Esse papo de imposto justo para os videogames é antigo, e pode parecer que muito se fala e pouco se faz. Se você leu o título deste post e já desanimou de ler o mesmo blábláblá de sempre, suplico a você que volte e me dê uma chance. Sim, meu amigo, volte aqui porque hoje a gente REALMENTE tem algo para contar. E pode ser algo muito, muito bom.
Todo mundo já está careca de saber (ou ao menos deveria estar) que os impostos que incidem sobre consoles de videogames e seus respectivos jogos aqui no Brasil são ridiculamente altos. E sim, é por isso que até hoje não temos Wii, PS3 e XBOX360 fabricados no Brasil: com tantos impostos, fica difícil de competir. Muito se fala sobre a pirataria, e é óbvio que ela deve ser atacada, mas o que você vai oferecer como alternativa às pessoas? Gastar 200 reais em um jogo original de Playstation 3 fabricado por aqui? É, meu amigo, pelo menos metade desses 200 reais que querem que você pague é imposto, acredite se quiser.
Mas e aí, qual é a novidade, Gagá? A novidade é que há dois anos, um homem decidiu peitar essa briga, e começou a correr atrás de políticos em Brasília que estivessem dispostos a levantar essa bandeira com ele. E acreditem: depois de levar muita portada na cara e de se deparar com inúmeras situações que atestam a mais absoluta falta de escrúpulos de nossos governantes, o homem finalmente encontrou apoio para levar essa briga adiante.
O nome desse homem é Moacyr Alves, mas talvez vocês o conheçam como PC Engine Fan, nome do site deste colecionador de videogames residente em São Paulo. Há tempos o Moacyr é uma espécie de celebridade na web. Inteligente, bem-humorado e querido por onde quer que passe, hoje ele está aqui no Gagá Games para contar para a gente a vitória que conquistou em nome de todos nós. Como vocês poderão ver, a batalha está apenas começando, mas graças a ele, pela primeira vez saímos do idealismo gamer e levamos nossos soldados para o front. Agora, é acompanhar o desenrolar dessa história pelo site www.jogojusto.com.br (que está abrindo agora, mas fique de olho) e torcer pelo Moacyr!
COLABORE RESPONDENDO À BREVE PESQUISA ONLINE DO MOACYR
* * *
Gagá Games: Moacyr, antes de mais nada, gostaria que você se apresentasse.
Moacyr Alves: Bom meu nome é Moacyr Alves Junior. Tenho 37 anos, e sou mais conhecido como pc engine fan pela minha pagina de colecionismo, mas hoje sou palestrante e estudioso na área dos games, como forma de cultura, educação e entretenimento. Apesar de gostar muito de games, não são o que eu faço para ganhar a vida; tenho uma rede de estacionamentos e um escritório de contabilidade. Na verdade os games são minha “cachaça”, e quando sobra um tempinho livre faço meus projetos nessa área. Tenho uma pequena equipe que esta fazendo um remake de um jogo antigo, tenho o projeto de redução de impostos nos games e também estou escrevendo um livro sobre minha história com os games no Brasil.
GG: Agora, explique para os visitantes do Gagá Games que problema é esse que você decidiu enfrentar, quais são seus objetivos e qual é a importância da sua batalha para os jogadores.
MA: Bom não é muito dificil perceber a dificuldade que nós brasileiros temos em comprar jogos. Muitos nos julgam pelo excessivo uso da pirataria em nosso pais, mas poucos veem realmente o que causa isso tudo — claro, o preço altíssimo dos games originais. Isso faz com que tenhamos que comprar a maioria dos jogos por meios ilegais, seja por meio da péssima pirataria ou pelo contrabando de produtos importados. Isso sempre aconteceu comigo, desde as épocas remotas do MSX.
Eu não tinha condições de comprar os jogos ou consoles, então tinha que recorrer a esse meio para conseguir jogar. Mas sempre achei injusto não poder comprar esses equipamentos e jogos em meu próprio país. Essas lembranças alimentam ainda mais o meu desejo com esse projeto que venho desenvolvendo. O meu objetivo principal é fazer com que os jogos e consoles sejam vendidos a um preço acessivel para todos, reduzindo os impostos sobre eles — que hoje chegam à “bagatela” de mais de 200% em cima do preço final.
Terei 2 meses para preparar com minha equipe um projeto que convença o Diretor da Receita Federal.
A importância disso? Teremos muito mais investimento no país nessa área crescente no mundo todo. Fora que prejudicaríamos a pirataria, que para muitos parece boa, mas na verdade se tornou um câncer que prejudica demais o desenvolvimento no nosso país. Infelizmente a questão da pirataria se tornou até cultural, ou seja, a pessoa acha que está tendo vantagem comprando produto pirata, mas está, de fato, prejudicando o comércio interno e a ele mesmo, como consumidor.
Acho que para os gamers, além do preço estar menor, poderíamos exigir das empresas que estão em nosso país mais serviços e melhor qualidade nos mesmos.
GG: Há tempos essa questão dos impostos sobre jogos de videogame é discutida na internet. Já foram feitos abaixo-assinados, muita gente já expressou sua insatisfação, mas até hoje a coisa parecia ter ficado restrita à esfera da internet. Conte para a gente como você fez para levar a discussão para o “mundo real”.
MA: Na verdade, há 2 anos, quando terminei uma palestra para o Portal XBOX na Microsoft, lancei no ar a ideia de unirmos forças para tirar do virtual a ideia de uma campanha efetiva contra os impostos altos nos videogames. Logo depois eu comecei a formar uma equipe com várias pessoas representantes da área dos games, como lojistas, comunidades, jornalistas e acadêmicos da área, e abri uma lista de discussão para pormos as ideias em prática.
Quando o projeto sair, lembrem-se de que foram jogadores e apreciadores de videogames que tiveram a coragem e vontade de fazer algo pela sua comunidade.
No começo, tirei como base o projeto que já existia nesse sentido, a famosa PL 300/07. Porém, após verificar a lei na íntegra, percebi que ela não atende às nossas necessidades para redução de impostos nos games. Foi então que, com a ajuda do gabinete do Deputado Luiz Carlos Busato, mudamos a ideia inicial de um novo projeto de lei para uma conversa direta em Brasília.
