Não teve Cruzada NES na segunda, mas taí a dita cuja na quarta-feira para quebrar um galho, então ninguém precisa chorar!

Vamos entrar no mês de março de 1988, com um daqueles “crássicos” jogos baseados em filmes… este aqui é um mistério para mim. Quando a Gradiente lançou o Phantom System aqui no Brasil (para quem não sabe, foi um famoso clone do NES) fez uma presepada danada em cima deste joguinho: Predator. Isso, aquele do Arnoldão atirando no bicho de dreadlocks no meio da floresta, lembram?

O mistério, para mim, é que o jogo é uma droga 🙂 Para começar, logo na primeira tela, tem uma… pedra que anda na direção do herói, e inclusive tira energia dele. Alguém já entendeu que diabos é aquela pedra? Nem tente recorrer ao filme, porque tem um monte de coisas esquisitas que você vai enfrentar aqui que não tem bulhufas a ver com o filme. Eu sei que quando a gente vê as fotos parece um Contra da vida, mas não se deixe enganar: a ação é mais irritante do que outra coisa.

A grande vilã, a temida pedra móvel assassina. Por pouco ela não ganhou destaque no nome do jogo

Topei também com um joguinho daquela famosa série de títulos estratégicos orientais que todo mundo menciona para se fazer de cool, mas ninguém nunca jogou… Nobunaga’s Ambition.

Eu já tentei jogar um parecido nos tempos de PSX, Romance of the Three Kingdons MCXXII ou algo do tipo, mas nunca consegui progredir muito (leia-se: não progredi nada). Além da estratégia, Nobunaga’s tem em comum com Romance o fato de ser fortemente baseado na história medieval do Japão (update: Orakio burro, Romance trata da história da China), o que significa que você vai ver um monte de gente careca com uma única tira de cabelo e vários nomes impronunciáveis. Eu passo.

E Nobunaga, não vai dinha?

Um que quase me empolgou foi Fighting Golf. Eu sei que jogo de golfe é meio sacal, mas esse tem um “fighting” no nome e é feito pela SNK!

…

Ok, podem brochar: não tem porrada no jogo, é só um nome idiota mesmo. Mas quem quiser porrada vai encontrar em Golgo 13, um jogo meio esquisitão com um lance de espionagem no meio. Tentaram até fazer uma trama séria, com bandidos tentando incriminar um agente por um atentado ou coisa parecida. A ação em si é meio travadinha, mas tem tipo umas cutscenes, e a ação lateral alterna com segmentos de tiro, com mira na tela. É interessante, vale uma olhadinha.

Tem até um foguinho na abertura do Fighting Golf… que tapeação! Enquanto isso, Kojima devia ter orgasmos vendo a trama cheia de intrigas de Golgo 13

E o que pode ser pior do que Zelda II? Um clone do Zelda II! O fato do protagonista ser homem mas usar saias poderia tornar as coisas ao menos mais inusitadas, mas infelizmente o herói de Battle of Olympus é grego mesmo, então pode usar saia à vontade.

Eu não sei se o jogo é exatamente ruim, tenho que jogar mais para ver, mas pelas fotos abaixo vocês vão notar que é um clone de Zelda II em termos gráficos (embora a qualidade desses gráficos seja melhor). O problema é que… bom, imagine que você está jogando Zelda II, e você está em uma daquelas emocionantes cidades, tendo aquelas emocionantes conversas com os habitantes locais. Só que a cidade é enorme, você anda várias telas e toda hora tem uma casinha para entrar, alguém pra conversar, e aí, suando e aos prantos, você cai da cama e acorda desse pesadelo. Alguém jogou mais a fundo e quer defender esse negócio?

Isso me traz péssimas lembranças de quando estudei grego na faculdade…

Eu era viciadíssimo no Double Dragon de Master System, e embora amasse loucamente o Double Dragon II de NES, nunca tinha jogado a versão do primeiro jogo para o console da Nintendo. Felizmente o joguinho é muito divertido, eu achei bom pra caramba. Pena que o modo de dois jogadores simultâneos não entrou nesta versão, o que faz da versão de Master instantaneamente superior, a não ser que você não tenha nenhum amigo. Se for o seu caso, me liga que eu tenho o telefone de uma ótima psicóloga.

Outra “pérola”: Dr. Jekyll and Mr. Hyde. De dia você segue com um personagem fracote em fases nas quais a tela se move para a direita. Aí fica de noite, você vira Maria Sapatão e a tela começa a andar … para a esquerda? Diacho, como alguém vai conseguir chegar ao fim desse jogo? 🙂

Voadora numa mulher descendo a escada. E hoje em dia ainda reclamam do GTA…

Para não dizerem que hoje eu só malhei o NES, deixo vocês com a impressionante abertura de Freedom Force, da Sunsoft. Sério, coisa final, o negócio tem estilo, confiram aí:

O jogo é de tiro, e até que é bem bacana também.

Segunda-feira tem mais Cruzada NES!

Cruzada NES: um passo pra cá, outro para lá, e volta pra cá…
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35 ideias sobre “Cruzada NES: um passo pra cá, outro para lá, e volta pra cá…”

  • Eduardo Shiroma
    08/12/2010 em 11:43 am
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    Pedradora!?!? Hahahahahaha!

    O Golgo é o cara! É o maior atirador do mundo! Assistam algum animê ou leiam um mangá dele para vocês verem…
    Além disso ele pega tudo quanto é mulher…!

    E eu me surpreendi com a animação de Freedom Force! É ótima!
    Vale citar também que eu nunca vi um avião com tantas portas assim! Hehehe!

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  • Eduardo Leal
    08/12/2010 em 12:00 pm
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    Excelente esse “Cruzada Nes”, to rindo até agora.Realmente tem muita coisa ruim que saiu pro NES.Mas eu sou viciado nisso, quase todo dia jogo um pouquinho antes de dormir.Realmente, Predator é uma droga gigantesca…dá ódio…
    Parabéns pela coluna e pelo texto muito bem sacado.

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  • Pingback:Tweets that mention Gagá Games » Cruzada NES: um passo pra cá, outro para lá, e volta pra cá… -- Topsy.com

  • Henrique
    08/12/2010 em 12:15 pm
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    Acho q a pedradora é um alien ou coisa do tipo, e envolta tem um campo de energia oval, ae da a impressão de ser uma pedra… notei isso quando vi a imagem da pedradora ampliada, pq do tamanho original, realmente parece uma pedra! =P flw!

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  • vinii
    08/12/2010 em 2:58 pm
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    quero o telefone da psicologa (Y)
    na minha infancia, enquanto eu tinha meu velho mega drive, so jogava com meu tio quando eu ia na casa dele, mas em casa mesmo eu so jogava sozinho, isso entre meus 6~10 anos, depois disso deu um pause nos games e voltei a jogar com 13, dai pra ca ainda jogo sozinho XD mas as vezes vou jogar na casa de amigos, mas não acho tão divertido, principalmente pq o povo passa o dia inteiro jogando Gears of War ¬¬
    eee DD 2 é muito bom mesmo, salvei ele em um dia, mas achei a versão de nes a unica descente, pq de resto (mega, pc engine etc) ja joguei e achei todas com jogabilidade meio que estranha, tiop, soco no ar hahaha
    a cruzada ta otima (Y) é minha sessão preferida do blog, e espero minha cruzada Mega Drive <3 e talvez uma cruzada pc engine *-*

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  • Retrogamer da Lenda
    08/12/2010 em 5:19 pm
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    Opa, sempre acompanho o blog e as cruzadas são meus posts favoritos. Quase nunca comento, apenas quando tenho algo relevante pra dizer.

    Desta vez tenho que defender o “Battle of Olympus”. É um clone de Zelda II, mas acreditem em mim, “Battle” é muito melhor. E antes que me atirem pedras, é fato que Zelda II fails e até os fãs torcem o nariz pra esse jogo. A história do “Battle” é bem bolada, a jogabilidade e o desafio são top para os padrões do NES. Joguei-o há uns dez anos, cheguei bem próximo do fim, me diverti bastante, mas deparei-me com um puzzle bastante complicado, e não tenho vergonha de dizer que fui derrotado pelo jogo. Na época nem mesmo um faq ainda não havia sido escrito.

    Bom, Battle of Olympus é um candidato a entrar em meu caderninho num futuro próximo. Dêem uma chance a ele, tenho certeza de que vocês irão gostar.

    Sobre o Predador, também joguei bastante, não é grande coisa mesmo. Mas faltou um detalhe: a cada quatro ou cinco fases a jogabilidade muda. Ao invés de um side-scroller com personagens minúsculos você tem algo parecido com um street fighter com armas: na pele de um schwarza mais maior de grande você enfrenta o próprio predador, com direito a nível de energia e tudo. Falando assim, até parece grande coisa, mas confiem em mim: não é.

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  • Gustavo
    09/12/2010 em 9:11 am
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    Golgo 13 é baseado em um anime se não me engano.

