bann-cruzada_nes_horizontal

Vamos a mais uma edição da Cruzada NES, onde o Gagá resolveu encarar a missão de jogar TODOS os jogos de NES, Famicom e Famicom Disk System. Para ler as edições anteriores desta coluna, clique aqui.

Outubro de 1987. Fim de ano chegando, um natal muito especial para o Famicom se aproximava… todo mundo parecia muito interessado no grande sucesso dos dois primeiros Dragon Quests, e doido para repetir seu sucesso. Numa incrível coincidência, SETE RPGs foram lançados no mesmo mês, por fabricantes diferentes!

123-kalin_no_tsurugi-4125-ultima_exodus-12

Kalin no Tsurugi e Ultima Exodus, para o povão que queria RPG

Vou mencionar os jogos rapidamente, porque não só não deu tempo de jogar com mais calma todos eles, como alguns estão em japonês. O primeiro foi Kalin no Tsurugi, meio que cruza de Ultima com Ys. Não foi feito pela Square, mas foi lançado por ela (lembrando que até então Final Fantasy não tinha saído). Exatamente uma semana depois, Ultima Exodus também pintava para o Famicom. Gráficos rústicos e jeitão meio cru, mas para a época até que tava bom.

Lembram do Miracle Warriors de Master System? Pois é, tinha pro Famicom também, com o nome Haja No Fuuin. Vale lembrar que o original era de MSX, e que a versão de Master System é um docinho de coco. O de famicom quebrava o galho, mas não dá para não recomendar a ótima versão do console da SEGA. No dia 20, a Kemco lançava Indora no Ikari, RPG que lembra muito o primeiro Zelda em termos gráficos, mas que tem batalhas por turno como as de Dragon Quest.

127-haja_no_fuuin-4128-indora_no_hikari-5

Até que o Miracle Warriors de NES tinha umas cenas legaizinhas… e Indora no Ikari lembra um bocado Zelda, não lembra?

Minevalton Saga da Taito é outro Dragon Quest, só que quando você fala com alguém na cidade aparece uma telinha com o cenário local. Mas se você está esperando algo do naipe do primeiro Phantasy Star (que diga-se de passagem, sairia para o Master System um mês  depois), pode esquecer. Também é cruza de Dragon Quest com Ultima.

Para fechar a conta dos RPGs de outubro, Momotaro Densetsu da Hudson e Hoshi wo Miru Hito da Hot B bebiam da fonte de Dragon Quest também. E chega de RPG num mês só, pelo amor de Deus! Será que alguém comprou isso tudo na época?

131-minelvaton_saga-6132-momotarou_dentetsu-6

Momotaro e Hoshi, mais dois RPGs para a turma japonesa que perdeu o emprego em outubro e investiu todo o FGTS em RPGs para o Famicom no mês seguinte

E fechando o mês ainda teve o Romancia da Falcom no dia 30, mas esse não é bem RPG. Lembra um pouco Ys III, com visão lateral e ação básica. É parte da estranha série Dragon Slayer, daquele joguinho legal com um labirinto enoooorme que falamos numa edição anterior, estão lembrados? A série é estranha porque cada jogo não tem nada a ver com os outros, não só em termos de história, mas em termos de estilo de jogo mesmo.

Vamos agitar um pouco? Falsion, da Konami, é um shoot ‘em up tridimensional e bem bacana. Lembra até um pouco o estilo de Space Harrier (ou seja, você vai trombar com a fuça em naves e asteroides), com gráficos interessantes para a época. É simples, mas eu curti.