GG: Na semana passada, você anunciou uma grande vitória no podcast do Portal XBOX. Que vitória foi essa?
MA: Bem, finalmente estou montando o projeto para redução nos impostos. Já temos uma pré-data para a reunião em Brasília com o Deputado Luiz Carlos, sua equipe e o diretor da Receita Federal para discutirmos a redução nos preços desses impostos.
GG: E o futuro? Quais serão os seus próximos passos, e o que precisa acontecer agora para que finalmente haja uma redução nos impostos sobre consoles e jogos de videogame no Brasil?
MA: O próximo round começará exatamente quando eu retornar da E3, porque terei que mostrar em números e gráficos para o diretor da receita que é uma grande vantagem reduzir o preço dos games, e que todos nós vamos ganhar com isso. Terei 2 meses para preparar, junto com minha equipe de feras, um projeto que convença o Diretor da Receita para que isso se torne permanente.
GG: Há alguma coisa que a comunidade de jogadores possa fazer para apoiar o movimento?
MA: Sempre há. Temos uma página para que as pessoas possam acompanhar todas as novidades desse projeto: www.jogojusto.com.br. Lembrando que não se trata de um abaixo assinado, é apenas para que as pessoas tenham acesso ao que esta acontecendo com o projeto e possam dar a sua opinião. Tem também as minhas páginas pessoais, que se encontram todas aqui: meadiciona.com/pcenginefan junto com meu twitter e perfis públicos. Todo e qualquer apoio é bem vindo. E espero que, quando esse projeto sair, todos se lembrem de que foram jogadores e apreciadores de videogames que tiveram a coragem e vontade de fazer algo pela sua comunidade.
Abraços a todos.
* * *
Gostou? Não deixe de ouvir o homem no podcast do Portal XBOX, e por favor responda à pesquisa online do Moacyr (é bem curtinha mesmo).
UNIDOS PELA LEGALIDADE!
Virei fã do homem! Putz! Esse cara merece uma estátua na praça do ferreira!
É isso aí! Temos que dar um basta na Pirataria! Quem almeja ou sonha em criar jogos sabe muito bem que a Pirataria atrapalha pra caramba qualquer desenvolvedor de jogos, afinal quando se tem 3 jogos a dez reais com capa impressa em tinta urucum não tem como chegar com o projeto de um jogo novo comercialmente viavel! Nosso país já tem cursos para desenvolvedores de jogos e tem potencial para entrar na briga para peitar isso! A indústria de jogos já bateu de lavada a industria de filmes e vemos filmes novos a 19,90 ou menos! Por que tenho que pagar 80 reais em um jogo de PS2, quando os Portugueses pagam alguns Euros? Eu falo a mesma lingua que ele (apesar de dialetos diferentes)!!! É hora de levantar traseiros e chutar o traseiro destes impostos abusivos que, sinceramente, não é viável.
Kal "Bangagá"[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Bacana mesmo. Tomara que ele consiga. Sempre tive essa idéia de fazer algo parecido, mas com toda essa atmosfera de corrupção e tal, acaba tirando as forças.
Sei que aqui no Pará o ICMS pros micros está em 7% (antes era 25%), salvo engano. Acho que vou tentar conversar com dois amigos meus que são deputados estaduais pra ver se eles abraçam essa causa.
Mauro “MSX” Sókrates[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Força “MoMo”, já conversamos sobre isso e não se esqueça de falar do business case que houve no México.
Forte abraço e doma lá o Leão do Rachid.
gamer_boy[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Pingback:Tweets that mention Gagá Games » Redução de impostos sobre games: agora a conversa é em Brasília! -- Topsy.com
Que ótima notícia!!!
Ainda não é o final da guerra (ainda temos muitos percalços para enfrentar), mas já é uma batalha vencida!
Que o Moacyr, que está representando todos nós gamers, consiga avancar nesse grande projeto! Todos nós esperamos que, num futuro próximo, tenhamos um cenário gamístico brasileiro próximo (ou até mesmo maior) daquele que tínhamos nos anos 80 e 90.
Adney Luis[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Se todos esses impostos se transformassem em algo útil para o povo, como educação, saúde e segurança até dava pra engolir, mas quem já estudou em escola pública ou já dependeu de um hospital público sabe que a verdade é totalmente oposta.
Já quanto à questão da pirataria ela dificilmente acabaria, mas com games a um preço viável, acredito que os verdadeiros fãs comprariam o original.
É mais ou menos o que ocorre com a indústria dos RPGs. Existem muitos livros scaneados de maneira ilegal, mas ainda assim a base de fãs que compram o material original consegue manter a indústria de pé.
Oráculo[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Tá, vamos ao meu post que muito provavelmente será massacrado…
Isso vai ajudar a galera do PS3. Os de 360 mais empolgados com a Live. E mais um pequena minoria, e só.
O brasileiro (e, ao dizer isso, me refiro a maioria, é claro que há excessões) não vê jogos como algo cultural, algo importante. Mesmo com alternativas baratas. Um exemplo bem atual: teve gente que falou que não pagaria de maneira alguma 3 dólares pra ter um jogo que o Gaga comprou na Steam. 3 dólares é menos que um dois salgados e uma Coca 500 ml na minha cidade. Outro exemplo é a revista Fullgames, que lançava jogos como The Elder Scroll 3 – Morrowind ou Neverwinter Nights, completos com expansões, por 15 reais. Se vc parar pra pensar, estas revistas deveriam se esgotar em segundos. Jogos aclamados pela crítica e público, completos, a preços módicos? E não é isso que acontece.
As lojas que vendem produtos relacionados a videogames na minha cidade (e acho que isso se aplica a grande maioria das cidades) não vendem jogos originais de Wii e Xbox 360. Não tem saída. Estes consoles só são vendidos destravados. As Lojas Americanas daqui vendem dvds a 12,90, desde clássicos a shows de bandas super famosas. Eu já comprei, por este preço, dvds de bandas como Queen, Bee Gees e Guns n Roses a este preço. É raro ver alguém comprando um dvd lá. Em compensação, camelôs que vendem dvds a 5 reais, gravado do cinema, estão sempre lotados.
