oldgamer2-capaÉ, molecada, a revista Old!Gamer #2 já está chegando para quem comprou na pré-venda. Assim que eu der uma boa lida posto aqui meus comentários, mas como sou autor da matéria sobre Phantasy Star, não posso opinar sobre ela. Portanto, peço aos caríssimos leitores que postem aqui nos comentários o que acharam da Old#2, e em especial o que acharam da matéria sobre Phantasy Star. Podem criticar, mas sem ofender, obviamente. Se alguma coisa não ficou legal eu quero saber, mas ninguém precisa xingar minha mãe só por causa disso, ok? 🙂

Bom, aproveitando o espaço, a matéria sobre Phantasy Star é grande mas o assunto ainda não foi esgotado. Por ser um jogo muito bem elaborado, eu estou sempre reparando em detalhes novos, e um desses detalhes só me ocorreu quando vi a capa da revista pronta, e por isso não entrou na matéria. Felizmente hoje em dia temos a Internet, e posso complementar o que escrevi por aqui mesmo, de modo que ninguém vai sair perdendo. Então vamos lá.

Meio que na sorte, a capa com o Dark Falz foi uma escolha bastante acertada, e vou explicar o porquê. Quando começa a jogar Phantasy Star I, o jogador é rapidamente apresentado à trama política do jogo: rei tirano subjuga o povo, herói rebelde assassinado pelos guardas do rei, irmã busca apoio do governador para se vingar, cidades reclamam do declínio do comércio devido ao estado de sítio imposto pelo rei. Tudo leva a crer que estamos diante de uma aventura baseada em forças não sobrenaturais e fortemente calcada na política, ainda que com um leve toque de magia aqui e ali.

ps1futabasha-093Mas a grande sacação do jogo, que infelizmente não notei a tempo de incluir na reportagem, vem depois que o Lassic é derrotado. Quando Alis cai na armadilha do Governador e encontra o demônio Dark Falz no subterrâneo, a trama se revela em sua verdadeira forma: Phantasy Star é um conto de horror, a história de uma jovem aventureira que desde o início tem cada passo observado por um horrendo e violento demônio de garras afiadas (ela tem até uma breve visão da face desse demônio em um pesadelo no meio do jogo, ao pernoitar na mansão do governador). Em um golpe de mestre, todo o elemento sobrenatural do jogo é mantido em segredo até o último ato. Contribuindo para a atmosfera macabra, o demônio aguarda por ela no subsolo, em um corredor secreto, trancado por magia atrás de uma porta mágica. Para quem não pescou a analogia, Phantasy Star II tornou isso bem claro ao chamar o “baú” onde se esconde o vilão Dark Force de “caixa de Pandora”.

Ter a oportunidade de escrever uma reportagem dessas traz um benefício adicional ao autor: ele passa a enxergar o jogo com um olhar mais cuidadoso. Certas nuances começam a sobressair. Eu nunca tinha me dado conta desse lado místico/macabro de Phantasy Star I até fazer uma análise completa do jogo e depois me deparar com o vilão principal na capa da revista. Mal posso esperar para jogar o jogo de novo pela milésima vez e começar a enxergar tudo sob um novo ponto de vista.

A intenção da minha reportagem foi exatamente essa: apresentar o jogo aos novatos, mas também oferecer uma nova maneira de encarar o jogo àqueles que já o terminaram, renovando o interesse por esse RPG clássico.

Bom, como eu disse, críticas à matéria (e à revista como um todo) são bem-vindas, mas por favor, sejam educados e coerentes, sim? Abraços a todos e obrigado pelo apoio!

Quem quiser saber mais sobre Phantasy Star pode visitar meu site sobre a série, a Gazeta de Algol. A seção de livros japoneses digitalizados (clique em “Diversos” no menu) é particularmente interessante.

Old!Gamer #2: adendo e críticas
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17 ideias sobre “Old!Gamer #2: adendo e críticas

  • 08/11/2009 em 7:35 am
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    Ótima observação, nunca tinha analisado o jogo desta maneira. Sempre achei macabra a cara do “Dark Force” no pesadelo da Alis (não me lembro se os itens usados no pesadelo não são), é desesperante na primeira vez que se enfrenta ele. E é frustrante ter tanto trabalho para derrotá-lo e no fim receber apenas 10 pontos de experiência 😛 . Aquela porta escondida pro último chefe é muita sacanagem, acho que é a segunda porta deste tipo no jogo inteiro.

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  • 08/11/2009 em 10:15 am
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    Não sei porquê, mas me lembrei de um cameo de Phantasy Star na HQ em flash Combo Rangers, de Fábio Yabu, autor de Princesas do Mar também.

    http://www.mediafire.com/?gjyc3vgzxq0

    Peguei de um cd que é backup de outro cd. O ano da última modificação do arquivo é 1999! Pensei até em upar os episódios que tenho, mas numa pesquisa rápida achei todos disponíveis para download O_O. Caso interesse a alguém, taí:

    http://www.cdz.com.br/forum/index.php?showtopic=2143

    E desculpe por desviar do assunto novamente, sou o campeão em digressões ^^’

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  • 08/11/2009 em 6:07 pm
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    O fato de ter um monstro não torna a trama de Terror. Por que a intriga não é sobre DarkForce. É sobre Alice libertar Algol de Lassic, corrompido pela ambição da vida eterna. É política sim. Na verdade a capa não ficou boa, pois é um baita Spoiler. É como colocar o Bruce Willis no caixão no pôster de O sexto Sentido. Se fosse o Lassic até ia, pois ele é, desde o princípio, o vilão que se apresenta ao jogador.

