“Para quem quer fazer exercícios de reflexão”

Olá crianças!

Achei que seria oportuno, depois que discutimos essas basas dos jogos representativos, repensarmos aquela questão que já tratamos um tanto superficialmente em algum momento: aquelas pessoas que se sentam ao nosso lado no sofá mas que prestam atenção naquilo que acontece em jogo.

Imagino que isso seja um fenômeno muito comum entre todos nós: tanto em nossas infâncias longínquas como na última jogatina em casa. Claro que muitas vezes revezamos o controle com outra pessoa estabelecendo regras como: cada um joga uma vida ou uma fase. O que levava irremediavelmente a discussões do tipo: “Cada um joga um ato (Act) de Sonic, ou uma zona (Zone)?”; “se você morrer para o chefe e eu derrotá-lo, posso jogar a fase seguinte por ter jogado muito pouco?” Ou qualquer outra conversa similar que possam imaginar ou recordar.

Contudo, peço que se lembrem de outras situações. Aquelas em que algum amigo chama você para jogar um game qualquer e que, ao invés de revezarem, um de vocês fica somente assistindo. Com certeza lembrar-se-ão de muitas situações em que isso os entediava por “não jogarem”, mas outras (mais raras, imagino) certamente eram igualmente tensas e divertidas mesmo que não tocassem no controle e nem mesmo ficassem dando pitacos sobre o que esse amigo deveria fazer.

Discussão comum: a fase bônus vale para quem estava jogando a fase anterior, ou para aquele que assume depois que a fase termina?

Melhor ainda. Pensemos em um jogo mais arcaico em que pudéssemos pensar nisso com maior clareza: uma partida de Frostbite no Atari 2600. Enquanto o outro joga, podemos até esbravejar, xingar e gritar dando sugestões a respeito de quais movimentos realizar. Mas dificilmente esse nosso amigo jogador liga para o que estamos dizendo.

Existem alguns games que, mesmo não sendo representativos, aceitam a presença de um espectador. Na verdade, praticamente todo jogo de videogame possui essa possibilidade. E será que poderíamos dizer que tal observador atento e envolvido está realmente fora do jogo? É quase como se o jogo lançasse uma rede e o apanhasse também.

Digo isso por experiência própria. Boa parte de minha diversão em jogar Daytona USA no meu bom e velho Sega Saturn estava em participar do jogo do meu irmão, primos e amigos simplesmente assistindo-os. E, em games mais recentes, com muito gosto observava meu cunhado jogar Fatal Frame enquanto eu, no máximo, traduzia um ou outro texto que aparecia na tela. Mesmo com essa aparente distância do jogo (porque ela é só aparente mesmo), eu ainda me assustava, ria e me emocionava com o que ia acontecendo.

Por isso, não menosprezem aquelas pessoas que sentam ao seu lado e dizem que realmente apreciam ficar só olhando você jogar. Pode ser mentira, claro; mas se for verdade, ela não está mentindo. Seus olhos, seguindo tudo que acontece na tela, e suas emoções (e até gritos ou gracejos ocasionais) demonstram que está ali naquele outro mundo junto com você. Embora, claro, exerçam papéis bem diferentes um do outro.

É isso que queria trazer para reflexão hoje. Até o próximo post!

Academia Gamer: Espectadores
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27 ideias sobre “Academia Gamer: Espectadores

  • 01/11/2011 em 9:23 am
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    Eu sempre falo sobre isso, mas pouca gente entende. Há muitos jogos que eu considero ter zerado, simplesmente por ter assistido até o fim. Eu e meus primos sempre revezávamos tudo… as fases… as fases… enquanto um dormia o outro jogava e por aí ia.

    Silente Hill é um exemplo de jogo em que assisti muita coisa e sinto como se tivesse jogado. Chrono Trigger também, sei tudo sem jogar.

    Penso que essa é a grande desvantagem dos portáteis e não o fato da tela ser pequena para o jogador, mas o fato de ninguém poder assistir direito. Uma saída simples de imagem e som para TV seria um Luxo!