129-falsion-20144-karate_kid-7

Aê, ação! Falsion é tiroteio tridimensional de primeira, mas esse Karate Kid, vou te contar…

Entrando em novembro, outra bizarra coincidência: do outro lado do mundo, o NES recebia CINCO títulos baseados em filmes! Gotcha, Jaws (Tubarão) e Karate Kid da LWN, e Goonies II e Top Gun da Konami! Holy shit… eu não entendo essa estratégia. O sujeito que torrava dinheiro nesse jogos todos certamente não teria grana sobrando para ir ao cinema ver os filmes que virariam jogos no ano seguinte! 🙂

Honestamente, eu não curto muito esses joguinhos de filmes da época. O Tubarão é um desastre. Chega a roubar ideias do velho (e divertido) Seaquest do Atari. Karate Kid é tipo um Kung Fu Master, só que ruim. Os da Konami, pelo menos, até que são legais.

E gente, basicamente foi isso aí em outubro e novembro (tem uma sobrinha ainda para a semana que vem). Conselho: não percam nem por decreto a Cruzada NES da semana que vem. O mês de dezembro de 1987 foi fenomenal para o Famicom, tem três petardos brutais a caminho. Fiquem ligados!

Cruzada NES: pô, Famicom, um RPG de cada vez!
Tags:                                                                         

14 ideias sobre “Cruzada NES: pô, Famicom, um RPG de cada vez!

  • 01/11/2010 em 6:46 am
    Permalink

    Rpg is rules!
    Na minha opinião é o melhor estilo de jogo que existe, mas cá entre nós consome um baita senhor tempo e uma baita senhora paciência.
    Principalmente se você é um senhor quase que beirando a aposentadoria e com algumas bocas para alimentar!
    E eles não param de se acumularem aqui no meu pobre e modesto pc!
    Valew Gagá pela otima cruzada.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • Pingback:Tweets that mention Gagá Games » Cruzada NES: pô, Famicom, um RPG de cada vez! -- Topsy.com

  • 01/11/2010 em 10:23 am
    Permalink

    Cara, essa biblioteca do NES/Famicom só surpreende. Acompanhando em doses homeopáticas na Cruzada, Gagá vai acabar me fazendo gastar um bom dindin com carts de famicom :)(que não priorizo aqui no colecionismo não). Miracle Warrios de NES, putz, de MSX até já tinha visto/emulado mas não imaginava o port pra Famicom, mesmo sabendo que tem muitos jogos de MSX espalhados nas duas plataformas. Adorei mesmo.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 02/11/2010 em 7:37 pm
    Permalink

    Fala, Orakio!
    Cara, adoro suas cruzadas!
    A do Master foi de infartar!
    Acompanhei e nem comentei, haha
    A do NES me deu vontade de comentar para dar um incentivo nesse belo trabalho 😉
    Cara, como voce consegue falar de Master sem citar Alex Kidd nem Phantasy Star, citando os PIORES de um console incrível (com excessao do Teddy Boy/Geraldinho, que para mim é o pior do console e nao vi vc citando) e ainda assim fazer das postagens algo impossível de se perder…
    Ja o do NES é sem comparação!
    Tive um Dynavision dual, que na época que nes/master imperava era até um videogame de certo luxo, hahaha
    Resolvi entrar numa jornada também e estou ZERANDO todos os do Master, até porque se for Master consigo engolir bem até as maiores porcarias dele (cara, na fase 50 do Teddy boy o jogo trava. Jogo ruim, final escroto). Dessa vez estou tirando sceenshots das telas para me lembrar depois!
    Se eu tivesse um blog iria contar as histórias dessas aventuras, hahaha
    Se quiser, até envio as screens dos jogos que ja terminei!
    Espero que consiga terminar tudo até o ano que vem, depois comeco NES e Mega Drive!!!
    E cara…
    Terminou o Master of Darknes?
    Foi o único do Master até agora que me enrosquei para zerar (e olha que zerei Contra do NES sem o codigo konami, hein).
    Ptz, desculpe falar tanto do Master na cruzada NES, mas é que ele também é um console da minha infancia…

    Já a respeito da postagem…
    Os RPGs do NES…
    Cara, eu os acho muito bons (apesar de achar o menu do Dragonquest/warrior muito enrolado, para que escolher a acao, nao é mais facil fazer do botao de acao mais intuitivo como em Final Fantasy???) e claro, pelo estardalhaço que dragon quest fez no lancamento é de se esperar que surgissem um tanto de clones rapidinho…
    Dos filmes, os unicos que meu antigo Dynavision viu foi o Goonies 2…
    Não sei se é porque eu era moleque, mas eu o adorava!!!
    Desculpe o longo post, mas cara…
    Parabéns mesmo pelo trabalho viu!
    Abraço!

