Olá retroamigos do Gagá Games. Hoje vim falar de um jogo que representa muito para mim. Tenho uma história de amor e ódio com este game! Foi através dele que eu conheci e me apaixonei pela série Castlevania da Konami. Foi o primeiro da série que terminei, e sinto saudades do meu MSX Hotbit, da Sharp.
Vampire Killer foi lançado para o MSX em 1986, e não era exatamente uma conversão do Castlevania original lançado para o NES, visto que sofreu algumas alterações expressivas. Comparando um jogo ao outro, podemos notar em primeiro lugar que a estrutura deste aqui é bastante peculiar. Você tem que explorar as áreas para encontrar as chaves que o levarão às telas seguintes. Além de procurar estas chaves, achamos pelo caminho diversos baús que, quando abertos, fornecem power-ups. Há também comerciantes que em troca de alguns corações lhe venderão vários artigos. Armas como o machado, por exemplo, podem substituir o chicote e ser usadas por um longo período de tempo. Há também a água benta, o relógio do tempo, o crucifixo, um mapa para o jogador acompanhar seu progresso (uma das sacadas mais bacanas deste jogo) e dois modelos de escudo. Após passar por pelo menos três sub-áreas , você enfrenta o chefe de fase e ao derrotá-lo, irá para o próximo estágio.
Level 1: Entrance
Para quem jogou o original do NES, o jogo parece familiar. Porém há algumas áreas adicionais. Por exemplo, há um nível extra na torre do Drácula antes que você o enfrente. A luta contra Drácula é quase completamente diferente, embora o primeiro método de ataque dele seja similar ao da versão NES, e uma vez que você o acerte, um quadro com a pintura de Drácula que existe no fundo do cenário começará a liberar um monte de morcegos para te atazanar.
Level 2: The Main Hall
A jogabilidade
Embora haja algumas diferenças em relação ao controle do personagem e como ele responde, isso continua tão complicado como no jogo original de NES (caso você esteja usando o joystick, pois com o teclado fica pior ainda). Quando se joga pelo teclado você não tem o botão que faz Belmont pular, sendo esta função execuada pelo direcional para cima, e este é o verdadeiro problema. Por isso a dificuldade para subir escadas é enorme, pois o direcional para cima assume essas duas funções. E se tiver as cabeças de medusa por perto, você fica literalmente ferrado! Portanto, se não tiver um bom joystick, arrume um!
Level 3: Crumbling Tower
Já jogando com o joystick as coisas ficam um pouco mais fáceis. Você tem o segundo botão que é o de pulo, mas mesmo assim a resposta do controle do jogo não é preciso. Outra coisa, o chicote tem um “lead time” muito alto, ou seja, ao acioná-lo ele se recolhe muito devagar, o que dificulta acertar inimigos que se movam de forma aleatoria e rapidamente, citando novamente as cabeças voadoras de Medusas como exemplo. E os itens que fazem seu chicote melhorar são cada vez mais raros no avançar do game. Em suma, morra e você vai ficar com o chicote de couro por um tempão!!!
Gráficos e sons
Os gráficos são ligeiramente superiores aos do NES, principalmente porque os fundos são mais limpos e um pouco mais detalhados. A paleta de cores também está um pouco mais agradável e variada do que a da versão de NES. Já o som é basicamente a mesma coisa, valendo o mesmo para os efeitos sonoros.
Os estágios
A estrutura básica da primeira fase é praticamente idêntica à do jogo de NES. Depois de passas pelo pátio da floresta, você entrará nos hallways brancos do castelo. A segunda área é o subsolo, onde existem os “homens-peixes” (dica do Piga: aqui você pode subir as escadas e achar uns itens extras). Então, siga ao porão para lutar contra um morcego gigante. Outra coisa: você irá odiar as panteras deste nível, porque são muito mais numerosas e muito mais trabalhosas de matar do que na versão de NES.
Level 4: Underground Caverns and Second Castle Entrance
No segundo estágio, a primeira coisa que se nota em relação ao jogo de NES é que os tijolos que compõe a capela não são tão vermelhos. De resto, tem as cabeças de Medusas que torram a paciência, tudo quase idêntico ao que vemos no NES. Na terceira fase, se aquelas panteras e cabeças amaldiçoadas de Medusas o irritaram nos dois primeiros estágios, os corcundas deixarão você tão alterado, que você vai ter vontade de bater na sua mãe e amaldiçoá-la por ter posto você no mundo (he he he he). Os tijolos são de uma cor completamente diferente da utilizada no jogo de NES, e o nível inteiro parece “outro” por causa disso.