O Brasil formou um mercado de colecionadores, não de jogadores. Isso é fácil de ver com o PS2. Jovens com centenas de jogos, e que não terminaram 5. Parece que o prazer de ter é maior que o prazer de jogar.
Esta lei vai abaixar o preço pra quanto? Colocar um jogo de Wii pra 50 reais? O povo paga 7 num pirata. Nunca que um jogo original novo vai conseguir se equiparar ao preço de um pirata. As pessoas costumam até justificar a pirataria. Como eu posso pagar 200 reais em lançamento de PS3? É caro demais, o salário mínimo é 500 e pouco. Mas o próprio aparelho custa mais de 1300 reais.
Eu fico muito feliz com esta lei, espero que seja aprovada em sua totalidade, e que diminua os preços de jogos. Mas, sem uma mudança drástica de mentalidade, não vejo um grande aumento das vendas de jogos originais no futuro.
Heider[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Heider
O ponto que você levantou é importante, e eu não tiro de forma alguma a sua razão. Só sou um pouco mais otimista, e acho que vai dar uma boa melhorada sim, embora com certeza muita gente ainda vá preferir comprar piratão para “levar vantagem”.
Com preços menores, levo fé que o número de pessoas dispostas a pagar pelo produto vá aumentar. O fato de hoje um jogo custar duzentos reais é tão absurdo que estimula a ridicularização da compra legalizada. Você é discriminado por comprar originais, e não o contrário. Com um bom preço, fica bem mais difícil defender a pirataria, e acho que a queda do preço pode provocar uma mudança de mentalidade, trazendo mais gente para a legalidade.
Minha esposa curte o Rod Stewart. Outro dia, pensei: bem que eu podia arranjar um DVD para ela. Dei uma busca nos Rapidshares da vida e achei um DVD para baixar. Aí decidi dar uma espiada no Submarino e achei o mesmo DVD a 15 pratas. Encomendei. O preço tá bom, o material é bom, merece o meu dinheiro.
Como eu disse, concordo com o que você disse. Só sou mais otimista em achar que tem bastante gente disposta a pagar um preço bom, mas esse problema existe mesmo.
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Heider
1 passo de cada vez!
🙂
Doidao66[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Pingback:Por dentro do projeto de redução da carga tributária nos games « Mr Cloud Blog
@Heider
Heider, é claro que não será do dia para a noite que todos irão largar a pirataria e correrão para comprar nas lojas os jogos à R$60,00.
Isto é óbvio.
O que irá acontecer é que com o passar dos anos, mais e mais conteúdos começarão a serem fabricados no Brasil e mais e mais a própria comunidade começará a valorizar o conteúdo comprado originalmente.
Com uma vendagem suficiente, é certo que as produtoras e principalmente as distribuidoras irão começar a dar mais atenção para nós brasileiros e com isto irão investir em propagandas na televisão e etc.
Diante desta certeza, imagine o comercial anunciando o próximo God of War (por exemplo) pelo preço de R$ 60,00 ganhando como brinde uma camiseta ou um boné.
É claro que a pirataria levaria um belo chute com isto e muitos lojistas que só vendem piratas iriam querer começar a vender originais também só melhorando o quadro nacional.
Por isto Helder, pense a longo prazo, e como o amigo disse acima, “1 passo de cada vez”.
Rodrigo Kazuma[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Bem, eu trabalhei durante 2 anos no meio político.
Posso dizer isto: muito se fala, pouquíssimo se faz.
Se o Moacyr conseguir mesmo avançar e obter sucesso, realmente terá sido uma ação louvável e memorável.
E sobre a questão da pirataria: além de reduzir impostos, é preciso também mudar completamente a tendência cultural do brasileiro em querer levar vantagem em tudo (a “Lei do Gérson”).
Enfim, desejo toda sorte a este projeto.
Cidraman[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Cara, eu acredito que essa proposta será aceita. O objetivo do Moacyr será de provar, EM NÚMEROS, que o projeto é viável. Já trabalhei com projetos que buscavam mudanças (claro que numa proporção bem menor) e posso dizer que é bem possível de dar certo. Vai depender dos gráficos hehehe
Eu acredito porque o brasileiro ama videogames. O Helder disse algo importante, a mentalidade poderá manter-se no mesmo nível, mas concordo com aqueles que dizem que este é um projeto à longo prazo.
Eu tive um Saturn e alguns jogos originais: Albert Odissey, Fighters Megamix e Street Fighter Collection. Só que do outro lado, existia um playstation que lançava o quíntuplo de jogos de qualidade, e com a opção do mercado ilegal.
Eu quero é jogar videogame, p$$&@!
Essa semana, passei num shopping em Santo André -SP e vi uma loja vendendo um Play 3 por R$ 1.000,00 e vários jogos por R$ 89,00. Minha mão coçou. Me deu um calafrio. Assassins Creed. God of War 3. Metal Gear 4. Estava caro ainda? Sim, mas bem mais acessível.
Quanto aos jogos do Steam, pra mim ficou claro que o pessoal prefere as roms porque o programa da Sega não investiu em nenhum diferencial, seja um modo multiplayer, capas dos jogos ou desafios online. Acho que sempre houve e haverá um respeito pelos jogos antigos, se fosse o contrário, ninguém aguardaria tanto por novas versões de clássicos tão queridos. Ou seja: acho que ninguém deletaria seus emuladores, mas pensariam bem em comprar um produto que oferecesse algo que chamasse a atenção. Aí sim, teríamos o início de uma mudança na mentalidade.
R$ 200,00 por um jogo já é frustrante pra um pai de uma família de classe média alta. Já vi isso acontecer.
A hora é agora. O Playstation 3 é um sucesso e não existe pirataria nesse sistema.
Eu quero é jogar videogame, p$$&@!
Elielson[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Gente! Tá na hora de organizar a primeira Parada Gamística do Brasil!