    E Romance of the Three Kingdoms é baseado na história da China, e não do Japão 😛

    Agora essa imagem do Fighting golf, parece que o cara bateu na cabeça de alguém, tem um negócio vermelho ali que parece sangue espirrando, muito bizarro huahuauhauhauhauh

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  • João do caminhão
    10/12/2010 em 5:28 am
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    Golgo 13 é baseado em um mangá, o nome Golgo na verdade é uma abreviação de Golgota o lugar onde Cristo foi crucificado, que por sua vez significa “O Lugar da Caveira”. Tanto que o logotipo do Golgo 13 é um esqueleto usando uma coroa de espinhos.
    A série é publicada no Japão acredito eu desde os anos 70 até hoje, somando aproximadamente 150 volumes. Suas histórias envolvem inclusive personagens e casos reais como o acidente automobilistico da princesa Diana, e o atendado ao Papa João Paulo II, temas como a Guerra Fria também são constantes. Embora ficcional é claramente inspirado por histórias reais, mais ou menos como o Kojima faz com a franquia Metal Gear (acho até que ele deve ter pego algumas ideias do Golgo).
    Ainda recebeu 2 adaptações para o cinema, com o lendário Sonny Chiba no papel de Golgo, e uma série animada de 13 episódios, e claro o videogame.
    No Brasil foram publicados apenas 3 volumes do mangá nesse ano mesmo, pela editora JBC.

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  • Fabio
    10/12/2010 em 9:06 am
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    Predator, lembro deste jogo. Joguei muito na casa de um amigo que tinha o Phantom System. A jogabilidade era tão irritante que perdíamos a paciência e a vontade de avançar no jogo.

    Mas me deu vontade de jogar de novo e ver do que esta “pedradora” é capaz! rsrs 😀

    Nem me lembrava do Double Dragon 1. Até hoje só tinha jogado o DD2 do NES e o do Master System (bem + difícil que o do NES). Bons tempos!

    Parabéns pelo post, Gagá!

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  • Fabio
    13/12/2010 em 10:20 am
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    @Michel Alisson Na foto do jogo neste post, já mostra a metralhadora no canto superior esquerdo da tela. Realmente muita gente deixava passar em branco mesmo. hehe 8)

    Mas achei que a tal “pedradora” fosse imortal. Bastou alguns tiros com a metranca pra ela dar adeus ao jogo. rsrs 😀

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  • Ivan Linares
    10/04/2011 em 2:05 am
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    Por sorte, esse “Predador” com suas fases impossíveis tem um truque: se não me engano, você pressiona o botão direcional para baixo e salta; no alto do salto (rimou!), pressione o botão pra cima. E assim você passa para a fase seguinte, só precisando vencer mesmo os “Big Modes”, as fases que o Retrogamer da Lenda comentou mais acima.

    Ah, sim, pelo que eu sei e vi, a versão do MSX é bem melhor. O personagem escorrega menos e os saltos são melhor controlados. E ele não cai nos abismos, mas em um rio que o leva a um ponto anterior. Só não joguei muito dela pra ter mais dados.

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  • leandro(leon belmont) alves
    17/04/2011 em 12:17 am
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    Romance Of Three Kingddoms…. ah saquei,Ikkitousen! adoro esse anime baseado nessa historia dos tres reinos. kkkkkkkkkk! um dia quem sabe eu baixe esse game do nobunaga.e esse freedom force,a apresentação é bacana pacas. e fala sério..nunca vi um avião com tanta porta. o game é bem ao estilo lethal enforcer do snes q eu jogava…

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  • Ulisses Old Gamer 78
    05/07/2011 em 9:40 am
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    Eu consegui e ainda estou fazendo com calma as Cruzadas do Mega Drive e do Super Nintendo simultâneas, quando eu vou acabar não sei.
    Sobre o Nes tem pérolas e muitas porcarias tb, mas vale o sacrifício.
    Também minha nova surpresa foi o PC Engine com belos jogos e muitas isos rsrsrsrs.

    Belo trabalho de toda a equipe, continuem assim .

    Ulisses Old Gamer 78

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  • Ulisses Old Gamer 78
    05/07/2011 em 9:43 am
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    ah me esqueci, Predator “eita jogo PODRE COM ESSA PEDRA MALDITA”, tinha que castigar uma pessoa que coloca isso no mercado fazendo ela jogar esse jogos trancado numa sala até ele entender que não se pode lançar um lixo desses.

    só isso

    Ulisses Old Gamer 78

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  • Ulisses Old Gamer 78
    05/07/2011 em 9:51 am
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    Sem querer parecer redundante, quero dizer mais algumas coisas se me permitem:

    A série Double Dragon são boas no NES, principalmente a 3, que ficou diferente daquele jogo horrendo do Arcade.
    Sobre The Battle Of Olympus, também fui vencido pelo jogo e talvez num futuro distante eu tentarei de novo, mas sejamos sinceros, não tem como jogar todos os jogos desses consoles infelizmente.
    Isso mesmo que tivessemos mil vidas.
    Seria melhor pegar os mais interessantes como vocês fazem e, se alguém tiver uma sugestão, postar por aqui, sairiamos menos frustrados e mais empolgados em jogar o que vale mesmo a pena.
    Mais sugestões: Kid Dracula, Parodius, Gun-DEC (ou Vice Project Doom) e Tottaly Rad, jogos que na minha opnião humilde são Excelentes e espero que a turma curta bastante.
    Sem mais por enquanto

    Ulisses Old Gamer 78

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