Knight Lore, originalmente lançado para o ZX Spectrum em 1984 (já falei dele aqui), teve várias versões para outras plataformas ao longo dos anos. Um remake que chamou a minha atenção foi produzido em 2009 para o MSX 2. Confesso que não esperava que um game de 1984, recriado num hardware que já está para lá de obsoleto, pudesse ficar tão bem feito. Manuel Pazos e Daniel Celemín realizaram um trabalho magnífico! Corrigiram bugs, aprimoraram a jogabilidade com a introdução do mapa e elevaram o patamar gráfico com a inclusão de detalhes, paleta de cores diferenciada e novas animações.

A título de curiosidade, fiz este post para comparar o jogo de 1984 ao remake de 2009. Vale relembrar que o MSX também teve versão de KL lançada na época, num port idêntico ao hit do Spectrum.

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Não querendo menosprezar a primeira versão, que já era ótima, mas a diferença na riqueza de detalhes é gritante. Notem nas imagens acima os efeitos de sombra, ausentes no jogo original, bem como as tochas acima das portas e as ranhuras nas rochas. Sem contar que o labirinto não é mais monocromático. Espetacular, não?

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O lobo, antes simpático, tem cara de bad boy agora. O contador de vidas e os pergaminhos na parte inferior do video também estão mais bem feitos. Adorei os vestígios de sangue entre os espinhos e o guardinha (passando entre os portões na foto acima), que não parece mais um soldadinho de chumbo.

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À noite os cenários ganham tons sombrios no remake. Reparem como a mesma sala se torna escura após o crepúsculo.

Esqueça o lápis e o papel, pois agora há a opção de se visualizar o mapa na tela ao pausar a aventura. A ordem aleatória da disposição dos objetos já não é mais problema, uma vez que o mapa revela a localização de cada um deles. Os quadrinhos preenchidos em azul, na foto abaixo, representam as salas já visitadas pelo protagonista Saberwulf.

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Infelizmente, nem tudo são rosas. Os efeitos sonoros acabaram não recebendo o mesmo update que o visual, ou seja, continuaram simplórios. Os frequentes slowdowns também não foram solucionados. A jogabilidade, com a exceção da feliz inclusão do mapa, pouco mudou, permanecendo meio truncada à primeira vista; mas perfeitamente administrável com um pouquinho de treino.

Knight Lore Remake é mais uma opção àqueles que querem conhecer clássicos sem precisar encarar gráficos muito datados. Meu Dingoo não teve descanso enquanto não desbravei — com save state, para polemizar 🙂 — cada canto do “novo” castelo do Mago Melkhior. Todas as inclusões discutidas neste artigo, principalmente a facilidade do uso do mapa, abrilhantam ainda mais a experiência que já é ótima no original. Apesar de alguns incômodos slowdowns e do som não ter recebido o mesmo cuidado que o visual teve, não há porque reclamar de alguma coisa nesta versão. Os programadores responsáveis foram bastante competentes e o resultado final obtido é de encher os olhos, quase inacreditável em se tratando de um hardware de 8 bits.

Face-Off (Knight Lore Spectrum versus Remake MSX)
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