“Para quem quer fazer exercícios de reflexão”

Olá crianças!

Antes de começar, queria dizer que boa parte da inspiração para este post surgiu de minha visita (juntamente com minha amada noiva) à exposição de M. C. Escher no Centro Cultural Banco do Brasil aqui em São Paulo. Contudo, mais adiante eu volto a falar dele.

Um fenomenólogo chamado Eugen Fink diz em um de seus livros (chamado, em tradução livre, de “jogo como símbolo do mundo”) que a fenomenologia fala basicamente da questão do “mundo”. Este seria o tema essencial de toda pesquisa fenomenológica. E, devo dizer, é bem verdade. “Mundo” abarca tudo aquilo que conhecemos e com as quais podemos estabelecer alguma relação recíprcoa: nós nos encontramos com coisas no mundo. A fenomenologia também pôde contar as pessoas um fato óbvio: nós estamos em um mundo. Nas palavras de Fink: “o mundo não é um objeto; ele é antes, talvez, a região de todas as regiões, o espaço de todos os espaços e o tempo de todos os tempos”.

“Outro Mundo” de M. C. Escher.

O que isso significa? Nós não estamos diante do mundo. Ele não se mostra diante de nós. Nós estamos nele. Somos parte deste mundo em que fomos lançados. Pascal, pensador e matemático francês, afirma que cada um de nós poderia ter nascido em uma outra cidade, época e família, mas que isso não aconteceu e nem pode acontecer. Esta é a condição básica de ser-lançado e que, em certo sentido, arruína as pretensões de onipotência humana.

E dizer que estamos no mundo (que somos seres-em-um-mundo) significa dizer que estamos no espaço e também no tempo. Claro que sabemos que a divisão entre tempo e espaço é um tanto artificial e falar de “mundo” é muito melhor para descrevermos nossa condição. Mesmo falar em “universo” para descrever esta condição é um falseamento do problema porque este conceito “coisifica” o mundo colocando-o como um “Grande Objeto” diante de nós, sujeitos.

Paradoxalmente, é interessante que, mesmo já estando desde que nascemos em um mundo, nós sempre nos deparamos com outros mundos diante de nós e nos quais podemos nos lançar se o desejarmos. Talvez pudéssemos chamá-los mais acertadamente de “mundos possíveis” porque há a possibilidade de os percebermos como mundos. Merleau-Ponty, ao falar sobre a percepção (nossa relação mais original com as coisas do mundo), afirma que tudo é um mundo, que todo fenômeno possui várias faces que podemos observar. Seja como for, é preciso que nos deixemos iludir (lembram-se do in-ludere?) por eles se realmente queremos compreendê-los e se realmente queremos dizer que estamos neste outro mundo.

Um quadro de Monet. Muito comentado por Merleau-Ponty, principalmente por muitas vezes pintar a mesma cena sob condições diferentes (sob o crepúsculo, no inverno, na primavera etc.).

Já falei muito aqui da importância de nos lançarmos a um outro mundo, nos lançarmos a um jogo. Mas é preciso que entendam que isso não é mero jogo de palavras: é realmente preciso “estar lá” e não mais “aqui”. Calma, que vou explicar.

Ao olharmos para as obras de Escher que tratam de invenções e brincadeiras com a perspectiva, podemos notar sua ênfase em se divertir com o espaço. E ele adorava o espaço “real” que podemos “ver” naturalmente e sem esforço. “Estar lá”, em outro mundo, não significa fazer as malas e entrar em um lugar diferente como fazemos ao viajar para algum país exótico. Embora todo os mundos que existem dentro deste mundo que todos compartilhamos derive deste, isso não significa que ele seguirá suas regras e seus espaços. E também não quero dizer que esses lugar existem “somente na imaginação” porque vemos estes espaços em suas obras, assim como vemos reinos e cidades “impossíveis” diante de nós ao lermos livros, vermos filmes, ou jogarmos um game.

Ao nos lançarmos a determinado espaço, ele possui certas regras. Algumas delas exigem que aceitemos uma cachoeira que corre perpetuamente, um edifício impossível de ser construído em nosso mundo, ou uma garota que cresce e diminui ao comer e beber algumas coisas.

Escher brinca muito com o que chamam de “espaços impossíveis”. O que é, para mim, uma designação errada porque a imaginação não requer algo que seja possível no plano espacial de nosso mundo-base. Eu posso dizer isso porque estive lá. Impossível seria se fosse um espaço incapaz de ser penetrado, um espaço pertencente a certo mundo que ninguém pudesse entrar. As cidades invisíveis não são impossíveis: elas estão aí; basta que “se entre nelas”, mesmo já estando em seu espaço sem percebê-lo.

