“Para quem quer fazer exercícios de reflexão”

Olá crianças!

O tema de hoje é algo que já tratamos aqui esparsamente em alguns posts, mas que me ocorreu durante essa semana quando ponderava sobre uma questão básica a respeito dos jogos que chamamos de clássicos. Nós temos a obrigação de jogá-los? Ou quando nos dizem algo a respeito deles, temos apenas que encarar isso como uma espécie de conselho?

Já falamos diversas vezes que a obrigação aniquila completamente a experiência do jogo. Mas em que sentido que consideramos isso? Se alguém obriga você a jogar algo e você o faz, muito provavelmente não estará jogando de fato.

Suponham que um amigo qualquer de vocês insista para que joguem Street Fighter com ele, revezando adversários. Mas vocês não estão com o menor ânimo de jogar: naquele exato momento, nada nesse jogo os seduz a realizar esse esforço. Ainda assim, acabam apanhando o controle quando ele lhes oferece. Nesse caso, vocês podem fingir que jogam embora não joguem de verdade. 

É bem capaz inclusive que esse amigo de vocês perceba isso. Mas ele acaba aceitando esse fingimento porque, em certo sentido, não arruína o jogo de fato. Se você ficasse falando mal do jogo, dos comandos ou qualquer coisa que denunciasse a fragilidade de seus limites, com certeza a sessão terminaria abruptamente ou ele o dispensaria do jogo dizendo que preferiria jogar sozinho.

Isso significa que se “jogamos” obrigados, não jogamos na realidade.

Mas e o nosso problema essencial mais acima? Certamente também já tiveram a experiência de provarem um game qualquer apenas pelo “nome” que ele possui, por ter sido chamado de clássico ou, como também é comum, por ser o criador de um gênero qualquer que seja do gosto de vocês.

E é aqui que a diferença entre obrigação e o fato de ser preciso jogar os clássicos emerge com claridade. O fato de algo possuir o caráter de “clássico” envolve uma série de coisas. Uma delas é o fato de fazer parte da tradição (ou seja, converteu-se em clássico ao adquirir certa atemporalidade). Outra é que, sendo tradicional, ele perpassa tudo que é moderno também. E, por fim, sendo clássico, ele pode nos seduzir por essa característica que lhe é própria.

Nós temos o dever de jogar um game clássico se gostamos de jogos que são mais novos (e, dependendo do caso, igualmente clássicos). Assim como temos o dever de ler autores clássicos se apreciamos os modernos. Mas dever não é uma obrigação, mas a indicação de uma tarefa que podemos ou não realizar. Independentemente de nossa escolha, não podemos esquecer que temos que nos responsabilizar pela nossa opção e aceitar o que ela nos dá.

É isso que queria trazer essa semana para discutirmos! Até o próximo post!

Academia Gamer: Obrigação ou dever?

62 ideias sobre “Academia Gamer: Obrigação ou dever?

  • 19/04/2012 em 6:10 am
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    @Jet Fidelis
    Jet, eu não estou cobrando um enredo escrito pelo Shakespeare ou irmãos Karasmov ou Paulo Coelho, só queria um história que fizesse algum sentido no minimo. e concordo, a Yuri,Athena e principalmente a May já deveriam ser trintonas a essa altura. e nunca gostei do Ash mesmo…

    e não compare o game de luta Rival Schools com aquela !@@$#@@%,#@$@#@¨@%,$@%@$@$,4@$@$ daquela mangá horrorso e ridículo(só não falo um monte de palavrões porque aqui não é permitido). além da história ser ruim ao extremo……ARGH!!,mas voltando ao assunto,o game é muito bom cara, e até mais divertido que Street em algumas coisas, vá experimentar pelo menos.

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  • 19/04/2012 em 1:21 pm
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    @Jet Fidelis

    @leandro(leon belmont) alves

    Capaz que vocês não gostaram da saga do Ash?
    Eu achei ela muito boa, é aquele esquema, nenhum boss ultrafodão de cada episódio conseguiu fazer praticamente nada de mal pois os mocinhos sempre salvavam o dia. Só que na saga Ash não foi bem assim, ele como protagonista logo no primeiro episódio já toma o poder da Chizuru, achei isso muito tri, além do cara fazer essas maldades ainda cantou a pedra e avisou o Iori “Tu é próximo”, o Iori que sempre foi um fodão da série ficou no chinelo ali. E Melhor ainda, não é que chega no episódio seguinte e ele faz o que ele disse, e agora nesse último jogo tá lá o Iori triste e sem seus poderes(se bem que curti mais assim, até jogo com ele). Eu gostei muito da saga, nunca dava pra ter certeza se ele tinha boas ou más intenções fazendo isso que ele fez. Na real não sei qual é toda essa birra com a saga dele, eu jogo com Ash no meu time no KofXIII e ele Iori mais o Saiki formam uma equipe muito boa e não é qualquer um que me vence.

    Como tinha dito lá atrás, Kof é um jogo que sempre trouxe histórias boas mas isso é exceção a regra, eu aguardava sempre um novo capítulo pra ver as histórias também, mas o principal era jogar e jogar muito nos fliperamas, pra isso que jogos de luta são feitos.

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  • 19/04/2012 em 5:26 pm
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    @helisonbsb
    Jogos que “temos” que jogar rs. Todo mês de janeiro tenho meu ritual que envolve fazer todos os finais de Chrono Trigger e reler “o Conde de Mote Cristo”. Começou meio sem querer, mas quando vi já fazia essa estranha rotina há pelo menos 5 anos…
    Acho que CT ficou com gosto de férias hehehehe.

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  • 19/04/2012 em 7:24 pm
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    @leandro(leon belmont) alves
    Tipo assim…
    As séries Street Fighter tem cronologia própria, ou seja, os eventos de uma, não estão conectados entre si. Por isto a Sakura “ainda ser uma colegial” no SF Zero e no SF4… é como se, antes do SF, não tivesse existido nada e que a história está sendo escrita daquele ponto em diante.
    O mesmo já aconteceu com a própria série SF 2. A cada nova versão, um novo elemento era adicionado e, o último game (o Super Turbo) é a versão final… foram updates até se chegar versão definitiva da história.
    Em suma, se fosse para considerar tudo, daria “nó” pois as históris se contradizem o tempo todo… a não ser que as trate de forma isolada.

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  • 22/04/2012 em 11:10 pm
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    @leandro(leon belmont) alves
    Mas eu conheço e joguei muito Rival Schools. Justamente por isso que acho que ele parece muito com os mangás juvenis de pancadaria. Se não gosta do Tenjou Tenge, beleza. Comparo ele ao Stronger Discipline Kenichi (que é mais cômico, lembrando vagamente Ranma 1/2). Enfim, dá no mesmo. O “conflito” do “Justice Highschool” é tão raso quando as maquinações da Shadaloo. Tanto é que eles não conseguiram botar mais trama na continuação do Dreamcast (obscuro, mas ótimo para conquistar seu irmão, por ter graficos menos datados). Experimente esse! 🙂

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  • 24/04/2012 em 12:52 am
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    @leandro(leon belmont) alves

    @Juliano

    @Jet Fidelis
    hehehehe Muito legal essa discussão toda de vocês. Agora, tenho alguns jogos amais na lista para tentar experimentar.

    @Cássio “Pé na Cova” Raposa
    Que barato! hehehehe

    Minha única regularidade assim é com literatura. Todo final de ano eu releio As Crônicas de Nárnia. Acabou virando um hábito muito agradável na realidade. hehehe

    @Douglas Deiró
    Vixe… Isso é um enrosco danado então… E bem a cara da Capcom no que se refere a Street Fighter já que lançam vários jogos (com pouco tempo de diferença um do outro inclusive hehehe)

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