Gostei do cara aí. Arrasou na ida pra Brasília. Tamo Junto!
…
Quanto a questão dos piratas e dos benefícios da dimunuição do preço. Embora tenha criticado os jogos relançados no Steam, acredito na compra de jogo originais por um preço justo. O que aconteceu na loja online para mim foi pilantragem dos caras de lançar um jogo de 20 anos (quase uma coisa de domínio público) numa plataforma que já temos acesso sem nenhum extra que valesse a pena.
…
Eu sou de um época em que cartuchos falsificados eram Uóh! Não dava para salvar, tinham as capinhas mal feitas, eram frágeis e principalmente, não tinham parafusos Allen. (é assim mesmo?)
…
Penso que a pirataria financia o crime organizado e fico puto com isso. Por isso não compro DVD nem nada no camelô. Se é para piratear procuro fazer pelos meios que causem menos danos. Baixo os jogos e gravo por mim mesmo.
…
Acho que o Brasil ainda tem jeito. E como todo jogador que sonha em criar um jogo, espero que o mercado seja mais favorável.
GLStoque[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Concordo. Um emulador de Nes para o Zeebo que é um console brasileiro muito utópico faria miséria. O que falta são diferenciais.
…
E não me sinto confortável em ouvir as pessoas dizerem que os “brasileiros” gostam de levar vantagem em tudo, como se não houvesse pirataria fora do Brasil. As pessoas é que querem tira vantagem de tudo e não o brasileiro. É uma coisa natural, a lei da sobrevivência.
…
O foda é que depois daquele idiota que devolveu o dinheiro ilegal que ele achou, ficou chato dizer: Sou Brasileiro… porque tem sempre um bobo que completa… E Não Desisto Nunca. Era uma frase legal, mas para mim virou piada.
GLStoque[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Turma, o Moacyr subiu uma pesquisa para ajudar na campanha dele. É bem pequena MESMO, quem puder responder vai ajudar um bocado:
http://bit.ly/aRcInq
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
É aquela velha história, impostos caros e pirataria facilitada, isso incentiva o uso de produtos ilegais, enfraquecendo assim o mercado.
Me lembro de algum japonês relacionado com a Nintendo dizer: “-Não comprem na Galeria Pajé, comprem originais!”
Me impressionei, porque até pessoas que não estão envolvidas diretamente com o Brasil sabem da facilidade da pirataria, até mesmo ao ponto de conhecer a Galeria Pajé.
Porém, sou brasilerio e não desisto nunca, creio que um dia esse barco da pirataria cairá, e o mercado de games no Brasil se tornará referência mundial. Amém!
Léo[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Heider
Tb não desmereço o que você falou. Mas é que você está com o pensamento um pouco imediatista. Isso tudo são planos para médio e curto prazo. Vou dar como exemplo os computadores: todo mundo comprava pirata. O governo baixou os impostos, e o número de computadores legais disparou. A pirataria vem baixando. 10 anos atrás, se eu dissesse para você “Vou investir numa companhia de celulares”. Você diria “Ficou louco? Os preços das tarifas são absurdos, e pra o povão vai querer ter celular? Pra falar com quem?”. E hoje em dia temos mais celulares do que pessoas.
É difícil fazer exercícios de futurologia. Mas o que não podemos é sequer tentar. Já vi muita gente dizendo que isso ia tirar dinheiro dos impostos para educação, saúde, etc… Não necessariamente. O que queremos é tentar. Pode dar certo, pode não dar. Mas acho que o importante é tentar. Se for uma barca furada, volta a ser como era antes e beleza. Mas o Brasil vem mudando e quem sabe acaba mudando sua mentalidade cultural?
Agora, uma coisa eu posso dizer com certeza. O povo não é trouxa. Pagar 200 reais num jogo, tá na cara que as pessoas pensam “Tá gozando da minha cara”. Claro que ninguém vai pagar.
Bom, era isso. Um grande abraço ao Moacyr. Cara, vc é de outro mundo. Eu não teria aguentado nem metade do que você deve ter aguentado e batalhado. Virei seu fã. No que você precisar, estamos aí.
Tempest[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
erro ao clicar no formulário
Aparentemente o formulário “Perfil dos consumidores de Games” está desativado.
Tente entrar em contato com o proprietário do formulário se você achar que isso é um engano.
gamer_boy[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Tempest
Bem falado, Tempest! Creio que as vantagens de um original, com preço justo, levam as pessoas a comprá-los. Por exemplo: os dois computadores que comprei, fiz questão que fossem originais, pela assistência tecnica, pelo suporte e pela durabilidade. Eram um pouco mais caros, mas compensavam em dobro.
Com os jogos, não seria diferente… Principalmente naqueles com jogatina multiplayer (não seria mais nescessário recorrer aos servers piratas). Em suma, as vantagens valem o preço… Desde que sejam tirados o valor dos impostos abusivos.
Zolini[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
O sonho da minha vida era ter uma estante cheia de jogos originais de Xbox ou Play 3 assim como os cds de música e dvds que eu tenho aqui, mas infelismente não tenho bala pra gastar com games que custam acima de 150 pacotes isso sem falar nos proprios consoles que possuem preços acima do que se devia. Tomara que o esforço do Moacyr não seja em vão.
gamesportemania[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Estou me sentindo impotente depois de ter lido essa matéria!
O moacyr realmente está fazendo acontecer.
Acho q esta para chegar o dia em q vou poder parar de comprar Blue Rays no exterior!
“Moacyr, go forth, in the name of olympus!!!”
Felix[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Um bom mecanismo anti-pirataria como acontece atualmente com o PS3 unido à impostos justos podem sim mudar a visão que a maioria dos brasileiros tem dos games atualmente.
Somente preços jutos não farão muita coisa, pra muitos (eu incluso), é mai fácil pagar 20 reais num pirata de XBOX 360 do que 50 em um lançamento. E garanto que falo por muitos aqui.
Mas dou meus parabéns à esse cidadão pela empreitada, estou na torcida.