“Entrar” é essencial aqui. Embora não possamos escolher o mundo em que estamos antes de nosso nascimento, podemos escolher por quais mundos nos deixaremos levar. Em quais mundos entraremos? Ou, levando para o singular, “em qual mundo entrarei?” quando vemos diante de nós vários games que queremos jogar. Entrar em um jogo é entrar em um espaço muito preciso e peculiar. Se avançarmos suas linhas, o abandonaremos com rapidez. Assim como ao entrarmos em uma casa, podemos atravessar uma janela, uma porta ou uma parede falsa e sair dela, se fizermos determinadas coisas.

O que quero dizer com tudo isso? Simples: ao afirmarmos que “é preciso entrar no jogo”, não usamos uma simples metáfora. É preciso estar ali, naquele espaço. E estar em um espaço é percebê-lo; e percebê-lo e a tudo que nele está conosco é o que fazemos em um jogo. Não jogamos games somente porque “imaginamos” o que acontece, mas porque as vemos. Seja um game, ou um livro.

Sartre diz que a imaginação nada mais é do que perceber a ausência. E talvez seja por isso que muitos jogadores dizem que preferem jogos antigos porque exploram mais a imaginação: nem tudo é dado de bandeja e nem tudo é detalhado para você. Assim como em um livro em que rostos se formam quando lemos algo como “corriam pela estrada fumegante de lava dois sujeitos com aparência solene. Não desesperados, o velho de barba branca e manto cinzento corria em último lugar e à sua frente trotava um pequenino de pés peludos temendo por sua vida e de seu destino”. As palavras não fazem referência a algo; elas não nos fazem imaginar necessariamente. Com um game é a mesma coisa. Ver uma árvore, seja ela mais “realista” ou mais “cartunesca”, ainda é uma árvore e, dentro daquele espaço, faz sentido como árvore.

Não é porque uma árvore “não parece uma árvore” que deixa de fazer sentido enquanto árvore em determinado mundo. O detlhe gráfico não importa e ele não é relevante por nos “fazer lembrar de uma árvore verdadeira”. Eppi é rodeada por uma floresta. E as árvores em torno dela dizem isso por si mesmas.

Um outro ponto interessante é a repetição. Escher nos convida a reavaliar os espaços que cria sob diferentes perspectivas (ou sob as mesmas). Em todo jogo e todo fenômeno do mundo faz o mesmo conosco, mostrando-se como novo a cada vez que olhamos para ele, a cada vez que estamos nele. Merleau-Ponty diz que todo fenômeno é inesgotável e como saberemos disso se não nos voltarmos infindas vezes a uma mesma coisa? Ou ler sobre viagens de outras pessoas ao mesmo mundo? “Relatos de viagem” de viagem são importantes por descreverem o que foi visto e vivido. O erro de alguns críticos é se fiarem muito mais no julgamento valorativo e moral de games e jogos do que em descrevê-los; preferem dizer que um é melhor d que outro do que descrever a experiência com cada um. Assim, nunca saberemos como é um mundo: é como dizer, simplesmente, que Dublin é melhor que Belfast sem descrever nenhuma delas.

Para concluir, queria que pensassem em uma questão correlata. Crianças, adolescentes e adultos, embriagados de certo egoísmo que nada tem de juvenil (e sim um tanto diabólico) declaram que querem “mais espaço”. O espaço não pode ser possuído; por ser parte constituinte do mundo, ele nos envolve. A questão é: percebemos este espaço em que estamos? Voltamos os nossos olhos a ele? Não tenho a Belvedere de Escher e nem o Dead Sea de Chrono Cross: mas sei como é estar em cada um destes lugares. E é somente estando neles que abrimos as possibilidades de percebermos tudo o que cada um deles contém.

É isso por hoje. Até o próximo post!

Academia Gamer: Mundos impossíveis?
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9 ideias sobre “Academia Gamer: Mundos impossíveis?