Level 5: Dungeon and Laboratory
Chegando à quarta fase, nota-se que este é o nível mais linear e direto do jogo. Após andar em uma espécie de canoa e se estressar com os “homens-peixe”, você seguirá caminho acima e através do pátio, (observe que esta parte é muito mais detalhada em relação ao jogo de NES). Você observará também que as águias que deixam cair os corcundas, por causa da cor meio rosada delas, parecem uma galinha depenada levemente tostada na chapa (comparação tosca “mode on”)!
No final, você entrará no castelo composto de tijolos azuis. Agora é o seguinte: se por um acaso você ficar preso por aqui, deverá efetuar uma sequência de comandos para ativar uma espécie de portal, e você será levado ao Little Gateway. O comando, que só pode ser feito pelo teclado é o seguinte: presione as setas para cima e para baixo ao mesmo tempo (impossível fazer no joystic). Bem bizarro, eu sei…
Quinta fase. Quase tudo igual ao de NES. A parte a mais interessante deste nível é o laboratório, que é muito mais detalhado em relação ao original.
Level 6: Clocktower
A sexta fase é a clássica fase da torre do relógio. Mas você a inicia atravessando uma ponte que é protegida por uns morcegos gigantes para só depois entrar na torre propriamente dita. Em suma, o mesmo estágio do NES.
Sétimo e último estágio. Esta é a única fase totalmente original deste jogo. À medida em que se vai adentrando a torre do Drácula, percebe-se que o cenário é decorado pelos tijolos cinzentos usuais. No final, a porta o leva à câmara do grande senhor do mal, o Conde Drácula. A batalha final não será moleza. Repare no tamanho do quadro pendurado na parede!
Level 7: Dracula’s Chamber
Agora um desabafo. Como sou fissurado, neurótico pela série castlevania, a dificuldade deste game me amedronta!!! Você começa cada nível com uma quantidade pífia de corações, com seu chicote meia-boca de couro, deixando-o à mercê de todos os inimigos, que provavelmente vão te encher de porrada! E como já disse antes, o seu chicote é recolhido muito devagar, e como os inimigos são nervosos (iguais ao alien de Ridley Scott), é osso matar alguma coisa.
Se você conseguir terminar e estiver pensando que vai ver um grande final, pode esquecer. Para deixar o jogador ainda mais pau da vida, no final só aparecem os créditos. Não há nem uma mísera telinha com um The End bonito. Desculpem pelo spoiler, mas eu tinha que avisar. Para quem amarelou, os únicos truques que eu conheço são roms alteradas, que permitem jogar com vidas infinitas ou selecionar as fases.
Até a próxima!
Só valeu mesmo pela animação do chefão Drácula no final, de resto, a versão NES é melhor, exceto nas cores.
A versão para o X68000 ficou muuuuuito melhor que estas (já joguei)
Fernando[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Confesso que apesar de ser muito fã da série Castlevania, não gosto do Vampire Killer. Acho sua jogabilidade mais travada ainda que o Castlevania do NES, e ele é também bem mais difícil. Nunca consegui ir muito longe nele.
André Breder[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
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Um dia terei paciência de encarar isso…
Gostei do estilo, faltou paciência mesmo…
Flávio de Oliveira[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Realmente a jogabilidade deste jogo é horrível! Fora a dificuldade!! Acabei largando mão também!
Já o Castlevania do Sharp 68000 foi incrível na época, lembra os gráficos de Super Castlevania IV de SNES e mais tarde foi relançado como Castlevania Anthologies no PSX.
Dalton[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Saudades do meu Dynavison III, nunca joguei vapire killer, mas ja pirei muito jogando Castlevania!
Eita joguinho difícil da mulesta!
Paladino222[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Fernando. Eu tenho aqui o fullset e o emulador de Sharp X68000, porém o Castlevania dele é totalmente diferente desse de MSX. Para quem quiser esse castlevania de X68000 vale a pena jogar o Chronicles de PSX.
@Breder / Flávio de Oliveia. Realmente Vampire Killer é pedreira mesmo. A dificuldade é absurda e os controles fazem essa dificuldade ficar maior ainda. Perseverança e paciência são as palavras aqui.
@Dalton. Super Castlevania IV é um dos Castlevanias mais fáceis de se jogar e um dos mais gostosos. Aquele lance do chicote poder ser utilizado para atacar em todas as direções que, ao contrário do padrão que é só para a frente, facilitou muito a vida.
@Paladino. Realmente os primeiros Castlevania são osso mesmo. Mas a medida que os consoles evoluiram, os Castlevanias, pelo menos para mim, foram ficando mais fáceis. Mas a dificuldade dos Castlevanias de NES se compara com os da franquia Megaman, por exemplo.
Pessoal, obrigado pelos comentários.
piga[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Vou te contar, eu não aguento jogar nem 5 minutos essa versão do Castlevania.
