o PSG.
Também não gosto de dizer que os antigos são melhores, apesar de que gosto mais deles.
Mas uma coisa é fato: antigamente era mais fácil ser inovador, ser criativo. Hoje é complicado lançar um jogo (assim como muitas outras coisas) original, diferente dos outros.
Ahh, viram que a Tec Toy lançou Mega Drive 4 no Brasil? Pena que não tem mais os cartuchos/fitas.
Otto Teixeira[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Nós já não conversamos sobre isso no MSN não? kkkkkk
Muito bom Senil, curti o texto pra caramba! E parece que não foi só eu XD
Rapaz, o seu texto bate com aquela frase antiga mas que perambula pelos ouvidos do pessoal gamer ainda hoje: Jogo bom é pra ser jogado, não importa a cara e a idade dele. É o que acontece com a sinuca: quem aqui não gosta de jogar uma sinuca com os amigos? Por pior que você seja, é divertido pra caramba jogar esse tréco com os camaradas, é diversão a dar com pau. É um jogo, como xadres ou damas, ou vários outros que vc citou, jogado a gerações em um rítimo que não diminui e não tem previsão para que isso aconteça.
Ser RETROGAMER é mais ou menos por aí: continuamos a jogar os bons jogos de antes, mas os motivos que levam cada um a fazerem isso são variados. No meu caso, gosto de jogos antigos por que sou nostálgico, deixei muita coisa por jogar no meu passado, e particularmente não vejo lá muita graça nos games de hoje, sentimento que floreceu em meados da metade da geração passada.
Em um determinado momento, percebi que tudo o que eu jogava pecava em originalidade, meras cópias e continuações sem inovação, e pouquíssimos jogos realmente conseguiram me prender frente a TV, pérolas como Zone of the Enders Second Runner (grata surpreza depois de um 1º game TERRÍVEL), Shadow of the Colossus, Metroid Prime e Okami. Fora estes, tenho que me esforçar para recordar mais algum jogo que realmente pudesse fazer alguma falta à minha vida de jogador, e isso persiste até hoje com os videogames High Definition, que não adiquiri um deles ainda por pura falta de interesse em seus jogos.
Claro que isso é uma particularidade minha, mas o sentimento de mesmice que eu sinto ao ver os games mais novos não é não: está se tornando cada vez mais comum.
Sabat[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Antes de mais nada, um agredecimento geral a todos os comentários. Estava um tanto ansioso por este ser o primeiro post “de verdade” desta coluna; e eu tinha planejado ele para um momento bem posterior. O primeiro vai ser o terceiro dessa primeira leva e isso me deixou um pouco apreensivo com relação ao que poderiam achar de algo assim logo de cara, mas fiquei feliz com or esultuado. A idéia da “Academia Gamer” é bem essa mesmo que acabou acontecendo: os comentários são o mais importante.
Ah, e vou comentar um comentário por vez, por isso, quem comentou mais de uma vez, terá mais replies aqui. hehe Em ordem de postagem, protanto.
@Orakio Rob, “O Gagá”
É mais ou menos por aí Orakio. A idéia é não só o preconceito de algumas pessoas com relação a games antigos por causa dos gráficos, som e “lerdeza”, mas também a própria transformação nesses jogos em etapas que podem esquecidas hoje em dia. O que não importa muito. Entendeu bem o que quis dizer e ainda trouxe algumas outras coisas a pensar. E pode esperar que a comparação de videogames com board games (jogos de tabuleiro) é extremamente rica. Traz muita luz ao que quero dizer e ao que tenho aprendido (e descoberto) sobre games.
@piga
Yep. Bem isso mesmo Piga. comparar um jogo com outro é besteira. Se o jogo diverte, não é porque é “melhor” que outro (seja mais antigo, mais recente ou da mesma época); é porque você leva ele mais a sério. Você se importa com ele e consegue “se deixar levar” pelo game. A dicotomia “novo” contra “velho” no mundo dos games é um tanto nociva porque afasta retrogamers de jogos novos e afasta jogadores novos de um nicho que acaba virando uma espécie de “meio underground” que é desnecessário, mas que para incomodar menos é melhor manter distância.
@Orakio Rob, “O Gagá”
Aproveitando o gancho… hehe Eu era meio preconceituoso com games recentes. Sempre me orgulhei (para minha vergonha hoje) de que nunca acompanhava a geração atual de consoles e arcades (pelo menos a partir da sexta), sempre estava algumas atrás. Tipo, só fui jogar Dreamcast há dois anos atrás. hehe Mas, jogando vários jogos recentes de um ano e meio para cá, eu pude perceber que estava errado. Jogos novos podem ser divertidos. Existe muito, mas muito lixo mesmo para qualquer console. O Atari tem jogos horríveis, o Master System (de longe meu console favorito) tem alguns que passo longe…
E o mesmo acontece hoje. O problema é que a proporção é muito maior. Como exemplo (e sem estatística nenhuma), poderia dizer que de 100 jogos da década de 1980, 50 eram bons. Hoje, de 10.000, os mesmos 50 são bons. Por isso, muito jogo atual eu não consigo levar a sério, mesmo depois de dar uma chance a eles. Outros, pelo contrário, eu me deixo envolver com imensa facilidade. Ainda se faz jogos bons hoje em dia; e isso é algo que nenhum(retro)gamer pode esquecer.
A idéia principal do texto é essa: quando criamos comunidades retrogamers, que louvam jogos antigos, nada mais querem expressar o desejo e a importância de vivenciarmos jogos “de verdade”. Por isso o “retro” entre parênteses: o desejo retrogamer que eu tenho (e que, creio, todos que acompanham estes blogs têm) nada mais é que a ânsia que possuímos por jogos bons. E o que quero dizer por bons? Jogos divertidos, que nos “levam a oturo mundo”, que “nos envolvem” e qualquer outra metáfora que puderem imaginar (que é o que de fato acontece quando jogamos genuinamente).