Cosmão, o "Velho Piadista"[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Meio que desviando do assunto, mas você não vai aproveitar o Moacyr lá na E3 para ver se ele consegue filar Phantasy Star 5 no stand da Sega não Gagá? É só imprimir um cartaz com aquele desenho que você sempre usa na época da feira e colocar na mão dele. Duvido que vai haver um que não se comova.
maxi2099[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Esse projeto tem que ser aprovado, pois o futuro da pirataria é incerto, as pessoas tem que pensar passos a frente, as produtoras já tem como proteger seu material com compras virtuais como no XLA, ou PS Store, esse tipo de conteúdo inviabiliza a pirataria, claro que não vai ser da noite para o dia que o mercado vai abraçar essa ideia e deixar as mídias físicas de lado, mais querendo ou não isso vai ocorrer com o tempo, fora que o sistema do PS3 já provou ser bem eficaz, até agora nenhum modchip de destravamento foi lançado.
O que eu quero dizer é quem pensa que vai viver da pirataria para o resto da vida está redondamente enganado, um dia a festa acaba.
Gattsu[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Pessoal, a pesquisa teve que sofrer alterações, e o Moacyr pede encarecidamente a quem já respondeu que torne a responder, por favor. Obrigado a todos os participantes, e vamos dar uma força para o Moacyr!
Novo link da pesquisa: http://t.co/sV7Tn4G
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@maxi2099
*imprimindo o cartaz* 🙂
Eu tenho certeza de que sim, você fala por muitos aqui. Pensar que todo mundo vai largar a pirataria seria mesmo inocência demais. Só que tem muita gente (não todo mundo, mas ainda assim muita gente) que está disposta sim a morrer as tais cinquenta pratas — acho até que cem pratas não seria ruim — num jogo original, mesmo tendo um piratão a cinco ou dez.
É a velha história: se você tentar bolar uma solução que vá atender a TODO MUNDO, nunca vai bolar solução nenhuma. É que nem mingau quente: tem que começar comendo pelas beiradas. Se você inventar algo e 15 ou 20% do público que compra pirata aderir, já está no lucro.
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Virei fã do Moacyr! Pagar 50-60 pratas em Bayonetta, Prince of Persia ou God of War 3? Mas ófi córse! Os caras gastaram uma fortuna fazendo estes ótimos jogos, e é sacanagem ter que pegar um “piratão”. O problema é o que o Heider disse; temos colecionadores e não gamers hoje.
Um dono de XBOX360 ou PS2 tem mais de 100 jogos piratas, dos quais apenas 5 foram terminados, 2 ele jogou um pouco, e alguns ele nem testou. A pirataria não vai acabar de forma alguma, visto que mesmo em países que podem pagar pelos jogos, temos sites para baixar os jogos ilegalmente.
Bom, fico aqui na torcida! 🙂
Fernando "Ancião Kid" Cordeiro[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
O Orakio está certíssimo, COsmão.
Em nenhum momento o objetivo dessa proposta é fazer com que, dentro de pouco tempo, todo mundo largue a pirataria. Até pelo fato de que ela já está enraizada na população. Entretanto, eu vejo esse projeto como sendo de longo prazo. Por conta disso, esse seria o primeiro passo a ser dado. Como o Orakio já disse, é impossível bolar uma solução que agrade todo mundo. Diria até mais: não vai ser APENAS com essa ação que os problemas em relação a pirataria se resolverão. Mas é o primeiro passo.
Adney Luis[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@GLStoque
Bem dito Gabriel. Brasileiro pegou a idéia estúpida que nós somos malandros e no resto do mundo só tem santinho… Juntamente com a idéia que tudo que é feito lá fora é melhor que qualquer coisa daqui.
Essa forma de pensar prejudica muito o país, lembro de alguém comentando no post de outro site sobre o shooter brasileiro Razor2, para XboxLive:
“Eu quero “morrer” quando vejo jogos nacionais com saci, curupira”
…
O ridículo é que o mesmo cara que não quer nem ver criaturas do folclore nacional em um jogo, não se incomoda nem um pouco de jogar um jogo japonês cheio de criaturas do folclore deles, mesmo aquele ser que assume a forma de um guarda-chuva e eu esqueci o nome. Nós brasileiros somos melhores que os estrangeiros? Não, mas também não somos piores.
Fernando "Ancião Kid" Cordeiro[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Eu tive esse problema com o meu Playstation 1. Era TANTO jogo pirata que eu mal conseguia curtir. Tinha um monte de RPGs, mas ficava pulando de um para o outro. Esse é o principal motivo para eu não destravar o meu Wii. “Colecionar” jogos é um vício, mas eu pelo menos posso dizer que sou muito mais feliz tendo menos jogos.
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Fugindo um pouco do assunto, desculpe mas não consigo considerar alguém que cria pilhas de jogos piratas como colecionador de games, da mesma forma que não considero como colecionador alguém que diz que coleciona Xerox de dinheiro ou selo rasgado.
Tenho um xbox 360 bloqueado e não sou o único, grande parte da minha lista de amigos da live também só usa jogo original, o motivo por nós optarmos pelos originais vai de fazer a coisa certa, economizar dinheiro (sim isto mesmo, jogo original sai mais barato que jogo pirata, basta saber comprar e vender), a não ter risco de ser banido.
Se por acaso os preços dos jogos começassem a baixar, tenho certeza que a cada semana pelo menos 1 pessoa iria aderir a causa dos originais.
Esta cultura de ter 100 games piratas é uma das piores possíveis e no fundo todo mundo sabe disto.
Quantas vezes fui na casa de amigos que tinham mais de 100 jogos para o PS2, só que por nunca usar ou não cuidar, os melhores simplesmente não funcionavam.
Por isto falo que aprovando esta nova tributação, deixando os preços dos jogos originais na faixa de R$90,00 a própria população com o tempo irá começar a comprar mais jogos originais.
Claro que ninguém acha que isto irá acabar com a pirataria, a pirataria não irá acabar nunca, sempre tem alguém que preferirá gastar 2 horas quebrando a cabeça para encontrar a nova versão do Hack do que simplesmente comprar original em um site por R$ 5,00.