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  • 01/11/2011 em 9:37 am
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    que bom que você levantou essa questão, Mestre-Senil.

    antigamente na minha infância e adolescência, eu,o meu irmão e nossos amigos jogavámos vários games juntos, atravessando inúmeros consoles, desde o NES até o PS2, e era muito bom aquele clima de união. todo dia aqui em casa era uma festa quando eu comprava um game novo. bons tempos que havia discussões sobre tal game,rivalidades e tudo o mais.

    mas um dia, a gente fica velho e não tem mais tempo para reunir toda a galera para jogar e conversar…infelizmente nós temos que crescer 🙁

    hoje em dia, ninguém se interessa pelo o que o outro está jogando. graças aos pcs e os MMO(praga!!) de todas as formas possíveis.

    mas ontem isso mudou um pouco,baixei um jogo que marcou a infância de todo mundo aqui na rua: Gradius 2.

    quando tinha 9,10 anos eu e meu irmão eramos tão hardcore nesse jogo que a gente zerava sem perder uma única vida. meu irmão que achava que games velhos são besteira, jogou e curtiu por horas o Gradius 2 e dividiamos o controle várias vezes, a sensação de nostalgia foi prazerosa demais ^__^

    Hee-Hoo, Meste-Senil.

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  • 01/11/2011 em 9:44 am
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    Lá em casa sempre rolava pelo menos uns 3 olhando, e quando perguntava se queriam jogar sempre respondiam: “A gente gosta de ficar olhando”. Nunca entendi mas sempre respeitei. Muito obrigado Mestre Senil por mais esse momento nostálgico.

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  • 01/11/2011 em 10:18 am
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    essa coisa de ficar assistindo ao meu amigo jogar já fiz muito…tinha amigos que não me convidavam e outros que acabavam sentindo minha falta e aparecia,,,mas eram poucos mesmo, principalmente na época do lançamento do mega drive!!!!!eu também já fiquei muito tempo olhando jogos em locadora, foi numa época em que eu estava sem video game e dinheiro,,,foi ruin, mas hoje eu sinto falta dessas minhas andanças e das locadoras que tinha aqui perto!eu tive que começar a trabalhar muito cedo para eu poder comprar o vg 9000…sempre passava na loja e dizia que um dia eu compro esse video game!!!!!confesso que eu sinto mesmo falta dessa época sem muitos recursos e jogos a disposição,,,acredito que nesse tempos eu via muito mais os meus amigos,,,essa é a verdade!!!!

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  • 01/11/2011 em 10:36 am
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    Concordo com o Leandro… o legal era reunir a galera e fazer aquela jagatina divertida durante todo final de semana, era muito massa hehehehe
    Quanto a assistir, as vezes tinha que ter um pouco de paciência principalmente quando o cara que tava no controle era ruim de doer hahahaha

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  • 01/11/2011 em 10:54 am
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    Eu fui muitas vezes espectador e sei que quando alguem diz que prefere somente observar é porque tem receio de fazer feio ou timidez por medo de ganhar um “não” e na pior das hipóteses perder a ficha de alguem que podia te bater no fliperama. Mas observar é muito interessante, quem ta de fora sempre ve com mais amplitude o que está ocorrendo, como no jogo de damas, xadrez, dominó… Mas resumindo, jogar com uma galera, virar a noite toda jogando sonic, mortal kombat e outros era o máximo.

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  • 01/11/2011 em 2:20 pm
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    Conheci muita galera em fliperama, muitos de jogar contra e outros porque temiam que eu mete-se ficha pra jogar contra e já iam arregando dizendo “-ah não, contra ti eu não vou jogar” e assim ia se conhecendo uma cambada de magrão que as vezes só ficava me olhando jogar kof, e daí eu deixava jogar, dava umas dicas. Teve alguns que treinaram o bastante pra me tirarem fichas, e isso que eu mais gostava, da competitividade. O pior que teve uma cara que eu nunca vencia e quando eu estava no auge da habilidade no kofXI, que foi o primeiro jogo que eu detonei no ps2 pra depois ele chegar aqui em fliperamas. Só que o maldito do cara tinha “pendurado as chuteiras” por assim dizer e não aparecia pra finalmente eu ter minha revanche.

    Teve uma vez que deixei esses pirralhos de fliperama jogar só pra ver, ele cantando de bonzão e tudo mais, só vi ele perder meu primeiro personagem e mandei ele indo, não sabia executar um golpe, era só esfregão que eu temia os controles da maquina estragarem.

    Fui muito espectador também, e quando jogava com um amigo Silent Hill 1, eu só jogava nas partes normais do jogo, as versão sombria eu passava o controle, fora que tinha medo as vezes de olhar pra tela. Parecia que se eu não tivesse com controle na mão, não morreria e isso que considerava morte nesses jogos algo muito mais sério do que uma simples caída num buraco em mega man, ou morte nos espinhos, eheheeheh.

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  • 01/11/2011 em 2:36 pm
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    Hum, bacana o texto!

    Já fui espectador em algumas ocasiões. Na minha adolescência, meu pai não permitia jogos no computador (diz que estragava, etc), então eu sempre acompanhava um amigo meu jogando Ultima 8 no pc dele, e só muito raramente jogava algum trecho. Mas era uma coisa meio participativa, já que nós quebrávamos a cabeça juntos para ir resolvendo os mistérios do jogo.

    Agora, hoje já estou em uma outra situação interessante: tenho um filho de quase quatro anos, que já gosta de brincar um pouco de videogame e que muitas vezes pede para me ver jogando. Pois é, ele se diverte simplesmente assitindo e torcendo enquanto eu jogo! Claro que entro na empolgação, e ficamos conversando e comemorando na medida que o jogo avança, comentando os acontecimentos, vitórias e fracassos.
    Ah, em tempo: ele por enquanto é retrogamer e nem sabe, pois jogamos no meu dingoo. Morro de orgulho de ver ele falando de pitfall, pac-man e outro clássicos. =D

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  • 01/11/2011 em 2:45 pm
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    Se me permite, vou inserir no contexto uma outra reflexão;sempre gostei de jogos terror/suspense e até hoje são minha preferência.Silent Hill, Resident Evil, ou até os clássicos do FPS/Terror , como Quake ou Doom sempre me fascinaram na mesma proporção que me deram calafrios na espinha.Com o tempo comecei á perceber que uma coisa aliviava esse “frio na espinha” – ou medo mesmo, como preferirem – causada pelos jogos de terror:a companhia ao lado.É óbvio que a imensa maioria dos jogos foram fechados de forma solitária, mas com uma companhia ao nosso lado, ficamos mais valentes e os rugidos, grunhidos , uivos ou gritos mesmo na escuridão já não nos amedrontam tanto quanto sós.A constatação disso me leva á outra reflexão:porque ao jogar um Silent Hill por exemplo, os meus batimentos aceleram e ao assistir um Pânico, por exemplo , a sensação é inversa? Com a palavra o Mestre Senil.

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  • 01/11/2011 em 3:03 pm
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    Hahaha esse postal falou de mim: eu tenho um amigo q tem um ps3 e eu simplesmente nao tinha saco pra jogos de ps3 mas me amarro na historia de, por exemplo, metal gear solid 4 ou uncharted 2 e posso quase dizer que sereia esses jogos mesmo sem ter pego no controle uma vez sequer conheço esses jogos de traz pra frente (Só fui mesmo ter vontade de efetivamente jogar um jogo de ps3 quando saiu god of war 3). Isso já aconteceu muito comigo também na geração passada com zelda, resident Evil, o próprio metal gear solid mesmo e outros “jogos filme” desses aí…

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  • 02/11/2011 em 2:17 pm
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    Ah, com esse feriado no meio da semana (que não alivia em nada meu trabalho) pelo menos posso responder às mensagens sem muito atraso. hehehe

    @Cleber
    huahauhauha Se eles só assistissem seria bom; o problema maior eram aqueles que ficavam pedindo direto para jogar uma luta. hehehehe No meu caso, nem foi muito Street Fighter, mas King of Fighters, Samurai Shadown e aquela série vs. da Capcom. hehe Mas isso nunca mudou!

    @GLStoque
    E eu nem diria “sem jogar” como falou sobre Chrono Trigger.

    Interessante isso que falou sobre os portáteis. Nunca havia parado para pensar nisso dessa forma! Geralmente as desvantagens dos portáteis eram a bateria e a tela pequena. hehehe Se bem que já joguei com vários amigos um Game Boy certa época: a gente ficava revezando, mas de “olho” nos sons e tudo mais quando o ângulo de visão não permitia que observássemos o que estava acontecendo na tela.

    Alguns até têm saída para TV como o PSP, mas nem sei se fica bom ou não porque nunca testei. E parece que são cabos difíceis de achar também.

    @leandro(leon belmont)alves
    Esse esquema de reunir uma galera realmente fica mais raro com a idade. Mas crescer é bom! 🙂 Ganhamos mais sabedoria e podemos passar para pessoas mais novas as nossas boas diversões com games!

    Bacana esse seu reavivamento de Gradius 2! Nem diria nostalgia porque o que motivou seu prazer em jogá-lo de novo não foi simplesmente a memória dele (e aquela comparação do tipo – “antigamente jogar esse jogo era melhor”): mas o próprio momento presente dele. Isso que é importante. Isso que é realmente repetir um jogo. É como eu jogando Phantasy Star ou Sonic de novo. hehehe E de novo! huahauhauhaua

    e concordo também: o jogar se tornou mais egoísta. Embora não exijam espectadores, muitos jogos se tornam mais agradáveis quando tem gente olhando e acompanhando interessadamente. Mesmo aqueles para um jogador somente (como RPGs, para ficarmos em um só exemplo de estilo).

    @Guilherme
    Disponha cara!

    Realmente tem gente que prefere só olhar mesmo. É que nem acontece com jogos esportivos: você pode não suportar jogar rúgbi, mas pode gostar de assistir a um jogo pela TV ou (vai saber) em um estádio. A diversão ainda acontece esteja você lá no campo ou não.

    @helisonbsb
    Com certeza! Concordo plenamente com você. Quando tínhamos poucos jogos à disposição (geralmente um punhado de locadoras perto de casa que não tinham alguns dos jogos que as revistas falavam), dávamos mais valor a eles. Tanto que reuníamos o povo para jogarmos um cartucho caso um tivesse alugado exatamente aquele que você planejava alugar. Joguei Chase H.Q. e Moonwalker do Mega Drive na casa de um amigo meu por conta disso.

    E, de novo, o jogar tem se tornado mais egoísta mesmo. O tal “jogar junto” tem sumido um pouco. Tem jogos que eu só jogo mesmo com amigos (sozinho perde a graça – embora seja possível jogá-lo por conta), mas entendo que isso não é bem uma regra. Mesmo em MMOGs da vida, o povo costuma jogar com gente que não conhece (ou conhece pouco) do que com amigos de longa data mesmo. Em minha época de jogar muito Phantasy Star Online era equilibrado: jogava com amigos “fora da tela” e conheci mais um punhado de gente por lá (com as quais nem converso mais).

    @Beno
    Final de semana nada! Depois da escola todo dia que era o esquema! huahauhauhauhauah Bem, eu estudava de manhã e isso funcionava bem. hehe Até dava para voltar e fazer a lição de casa. hehe

    hehe Sim, sim! Paciência é fundamental mesmo. Até porque, nesse esquema de revezamento, eram todos os jogadores na mesma sala que estavam em jogo ali: se um perdesse, danou-se. huahauha

    @†Yciero†
    Acho que nem sempre é questão de ter medo de fazer feio e tal. Nesse seu exemplo do fliperama, até acho que possa ser assim, mas em um ambiente mais doméstico com amigos e pessoas conhecidas seja por alguma outra razão.

    E ficar olhando é bacana mesmo. Não somente para aprendermos alguns macetes, mas porque é divertido mesmo: às vezes até torcemos para um cara no fliperama que nunca vimos na vida.

    @Juliano
    hehehe Mas que histórias bacanas!

    E eu compartilho dessa sua experiência com Silent Hill. A diferença é que isso aconteceu comigo em Phantasy Star. Quando aluguei pela primeira vez eu era muito novo e me assustava com os mosntros que apareciam dentro dos labirintos (era meio de repente). Então, eu jogava o mapa geral dos planetas e dentro das cidades enquanto minha prima (mais velha que eu) jogava os labirintos. hehehehe

    @Marcos Vital
    huahuahauhauha É isso aí! Mostrando o caminho dos bons jogos para o filho! hehehehe E isso descreve muito bem aquele outro assunto que sempre retomo aqui na coluna que é o da tradição: é assim que a percebemos em nosso dia a dia. Com meus sobrinhos (ainda não tenho filhos) é a mesma coisa: se me veem jogando sentam ali do lado e ficam observando. A mais velha até pede para jogar e, quando é um game mais simples eu deixo livre para ela mexer e tudo (às vezes nem preciso explicar como fazer hehehe).

    @Marcos A.S. Almeida
    De fato, a companhia em um jogo de terror/suspense ajuda muito nesse sentido. Até porque, como também já falamos aqui na coluna em algum momento, o excesso de tensão no jogo não ajuda em nada na diversão. Podemos ter medo, ficarmos tristes e tudo mais ao jogarmos alguma coisa: mas se for algo muito intenso, já não estamos mais jogando de fato. A companhia ajuda a aliviar um pouco disso e nos permite continuar jogando. Eu mesmo não jogaria Fatal Frame sozinho nem que me pagassem. hehehe Nem de dia eu acho que aguento! huahauhauhauha

    Essa sua pergunta é muito boa! Quando estamos ansiosos (tememos alguma coisa que pode vir a acontecer sobre nós – coisa esta sobre a qual não temos qualquer controle), ou seja, em uma situação de “suspense” (nem tanto de medo propriamente dito, a fisiologia do nosos corpo deixa tudo “no jeito” para sairmos correndo dali ou lutarmos (daí o maior bombeamento de sangue e tal). No caso de silent Hill é isso que acontece. Agora, em Pânico, a ideia já é outra por duas razões: a primeira é que o filme é ruim (huahauhauha Tá, sacaneei agora hehe) e a outra (sem zoeira agora) é que o foco dele é muito mais no susto do que no suspense.

    Um exemplo (de um cineasta que não sei o nome) faz uma diferenciação interessante. Se você coloca um casal conversando numa boa em um restaurante e, de repente, a mesa na qual comem explode, você se assusta; agora, se você, enquanto espectador, fica sabendo que tem uma bomba ali e que em breve ela vai explodir, você fica na expectativa de que algo vai acontecer. A experiência é totalmente outra. E em jogos de terror/suspense, eles tentam enfocar muito mais esta segunda do que a primeira (com insinuações, por exemplo, ao invés de sustos de fato).

    Respondi, ou pelo menos ajudei a pensar o problema um pouco? hehehehe

    @maximuscesar
    hehehe Tem muitos jogos que eu adoraria assistir também ao invés de jogar. Principalmente estes que, como falou, são muito mais sequências de vídeo do que qualquer outra coisa. hehehehe

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  • 02/11/2011 em 6:50 pm
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    @Mateus
    Silent Hill eu joguei muito pouco, mas Metal Gear Solid (do PSX mesmo) e Resident Evil foram finalizados mais ou menos desse jeito. A gente revezava de vez em quando, mas como não haviam “fases” bem delimitadas, boa parte do tempo de cada um se resumia a observar mesmo.

