Dynamic Country Club – Sega CD

Olá crianças. Este final de semana, se me for possível, tenho três ou quatro coisas a compartilhar com vocês. A primeira, não necessariamente a mais importante, é um novo review sobre jogos desenvolvidos pela Sega para o Sega/Mega CD. Ainda se lembram desse meu propósito?

Pois bem, o jogo obscuro é esse, Dynamic Country Club. Ao ler este nome na lista de jogos do Sega-16, pensei que talvez se tratasse de algum simulador de fazenda, com cavalos ou coisas assim. Estava sumariamente enganado.

Um jogo de golfe. Nunca fui muito afeito a jogos de esporte. De videogames então, nem se fala. A exceção que sempre faço são alguns jogos de carros como Daytona USA, Outrun e Sega Super GT. Sim, todos eles são da Sega; qual o problema? 😛

Isso quer dizer que nunca fui muito afeito a futebol, hóquei e muito menos futebol americano. Que dirá golfe. Meu ápice foi jogar Great Volley para Master System. Mas, para vocês, idosos e recém chegados à maturidade, fiz esse sacrifício.

Pois bem, eu escolhi então Torneio porque é o menos sugestivo a piadinhas sem graça. De qualquer modo, fica o aviso de que o jogo é todo em japonês, mas, por incrível que possa parecer, é jogável por incautos analfabetos em kanjis e afins como este velho que vos fala. Os menus principais estão em inglês simples e isso facilita muito as coisas. As falas dos personagens aparecem escritas em japonês, mas os números estão em forma arábica o que facilita saber quantas jardas faltam para acertar o buraco e tudo mais.

Fiquei surpreso logo no começo por ter vozes. Tanto do apresentador como da caddie. Aliás, vale dizer que não é uma surpresa nenhum caddie ser homem. São várias e todas mulheres. Os rostos de alguma são bonitos e, como um caddie bem ruinzinho, só fica gritando no seu ouvido coisas como: “kalkjelkjelkjakljs 145 jardas jakljslkjdlkjslkja 56 jardas”. Ou seja, nada que ajude de fato. Ainda  bem que, quando as partidas para se enfiar a bola no buraco começam, as vozes desaparecem. O que não quer dizer que fica bom. Os sons do jogo são pouco marcantes e parecem se resumir a… Um silêncio chato…

O jogo é bem difícil e o 2D dele engana um pouco. Ainda que as mudanças para dar a ilusão de profundidade sejam muito medíocres. Parece que o código de programação do jogo grita: “Rápido, rápido, tiram essa imagem e coloquem outra!”. É bem mal feito nesse sentido.

Em suma, o jogo é muito fraquinho. Não chega aos pés de outros que já fiz referência aqui, mas não posso mentir de qualqur forma. Posso dizer que a intenção do jogo é das melhores, mas o resultado final não me agradou. Tanto no quesito diversão como no som (somente as vozes no começo me chamaram a atenção) deixa muito a desejar. Todavia, devo acrescentar que achei a jogabilidade detalhada e precisa sem ser entediante. Escolhe-se o taco dentre vários, escolhe-se sua posição com relação a bola, a força da tacada e o lugar da bola que se quer atingir.

Recomendo esse jogo somente para fãs do estilo. Entretanto, já vi jogos de golfe melhores. Inclusive, um para Game Boy Advance que vale a olhada: Mario Golf: Advance Tour.  Se você encarou o jogo de golfe para Atari 2600, até mesmo este da presente resenha será um colírio para seus olhos.

Para este post, é só isso que tenho para dizer. Mas fica aqui o aviso de que o próximo jogo de Sega/Mega CD a ser analisado aqui será de grande interesse meu e, acredito, da comunidade Phanática brasileira. Até mais!