@Ricardo
Captou bem a idéia Ricardo. É bem isso que quis dizer. Não daria tanta ênfase à história, até porque muito jogo antigo bom não tinha enredo nenhum. hehe Mas concordo absolutamente com o que falou sobre “o que te segura no jogo”. O jogo precisa te seduzir; você precisa se deixar levar por ele. Isso é levar o jogo a sério; é esquecer, durante o tempo em que se joga, que ele é “apenas um jogo”. Muitos jogos hoje não atraem nem um pouco; ou melhor, atraem por um tempo determinado para cansar dele, esquecer que existe e comprar outro. hehehe
@Sandro “Matusalém” Vasconcelos
Que bom que gostou no final das contas Sandro! Fico feliz de “ouvir” isso. Posts de apresentação são meio sem graça mesmo. hehehe
Concordo com o que disse também. A vantagem é que não é por não sermos mais crianças que não podemos mais “brincar” com nossos jogos de videogame. Alguns, certamente, ficam para trás. Mas outros permanecem conosco até hoje. A infância é um período da vida criado em algum momento na hsitória da humanidade; antes, essa divisão adulto e criança não existia muito bem. Por isso, antigamente, embora os “jogos” fossem diferentes de “brincadeiras”, eram igualmente levados a sério. Hoje, quando você fala que joga alguma coisa que não seja “sério” como um esporte ou algo assim, podem até olhar você meio torto. hehehe
E certamente, temos que ser críticos. Não falar simplesmente “vamos voltar ao que era antigo porque era melhor”, mas torcer e lutar por jogos recentes que sejam divertidos de verdade. Não custa repetir que esse apelo é muito mais do gamer genuíno do que exclusivo do retrogamer. Embora seja este que, ao defender jogos criativos, sem se importar muito com gráficos e priorizar a diversão, acaba sendo o porta-voz desta necessidade de todo gamer.
Aliás, eu sou formado em psicologia. 😛 E meu mestrado (a ser defendido em breve) será em um Departamento de psicologia. hehe
@Orakio Rob, “O Gagá”
Acredito que seja mesmo um pouco por aí. Jogo não é filme. Uma pena que tanto game designer excepcional tenha isso como meta (Kojima, para ficar em só um exemplo). Embora, como pretendo explorar em outro momento, um filme é um jogo. 😛 Mas isso fica para depois. hehe
@Eric Fraga
Fico muito, mas muito feliz mesmo que ler meu texto empolgou você a escrever Eric. A idéia da coluna é essa mesmo. E espero, de coração, que muitos façam o mesmo. No caso, gosto muito do seu trabalho e é uma honra receber tantas linhas escritas por você.
Na verdade, nem sei muito o que dizer… hehe Sua descrição de um momento emblemático com um jogo foi excelente. É DISSO que sinto falta hoje; não de experimentar isso nos jogos (porque experimento), mas de ouvir/ler pessoas falando isso dessa forma. Cara, isso sim é “jogar videogame”. Só queria frisar de novo o “retro” entre parênteses; jogos excelentes ainda são feitos hoje, sem dúvida. O manifesto é mais um manifesto gamer dirigido a retrogamers. Falei por mim, sabendo que muitos, como você acabou demonstrando e outros pelos comentários (ou quem nada disse), entenderiam bem o que quis dizer e que poderiam “citar” o que falei como se ele mesmo tivesse dito. Não é isso que um manifesto tem que ser? Até por isso que fiquei bem apreensivo com relação à recepção dele para dizer a verdade.
E caberiam exemplos de jogos recentes que tenho jogado sempre que tenho tempo: Dragon Age (recomendadíssimo a todo RPGista das antigas – o jogo é bom hehe) e Borderlands (nem sou fã de FPS, mas adorei o jogo pelos elementos de RPG). Mass Effect eu quero jogar e está na lista para “quando for possível”; estou interessadíssimo nele.
Quanto á pergunta, sou mais 1, 3 e um pouco do 2 (explico hehe). Jogo jogos antigões e jogos novos. Mas tenho certa tendência a repetir o mesmo jogo várias vezes e não ficar procurando muito outros jogos para jogar (embora fizesse isso tempos atrás). Experimento um ou outro, mas sempre acabo preferindo jogar o mesmo de novo. Um jogo que te envolve de verdade, faz você querer jogar de novo. Jogo descartável passa longe do que imagino (e acredito) ser um jogo verdadeiro.
@Sandro “Matusalém” Vasconcelos
O mesmo aqui! huahuahauhauha
@piga
O problema é que, ao pensarem um jogo como “arte” ou “cinema” os designers dão um treco pronto para a gente hoje em dia. E não é bem assim; não temos que ficar deslumbrados “diante” do jogo, mas ficarmos extasiados “dentro” dele. Claro que ao olharmos com atenção um filme/quadro, podemos dizer que estamos “dentro” dele (e estamos de fato), mas acho que entendem o que quero dizer.
@Heider
Exatamente isso. Não acrescentaria e nem tiraria nada do que falou. E sim, truco é famoso aqui em São Paulo e tem esse mesmo nome. hehe Aliás, aprendi a jogá-lo umas duas semanas atrás. huaauhauha antes, era só pif-paf, pôquer e paciência (que jogava com cartas mesmo).
@Duke Magus
Valeu por apontar! Deve ser um erro comum meu… Tanto que antes chamava o Forstbite de “Frostbit”. hehehe
@Boca-Fox
E é isso aí! huahuahauhauha Esse tipo de relato que gosto de ler. Eu não sou fã ardoroso de games de corrida, mas tem vários que não abro mão de jogar sempre que tenho tempo! Out Run é um deles. Super Monaco GP II eu tenho o cartucho japonês até hoje; joguei muito quando moleque e é o jogo de Fórmula 1 que mais gostei até hoje.
@Fernando Lorenzon
E bota genérico nisso. Parece que alguns são que nem músicas de filme: compostas pelo mesmo cara e com aquela impressão de “eu não já ouvi isso antes?”. hehehe Poucos compositores hoje sãor ealmente criativos. Como músico, é algo que reparo bastante e que com certeza me empolga muitas vezes a continuar um jogo. É algo que ajuda a “manter você em jogo”, se é que me entende.
@Eric Fraga
Música é importante em um game. Isso é fato. Embora não seja em todos. Mas, não custa insistir, quando é que vamos tocar? huahauhauhauhua Estou epsquisando uma bateria nova aqui. hehe Podemos gravar via internet mesmo. hehehe
@Orakio Rob, “O Gagá”
Não só daria como tenho algo esboçado já. hehehe Não só sobre música, mas sobre filmes também. Só não sei para quando porque estão em estado embrionário ainda (as idéias estão mais ou menos articuladas, mas falta “sustança” hehe).
@sonic_tales
Cara… Acredita que nunca joguei nenhum dos dois?… Sempre tive curiosidade. O Intelivision chegou a ter um mod (nem adaptador era) para jogos de Atari, se não me angano. Ter um poderia ter uma vantagem adicional.
@Hely
E esse até que ficou curtinho. huahuahuahua Brincadeira, não quero assustar vocês com meus posts quilométricos.
A busca pelo realismo é um problema mesmo… Um jogo não precisa ser equiparável ao que chamamos de “real” para nos seduzir, nos empolgar e nos atrair à sua esfera. A imaginação tem um papel importante em qualquer jogo; até mesmo em jogos recentes. Por exemplo, num game como Dragon Age no qual toda resposta que você dá pode ter resultados em seus relacionamentos (e encerramentos) no decorrer do jogo, você imagina o que aconteceria se dissesse “x” e não “y”. É outro tipo de imaginação, mas ainda presente. Eu vou falar disso mais para frente com mais detalhes ainda e aí talvez dê para alargar mais a discussão sobre isso.
@Otto Teixeira
Valeu também pela correção! Que bom que as pessoas repararam e avisaram… Senão passaria despercebido mesmo.
Concordo com o que falou. Também acho que seria besteira dizer somente “jogos antigos são melhores”. Mas que tem muita coisa ruim saindo hoje em dia, isso tem sem sombra de dúvida. E isso é devido, principalmente, ao próprio mercado atual e à indústria. O que é uma pena; mas já tenho um post sobre isso prontinho para as semanas a seguir. hehe daí a gente fala mais sobre isso.
@Sabat
Tenho quase certeza que sim! huahauhauhau
Também não sei bem o que acrescentar ao que falou. É bem por aí que penso, sem dúvida. O preocupante é que os jogadores não reclamam dos jogos ruins; ao falarmos isso em blogs de games mais antigos, parece que somos “nostálgicos” (num sentido ruim) ou “conservadores”. Pior: nem jogam os jogos para saberem se são ruins ou não. Ou, muito mais comum, jogam trinta minutos, desistem e vão jgoar outra coisa. Quantas vezes eu não aluguei uma fita, achei uma porcaria depois de testar e, duas horas depois, dei uma nova chance e passei o fim de semana inteiro jogando o mesmo jogo (e esquecendo os outros cartuchos alugados)? Os games hoje são bem descartáveis; culpa da indústria e culpa da maioria dos jogadores que pega qualquer coisa hoje em dia só porque é “bom graficamente”, tem “mulher bonita”, ou qualquer outra coisa que não é essencial na diversão ou para que exista um bom jogo.
Ufa. hehehe Acho que comentei tudo. huahuahauhauha Sintam-se à vontade para contra-comentar! hehehe
O Senil[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Uma das coisas que eu acho que o videogame de hoje perdeu foi a simplicidade. Antigamente você colocava o cartucho no console, ligava e pronto começava a jogar. Hoje tudo é muito cheio de frescuras, você tem mil configurações pra fazer, atualizar firmwares, instalar dados, mas porra eu só quero jogar e pronto!
Eu lia em vários lugares críticas excelentes do tal Monster Hunter, e decidi rodar no meu PSP, pra ver se era tudo aquilo que falam. Eu já comecei me irritanto com a coisa quando fiquei 10 minutos pra instalar dados adicionais no cartão de memória, depois um bom tempo escolhendo uma roupa pro personagem, cabelo, cor de pele, rosto, sexo….Bom então pensei agora eu vou jogar! Que nada, você não pode jogar ainda pois tem que passar para um tutorial que vai te ensinar a mecânica complicada desse jogo. Você vai ter que aprender a cultivar coisas na sua fazenda, você vai ter que pescar, catar insetos, criar armas e equipamentos….
Enfim uma hora de jogo, mas jogar de verdade e enfrentar aquele T-Rex like legalzão da capa do jogo nada….
Resultado apaguei o jogo do cartão de memória e agora estou me divertindo picas jogando o primeiro Parasite Eve.
É como o pessoal tem falado mesmo nos comentários, os jogos novos estão muito preocupados a chegar em um nível de realidade nunca visto antes, mas e a diversão onde fica?
Mas eu me considero apenas um cara que gosto de jogos, não sou radical a tal ponto em fechar os olhos para os jogos atuais. Também gostei de God Of War, pra mim é uma evolução natural dos jogos Beat’em Up. Você só precisa se preocupar em permanecer vivo, tem um ou outro upgrade, mas no geral é um jogo simples porém divertido.
João do caminhão[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Os reacionários querem jogos revolucionários.
O problema com os jogos de hoje é que são variações de fórmulas antigas. Survival Horror você anda, mata, vem pedaços da história, puzzles…
O xadrez permite você jogar várias vezes, permite novos desafios usando um esquema próprio. É o mesmo que jogos de esporte. Parlour Games dificilmente enjoa com um amigo ou irmão. Mas sozinho não é tão bom. Falta jogos com fórmulas que permitam jogar bem sozinho. Um frescor.
Sem contar que (tirando um ou dois) os jogos adoram bradar que são roteirizados, mas só possuem clichês/lugares comuns. Seriam filmes “b” da pior espécie.
Leandro Moraes[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Sinceramente, eu acho que isso de “ah, jogos modernos não são tão divertidos qto jogos antigos” não passa de um preconceito de nós velhos rabugentos.
Pq que PRA GENTE, qdo a gente era muleque era td melhor?
Vamos pensar, qual a preocupação que a gente tinha na época? Pra mim era acordar cedo no sábado pra chegar na locadora antes que os jogos mais cobiçados fossem alugados, e depois passar o fds inteiro aguentando a minha mãe me enchendo o saco pra eu sair do videogame. Ou então durante a semana a minha preocupação era sair da escola e voltar correndo pra casa pra ver se a Manchete ia finalmente passar a continuação da luta do Seiya com o Aioria nos cavaleiros, e no dia seguinte ficar comentando o episódio com os meus amigos na aula.
Hj em dia é td diferente, td mundo tem preocupação com trabalho, estudo, mulher e por aí vai.
Claro que se eu sentar hj pra jogar um jogo que eu jogava na época vai me trazer mais prazer, pq me faz lembrar de uma época que eu era puramente feliz e td na minha vida era mt mais simples. Hj em dia eu não tenho condições de gastar as 48 horas do meu fds tentando zerar um RPG como eu fazia há 10, 11 anos atrás, mas jogar 1 horinha de Albert Odyssey já me traz uma satisfação enorme só de lembrar daquela época.
Mas isso aew só acontece pq a diversão do jogo fica atrelada à nostalgia que me dá ao lembrar da minha infância.
Jogando um jogo moderno, por mais que possa nos trazer hj a msm diversão que os jogos antigos nos traziam na época, se vc for comparar com a diversão que um jogo antigo nos traz hj em dia, o jogo moderno vai perder simplesmente por não ter essa nostalgia.
Mas isso não quer dizer que os jogos de hj em dia sejam piores que os de antigamente, e sim que nós é que não sabemos mais apreciar.
Tanto que vc pode perguntar pra qqr criança de hj em dia se ela prefere God of War ou Streets of Rage, e mt provavelmente ela vai falar que prefere GoW. E isso acontece não pq elas são “apenas crianças ignorantes que não sabem o que é um jogo de verdade”, mas sim pq elas são crianças aproveitando as coisas da época delas, assim como éramos há 15, 20 anos atrás…
Certamente, daqui a 15 anos, essas msms “criancinhas ignorantes” de hj em dia estarão escrevendo posts apaixonados sobre “como os jogos de PS3 na nossa época eram excelentes e os jogos do Game Icosaedro de hj em dia são uma bosta”. Certamente isso vai ser verdade do ponto de vista deles, mas não vai ser uma verdade absoluta.
Eu acredito que esse sentimento de que “jogos modernos nao me divertem tanto qto jogos antigos me divertiam na época” vem mais do fato de que eu cresci e me tornei um gamer calejado e exigente do que do fato da qualidade dos jogos ter caído…
Me colocando no lugar de uma criança hj em dia, eu não vejo pq eu não ficaria na porta da locadora às 7 da manhã de um sábado pra alugar um Bayonetta da vida. Não vejo pq eu não ficaria tão absorto com o enredo de um Final Fantasy XIII qto eu ficava com o Shining the Holy Ark ou com o Panzer Dragoon Saga. Não vejo pq eu não tremeria de medo jogando um Doom 3, ou pq não vibraria explodindo crânios de zumbis num Resident Evil 5…
Jorge Chernicharo[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
esse texto “parafraseia” com um texto que foi publicado no [url=http://www.gamasutra.com/blogs/TimTavernier/20100827/5836/How_To_Make_Games_Like_Nintendo_Mentality.php]gamasutra[/url] (que pode ser encontrado traduzido [url=http://gamehall.uol.com.br/loadingtime/?p=2823]aqui[/url]). tá, o titulo fala de “como fazer games como a nintendo” mas se vc le-lo vai entender que tem muito a ver sim…
maximuscesar[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Minha opinião acerca do assunto bate exatamente com a visão que o amigo Jorge possui. Acho que muitas vezes nós retrogamers, temos preconceito com o “novo”, e sempre achamos de antemão que os games clássicos são melhores que os atuais. Comigo é assim com várias coisas: eu acho que a programação da TV era melhor no passado, os filmes eram melhores, a música era melhor. Mas assumo que no final das contas, tudo isto apenas reflete a minha realidade, já que as crianças de hoje em dia, por exemplo, adoram tudo isso, e não reclamam.
Eu mesmo tive preconceito com os games mais recentes por muito tempo, e hoje estou mudando meus conceitos, vendo que existem games bacanas em todas as épocas. Talvez pela nostalgia, eu sempre vou achar que os games que joguei quando criança eram melhores, mas eu sinceramente não consigo negar a qualidade e mesmo a diversão que sinto e senti, ao jogar alguns games mais “modernos”: God of War é um exemplo de game “mais moderno” que me satisfez tanto quanto quando eu joguei Castlevania III – Dracula´s Curse do NES pela primeira vez. Outras franquias que nasceram no PlayStation 2, como Onimusha, Devil May Cry e Yakuza, por exemplo, hoje são tão queridas por mim, como algumas das minhas franquias preferidas do passado, cujos games conheci na minha infância e adolescência, como Mario, Sonic, Castlevania, etc.
Esse outro ponto do comentário do Jorge reflete bem o que eu penso também. Dificilmente um game moderno irá agradar um jogador veterano como faziam os games que ele jogou no passado, por melhor e mais criativo que este game seja. Sempre vai faltar aquele delicioso fator “nostalgia”, o sentimento que eu tenho até hoje quando jogo alguns clássicos, que por si só já são games ótimos, mas que aos meus olhos se tornam melhores ainda por me trazer várias recordações de um passado mais tranquilo, onde a vida se resumia em acordar, jogar videogame, brincar na rua, comer, estudar, e dormir.
E pra resumir tudo de uma vez, o final do comentário do Jorge fecha com chave de ouro o que eu também penso sobre o tema. Sem tirar nem por.
André Breder[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@André Breder
Tem muito disso mesmo, da questão nostálgica, mas o problema não se resume a isso, como já falei, os jogos atuais estão numa mesmice (com raras exceções), num ciclo vicioso focado somente no upgrade técnico e pouco em gameplay. Não é a toa que o mercado está se voltando novamente a jogabilidade da era 16 bits e a perspectiva 2D voltou a estar em alta. A Nintendo anda muito preocupada com isso, se pronunciando a respeito da falta de criatividade que cerca as fabricantes de games ultimamente.
Sandro “Matusalém” Vasconcelos[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@O Senil
Ainda por cima seu console favorito é o Master System. Demais. Só posso dizer que ando por aí com uma camisa com o título de SpellCaster e cenas do mesmo jogo espalhadas num mosaico… rs
Cara, o “Cosmic Effect Sound Team” (risos) está apenas aguardando sua aquisição da bateria para uma versão de música de seu jogo favorito do primeiro console da SEGA 🙂
Só mais um detalhe que me identifico muito com o que você pensa, além de aproveitar e estimular todo gamer a fazer: “…(indica) Borderlands (nem sou fã de FPS, mas adorei o jogo pelos elementos de RPG)”. O fato de você passear sem preconceito mesmo é crítico para não deixar de aproveitar certas pérolas. Afinal, pra nós, gagás (com ou sem G maiúsculo, rs) dos videogames é fácil, facílimo até reconhecer se um determinado game pelo menos TENTA ser o que gostaríamos que fosse.
“Lets Dance With Puppets” para Wii não vai ser levado a sério pra tipos como nós antes de chegar no meio do título. Mas “deixar pra lá” jogos só porque são muito populares ou porque são FPSes, por exemplo, não é legal. Halo? Aquele troço é balanceado AO EXTREMO, como diz o Gagá, o jogo tem momentos próximos de jogo no sentido dicionário da palavra – e acredite, numa “droga de FPS americano”). Também me enquadro no não-fã de FPS – o que certamente deve valer para a maioria de nós, que é retrogamer ou “retro-next”, rs – mas não deixemos de experimentá-los, há riqueza e bons momentos videogame neles também.
“Quantas vezes eu não aluguei uma fita, achei uma porcaria depois de testar e, duas horas depois, dei uma nova chance e passei o fim de semana inteiro jogando o mesmo jogo (e esquecendo os outros cartuchos alugados)”
Esse é o espírito 🙂 e o motivo pelo qual eu gosto de Sword of Sodan (!)
Eric Fraga[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Sandro “Matusalém” Vasconcelos
Pois é, eu também acho que o buraco é mais embaixo. Tudo bem, tem uma nostalgia no meio, mas não dá para negar que os jogos antigos tinham um foco maior no gameplay. Quantos meses o sujeito conseguia se divertir com um mesmo jogo de Atari, por exemplo? Era gameplay puro.
Se são melhores ou piores já é questão de gosto, mas diferentes os jogos antigos eram sim.
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Eu sinceramente nem esquento tanto em relação a “mesmisse”, e acho que isto existe desde a época do Atari 2600, e cada geração de consoles enfrentou, em maior ou menor escala, esse “problema”.
Não procuro jogos revolucionários, procuro apenas games que me divirtam. Lógico que é bacana quando alguém consegue criar algo novo, mas nem sempre algo inovador se torna algo divertido, então não me preocupo tanto com essa questão.
Entendo até de certo modo, o lado das empresas que fabricam jogos, que muitas vezes lançam games semelhantes a outros que fizeram sucesso: hoje em dia produzir um bom game se gasta milhões, e muitas vezes é arriscado lançar algo novo que no final das contas vai vender pouco. As empresas que lançam games, ao meu ver, procuram se manter dentro do que está na “moda”, para evitar lançar games que acabem não agradando ao público atual, e portanto tendo que amargar um bom prejuízo.
Um exemplo: sempre ouvi falar maravilhas do game Okami, que ele é inovador e tal (ainda não o joguei, portanto baseio-me apenas naquilo que li a respeito do jogo) mas soube também que ele vendeu pouco, apesar de ser muito elogiado pela crítica especializada. Isto só faz com que as empresas pensem duas vezes antes de tentar colocar algo realmente novo no mercado atual.
Final Fantasy XIII (outro que ainda não joguei, portanto todo comentário é feito apenas baseado no que li sobre o game) é um game que está sendo muito criticado por ser muito linear e fugir do padrão adotado em outros games da série também em outros aspectos, sendo que a própria Square-Enix chegou a declarar que ele não se trata de um RPG, e sim um game novo, difícil ainda de rotular. Por conta da fama da franquia, parece que está vendendo bem, apesar de estar dividindo a opinião entre os fãs. Portanto ao meu ver, não é qualquer empresa que tem “coragem” e condições de tentar inovar nos dias de hoje.
André Breder[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Não existe mesmo verdade absoluta neste assunto. Vai da cabeça de cada um. Eu pelo menos, como já disse antes, consigo me divertir tanto com games clássicos, quanto com games mais novos, e hoje em dia não consigo mesmo levantar a bandeira de que “o velho é melhor que o novo”. Questão de gosto mesmo.
André Breder[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@André Breder
Sua opinião é bem embasada, mas acho deveríamos nos preocupar mais com a mesmice e com a estagnação eminente do mercado.
Sandro “Matusalém” Vasconcelos[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Eu noto muito essa questão da mesmice todos os meses quando abro minha edição da EDGE: só dá FPS! Ainda existem jogos inovadores, e o Breder e o Sabat deram um bom exemplo com o Okami, mas como disse o Breder, esses jogos se saem mal em vendas. É uma lástima. Parece que as pessoas se acostumaram a jogar sempre a mesma coisa, e que estão satisfeitas com isso.
Minha filosofia agora é a de voltar aos tempos de SNES e só comprar um ou dois jogos por ano para o meu Wii, para curtir bem. Tô no meio do segundo Metroid do meu Metroid Trilogy, e já tá dando vontade de jogar tudo de novo, vasculhando tudo, então não tem problema para mim saírem poucos títulos inovadores. Mas sem dúvida isso é um problema: os jogos custam caro pra caramba para serem produzidos hoje em dia, e quem tenta fazer algo diferente gasta milhões e se estrepa depois, porque o que vende é FPS. Não é à toa que os jogos indies estejam crescendo tanto, parece que esse meio é o mais apropriado para experiências gamers mais extravagantes.
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Orakio Rob, “O Gagá”
Eu percebo que são poucos aqueles que realmente degustam um jogo de video game, é a minoria que tem neste tipo de entretenimento seu VERDADEIRO hobby.
Assim, como o funk boladão que vende horrores, mas gospe na cara da verdadeira melodia, noto que os FPS e outros títulos extremamente genéricos têm surgido em proporções cada vez maiores. Um gráfico sofisticado, com uma mulher gostosa, ou um carrão moderno ou ainda um realístico campo de futebol já são suficientes para agradar os consumidores que não consideram o videogame como uma arte.
Acaba sobrando para os verdadeiros apreciadores, que precisam peneirar cada vez mais para encontrar bons trabalhos.
Sandro “Matusalém” Vasconcelos[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Sandro, sinceramente tenho tanta coisa mais importante para me preocupar, que se o mercado de games vai bem ou mal, para mim isso não faz a mínima diferença. Como gamer, espero claro que o mercado esteja sempre lançado títulos interessantes, mas se isso não ocorrer, não será o fim do mundo para mim. Video Game, para mim, é apenas diversão mesmo. Na pior das hipóteses, se o mercado atual de games um dia chegar a não mais ter jogos que consigam me interessar ou me divertir (o que eu acho difícil), me limitarei a jogar os “clássicos”, até que algo do meu gosto volte a ser lançado.
Isso depende de cada jogador e seu gosto pessoal. Eu pelo menos, tenho na minha lista de “espera” muitos games que espero poder jogar em um futuro próximo, sendo que alguns já foram lançados há algum tempo, e outros que ainda vão sair em um futuro próximo: títulos como God of War III, Metal Gear Solid 4, Final Fantasy XIII, Castlevania: Lords of Shadow, Fallout 3, Yazuza 3, entre outros. A atual geração está lançado títulos que conseguem chamar minha atenção, e até agora estão em um bom número para mim. Então, felizmente, ainda não estou nessa de ter que “peneirar” demais para encontrar um game com os requísitos necessários para me satisfazer como jogador.
André Breder[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@André Breder
Eu me preocupo um pouco sim, mas te entendo. Acho que sou nerd demais, rs.
Mas falando sério, poucos foram os jogos que me trouxeram aquele sentimento do novo. Estes poucos incluem, Super Mario Bros 1 e 3, Sonic do Mega Drive, Zelda Wind Waker, Resident Evil 4 e por último Call of Duty 4 e Mario Galaxy 2. Logicamente que houveram outros grandes títulos neste interim, mas quando digo que me preocupo, temo pela tendência dos genéricos, da aposta unica e exclusivamente em gráficos e especificaçõs técnicas (faltam Miyamotos e Kojimas no mercado). Queria que algum jogo pudesse me elevar àquele patamar que senti, especialmente com o Mario do NES e Sonic do Mega Drive, que foram divisores de águas no mundo gamístico.
Sandro “Matusalém” Vasconcelos[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@André Breder
Ah, esqueci de citar alguns ali na lista, como Samurai Shodown, Street Fighter 2 e Mario 64.
Sandro “Matusalém” Vasconcelos[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@João do caminhão
Tem jogos que são assim mesmo… Levam uma eternidade para começar; hehehe Em alguns a espera compensa, em outros, nem um pouco. E Parasite Eve é muito bom; um dos melhores do PSX. Tem boatos de um Parasite Eve III há tempos, mas como não gostei do segundo da série (ficou “Resident Evil” demais para meu gosto), não tenho altas expectativas.
@Leandro Moraes
Por isso que acho que pensar que o “roteiro” (ou enredo, ou história) é “vital” para um gameplay é balela. Tem jogos com fórmulas e plots altamente inacreditáveis de tão clichês que são muito divertidos. O Der Langrisser mesmo que falei em dois posts é assim; a série Shining nada mais é do que a luta entre Bem e Mal. Quer mais clichê que isso? hehehe Desigenrs têm que se preocupar com a experiência do jogador, a diversão e não em fazer um enredo sem furos e bonitinho.
@Jorge Chernicharo
Concordo plenamente. É um pouco da crítica que faço. Jogo recente diverte; e jogo velho nem sempre o faz. Preconceito existe sempre dos dois lados: de quem fala que jogo bom é jogo com gráficos realistas; e de quem defende que bom mesmo é uma bola quadrada como em Pong. Falando de jogos de tabuleiros de novo, xadrez é bom; mas não tira o crédito de jogos mais recentes.
@maximuscesar
Vou dar uma olhada depois. Não conhecia o texto, mas valeu pela indicação!
@André Breder
É bem por aí mesmo. Passei por uma “transformação” semelhante há alguns anos, quando passei a prestar mais atenção a games recentes. E não me arrependi; tem coisa muito boa surgindo ainda hoje. Seria meio impreciso generalizar e dizer que absolutamente tudo que é lançado não presta.
@Sandro “Matusalém” Vasconcelos
Falta de criatividade que persiste em toda empresa, desde que a indústria começou. Inclusive a Nintendo. Fórmulas repetitivas existem, mas por uma razão simples: os consumidores preferem comprar um jogo “parecido” com um que gostaram do que jogar uma vez mais o mesmo que já possuem. Isso é um pouco culpa dos clientes mesmo. Se fôssemos mais exigentes, não compraríamos qualquer coisa que “parece” legal ou que vem com vários bônus (um CD. camiseta, broche, a cueca autografada pelo artista-chefe etc.) só para colocarmos na estante de casa. São jogos para não serem jogados; por mais paradoxal que pareça.
O crash dos EUA nos anos 1980 foi causado por algo assim: jogos muito iguais sendo lançados aos baldes (nota, isso só lá nos EUA – o resto do mundo passou longe disso). Tanto que alguns pesquisadores falam que estamos alcançando um ponto semelhante a esse; talvez isso exploda um dia, talvez não. Seria bom que explodisse para a indústria e as empresas pudessem repensar sua função, estratégia e importância.
@Orakio Rob, “O Gagá”
Acho que o buraco é ainda mais embaixo! huahauhauha
Todo jogo é diferente entre si. Seja novo ou velho, remake ou conversão. O que não desqualifica nem um e nem outro, claro. Evidentemente, os designers antes se preocupavam mais com questões que hoje são putas de reuniões inteiras de design. Questões estas que focavam muito mais na experiência mesma de jogo do que em gráficos bonitos, história perfeitinha e cenas de CG de babar. Notem, o problema não é a existência de belos gráficos, de boa história e cenas em CG; é a primazia de uma ou todas essas coisas em detrimento do que realmente importa ao jogarmos algo.
@André Breder
Yep. Nem todo jogo revolucionário é bom e, com certeza, nem todo game inovador vende muito. Mas é importante que eles continuem sendo feitos para que possam ir surgindo novos parâmetros no design mesmo de jogo. Hoje o povo não pensa “vamos criar um game divertido!”; a empresa chega e fala: “precisamos de um FPS com temática pós-apocalíptica recheado de quests, achievements, armas diferentes e um ET aliado”. Tipo, partem do gênero do game antes de tudo quando deveria ser o contrário! Ou acham que Pitfall foi criado como um jogo de plataforma ou de aventura? Estas definições surgiram bem depois.
@Orakio Rob, “O Gagá”
É meio decepcionante mesmo abrir a Edge. hehe Pelo menos com relação aos jogos que estão saindo. E volto a dizer: se as pessoas sentem vontade de jogar a mesma coisa, peguem um mesmo jogo bom; não comprem um jogo “copiado” porque vai acabar fazendo a indústria continuar com esta estratégia de repetição de fórmulas.
O Senil[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Senil
Não são só boatos não amigo Parasite Eve 3 já está praticamente pronto e será lançado até o fim do ano no Japão, mas agora se chamará de 3rd Birthday, será mais focado ainda na ação do que PE 2, e só sairá para PSP (e possíveis boatos falam IPhone).
http://www.youtube.com/watch?v=5v2Js5frV5A&feature=related
O que eu penso a respeito?
Que o jogo fugiu completamente das origens, eu jogarei, mas mais pela curiosidade e pela estória mesmo. Não vou dizer que o jogo é ruim sem ter jogado, mas isso aí não é Parasite Eve (assim como o 2 também não).
João do caminhão[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Digo mais: se não fossem os monstrengos mutantes mitocondrianos, esse jogo poderia fácil receber o nome de WinBack 3 kkk
Já PE2 eu gosto DEMAIS, e não acho que tenha fugido muito daquilo que um PE deve ser, como parece estar acontecendo como este novo game… vamos esperar XD
Agora indo ao ponto em que se generaliza a falta de originalidade nos consoles next gen, o genero que mais me decepciona mesmo são os RPGs. Mais do que nunca, este gênero hoje se rezume a andar > conversar > assistir CGs em um ciclo que se repete exaustivamente, e que sinceramente eu não entendo COMO alguém ainda aguenta jogar, ou melhor, assistir! Tá certo, é tudo lindo e vasto como nunca se viu mas… nós realmente JOGAMOS O RPG hoje em dia? Eu acho que não. Esse ponto sintetiza perfeitamente o que o Senil colocou nesta matéria: cada vez mais os jogos parecem se tornar auto-suficientes, e nós precisamos cada vez menos interagir com aquilo que é visto na tela, e isso é CLARO nos RPGs atuais onde mais assistimos sequencias interminaveis de conversas e cenas em alta resolução do que jogamos, uma tendencia de mercado que ao meu modo de ver, é péssima para quem joga, e boa para a indústria, que não precisa se preocupar com muita coisa além do visual na hora de se criar um novo RPG.
Sabat[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Sabat
Em relação aos RPGs atuais, já jogou ou ouviu falar do Fallout 3? Vi meu irmão mais novo jogando-o e parece ser muito, muito bom. Não há CGs, tudo é feito em tempo real (as batalhas também podem, pelo que eu entendi, serem feitas de uma maneira onde se congela a imagem enquanto se escolhe em qual parte do corpo inimigo o ataque será desferido)e as possibilidades de jogo são enormes. Foge bem do padrão estipulado pelos JRPGs, pois pelo visto você já cansou desta fórmula.
André Breder[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@ Sabat
Também gosto de PE 2, mas ele perdeu muito em relação ao original, a coisa que eu mais gosto em Parasite Eve é customização de armas, que no 2 simplesmente foi reduzido a uns acessóriozinhos que você coloca na sua arma e colete…
Ou seja o 2 legal, mas o 1 excepcional e acredito que as continuações não estão a altura do clássico.
E como o Breder disse, realmente existem bons RPGs no mercado, mas se você quer um RPG de verdade deve se afastar dos JRPGs. Sempre houve a discução, e tem muita gente que desconsidera os JRPGs como sendo autênticos justamente pela linearidade do enredo e das suas ações.
E além do Fallout 3 que o nosso amigo citou, você pode procurar também por Mass Effect, tanto o 1 quanto o 2, que apesar de se parecer com FPS é sim um RPG.
João do caminhão[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Breder
É isso emsmo velho, eu cansei da formula JRPG devido ao rumo que ela tomou. Hoje prefiro os Actions RPGs, isso quando to com saco pra jogar XD
E não é de hoje que o povo me fala dos RPGs ocidentais viu… antigamente eu não chegava nem perto, mas o que falam é que estão excepcionais! Um que defende DEMAIS eles é o Nigaz, sempre que ele pode ele derrama elogios a esse Fallout kkk
@João do caminhão
To pensando seriamente em fazer isso ai mesmo kkk problema é TEMPO pra se dedicar XD pe relatos dizem que esses RPGs exigem TEMPO!!
Sabat[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@João do caminhão
Eu tenho um PSP… Quem sabe? hehehe Posso arriscar um dia. Mas o PE2 é bem fraquinho; o que mais odiei foi a movimentação e o esquema mais “ação” do jogo; as batalahs eram uma das coisas mais interessantes do primeiro jogo!
@Sabat
Sabat, concordo mesmo com isso daí… eu não tenho paciência para jogar RPGs recentes não… Cansei de começar vários e parar no meio por contam da repetição chata (e não aquela divertida). Tipo Final Fantasy IX; nem sei como cheguei ao final do Final Fantasy VII. hehehehe
@André Breder
Um amigo meu fala muito bem dele. Está na lista para “quando tiver tempo”. Emendando com a resposta do Sabat a seu comentário, queria dizer que nunca fui muito ligado em RPGs ocidentais, mas tem um que valeu o tempo que gastei nele: Dragon Age. Esse é bom de verdade. Até falei dele num comentário mais atrás e usei uma imagem dele no post. Vale a pena mesmo. E isso vale para você também Sabat. hehe Já falei dele para você.
@João do caminhão
Mass Effect, Dragon Age… Tudo da Bioware que faz uns jogos bem interessantes. Ficar tenso e apreensivo a cada pergunta que é feita para você não é qualquer jogo que consegue não. hehehe
O Senil[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Sabat, meu velho, eu já te falei para não vir postar aqui no Gagá Games quando estiver sob o efeito de drogas pesadas: PARASITE EVE 2 É UM LIXO 🙂 O PE1 é ótimo, eu adoro.
@André Breder
Mais um voto para o Sabat se aproximar dos RPGs ocidentais. JRPG é isso aí, e cansa mesmo, eu já estou de saco cheio. Não acho ruim, mas joguei muito o gênero e meio que cansei. RPG ocidental tem mais liberdade e é bem diferentão, vale uma conferida. A série Fallout é elogiadíssima, e eu recomendo o primeiro Might and Magic, que é arcaico mas genial. Uma palhinha do que o jogo é capaz:
http://www.gagagames.com.br/?p=9365
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Buenas a todos!
Em primeiro lugar, parabéns pelo post e aos demais pelos comentários.
“Não consigo levar a sério muitos dos jogos lançados ultimamente”
Essa foi a afirmação com a qual mais me identifiquei. Por motivos óbvios, como já foi amplamente comentado pelos demais. A preocupação com os gráficos se tornou uma neurose das empresas, que acabaram quase abandonando a principal preocupação que deveriam ter ao produzir um game: o fator diversão.
Há quem vá afirmar que isso é um tanto pessoal (eu, por exemplo, me divertia muito jogando Virtua Racing do Mega Drive e meus amigos, quase todos, detestavam).
Mas é uma questão pessoal. Como eu vou esperar que um menino de treze, quinze anos, goste de Enduro, Aztec Adventure ou Super Monaco GP? Não há qualquer tipo de vínculo afetivo, digamos. E esses mesmos jogos que eu não gosto da geração atual de games, mas que esses meninos e meninas adoram, serão alvo da saudade dessa galera daqui há dez, quinze anos, como também já foi dito antes.
Aliás, acho que esse saudosismo, memória afetiva, ou como queiram chamar, tem mais força até do que o gosto pelos jogos propriamente. Os retrogamers, pelo menos os radicais, que não aceitam jogos modernos em hipótese alguma, só devem apreciar os antigos pela relação com a infância/adolescência, pelas memórias de velhos amigos e lugares que conheceram, etc. Talvez critiquem tanto o moderno por simplesmente NÃO GOSTAREM mais de games, só que ainda não se deram conta disso.
Só vão realmente apreciar os games antigos (no caso dos gamers de hoje) ou os novos (no nosso caso) aqueles que se preocupam com o JOGO, como disse o autor. E são muito, muito poucos. Mas são privilegiados, pois aproveitarão o que há de melhor, sem preconceito.
Iceman[Citar este comentário] [Responder a este comentário]