Além da jogabilidade ser pior do que a do nes, o grafico é melhor mas a tela não se desloca(como na maioria dos jogos do msx) e é quase impossivel de finalizar, isso pq eu acho o do nes muito dificil.
sonic_tales[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
O mais longe que cheguei nesse jogo foi até o Dracula, isso quando tinha 9 anos. Quem sabe não encaro outra vez?
Heverton[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Ehehe parabéns pelo Review Piga, vê se publica mais reviews de MSX 🙂
gamer_boy[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Vendo este excelente review lembrei da época que quando era foda finalizar um jogo, ainda mais este castlevania do msx!Mas tenho suadade desta época por que isto sim era desafio…
TJ RaMoNe[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Gostaria de fazer algumas ressalvas:
Ao contrário do que foi dito várias vezes aqui, Vampire Killer de MSX2 é de 1986, enquanto Castlevania de NES é de 1987. Portanto, a franquia Castlevania é original de MSX e não de NES. Outra coisa que parece que vcs não perceberam é que o estilo de jogo do Vampire Killer, onde devemos coletar objetos e vasculhar os cenários para progredir no jogo, é o MESMO ESTILO que foi resgatado no fabuloso Castlevania – Symphony of the Night, considerado por muitos como o melhor jogo de toda a franquia, depois de muitos anos de jogabilidade “simplória” e básica de apenas “avançar matando tudo que se vê pela frente até passar de fase”, que todos os episódios para consoles Nintendo ofereciam (exceto o Castlevania II – Simon’s Quest).
Com o sucesso absoluto do SOTN utilizando jogabilidade exploratória e investigativa, todos os jogos posteriores passaram a se utilizar do mesmo gênero e, a partir daí, Castlevania nunca mais foi um jogo simples de plataforma de ação lateral e voltou a suas origens do jogo para MSX2. Felizmente.
Em suma, apesar de mais velho, Vampire Killer é MUITO MAIS JOGO do que Castlevania: oferece muito mais recursos e possibilidades, é muito mais imersivo, desafiante e belo. O fato de não ter scroll nem chega a ser um problema, devido a sua jogabilidade de natureza exploratória e investigativa, naturalmente menos “FRENÉTICA” do que o jogo para NES que, por essa característica, o scroll se faria mais necessário.
Vampire Killer de MSX2 IMPRESSIONAVA muito mais do que Castlevania de NES, disso não há dúvidas.
Jorge[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Jorge
Quanto ao lançamento do castlevania, vc está errado. O primeiro castlevania, de NES, foi lançado no Japão em 1986. Basta vc ir no site da Konami japonesa e conferir. Alguns meses depois foi lançado o Vampire Killer de Msx2 no japão e nos EUA em 1986. Castlevania de NES americano chegou só em 1987. Tá aí a sua confusão.
Quanto ao estilo de jogo, compará-lo com o Symphony of the Nigth é forçar a barra. O jogo apesar de não ser linear, não tem nenhum item obrigatório para prosseguir a não ser as chaves. Você não precisa ficar correndo atrás dos baús. Dá pra terminar o game sem achá-los. Não é o caso de Symphony of The Night que se vc não achar determinados itens, não avança no game.
Falow!
piga[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Com relação ao lançamento do jogo, até pode ser que vc esteja certo. Mas a comparação entre o estilo de jogo do SOTN e Vampire Killer é perfeitamente cabível. O princípio da jogabilidade em ambos é o mesmo, embora muito mais “primitivo” no Vampire Killer, como não poderia deixar de ser. O objetivo de encontrar objetos necessários para progredir existe nos dois. A única diferença é que, no Vampire Killer, só existe um item obrigatório contra vários no SOTN, mas basta apenas um para que seja necessário explorar todo o cenário em busca desse item, senão você não passa. Vale lembrar que estamos falando de dois jogos com muitos anos de intervalo entre eles e é ÓBVIO que um jogo de 1986 não teria condições de apresentar tantos recursos quanto um de 1997.
Mas, tanto o princípio de não-linearidade quanto o caráter exploratório estão enfocados nos dois jogos igualmente.
Aliás, quem conhece e teve MSX, já era acostumado com jogos da Konami que enfatizavam a exploração dos cenários e recolhimento de itens, vide jogos como Goonies, Treasure of Usas ou The Maze of Galious…
😉
Jorge[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
clássico!!!!!!!!
helisonbsb[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Não entendo porque as pessoas dão tanta importância ao Castlevania de NES,sendo que ele é só um ”port” desse Castlevania aqui.Se não fosse o sucesso do primeiro jogo em relação ao segundo a franquia teria seguido como esse aqui.Comparando a um jogo da atual geração,seria assim:
Jogo original:https://www.youtube.com/watch?v=nKeRiW_FN0c
Port:https://www.youtube.com/watch?v=MbDaI51cRrM
Saghast[Citar este comentário] [Responder a este comentário]