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 03/11/2010 em 8:03 am
    Permalink

    SMS POWER Marcio :
    Cara, como voce consegue falar de Master sem citar Alex Kidd nem Phantasy Star, citando os PIORES de um console incrível (com excessao do Teddy Boy/Geraldinho, que para mim é o pior do console e nao vi vc citando) e ainda assim fazer das postagens algo impossível de se perder

    Caramba, eu não citei o Alex Kidd não? Que furo! 🙂

    Quanto ao Master of Darkness, acho que cheguei a zerar, mas eu tava trapaceando usando save states. Sou um fracote :p

    Volte sempre e pode fazer comentários longos, no prob! Um abraço!

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 03/11/2010 em 2:34 pm
    Permalink

    Pois, é…
    A graça é jogar como se jogava na época: na raça!!!
    hahaha
    O legal é usar savestates nesses emuladores só quando estamos no meio de um jogo e precisamos dar uma paradinha para cumprir as obrigações do mundo real…
    Mas mesmo tendo terminado Contra, Yo-noid, Ghouls ‘n ghosts (que esse último não sei porque sempre incluem em listas de jogos mais dificeis, tirando a parte chata de colecionar as partes das armaduras, eu o considero um jogo até fácil) e os 8 primeiros Megaman sem savestate (não… não tenho VG das novas gerações. Meu último VG foi um playstation 1 e ainda assim ele era muito moderno para meus padrões de jogo),tem jogo que não dá para terminar sem eles. E um nem com savestate: Battletoads do NES.

    Quanto ao Master of Darkness…
    Achei um video no youtube mostrando o caminho que devia fazer na ultima fase e terminei. Achei que a fase era grande e tinhaque desvendala bem rápido para nao acabasr o tempo, mas não, eu que estava dando voltas mesmo…
    Depois disso… Cara, que decepcao…
    Acho que o ultimo chefe dele é tipo, um dos últimos chefes mais faceis que enfrentei na vida…
    E estou contando com o Bowser do SMW!!!
    A dificuldade do jogo é realmente nao se perder no labirinto da última fase…
    Continuei minha jornada e terminei um tanto no feriadao 🙂
    Quanto aos jogos que esqueceu…
    Promete, Gaga, promete que vai retomar a cruzada Master qualquer dia desses para falar dos jogos que nem citou!!!
    Quero muito ouvir vc falando sobre pérolas que eu adorava, como Familia Adams, Enduro Race, Pequena Sereia, Teddy Boy/geraldinho(bem, esse eu não adorava), Jungle book, New Zealand, FIFA (tambem não adorava, mas fez historia no Brasil), qualquer um dos 4 Alex Kidd de “fase”, Ottifants, Rei leão, PSYCHIC WORLD(pode falar que tenho gosto estranho, mas esse eu amo, hahaha), PHANTASY STAR (que eu sei que vc também AMA), etc, etc, etc…

    Post grande de novo, hahaha!!!

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 03/11/2010 em 3:23 pm
    Permalink

    Nossa. Sete RPGs de uma só vez é dose. Mas eu conheço esse tipo de estratégia por parte das produtoras. Foi lançado o filme Velozes e Furiosos. Estourou! Veio logo depois um montão de filmes no mesmo estilo. Crepúsculo (minha esposa adora). Depois do lançamento, é livro de vampiro, filme de vampiro, seriado de vampiro, camisa de vapiro, história em quadrinho de vampiro, cueca de vampiro….

    A gente se assusta, mas esse tipo de coisa é comum também no mundo dos games. Falow!

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • Pingback:Gagá Games » Cruzada NES: o natal mágico de 1987

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *