Tem duas coisas das quais eu me envergonho profundamente na minha carreira gamer: a primeira é que sou um pato em arcades. Nos meus tempos de garotão, eu ficava de urubu circulando a turma que jogava, interessadíssimo, mas raramente me atrevia a jogar porque era pão duro demais para gastar dinheiro em fichas que eu perderia rapidamente.
A segunda é que eu não manjo nada de jogos da SNK. Fui mega viciado em Street Fighter II (no Super Nintendo, obviamente, dada a minha neura com arcades), e sempre que botava um Fatal Fury ou um King of Fighters da vida para jogar tinha aquela sensação de “tão copiando SFII e eu prefiro o original”. Confesso que sempre que saía um título de luta da SNK para o Mega Drive ou o SNES eu alugava, porque naqueles tempos era impossível ignorar o lançamento de um jogo de luta convertido dos arcades: você simplesmente TINHA que alugar, a febre do gênero era grande demais e era impossível não se contagiar. Mas era uma curiosidade passageira, e no dia seguinte eu devolvia esses jogos sem aperto no coração.