  • 17/05/2011 em 8:54 am
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    depois de ler esse post, acabei de me lembrar numa materia que vi numa revista chamada super interessante sobre o filme Matrix.lá falava que existe uma possibilidade desse mundo material não ser real e que poderiamos acabar mesmo numa capsula embrionária onde todos dormem. isso em games são poucos que fazem nos ficarmos no clima do jogo.isso acontece mais precisamente em rpgs,onde os gamers encarnam um personagem ficticio e vai seguindo as suas ações que nos fariamos no lugar dele. uns dos poucos games que tem esse efeito em mim é Zelda.(qualquer jogo da serie) o game quase me fazem acreditar num mundo paralelo onde existe um hyuliano Koroki que salva princessas orelhudas e o vilão é um cara que vira um porco humanóide de espadão!^^. otimo post,Senil. tu deve ser formado na University of Machassucet, ohio. para ser tão crânio ao falar de filosofia e games!!!^^

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  • 17/05/2011 em 9:28 pm
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    Bom, eu passo essa parte à lá Stephen Hawking do começo do post sobre mundos, universo, tempo e espaço. Esse assunto me faz sentir tão insignificante que chega a ser deprimente. Mas é legal mesmo assim!

    Gostei da referência à “Alice no País das Maravilhas”, para mim o melhor desenho feito pela Disney, pois tem tudo a ver com o que você expôs no post. Acho que qualquer um que se dedique realmente a um jogo passa pelas mesmas experiências que a Alice, entrando em um “mundo novo”. Confesso que pensava que isso não passava do campo da imaginação, mas tenho que concordar com você que não deixa de ser uma “experiência”. Entendendo essa concepção de “mundo” você pode definitivamente dizer que esteve lá, viu o que aconteceu e sofreu as conseqüências – tudo isso dentro do mundo de um jogo. Claro, você depois pode desligar a televisão e até quem sabe esquecer. Mas a experiência foi vivida, você esteve lá e não pode negar…

    Coisa de doido! Só para terminar devo dizer que gostei muito do quadro do Escher. Já fui metido a desenhista e nunca consegui fazer uma perspectiva que preste. É impressionante o poder para quem está vendo.

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  • 18/05/2011 em 12:53 pm
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    @leandro(leon belmont)alves
    Isso de entrar em outros mundos depende muito da gente mesmo e de como encaramos a sedução do jogo. Se a entrega é completa, tem-se essa experiência que você tem com os jogos da série Zelda. Comigo isso acontece também; e é bem por aí mesmo.

    huahauhauha Valeu pelo elogio!

    @Diego Nunes
    Valeu pela força cara!

    Infelizmente, esse livro não tem em português. 🙁 Na verdade, o original dele em alemão eu nunca nem vi. Tenho uma versão em francês aqui em casa e um professor meu me apresentou o texto com uma versão em italiano.

    @Onyas
    hehehehe Pascal diz que a “infinitude dos espaços me apavora” quando pára para pensar que o homem é realmente medíocre: é infinitamente pequeno em comparação com coisasastronômicas e Deus e infinitamente grande em comparação com outros seres vivos e particulas elementares. Algo bem “meio-termo”. hehehe Eu me sinto assim também.

    Acredita que nunca vi esse filme da Disney? Minha experiência com Alice se resume ao livro mesmo (o filme recente se passa depois, então nem conta). Aliás, minto, assisti um curta-metragem mudo gravado no comecinho do século XX também. hehe

    E você entendeu muito bem o que quis passar com esse post. “Ser envolvido” por alguma coisa nada mais é do que se jogar a esta coisa e estar “dentro dela”. Seja isso um quadro, um livro ou um game. Afinal, tudo isso é jogo em certo sentido.

    Esse trabalho do Escher eu só conheci na exposição, mas foi um dos que mais gostei. A mescla de três perspectivas em um só trabalho ficou muito legal. E ele descreve bem aquilo que comentei sobre ele convidar você a olhar o trabalho de novo e de novo sob diferents pontos de vista.

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  • 18/05/2011 em 1:01 pm
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    O tema é complexo e muito difícil de comentar. Gsotaria de estudar mais filosofia ao ponto de poder citar este ou aquele filósofo, como muitos fazem. Depois que casei tive muito menos tempo livre (entenda como livre de barulho e de TV ligada) para me dedicar aos livros.

    Onyas :
    Bom, eu passo essa parte à lá Stephen Hawking do começo do post sobre mundos, universo, tempo e espaço. Esse assunto me faz sentir tão insignificante que chega a ser deprimente. Mas é legal mesmo assim!

    Onyas, entender o universo e nossa relação com ele nos faz sentir grande também. O físico Neil Tyson defende isso muito bem, procure no youtube alguns vídeos dele. O argumento dele é muito profundo: nós somos produto de uma série de eventos cósmicos, sendo nossa matéria prima, o carbono, sintetizado apennas dentro de estrelas. Nós não estamos no universo. Nós somos parte deste universo. Somos a mente das estrelas.

