“Para quem quer fazer exercícios de reflexão”
Olá crianças!
Esta semana, o assunto do post será algo que tratei em uma das minhas últimas aulas deste mês. Usei um texto chamado “A incapacidade para o diálogo” de Hans-Georg Gadamer. Já o citei muito por aqui porque minha compreensão atual de jogo tem muito dele e de outros autores da fenomenologia.
Seja como for, ele esboça muitas questões interessantíssimas sobre o problema do diálogo. Algumas inclusive apontam para as inovações tecnológicas que passamos hoje, mas não é isso que queria compartilhar. Acabei selecionando um outro trecho que, acredito, será uma boa para iniciarmos algum tipo de discussão para a qual gostaria de voltar em algum outro momento oportuno.
Para ele, diálogo é abrirmo-nos para o outro e, nesse outro, encontrar também uma abertura para que o fio da conversa possa fluir livremente. Todos nós já tivemos uma experiência plena assim: uma conversa que gostaríamos que nunca se acabasse porque não apenas nós falamos e ouvimos, como também éramos plenamente ouvidos e interpelados.
O interessante é que, segundo ele, quando duas pessoas se encontram e trocam experiências, será sempre o encontro entre dois mundos. A divergência não se torna um problema: ouvir e compreender não é sinônimo de concordar completamente.
Além disso, aponta, é apenas através do diálogo que conseguimos descobrir a verdade acerca dos assuntos de que falamos. Em boa parte da tradição filosófica (em especial na Antiguidade e na Idade Média), o diálogo era o recurso mais utilizado para se alcançar a verdade. Cícero, Agostinho e muitos outros utilizaram dessa mesma estrutura não para “tornar tudo mais fácil de entender”, mas porque a conversa era parte de seus métodos de desvelar a verdade acerca das coisas.
O verdadeiro diálogo nos deixa uma marca porque encontramos na experiência do outro algo que não havíamos encontrado em nossa própria experiência de mundo. E isso vai muito de encontro com uma das formas de obtenção de verdade na Idade Média ao lado das provas empíricas (ou por “experiência direta”): o testemunho.
Em um diálogo, o que está em jogo não são as pessoas enquanto tais, mas o assunto sobre o qual conversam. Ataques e refutações se dão sobre o que é dito e não sobre características que a pessoa possua. Ou seja, não diríamos algo como “você é um ignorante total!” em um verdadeiro diálogo, mas sim algo como “essa sua afirmação não faz sentido.” Dizer algo como “com você não se pode conversar” não demonstra apenas uma incapacidade do outro em dialogar, mas também nossa.
E o que isso tudo tem a ver com games?
Na verdade, tem muito a ver. Sabe aquele papo de que “religião e política não se discute”? Essa afirmação é feita com base no pressuposto de que tais coisas são escolhidas por gosto (o que, definitivamente não confere – se escolho ser cristão é porque acho que a mensagem do cristianismo é verdadeira e não porque “acho bacana” ser cristão). Dizer que não se discute quer dizer algo do tipo: “já que você gosta, tudo bem então.” Quantas vezes já não ouviram (ou disseram) que não querem conversar a respeito de algo porque é “questão de gosto”?
Com videogames é exatamente a mesma coisa. Provavelmente devido à nossa época moderna pautada principalmente em quesitos estéticos em que só vale ser feito aquilo que se gosta e, se não está agradável, podemos deixar para lá. Por que vou discutir com alguém que gosta de Final Fantasy sobre RPGs nipônicos se eu não gosto de Final Fantasy? Afinal, “gosto não se discute”.
E isso, na verdade, barra ainda mais o diálogo sobre essas questões e acabam propagando o famoso monólogo que é presente impessoalmente nas opiniões que vemos em todo lugar. A pessoa vai, diz o que acha a respeito e vai embora, sem nem ligar para o que os outros dizem a respeito de sua fala. Abrir-se para ouvir o que o outro tem a dizer a respeito do seu gosto e compreendê-lo não implica em concordar completamente com ele.