    E tem uma imagem linda da contracapa da versão de phantasy star 1 para o mega drive, que é Alice dormindo sobre o planeta Palma. Aquele desenho sim, seria digno para uma capa ou fim de filme. Talvez faltou um trabalho com mais empenho para procurar uma foto da capa.

    No mais, vou comprar a minha também. Pois o recheio deve ser bom demais.

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  • 08/11/2009 em 6:48 pm
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    @Leandro Moraes
    Essa do Bruce Willis foi ótima 🙂

    Quando você analisa um jogo, um filme ou qualquer outra forma de arte, pode transmitir dois tipos de informações: fatos e leituras.

    Os fatos se apresentam claramente, e são indiscutíveis: Phantasy Star é um jogo de Master System, Robocop é um filme dos anos 80.

    Leituras são que nem mãe: cada um tem a sua 🙂 Você olha e dá a sua interpretação, expõe a impressão que teve daquilo. è justamente isso que torna as obras de arte especiais: não são coisas mortas. O significado delas se transforma sempre que uma nova pessoa se depara com elas. Poético, não?

    Como cada cabeça é uma sentença, cada um vai enxergar uma coisa diferente. Eu vejo essa coisa de terror no Phantasy Star I (aliás, na série toda), e isso não anula os outros elementos do jogo: a política, o heroísmo, a determinação, a colaboração e por aí vai. Aliás, eu adoraria ler interpretações diferentes sobre o jogo, depois desenvolve mais essa sua!

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  • 08/11/2009 em 8:49 pm
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    maxi2099 :

    Eu achei muito boa a idéia de colocar o Dark Force e Baya Malay na capa, as duas piores coisas que você vai achar no jogo.

    Na verdade o labirinto mostrado na capa da OLD!Gamer nº02 não é o de Baya Malay, pois este é todo com detalhes em laranja, e não dourado. Certamente o labirinto mostrado na capa é o do final do game, pois este sim é todo dourado (ou amarelo, que seja).

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  • 08/11/2009 em 9:03 pm
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    @André “Caduco” Breder
    O labirinto do castelo do Lassic também é amarelo. Aliás, o do governador também é, não é?

    Aproveitando o embalo, fica aí uma proposta: quem fizer uma leitura bem legal do Phantasy Star I e mandar para mim por email vai ter seu texto publicado em um post aqui no blog. Mas tem que ser uma leitura abrangente, não uma coisinha mínima ou que não tenha bom embasamento, tem que valer a atenção dos leitores.

    Vejam bem: não é review, é leitura. Tipo, apresentar argumentos para uma declaração como “acho que Phantasy Star I pode ser encarado como uma metáfora sobre o casamento” — essa seria bem difícil de defender, hein? 🙂

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  • 08/11/2009 em 10:31 pm
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    Orakio Rob, “O Gagá” :

    @André “Caduco” Breder
    O labirinto do castelo do Lassic também é amarelo. Aliás, o do governador também é, não é?

    Exatamente. Mas acredito que este labirinto da capa deve ser o último labirinto do jogo mesmo, como já especulei antes, pois eu pelo menos não encontrei nenhum “Dark Falz” correndo pelos corredos do Castelo do Lassic… hehehhehehe… 🙂

    Se bem que o Dark Falz fica sempre preso naquela sala escura… porque diabos ele está passeando pelos corredores? Será que ele está apertado e procurando um banheiro ou algo do tipo? Ou cansou de ficar naquela sala sem iluminação? Mistério… uahuahauhauha… 🙂

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  • 09/11/2009 em 10:46 am
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    O que temos que ter em mente é que uma revista sobre jogos Retrô não existe spoiler, afinal grande parte do público já jogou o game e quem não jogou sabe que é uma revista sobre nostalgia e sobre lembrar do tempo que tinhamos que desenhar os mapas dos games na unha!

    spoiler em jogos retrô é uma coisa complicada huahu

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  • 09/11/2009 em 10:52 am
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    @Lord Heizel 8 bits
    Só fazendo uma piadinha, quem não zerou PS1 ainda está uns vinte anos atrasado 🙂

    Sei que a questão da capa é meio polêmica, mas seria bem difícil fazer uma matéria abrangente sobre o jogo sem estragar as surpresas. Quando é um lançamento tudo bem, a turma quer saber das novidades, mas quando é um jogo antigo, espera-se que o jogo seja analisado de cabo a rabo.

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  • 13/11/2009 em 7:32 pm
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    A Franquia Metroid também possui este lado “macabro”. Apesar da sexy caçadora Samus Aran não perceber, Mother Brain está obervando cada passo minucioso dela e planejando a melhor forma de exterminá-la. Em “Metroid: Zero Mission”, isso fica bastante claro.

    Abração 😉

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