    Senil, você mencionou o seguinte: “Sartre diz que a imaginação nada mais é do que perceber a ausência. E talvez seja por isso que muitos jogadores dizem que preferem jogos antigos porque exploram mais a imaginação: nem tudo é dado de bandeja e nem tudo é detalhado para você.”

    O que me cativa nos jogos antigos é a simplicidade. Quando estou jogando Zelda, não me sinto dentro do mundo do jogo como um habitante. Eu só sinto um dever de completar as quests e no máximo me divertir explorando o mapa. A sensação é muito mais de andar num parque do q

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  • 18/05/2011 em 1:06 pm
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    @Fernando Lorenzon
    Ops, pressionei o botão sem querer.

    Continuando:

    A sensação é muito mais de andar num parque do que de ser um habitante de Hyrule.

    Outra coisa legal sobre mundos acontece na série Gran Turismo. A grande sacada para mim é o jogo ter suas próprias pistas fictícias. Eu realmente me sinto no mundo do jogo, com seu universo semelhante ao nosso. Correr nas pistas antigas nos games mais recentes traz um senso de mundo bem cuidado. É como se Gran Turismo tivesse sua própria mitologia.

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  • 18/05/2011 em 1:27 pm
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    @Fernando Lorenzon
    Ah eu cito só de vez em quando. Tem gente que só conversa citando outras pessoas ao invés de falar por si mesmo e isso é um horror. hehe Parece que nem pensa por si mesma, só repete o que já disseram que nem um papagaio. hehehe

    Tocou num ponto interesante que já discutimos aqui: o estar lá no jogo. Deve até ter parecido estranho porque eu defendo que, ao jogarmos um game, não nos vemos lá na história ou assumindo um personagem principal como nosso “avatar” no outro mundo (por exemplo, não me veria como o Link, ou um habitante qualquer de Hyrule em Zelda). Contudo, ao mesmo tempo defendo que, ao jogar um game genuinamente, “estamos lá naquele mundo”. Mas é bem diferente. 🙂 Explico (ou tento, pelo menos hehe).

    Quando digo que “estamos lá”, não quero dizer que estamos no enredo e na história do jogo. Essa distância é mantida: ser envolvido por um jogo não é se confundir com personagens dentro dele. É mais ou menos como olhar com grande atenção um quadro, ou ler com paixão um livro: você está lá, dentro daquele mundo, mas não está envolvido diretamente como personagem; não há um “Fernando” em Hyrule que vê e fica pasmado com o que acontece por lá.

    Ou seja, sua comparação com o parque é precisa. Principalmente por causa da temporalidade e da duração do mundo do jogo para nós. Qualquer mundo de jogo existe sem que nós estejamos lá. Mas, quando estamos, é como se estivéssemos “passeando” por algum lugar exótico e diferente e envolvidos por sua paisagem, por seus personagens e por aquilo tudo que vemos (seja a presença ou a ausência). O jogo é distração e diversão neste sentido. Se não me engano, esbarrei em uns textos do Kant certa vez em que ele fala sobre passeios, mas não creio que li.

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  • 18/05/2011 em 9:55 pm
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    @O Senil
    Schopenhauer faz uma crítica aos eruditos, que lêem tantos livros ao ponto de não conseguirem pensar com suas próprias mentes, tendo então que pensar com a cabeça dos outros.

    Ele defende quem possui idéias próprias, por mais simples que seja.

    Mas deve ser uma boa piada no círculo dos estudiosos dizer que “Segundo Schopenhauer, quem cita os outros são idiotas… oh wait!!!”

    Quanto ao “estar no mundo”, não se preocupe em explicar porque eu entendi, sim. Talvez eu também não soube me expressar. Tanto é que falei sobre me sintir imerso no mundo de Gran Turismo, que não tem história ou personagens.

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  • 20/05/2011 em 12:28 pm
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    @Fernando Lorenzon
    huahuahuahauha Seria uma boa piada sim! hehe Isso me lembrou que falamos bastante aqui na coluna sobre “tradição”. E ela só é estabelecida quando algo feito em determinado momento é “passado adiante”; e esse “passar adiante” nada mais é do que permitir que esse algo seja repetido. No caso de poetas e filósofos, seria uma citação qualquer. Não respeitar o que já foi dito acerca de alguma coisa não é muito saudável; é preciso lembrar dos outros, mas usar tais descobertas como pontes para você mesmo e não como destino.

    Deu para entender o que você quis dizer (que bate com o que eu acabei detalhando mais na minha resposta); mas quis pontuar esse aspecto que já conversamos aqui justamente para caso alguém leia só esse post e os comentários fique mais perdido (hehe) e comece a pensar em outras coisas também.

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