Por exemplo, não gosto de Final Fantasy VII, mas posso dizer exatamente porque não gosto dele se pararem para me ouvir a respeito disso genuinamente. E o mesmo para algum game que goste como Chrono Cross ou qualquer outro que me venha na cabeça.
A incapacidade para o diálogo tem se tornado cada vez mais comum porque temos nos tornado cada vez mais autossuficientes. E como descobriremos alguma verdade a respeito de um game se aqueles que o veem em diferentes perspectivas recusam-se a dialogar? É desse fenômeno que surgem os fundamentalismos gamísticos e não da tomada de posição, mas que permite o falar e o ouvir do outro.
Mario X Sonic, Mega Drive X SNES ou qualquer outro embate semelhante levantam questões importantes a serem discutidas e não deixadas de lado em cruel, vazia e egoísta indiferença. Criar guetos não nos ajuda em nada no que se refere aos games, às artes ou à verdade das coisas em geral.
É isso que queria trazer essa semana! Até o próximo post!
Caramba mestre Senil, estou num corre danado, passar o dia vendo palestras igual aconteceu ontem, quando eu chegar a tarde terei tempo para ler e comentar. Mas acho que o tema é interessante só pelo título.
Juliano[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Fala amigo Senil!
Nossa muito bacana esse tema.
Lembro que muitas vezes discutíamos, eu e meus colegas de época questões gamisticas, do tipo Sega vs Nintendo.
Joguei e jogo consoles de ambas empresas, tenho preferência pelo sistema SEGA, pois mais me identifiquei, curto mais suas produções, apesar de atualmente ela não ir muito bem das pernas.
Sempre defendi essa empresa, mas no caso Mega vs Super Nintendo, a Sega não foi muito feliz em RPG’s salvando a série Phantasy Star e Shinning da vida, mas isto é a minha opinião, tanto que comprei um Super para jogar o FFVI e o Breath of Fire que para mim são excelentes.
Meus colegas eram mais nintendistas, mas o SFII do mega tirando seu audio dava de 10 em graficos e jogabilidade (minha opinião tá) rsrsrsrsrs.
Outro fato curioso foi quando um amigo meu que trabalhava enquanto a gent ainda era jovem comprou um 3DO, só que a maioria dos meninos aqui não curtiram muito não, acharam além de muito caro (naquela época meu colega comprou por 700 reais, um roubo mesmo), tinha poucos jogos, mas Road Rash e The Need For Speed eram maravilhosos. Nesse tempo meu camarada descolou um jogo de Snes chamado Nosferatu que tinha umas cutscenes lindas, principalmente aquela de um corvo bicando a lápide de uma cova, ai um colega meu falou para ele com deboche ” 3DO faz isso? “.
Nesse dia meu outro colega dono do 3DO nunca mais chamou a turma pra jogar com ele pois ficou irritadissimo com eese comentário. Apesar de saber que ambos exageraram.
Tenho muitas outras situações mas melhor vermos na próxima e valeu a discussão e espero não ter fugido muito pois penso que gosto não se discute, se respeita. Sou cristão da igreja mais malhada e criticada da face da Terra mas não posso brigar com as pessoas e sei que cada um tem o presente mais precioso que Deus nos deu que é o livre arbítrio mas temos de respeitar o próximo assim como queremos ser respeitados ok.
Só isso e um abraço.