Isto nunca vai acabar, e na verdade é bom que não acabe mesmo.
Mas o que temos que acabar é com o desestimulo em se comprar um jogo original, isto sim temos que lutar contra.
Se ainda duvidam, olhem a quantidade de DVDs que são vendidos hoje em dia em grandes lojas, claro que existe os camelôs que vendem à R$ 5,00 cada, mas a cada dia que passa mais e mais gente está preferindo comprar seus filmes e séries originais para poder “bater no peito” e dizer que é um colecionador, e não apenas um amontoador de lixo.
Rodrigo Kazuma[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
O primeiro passo para que as empresas do setor estejam moralmente legitimadas para pedir à população que evitem os produtos piratas é fabricar seus produtos aqui no país. É francamente abusivo imaginar que o consumidor brasileiro – não tendo à sua disposição no mercado nacional o produto que deseja – seja obrigado a recorrer à importação. Pergunto: se um produto não existe no nosso mercado, como reclamar de “pirataria”? A pirataria é um problema quando o produto original, aqui fabricado, está sendo vendido na loja ao lado. Quando o produto não existe no nosso mercado, a pirataria se torna o “jeitinho” que a vida prática encontra para democratizar um acesso restrito a determinado tipo de entretenimento. Sony e Nintendo precisam criar vergonha na cara e entender que, enquanto empresas, são responsáveis pelos riscos de sua atividade. Se querem explorar o mercado brasileiro, precisam fabricar os seus produtos aqui, movimentando a economia e garantindo um preço decente para o consumidor final. Ficar fora do mercado reclamando de “pirataria” num mercado no qual a empresa não se faz presente é absurdo e irreal. E a Microsoft, que já tomou a louvável iniciativa de lançar o Xbox 360 “quente” por aqui, precisa entender que os jogadores não vivem só com meia dúzia de jogos. Se os lançamentos não chegam rapidamente e em quantidade, o jogador é obrigado a recorrer ao piratão, que sempre tem os últimos lançamentos à mão. O dia em que uma dessas empresas lançar a sua plataforma por aqui com a competência que a Tec Toy um dia demonstrou com o Mega Drive e com o Master System, a pirataria irá despencar a olhos vistos.
Henrique Caveira[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Devia acabar também com essa frescura de 60% de imposto pra retirar produtos acima de 50 doletas e acabar com a proibição de comprar objetos usados de outros países.
Quem pensa que a velhaca “Reserva de Mercado” (e a censura na TV) morreu na Era Collor, está muito enganado.
Mauro “MSX” Sókrates[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Não consigo acreditar que uma pessoa normal, comum, do povo, está conseguindo fazer progressos nessa área enquanto os altos executivos de mega-empresas multinacionais de bilhões de dólares (Sony, MS e Nintendo) ainda patinam. Não parece real. Devemos supor, então, que as empresas não estão tão interessadas assim em combater a pirataria, talvez? #reflitam
Daniel Trezub[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
É questão de terminologia, o “colecionador” aqui não está no sentido do cara que tem sua coleção bizarra, mas sim do cara que quer ter todos os jogos, tipo baixar packs de 700 isos… de fato, são dois “colecionadores” bem diferentes.
Exatamente.
Não é bem assim, Henrique. É o contrário: o produto não é fabricado no Brasil justamente por causa da dobradinha pirataria+impostos altos. Não adianta a Nintendo se instalar por aqui se, com a carga tributária ela vai ter que vender jogos a 200, reais enquanto uma barraquinha vende o pirata a cinco. É prejú na certa. Só baixando os impostos fica viável os caras virem.
Acho que você está sendo injusto. A Sony, por exemplo, já vende seus produtos por aqui. Um jogo de Play3 sai a DUZENTOS reais, e não é por falta de vergonha da Sony: metade disso aí, no mínimo, é imposto. Não é justo culpar os caras. Eu também não abriria uma fábrica minha em outro país se o governo local me forçasse a vender por esse preço.
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Eu só gostaria de fazer uma sugestão.
Que os jogos com legendas e dublagem em português recebessem um incentivo maior do que aqueles exclusivamentes em língua estrangeira.
Michel Alisson[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Michel Alisson
Michel, isto é consequência cara.
Assim que as produtoras virem que jogos traduzidos vendem mais no Brasil, com certeza irão traduzir.
A prova disto é que a microsoft BR já lançou 4 jogos completamente em português por aqui, e que na live, grande parte do acervo de arcade live games (jogos excelentes só que menores em tamanho e produção) já é totalmente traduzido para o português brasileiro e outros para o português de Portugal.
Além disto também temos que lembrar do Starcraft 2 que será lançado aqui em português.
Por isto cara, não se preocupe, a localização dos games deve ser algo natural e livre, pois pense só, será que as empresas estrangeiras iriam se interessar em gastar mais tempo para produção e revisão de um produto localizado no Brasil se nem tem idéia de quanto é que ela consegue vender aqui?
Primeiro deixe elas venderem com preços acessíveis, depois o próprio mercado nacional irá mostrar para ela que jogos localizado tem maior vendagem.
Rodrigo Kazuma[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Orakio Rob, “O Gagá”
Gagá, mas essas condições adversas fazem parte de desbravar mercados. Se a coisa fosse “tão difícil” assim, não existiria produção de absolutamente nada no país. O que esse setor não pode é querer que a pirataria desapareça por mágica, voluntariamente, para só depois as empresas se instalarem. A pirataria, antes de tudo, é CONSEQUÊNCIA ausência dos produtos oficiais nacionais, e só num segundo momento se torna “causa”. Todos sabemos que a carga tributária é pesadíssima no Brasil, mas apesar disso o nosso país produz bens de consumo de todos os tipos. Por que a Dell consegue fabricar computadores no Brasil e a Sony “não consegue” fabricar o Play3? Por que a indústria do software de PC consegue oferecer um game novo por R$ 90,00? Todas as empresas, de todos os setores, conseguem viabilizar a produção de seus produtos – menos o setor de videogames. Isso é comodismo de uma indústria que gira em torno de certos países economicamente mais desenvolvidos e que, até o momento, não sentiu necessidade de se arriscar em mercados novos.
Henrique Caveira[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Só pra complementar, é óbvio que admiro e apóio o trabalho valioso do Moacyr. Mas pensem no absurdo do ponto em que chegamos: um cidadão precisa se mobilizar, representando os CONSUMIDORES, para fazer lobby para o panorama tributário ser mais favorável para as empresas do setor. Será mesmo que essas empresas têm um interesse real no nosso país, para a coisa chegar nesse ponto? Normalmente, multinacionais não precisam da ajuda de ninguém para chegar até as estruturas de poder e levar adiante lobbys que as favoreçam.
Henrique Caveira[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Eu respeito a sua opinião, mas discordo. Hoje em dia, produtos de mídia como CDs, DVDs e jogos sofrem uma concorrência muito mais desleal do que outros produtos no mercado, graças à facilidade de copiar/baixar, ao baixíssimo preço da mídia e outros fatores. Nenhum outro setor do comércio é tão sensível à pirataria quanto esse. Se fosse para seguir o seu raciocínio, qual seria a explicação para as lojas de CDs de música do Brasil inteiro estarem fechando as portas? A pirataria tomou esse mercado, e os CDs oficiais são fabricados aqui. Mas olha o preço: trinta reais. Metade é imposto. Sad, but true.
Por que o governo oferece incentivos para a fabricação de computadores (justamente o que o Moacyr está querendo trazer para o mercado de games). O Governo diminuiu a carga tributária sobre o preço dos computadores, e taí o resultado: as vendas dispararam. Sem falar que a Dell atende a um público altamente elitizado que não se importa com quanto está pagando, mas sim com a qualidade do serviço (altíssima, pelo que dizem).
E só para constar, um desses “países economicamente mais desenvolvidos” que você cita seria… o México? Por que lá eles cortaram os impostos sobre games, e a indústria que era tomada pela pirataria (exatamente como aqui no Brasil) cresceu horrores e está gerando uma fortuna.
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Orakio Rob, “O Gagá”
“Hoje em dia, produtos de mídia como CDs, DVDs e jogos sofrem uma concorrência muito mais desleal do que outros produtos no mercado, graças à facilidade de copiar/baixar, ao baixíssimo preço da mídia e outros fatores.”
É verdade. Mas mesmo assim o mercado nacional está cheio de CDs e DVDs originais, não está? A decadência do CD, ao meu ver, não se deve à pirataria, mas sim à obsolescência total do formato. Eu mesmo sou um exemplo de pessoa que adoraria poder comprar música direto em formato digital aqui no Brasil, mas CDs eu não quero nem de graça, dada a incoveniência da mídia física e do espaço que ela ocupa. O inacreditável é que a indústria, em 2010, ainda esteja vendendo música no mesmo formato dos anos 80. Hoje em dia, quem compra CD pirata são basicamente as classes desfavorecidas, que não têm PC e banda larga em casa, e que de qualquer forma não teriam mesmo condições de comprar um CD original. Pessoas da classe média, como eu, não compram mais CDs há anos porque ouvem música em mp3 players e computadores, armazenam seu acervo de músicas em mp3s num HD e gostariam de poder comprar música em mp3 pela internet, e não de ficar empilhando CDs inúteis em casa. Quando eventualmente compro um CD, por falta de opção, transformo ele em mp3 e jogo num canto, do qual ele nunca mais sai hehehe. Já o mercado de DVDs no Brasil é vasto e os preços são justos (apesar de eventualmente altos), sendo esse o motivo pelo qual eu não pirateio DVDs de filmes nem de shows, e tampouco compro versões piratas dos mesmos. Faço o mesmo com games de PC: só originais. Penso que devemos incentivar e premiar os setores que merecem.
Henrique Caveira[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Acho que as pessoas também tem razão quando dizem “apenas abaixar os impostos não vai resolver nada”. Concordo em parte. Pq não existe lei mágica. Ou adotar uma medida e esta irá solucionar o problema de tudo. Não existe magia. Existe esforço e trabalho duro. Ações conjuntas em que todos tenham direitos e deveres. O Estado tem sua obrigação, as produtoras de games as suas, a mídia a sua, e nós também. O que podemos fazer?
Bem, primeiro, claro, não comprarmos produtos piratas. Não julgarmos e condenarmos quem os compra, mas tentar trazê-los para a legalidade. Fazer competições e campeonatos entre amigos, etc… Puxar como assunto jogos em certas conversas… Ajudar com calma e paciência as pessoas que estão se iniciando, mesmo que não tenham a menor ideia de nada… Colocar matérias nos seus blogs ou sites (quem os tiver)… E muitas e muitas outras coisas. Temos de chamar a responsabilidade para nós também, já que somos os maiores interessados.
E é isso, creio.
Tempest[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2010/06/thq-afirma-que-brasil-pode-ser-o-maior-mercado-da-america-latina.html
Odin[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Henrique Caveira
As pessoas que me conhecem, sabem que eu sou sempre o último a aderir a qualquer tipo de “Teoria da Conspiração”. Sempre tento ver a explicação mais lógica e menos fantasiosa possível.
Entretanto, o que tenho notado é uma má vontade muito grande do governo em muitos produtos tecnológicos, não apenas no videogame. Exemplo prático: gravadores de DVD de mesa. Alguns anos atrás existiam dezenas de modelos de vários fabricantes. Hoje (e quando digo hoje, leia mais de ano) se encontram um ou outro aparelho por preços bem salgados, próximo a 900 reais. Tive sorte em comprar o meu na Pernambucanas por 350 reais. O que não é um preço bem popular, convenhamos.
E o Kindle? Um advogado estava lutando para conseguir que o dele não pague impostos sobre eletrônicos, mas pague imposto sobre livros, já que o Kindle nada mais é que um livro, não possui nenhuma outra função.
E o Ipod? Iphone? Ipad? Porque será que os impostos para PC caíram? Será que não tem uma certa empresa que lança computadores PCTV anda patrocinando o governo, e por isso exista tanta má vontade assim com os eletrônicos? Será que essa empresa daria sinal “POSITIVO” para a entrada de videogames no Brasil?
Afinal, não sejamos ingênuos. As empresas de games já devem ter pesquisado o que seria preciso para entrarem aqui… Pagar certas prendas a certos políticos. Mas talvez isso não aumentaria o saldo POSITIVO de uma certa empresa e esse seria o motivo dos games estarem tão marginalizados.
Tempest[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Não da pra comentar o que todo mundo falou, mas posso colocar o meu ponto de vista né ^^
Concordo quando disseram que esta empreitada do PC Engine Fan é algo para ACONTECER NA PRÁTICA a médio praso, talvês longo. Mas acredito que isso é algo que DEVE ACONTECER independente da opinião de fulano ou cicrano, pois não temos absolutamente NADA a perder.
Games LANÇAMENTO nos States custam por volta de 30/40 doletas. Supondo que a redução dos impostos aconteça, os mesmos jogos importados e vedidos nas principais redes de lojas no Brasil, estes mesmos games seriam vendido por uns 100 reais. Fabricados aqui, poderiam alcançar o preço de uns 70 contos (menos que isso eu não acredito, só jogos mais antigos mesmo) e isso tudo aí em 5 veses ou mais no cartão.
É suficiente para acabar com a pirataria no setor? Não, mas a realidade é que VAI VENDER, E ABSURDAMENTE MAIS DO QUE VENDE HOJE EM DIA.
Mas Sabat, por esse preço vende lá na PAJÉ, no camelô, etc!! Se tá viajando!!
Não senhores, Pajé e todos os outros meios de se adquirir o material é mercado negro, e o simples fato dessas vendas todas deixarem de ocorrer dessa forma para passarem a acontecerem em lojas CORRETAS, QUE PAGAM SEUS IMPOSTOS, já será algo extremamente benéfico para a indústria gamística no país.
Com o Imposto reduzido, a venda nas lojas aumenta, os numeros de venda tornan-se visíveis, e fatalmente chamarão a atenção das empresas para o nosso mercado, que é enorme mas é camuflado pela pirataria.
Eu só jogo pirata no Wii, mas com jogos a preços justos e sendo vendidos em lojas nacionais com nota fiscal, compraria originais sem pestanejar. 10 veis no cartão é nóis! XD
Sabat[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Agora sim consegui preencher a ficha do Moacyr. Rápido e sem dor hehehe
Posso sonhar?
Eu vejo um futuro em que a carga tributária dos jogos e consoles será bem menor. Eu vejo as empresas de games vindo do exterior e engolindo o espaço outrora dominado por empresas nacionais que tornaram-se obsoletas e não acompanharam o dinâmico fluxo blá blá (vcs conhecem esse ciclo :D) Eu vejo o Gagá não resistindo e indo jogar uma partidinha de 1 hora de God of War 3 em uma das inúmeras locadoras de jogos que renascerão em várias esquinas. Eu vejo… snif… eu vejo a Galeria Pajé vendendo jogos originais do Playstation 3 (sério) e jogos piratas do XBox360 também, claro. Nada é perfeito. Mas o sonho não morre.
Eu acredito!
Elielson[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Nossa parabéns e de homens e pessoas assim q precisamos no Brasil, não essa corja de sugadores do poder q temos no Brasil. O Brasil cobra impostos maiores q países desenvolvidos, isso é absurdo um americano gata 300 dolares pra ter um PS3, enquanto nós pobres brasileiros pagamos mais de 1300 reais é o cumulo, e infelizmente não fica só restrito ao vídeo games e sim em tudo qnto é produtos ou alimentos q compramos nesse país, mais esse é um grande passo q sirva de exemplo pra todos e q o Brasil começa a crescer e desenvolver realmente. Mais uma vez Parabéns ao Moacyr Alves e ao Gaga.
Danilo[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Tempest
Eu estou bastante convencido de uma coisa: a diminuição dos tributos e o preço final dos produtos faz diferença para pessoas da classe média (baixa, média ou alta), na qual me incluo. Aquele pessoal mais “duro” – que hoje compra Playstation-2 por R$ 399,00 e ainda tem que parcelar em 12x sem juros – não compra e jamais comprará originais, nem que custem R$ 50,00 no lançamento. Existem dois grupos de consumidores de pirataria: os que consomem por necessidade (e que não consumiriam de outro jeito) e os que consomem por comodidade, porque o precário mercado de games “quentes” se mostra por demais limitado e injustificadamente “mordedor” nos preços. O motivo que me leva a não piratear DVDs de filmes ou shows, nem de games de PC, é porque tenho dinheiro suficiente para comprar originais e acho que o mercado que se coloca diante de mim é razoável (embora não necessariamente sempre “barato”). Já quando se trata de games de PSP, Nintendo DS e Xbox 360, eu caio na pirataria sem nenhum remorso, porque o mercado “oficial” que me é oferecido para estas plataformas é uma verdadeira piada. Aqui em Novo Hamburgo (região metropolitana de Porto Alegre) sequer se encontra games de DS e PSP. E, mesmo em Porto Alegre, você fica limitado a um punhado de games que aparecem nas prateleiras, ao passo que em 15 minutos no Google você baixa qualquer novidade. Tipo, é INACEITÁVEL! Por que raios Sony e Nintendo não vendem isos e roms de PSP/DS pela internet, num site brasileiro? Eu pagaria de bom grado! E no Xbox 360 a coisa é parecida. Os piratas aqui da cidade têm os últimos lançamentos, e se eu for para Porto Alegre eles levam meses para aparecer por lá. Me parece que, fora do eixo EUA-Japão-Europa, parte da indústria se engessou ao ponto de ser menos eficiente do que qualquer rede de piratas amadores. Mais do que o preço, o que me levou a optar por um Xbox 360 desbloqueado foi a constatação de que, ficando na dependência das lojas “quentes”, eu só teria acesso aos games nas prateleiras, e não aos games que eu queria jogar. Some isso ao fato de que eu nunca curti jogar online, e realmente fica difícil decidir de forma diferente.
Henrique_Caveira[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Elielson[Citar este comentário] [Responder a este comentário]