    Era divertido. 🙂

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  • 03/11/2011 em 1:37 pm
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    Não li todos comentários pelo tamanho, mas algumas outras coisas comuns são:
    -você assistir um game no fliperama enquanto espera sua vez…
    -assistir vídeos de games no youtube, faço bastante isso, as vezes ao invés de jogar algo, eu coloco um vídeo no youtube de alguém terminando um game e assisto, muitas vezes pelo cansaço no fim do dia ou preguiça de quebrar a cabeça, principalmente em games com puzzle..
    esses dias por exemplo, terminei resident evil 3 pelo youtube hehehe
    -assistir partidas pelo ggpo/superarcade/arclive etc… esses programas servem pra você jogar online games de fliperama (principalmente de lutas), no caso do ggpo, o grande barato é poder assistir as lutas ao vivo… o que mais gosto é assistir partidas de algum país contra outro (já que os jogadores aparecem com a bandeira do país ao lado), aparece o número de espectadores e tudo… já no superarcade você não pode assistir ao vivo, mas em compensação, todas lutas do player ficam gravadas no site, e você também vê a nacionalidade dele, quando tempo durou a partida etc…

    A regra dependia do jogo, no caso do frostbite, quando um morria o outro ia… nos games de luta, é um round ou dependendo do game, um boneco…

    E é bem mais divertido assistir um jogo inédito, lembrando quando alugávamos games de MS…

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  • 03/11/2011 em 10:18 pm
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    Olá, estava pensando nisso nessa semana.
    Aliás sempre fui ruim(e o menor da minha geração[na minha familia] por isso sempre que ia ao fliperama, não jogava, mas só assistia os outros jogar. pode parecer ruim, mas vi o finais de todos os personagens de SF e KOF. Hoje em dia só consigo jogar com Ryu/ken e Terry. Parece comum ao pessoal daqui, mas os jogos da era 32bits, como o saturn para mim, eu passei bastante tempo assistindo e esperando para jogar, porque eu não tinha nenhum console.
    Agora uma coisa que eu observei, ninguém tem saco de assistir a uma gravação de jogo totalmente(do inicio ao fim). Você pode conseguir assistir de 10 min ao 30 min do jogo no youtube, mas não totalmente. O que quero dizer é que é preciso algum envolvimento no jogo, que assistir a uma gravação é diferente de ver alguém jogando ao seu lado, o que é mais emocionante. Ao lado dessa pessoa é mais que um filme, você da palpite, toma susto e ate se emociona.

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  • 04/11/2011 em 12:54 pm
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    Gosto muito de assistir Longplays no YouTube. Assisti Metal Gear 2 e 3 inteiros lá (o 4 eu não tive saco…). Relembrei o Resident Evil, conheci Parasite Evil e Final Fantasy IX e, pasme!, vi até um do Phantasy Star. Agora mesmo acabei de assistir um do Renegade do NES – que é curtinho também. Speedruns são legais também, mas quando você vê, já acabou. Sem falar que chega a ser humilhante ver alguém finalizar um jogo em 1 hora, que você só conseguiu fechar em 9… – não vou dizer que foi o Super Metroid.

    É relaxante você ver um jogo, principalmente aqueles que te deixam curioso, para conhecer, saber a estória. Acompanhar o Longplay do Metal Gear 3 foi uma boa experiência. E por outro lado você vê o jogo sem passar por toda aquela tensão, como o já citado Silent Hill – que eu joguei com as mãos tremendo, mas fechei!

    Além disso, vejo como um estímulo. Ao ver alguém jogar, eu fico com mais vontade de participar, e a satisfação após isso é maior. Não sei se é só eu.

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  • 04/11/2011 em 5:18 pm
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    Um ponto que não foi dito, ou eu não percebi direito, é a respeito dos colaboradores gamisticos, tipo, quando o jogo é solo player sem parceria e eram feito revezamentos tipo cada um passa uma tela, era interessante quando o jogo era cansativo, principalmente na época 8-16 bits.

    Outro fato interessante é a pessoa ser direcionada por espectadores, me lembrou um fato curioso de um amigo meu que nunca jogou Final Fantasy e aconteceu o seguinte: eu e meus amigos de época ficavamos dando ordens a ele para continuar a saga e foi muito engraçado pois ele parecia com um dos lemmings do game. Lembro disso até hoje.

    Valeu Senil

    Ulisses Old Gamer 78

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  • 05/11/2011 em 10:39 pm
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    Muiiito interessante Senil, eu cresci vendo meu irmão jogar Mater, Mega e Super Nintendo, daí que veio meu gosto por videogames! O problema é que ele nao me deixava jogar, so fui poder jogar de verdade em 98 quando ele se mudou e deixou os videogames para mim, mas pensando agora eu ja havia começado a jogar a mais tempo mesmo que de outra maneira!

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  • 06/11/2011 em 2:01 pm
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    @cristfc
    huahauhauhauha Perguntas básicas! Muito bem lembrado!

    Bacana esses sites que transmitem lutas de game de fliperama! Acaba tornando mais divertido, eu acho. Torcer também é jogar, afinal de contas. hehehe

    As regras de passar o controle variam mesmo. Em jogos de luta então: pode ser round, luta, personagem etc. Em KOF, geralmente jogava com um primo e eu ficava com um personagem (Kyo geralmente), ele com outro (Iori ou Terry) e o terceiro que dava para ambos jogarmos.

    @Guilherme2
    Sem dúvida que com alguém do lado a experiência é um pouco diferente, mas como um amigo comentou logo acima, ele curte ver jogos terminados pelo Youtube mesmo. O que eu acho é que depende do estilo de jogo. Adventures, survival horrors e muitos outros seria realmente bacana assistir dessa forma; mas outros, como RPGs, seria um tédio total. Tem RPG que já é um tédio de jogar, imagina de assistir (sim, estou pensando em Final Fantasy. 😀 hehehehe)

    @Onyas
    Speedruns são engraçados mesmo. hehehehe Eu assisti um de Phantasy Star I em que o cara levou cinco horas para finalizar. Meu recorde pessoal deve ser umas dez ou doze (e nem foram seguidas, mas espalhadas durante uma semana). hehehe

    E isso é realmente interessante: assistir alguém jogando pode nos dar mais pique para arrumar um controle também. Como quando assistimos uma modalidade qualquer das olimpíadas e queremos aprender aquele negócio logo depois (sei lá, esgrima, tiro, arco e flecha que são mais incomuns que futebol).

    @Ulisses Old Gamer 78
    Esse não era mesmo o foco, mas acabamos falando a respeito disso pelos comentários. Realmente é outro fenômeno igualmente interessante! E muito comum já que nem todo jogo era multiplayer. Fiz muito isso quando moleque (com RPGs inclusive).

    huahauhauhauhauha Obrigaram o cara a jogar Final Fantasy? hehehe Que coisa! Traumatizaram o rapaz! hehehe

    @leo_jiraya
    Esses irmãos mais velhos, viu? huahuahauhauha O meu era tranquilo nesse aspecto. O Atari 2600 que tínhamos era dele (assim como o Master System que veio depois), mas a partir do Mega Drive ele foi deixando de jogar e ficou só comigo mesmo. hehehe Mas a gente disputava (e eu perdia, lógico) várias partidas em vários games diferentes.

    Sim, mesmo observando, torcendo, se emocionando você também jogava!

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  • 06/11/2011 em 6:13 pm
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    “Tem RPG que já é um tédio de jogar, imagina de assistir (sim, estou pensando em Final Fantasy. hehehehe)”

    Gostei dessa parte, eheheheh.

    As vezes quando chego na casa de um amigo e lá está ele jogando FF13, eu me lamento por aqueles momentos de sacrilégio ao assistir aquele jogo. Pior é que ele está no aguardo do FF13-2 um nome de jogo um tanto quanto bizarro, e eu na curiosidade fui ver um trailer do jogo no youtube, é aquela cena cinematográfica de novela das 8 misturando a bizarrice japonesa. Ele mesmo confessou que o jogo não foi tudo isso, o que me leva a crer que ele é masoquista, ou então daqueles que não vai largar a série nunca, como o povo brasileiro nunca largará as novelas, a cada ano é ruim ou é bom mas não importa, tem que jogar. Eu fui do 1 ao 9 disco 2 e não consigo mais.

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  • 06/11/2011 em 6:22 pm
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    @Juliano
    hehehehe E não é verdade?

    Tem hora que as batalhas aleatórias cansam muito. Só que em Final Fantasy, isso não é só lá pelo final do jogo… Mesmo o meu preferido na série (FFV) é assim e eu trocaria fácil, fácil essas batalhas aleatórias por um simples comando no menu: não quero mais lutar a não ser contra chefes. hehehehe Ajudaria muito.

    Da série (a básica não o Tactics e derivados) toda, eu experimentei todos do FFI até o FFX. Terminei cinco deles (FFIV, FFV, FVI, FFVII e FFIX) e parei os outros pelo meio. Mas o único que às vezes sinto vontade de jogar de novo é o FFV. Mas nem para ele tenho pique sobrando. hehehe Prefiro pegar um Shining Force, um Phantasy Star que me divirto muito mais! Chega a dar sono…

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  • 06/11/2011 em 6:44 pm
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    @O Senil
    Eu dos que eu peguei eu fui até o fim, do 1 ao 8, porque o 9 to parado no disco 2 e adeus, não pego mais.

    Mas muito interessante essa ideia do comando: não quero mais lutar a não ser contra chefes, mesmo eu considerando que no Phantasy Star 1, que foi o único até agora que joguei, que as batalhas vem aos montes. São bons jogos em que se vê o inimigo na tela, daqueles que tu pode fugir ou dar uma porrada neles pra entrar na luta com alguma vantagem, claro que isso te facilita quando se está forte no jogo pra ti fugir, porque querendo ou não, se tu foge de todos os inimigos logo quando for contra um boss tu já era. Mas tem o lado bom de passar longe de lutar quando acha-las desnecessárias.

    Se alguém viu algum FF no youtube eu tiro meu chapéu, tem que ter paixão pra isso. Sendo que nem sei se deve existir vídeo, quem iria se prestar pra gravar 30, 50, 80 horas de jogo?

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  • 06/11/2011 em 7:02 pm
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    @Juliano
    hehehe O FFIX também eu parei lá pelo segundo disco a primeira vez que tentei. Mas aí resolvi dar mais uma chance a ele e… Não valeu mesmo a pena ter terminado. huahuahauhauahuahauha

    Sim, esses em que você pode fugir são excelentes. O Wild Arms a partir do segundo jogo tem um esquema de fuga. Aparece um sinal na tela indicando que uma batalha vai começar. Se você estiver muito forte, você foge da batalha sem perder nada; se estiver em nível equiparável, você perde uns pontinhos em uma barra lá. Só quando te pegam de surpresa que não dá para fugir mesmo, mas já ajuda um bocado.

    Pior que tem. hehehehe Olha um exemplo: http://www.youtube.com/watch?v=nfbPCrL-gV8

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  • 06/11/2011 em 9:09 pm
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    @O Senil
    Fui no link e vi que tinha 2 horas e várias, mais muitas partes. Realmente um grande trabalho, que inclusive irei passar longe, eheheheheh.
    Mesmo eu colocando ali numa escala dos que eu joguei seria: FF6,FF4,FF8,FF5,FF3,FF2,FF7,FF1. Sendo nessa ordem FF8 em terceiro não é nada mal, mas já bastou eu ter terminado o jogo.

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  • 06/11/2011 em 11:02 pm
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    @Juliano
    Vou passar bem longe também. hehehehehe

    Eu ainda preciso terminar uma vez na vida o FFVIII. Só joguei tecos dele na casa de um primo e de um amigo. Quem sabe um dia? Mas definitivamente, não é uma das minha prioridades. hehehe

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