Ulisses Old Gamer 78
Ulisses Old Gamer 78[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Senil, o que vejo hoje de um modo geral é uma conversa vazia entre as pessoas, seja esta conversa presencial ou pela internet. Evitamos entrar em determinados assuntos para não darmos abertura. Hoje em dia as pessoas tem medo de dizer “sim” e “não”, portato o “talvez” impera. Voltando ao mundo gamístico, vejo que uma boa ferramenta para troca de idéias está se deteriorando: os fóruns. Com a queda do Retrobits e o esvaziamento do PS3forum, muito a contra gosto fiz um cadastro no Outerspace. A troca de idéias e informações lá ocorrem num ambiente “poluído”. A grande maioria dos usuários querem zona. Ou seja, temos “istas”, brigas, assuntos dispersos e uma gama de outras ações que em nada contribui com o propósito geral de um fórum. Talvez eu esteja velho e ranheta, ou talvez eu estivesse acostumado com o nível que os fóruns Retrobits e PS3forum possuíam. Me sinto deslocado. É como se eu estivesse numa festa onde o som é absurdamente alto dificultando a conversa, mesmo que ela ocorra ao pé do ouvido. Portanto nós temos que continuar nossas conversas e mantermos o nível delas aqui no Gagá Games. Abraços! 🙂
piga[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Eu lembro que na época na guerra entre SEGA e Nintendo, rolavam umas brigas de opiniões quase como briga entre religiosos fanáticos com ateias, partidários políticos ou torcedores de times de futebol. O ruim é quando as coisas ultrapassam as raias do debate verbal e passa pra agressão física desrespeitosas.
J.F. Souza (Yoz)[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
aqui sofro disso e sozinho, mestre. vou contar um “causo” meu
é aquela mesma conversa, eu sendo retrogamer costumo dizer que os jogos de antigamente em maioria eram melhores do que hoje em dia. enquanto a meu irmão e amigos insistem nesses gráficos ultra modernos e….MMOS sem fim.
eu digo que num Rpg normal, tem começo meio e fim. mas retrucam dizendo que num Final Fantasy, eles não podem se exibir para os Noobs o quanto estão fortes…
sim claro, eles passam semanas e meses fazendo as quest, matando os monstros mais poderosos e tudo. tendo os itens conseguidos com muito trabalho. é uma sensação incrível mesmo….muito melhor do que jogar um rpg normal e de qualidade, é o que digo sempre.(sarcasmo mode off)
até chegar um Noobão já tendo de cara todos os itens mais fortes do game no nível 1 ainda….isso porque o “Noobão” tem cartão internacional e grana para comprar os itens mais caros do jogo. e os chefes que demoraram muito para matar, ele os derrota sem fazer muito esforço. e isso ainda em nível muito mais baixo do que eles foram matar o tal chefe
isso deixaria qualquer um com cara de idiota…no minimo
e ainda tem o caso dos Console vs emulador. embora eu goste de jogar no N64 e no Gamecube, o pessoal joga Xbox 360 com Fifa 2012 e Battlefield 3 e os caras me chamam pra jogar, quando prefiro muito mais jogar num emulador de Mega e SNES no PC. mas é questão de gosto e devemos respeitar a opinião alheia. por exemplo, fui num site comparando qual era o melhor dos 32 bits, PS1 ou Saturn?
óbvio que pelo menos 90% dos que comentaram, abraçam o console da Sony. os 5% diziam preferir os de 128 bits, e os outros porcento preferiram o Saturn…eu fiquei meio assim com a enquete, mas era a realidade. e depois de ler a Old Gamer falando da história de Glória e Desgraça do console. eu entendia muito bem essa repulsa, mas é assim mesmo
FFVII acho um bom game, mas aquele Cloud, Tifa e Sephirot não me descem nem com reza braba e cachaça.
Hee-Hoo Mestre Senil
leandro(leon belmont)alves[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
A maioria dos problemas que temos nas discussões sobre games são devido à falta de maturidade dos envolvidos. Muitos dos istas que vemos por aí causando flood e baixando o nível das discussões possuem menos de 20 anos. Essas pessoas ainda tem que crescer intelectualmente. Obviamente devem praticar a discussão saudável sempre que possível, mas não há como exigir muito de jovens imaturos com o poder da Internet nas mãos. Vejo que temos muitas discussões de qualidade aqui no Gagá e o motivo disso é que todos aqui são uns velhotes.
Aliás, Nintendo > Sega.
Fernando Lorenzon[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
é mestre…gosto não se discuti e vai desde o time de futebol a games mesmo!!!acredito que quando se vai falar em quesito ¨qual a preferência?¨ as vezes não precisa nem escrever ou falar,,,basta olhar como uma pessoa se veste ou pelas músicas que gosta de ouvir,,,a galera do heavy metal, nerds, geeks, punk…todos demonstram através do visual como pensam e suas preferências,,,tudo isso influi em tipo de jogo ou se gosta de futebol ou não!!!as vezes da para imaginar que tipo de gosto determinada pessoa tem…eu particualarmente gosto de heavy metal e jogos old school e odeio a política atual,,,mas não tenho um visual que sempre sigo,,,sou uma pessoa simples e faz tempo que não uso uma camisa de banda preferida e não uso óculos…existem pessoas que se vestem socialmente,,,mas não tem como analisar e dizer se ela gosta de qual tipo do música,,,o video game e a internet também nos mostra através de avatar qual o segmento de determinada pessoa e ai é outro visual a ser analisado!!!!existe uma forma de diálogo no qual podemos nos comunicar com o mundo inteiro, a língua, idioma já não é mais uma barreira a ser vencida…a internet, com certeza nos traz facilidades de comunicação e podemos discutir gostos e posts atualmente…para quem tem problema de timidez…a internet nos traz uma facilidade de expor e debater idéias sobre determinado tema e alguns ainda conseguem conhecer pessoas e até namoradas também!!!para concluir,,,acredito que com o tempo, no meu caso pessoas que já leram meus comentários já tem uma idéia de como eu penso, do que eu gosto mesmo,,,não porque citei coisas e gostos, mas sim por expor minhas idéias e palavras…mas acho que conheço um pouco sobre outras pessoas que aqui expõe idéias e comentários também…de uma forma geral conheço pessoas aqui que talvez eu nunca irei conhecer pessoalmente, mas conheço seus gostos e pensamentos sobre o mundo em que vivemos!!!! valeu mestre!!!!
helisonbsb[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Concordo com o que disse o Fernando acima. Na internet, muitas vezes os diálogos não fluem por imaturidade dos participantes, exatamente pelo que você citou: eles não se expõem. Dão sua opinião como se fosse a última palavra, tanto que retrucam e retrucam até que ninguém diga mais nada e eles saiam “vitoriosos” – vencendo pelo cansaço. Algo bem típico das crianças, que têm energia o suficiente para isso.
Sem uma abertura, não tem como um diálogo ser construtivo. Por exemplo, eu gosto bastante do Final Fantasy VII, mas reconheço que tem melhores, se alguém dizer que FFVI “não presta” vou tentar entender essa opinião e não rejeitá-la como se fosse um herege. Todos os jogos tem seus defeitos e qualidades, além disso pode agradar a um ou outro tipo de jogador (gosto). É ter isso em mente e mente aberta para uma boa discussão.
Onyas[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Grande mestre Senil, agora sim com tempo de sobra para comentar sobre o tema.
Buenas, ponto interessante que você levantou. Diálogo, realmente chegou em um ponto que dialogar com um amigo sobre jogos está extremamente difícil, por um lado podia até ser culpa minha porque tempos atrás eu tratava muito jogo com preconceito e já ia dizendo que era merda e tal, mas passei desta fase, fui me redimir de jogos que falei mal sem ter jogado, citarei Mass Effect que era um deles, acabei jogando e até gostando do jogo, nada ultra ótimo ou precário, apenas bom e isso já excelente pra expectativa que eu tinha de o jogo ser mera cópia descarada de Star Wars ou qualquer coisa temática em um futuro distante. Só que da parte do meu amigo não mudou nada, quando não tem nada pra jogar e eu vou lá e indico pra ele dois dos jogos que acho mais interessantes que tem por aí, como o Portal e o Bastion, ele simplesmente me fala a frase “-O jogo não me chamou a atenção”, porras! Não chamou a atenção! Só me leva a conclusão de que ele tá muito tapado a jogar franquias que eu já não suporto como FF, e isso é lamentável. Quando o jogo tem algo bem inovador ou é de raciocínio ele não testa, não curte pensar, gosta de Battlefield ou God of War, não que esses jogos não tenham atrativos, são excelentes por sinal mas nunca tentar um jogo que é uma grande indicação da minha parte significa que o diálogo morreu e contra isso não vejo nada mais que eu possa fazer. Sad but true.
Agora lembrei que muito já vi que a televisão emburrece a população, to achando que muitos jogos de hoje em dia anda emburrecendo os jogadores de games. Não que todos devam curtir algo de estratégia ou jogos que estimulem a inteligência, só que ver esse entretenimento deixando a pessoa cada vez mais tapada e ignorante é algo triste de se ver.
Acho que é isso que tenho a dizer mestre Senil, vlw pelo post excelente.
Juliano[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
O grande problema é tentar fazer com que sua opinião seja a verdade absoluta. E nisso,não são apenas os mais jovens, que já nasceram cercados de mais recursos, que são os grandes “vilões”.Vejo muito retrogamer xiita bem intolerante, e rabugento por ai, é aquela historinha da propaganda “No meu tempo era bem melhor”.
Os jovens jogadores que menosprezam os games antigos,alegando que são ultrapassados,feios e muito difíceis ,são tão nocivos quanto os retrogamers puristas, que por sua vez, acham que os jogos de hoje são apenas gráficos, e que os verdadeiros games , eram aqueles da sua época.
Eu sou um jogador de 34 anos, e como boa parte dos meus contemporâneos, passei por todas gerações, e o que posso dizer é que existe intolerância dos dois lados, dificultando um dialogo em alto nível.
E ai é a hora de colocarmos nossa idade, e experiencia em jogo.
Os jovens jogadores hoje já crescem com internet, e tudo que ela é capaz de proporcionar, sobretudo a facilidade de expor suas opiniões sobre games.Muitos estão naquela fase, que nos a uns 20, 22 anos estávamos. A fase de descoberta, de empolgação, e de jogatina constante, e isso tem um peso muito grande, exatamente como teve para nós. Só que nos não tínhamos as facilidades de hoje, logo, não eramos “tão” ouvidos.
A industria de games mudou muito em relação ao que era na nossa época.Antes uma equipe com 20, 30 pessoas produziam grandes clássicos, hoje é necessário uma equipe de centenas de pessoas para se criar um game. A coisa cresceu, explodiu, era obvio que muitas coisa mudariam.
Juliano, não acho que os jogos de hoje estão “emburrecendo” os jogadores, o que eu acho, é que a internet trouxe um “Imediatismo consumista” voraz, as pessoas, e os jogadores não tem mais tanta paciencia,tolerancia, e persistencia com desafios, e derrotas.Logo procuram o caminho mais “facil”, e jogos que não “frustrem” pelo desafio, e isso tem se refletido no modo como os jogos são projetados.
No entanto, existem perolas atuais como Demon’s Souls, e Dark Souls, games que possuem o DNA Oldschool em suas veias.
Somos pessoas maduras, e gamers experientes, seja pela vivencia, seja pelo tempo, vamos fazer com que isso eleve o dialogo da comunidade gamer como um todo.
Abraço!
kanonclint[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Nintendo ou Sega? Qual o melhor?
Resposta: joguem os dois! 😀
LordGiodai[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Fala Mestre!!!
Opiniões todo nós temos o grade problema é que na maiorias das vezes não respeitamos a opinião dos outros ou temos a nossa como absoluta o que gera uma grade falha no processo de expressar sua opinião. Um tempo atrás esta falando com colega sobre FFVII, como foi com ele que comecei a jogar RPGs não tinha muita experiência com o gênero, já ele por sua vez tinha mais conhecimento o que era pra ser uma troca de ideias se transformou num bate boca, pois em vez de ele se concentrar em mostra os pontos positivos dos games que ele conhecia só falar mal do FFVII, claro que eu na época por falta de maturidade não soube contornar a situação o que contribui muito pro bate boca.
Auron[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Mestre Senil vai passar uma semana em branco?
Estaria você curtindo a E3 de gaiato no navio!!!! Também?
Juliano[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Juliano
Vou começar pela última mensagem, mas logo respondo todas as outras. 🙂
Na verdade, estou como você na semana passada. Estive em um congresso até o fim de semana e agora estou passando em alguns médicos (exames de rotina). E o Gagá pediu a semana livre para focar só na E3. Como estou cheio de coisas a fazer, acabei topando e adiando para a semana que vem o artigo que preparei. 🙂
Nem estou acompanhando a E3. Esses anúncios mercadológicos nunca me interessaram muito…
O Senil[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Ulisses Old Gamer 78
Eu nem chego a ser “seguista” também, mas é uma empresa que admiro muito pelas inovações (em hardware e software) e cujos jogos curto bastante. Meus amigos, ainda assim, me zoam pela minha preferência. hehehe Mas jogo de tudo e de toda empresa. Inclusive a Square-Enix, cuja política eu abomino. hehehehe
Com certeza. O respeito acaba sendo o essencial disso tudo. Podemos discordar (e discutir sobre nossas discordâncias), mas não podemos deixar de considerar que todos nós temos a liberdade de escolher nosso caminho. Divergências de opiniões, gostos e posicionamentos é o que favorece o diálogo e não o que o aniquila.
@piga
Concordo plenamente com você!… É um cenário muito triste que tem ampliado cada vez mais o seu espectro em nosso tempo… Adorei a analogia também: eu não teria dito melhor a respeito dessa sensação que também compartilho…
Por isso que gosto da Academia Gamer: aqui a gente consegue conversar bastante. Não ligo para “desvios de rota” em nossos diálogos e muitas das coisas que falamos aqui me ajudaram a pensar melhor sobre o quee é “jogar” (até apresentei um trabalho no congresso que fui na semana passada com uma ligeira contribuição de nossos bate-papos aqui). O que escrevo nos posts é o que menos me interessa: é só um iniciados de conversa.
@J.F. Souza (Yoz)
Nem me fale… O pior nem é a violência física nem é a pior em muitos casos. Aquela coisa de atacar a pessoa e não o argumento dela acaba sendo muito pior porque destrói o diálogo e a própria relação entre as pessoas.
@leandro(leon belmont)alves
Eita… “Mostrar-se fortes aos novatos” certamente não é a tarefa de jogos… Mas muita gvente acaba jogand para obter isso fora do próprio game. Uma pena, sem dúvida porque não aproveitam nada de um jogo e ficam presos a uma coisa puramente externa a ele. Seja pelo esforço exagerado como pelo uso de grana para obter esse tipo de coisa.
Essa briga emuladores X consoles é antiga. hehehe E perpassa a ideia dos “clones”. Tem gente que se recusa a jogar em um clone de NES porque “não é de verdade”. hehehe Eu penso que o principal é o jogo e não o hardware. Ou usar adaptadores (como o que permite jogar Master System no Game Gear e no Mega Drive) impede uma verdadeira experiência com os jogos?
O povo prefere o PSX porque fez mais sucesso. Isso é fato. Mas o Saturn é um console muito mais bem caprichado e que permite games muito mais bem feitos (pena que foi sendo abandonado aos poucos no Ocidente…). Como diz um filósofo que gosto muito, a verdade passa longe da multidão. Não é a afirmação idêntica a muitas pessoas que torna algo em verdade. Tem coisas que só podemos saber a verdade por meio do diálogo; mas o que fazer em épocas em que quase ninguém quer conversar de fato?…
Eu acho Final Fantasy VII meio maçante demais… Eu quase desisti dele a certa altura. A história é até bacana e tal, mas não acho que passe disso. Eu só me segurei para não desistir do game por conta do Red XIII praticamente. hehehehe
@Fernando Lorenzon
A internet sem dúvida favorece esse tipo de opinião solipsista: “eu acho isso e não dou a minima para o que você acha”. Isso é algo bem “imaturo” como você mesmo disse.
Por que acha a Nintendo melhor que a Sega? Não estou provocando nem nada, só estou curioso mesmo para saber suas razões. Sei que estou respondendo com grande atraso, mas se puder responder, a gente mantém a conversa. hehehehe
@helisonbsb
Sem dúvida! Nós mesmos não somos separados da forma com que nos manifestamos no mundo: seja por palavras, seja por nosso visual. A diferença é que em um diálogo, ao mesmo tempo que estamos todos lá, o foco tem que ser aquilo que está sendo discutido e não o caráter da pessoa diante de nós.
Isto é, desde que nossa preocupação seja alcançar a verdade acerca de um assunto (mesmo que seja para, ao final, alcançarmos a ambiguidade mesma daquilo a respeito de que falamos).
@Onyas
Sem dúvida! Só dizer “não presta”, ou “lixo” não diz absolutamente nada a respeito do jogo em questão. Por exemplo, eu tenho boas razões para justificar meu desgosto com Final Fantasy VII, mas entendo que também existem boas razões (que não provei pessoalmente) para ele ser um jogo agradável para outros. Conversando com essas pessoas, nessa abertura essencial, eu posso compreendê-las e até mesmo repensar meu próprio ponto de vista dependendo do caso.
@Juliano
Essa abertura pode levar a mudanças de opinião mesmo. Nem digo apenas “provando por si mesmo”, mas apenas ouvindo/lendo um relato bem descritivo pode fazer isso também. Não aquelas resenhas que elencam pontos positivos e negativos apenas, mas daquele tipo que descreve realmente a experiência da pessoa com o jogo colocando-o diante de nós por meio de palavras.
Nesse egoísmo, as pessoas parecem ter medo de ouvir porque temem mudar completamente sua opinião (e a si próprias aparentemente). Mas ao abrir-se ao que o outro tem a dizer não há a exigência de que nós mudemos nosso posicionamento. Compreender não é concordar. Mas ouvir é essencial (mais que falar até).
Muitos jogos de hoje parecem considerar o jogador como ignorante ou como superdotado (naqueles jogos dificílimos hehehe). Uma pena porque ambos acabam se enganando em suas abordagens… É quase como a atitude comum de considerar as crianças como “estúpidas” vendendo livros, músicas e coisas toscas “para que elas possam entender”… Há uma infantilização da criança e uma infantilização da nossa cultura humana também (o que perpassa os games, sem dúvida) que tem perpassado a civilização há muito, muito tempo (talvez desde a própria invenção do conceito de “criança” há poucos séculos).
@kanonclint
Não há como discordar de você nesse assunto. Eu mesmo já falei várias vezes disso por aqui, defendendo pontos semelhantes com outras palavras.
Como somos mais velhos, temos o papel de “passar adiante” os jogos que mais nos envolveram (e ainda nos envolvem) tornando-os em tradição. Se alguns jovens não querem conversar a respeito, são eles que perdem e não nós. O xadrez só chegou aos nossos dias porque foi visto como um bom jogo e foi ensinado para filhos e netos com o passar dos anos. Nós temos a tarefa de fazer o mesmo. Até porque existe a possibilidade da indústria dos games sumir um dia e aí nossos descendentes vão jogar o quê? hehehehe Se bobear até o xadrez se perderia porque há certa preferência por versões eletrônicas e não a “original” (por assim dizer).
@LordGiodai
Com certeza! huahauhauahuahuahua Até porque ambas as empresas tem jogos bons e jogos ruins. hehehe Não dá para generalizar demais também.
@Auron
Yep… A própria ideia de “debate” que temos hoje é a de um “bate-boca”, mas era uma arte durante a Idade Média e uma tentativa moderna de recuperar o diálogo (nem sempre com sucesso). Por isso que é preciso ir além da ideia de “gosto” ao falarmos a respeito das coisas. Dizer “eu gosto” e “eu não gosto” não diz nada a respeito daquilo de que se fala.
O Senil[Citar este comentário] [Responder a este comentário]