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Ayn, com os olhos cegos de preocupação por sua família recomeça seu caminho a partir de sua desolada cidade natal em direção a Aridia, o mundo seco.
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Sinceramente, eu me lembro muito pouco do que se passou desde que saí de Cille. Durante todo meu retorno até lá, alarmado por um habitante de Rysel, só passavam pela minha mente visões de meus pais e daqueles que moravam conosco, em nosso castelo ou em nossa cidade… E acredito que o fato de não tê-los visto ali, nem mesmo seus corpos, somente manteve viva essa sensação…

Consigo me recordar vagamente de termos chegado nas ruínas orakianas ao sul de Rysel. Antes mesmo que pudesse me preocupar com uma forma de encotnrar a passagem da qual somente ouvira falar, Mieu se prontificou a, junto com Wren, erguer um grande alçapão um pouco escondido sob  a grama alta e um pouco desgastada, é verdade, nos arredores. Pediram que fosse antes deles e os obedeci.

Após passarmos por uma caverna estranha (coberta de metais e vidro e não de rochas), acho que o ar seco e quente de Aridia me fez acordar de vez… Ou pelo menos ajudou já, que a partir do grande gole de água que dei em seguida é a primeira coisa de que me lembro bem desta parte da jornada.

Como em todo nosso caminho, somente encontramos máquinas que tentavam de algum modo barrar nosso avanço. Ou melhor, era mais como se estivessem atacando indiscriminadamente. Naquele deserto morto e mortífero, encontrei somente robôs e seus derivados… O que me fez pensar nos perigos que meu pai dizia ter enfrentado por ali. Será que os animais e até mesmo nossos monstros estavam acuados, com medo dessa nova “fauna”?

Esbarramos em meio ao amarelo causticante com uma andróide que vagava sem rumo pelo deserto. Não me lembro muito bem do que ela dizia e, mesmo com algumas diferenças, lembrava-me muito Mieu. Acho que ela perguntava, com sua voz estranha e pouco nítida, sobre Orakio e uma espada… Sem perder tempo com isso, rumei até a cidade próxima que, descobri logo, era hazatak, a cidade de andróides.

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Como presumia, eles agiam comigo do mesmo modo que Wren e Mieu: não me atacavam. E estava protegido ali naquela cidade na qual cheguei atordoado. Não sabia se estava desse jeito por conta do forte calor ou pela minha confusão e preocupação. Só sei que o primeiro andróide que interpelei, recebeu a pergunta sobre Satélite… Enquanto me respondia que estava no mundo mais ao Leste e que precisaria do Topázio do Poder para chegar ali, eu me toquei que não era aquilo que de fato queria saber no momento. Fui me afastando até esbarrar em um outro que, ao me ver disse: “Seus pais e amigos fugiram para Oeste. Eles possuem o Rubi Gêmeo que é a chave para Landen”.

Lembro de ter me perguntado se eles teriam ido para a antiga terra do meu pai… Se tivessem ido, eu teria que voltar todo meu caminho até Rysel e tentar usar a Safira que me fora dada para ir até lá… Estava cansado de pensar e ponderar sobre isso tudo… Wren, com suas poucas palavras, recomendou que descansasse o restante do dia antes de prosseguir. Mieu, dando-lhe razão, disse que seria de fato melhor. Não tinha como discordar. Minhas pernas e braços mal respondiam às minhas ordens; minhas passadas fariam a qualquer um parecer que, ou tinha um problema nas pernas, ou que tinha bebido muito vinho.

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No dia seguinte, descobri com um outro habitante de Hazatak que o Topázio do Poder estaria em Landen e que ele pertencia à filha de Lena. A mesma mulher que meu pai recusara se casar… Soube desde o princípio que isso não seria fácil, mas Satélite estava em segundo plano agora. Queria saber onde encontrar minha família; era isso que importava.

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Enquanto andávamos, Mieu disse que talvez fosse uma boa idéia passarmos na caverna em que Wren havia sido encontrado. Lembro de ter perguntado por quais razões faríamos isso e ela disse que ela ficava a Oeste e que, se fossem até a caverna que daria em Landen e todos já tivessem passado, seria um beco sem saída. Aceitei sua sugestão e fomos até lá. Para minha surpresa, havia um soldado logo á frente da caverna que nos saudou e disse que todos estavam lá dentro.

Mas aquele não era um lugar seguro. Praticamente todos os habitantes com condições de lutar, tanto de Cille como de Shusoran estavam armados e combatendo máquinas por todos os lados. E eles, ao me verem, falavam para que seguisse até a câmara mais interna para encontrar meu pai e minha mãe. Fui o mais depressa que pude e, mesmo lá, haviam inimigos. Os soldados ainda lutavam para proteger as famílias reais de ambas as cidades.

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Ao vê-los, abracei-os como pude. Mas notei que Lyle estava muito ferido e não notei a presença de sua filha Thea. Não foi com surpresa que o ouvi implorando que a salvasse. Ela teria sido levada por algum robô para o Leste. Com a mão um pouco trêmula, ele me entregou aquilo que chamou Lágrima do Dragão, um cristal em formato esférico com uma cabeça dracônica esverdeada dentro dela com uma grande gota azul que lhe caía de um dos olhos, como que se seu tempo de chorar houvesse sido congelado.

Rhys e Maia, meus pais, pediram que eu ajudasse Lyle. Provavelmente sabiam que ele não resistira muito mais tempo e que precisava ver a sua filha uma vez mais antes de sucumbir… Então, mais uma vez, Satélite teria que ficar para depois. Precisava enconra Thea, por Lyle e pelo amor fraternal dele com meu pai que os tornava irmãos, mesmo compartilhando linhagens tão diferentes.

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Diário de Bordo: Phantasy Star III – A segunda geração (02)
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2 ideias sobre “Diário de Bordo: Phantasy Star III – A segunda geração (02)

  • 02/07/2009 em 5:26 pm
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    >Naquele deserto morto e mortífero, encontrei somente robôs e seus derivados…

    R: …Também mortos e mortíferos… Mas seriam estas máquina evoluídas o suficiente ao ponto de, assim como Searren 386 e Myew S2, serem capazes das mais complexas manifestações descritas nas artes da ciências ocultas e produzirem, por gestos, palavras ou por interferência de espíritos, gênios ou sequer demônios, os mais maravilhosos efeitos dos fenômenos extraordinários denominados de “Magias”…? Arte esta vulgarmente cod-nomeada de “bruxaria” pelos cientistas contrários as reais verdades naturalmente vigentes sobre a natureza.

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  • 06/07/2009 em 8:07 pm
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    @J.F. Souza
    Eis aí uma pergunta deveras complexa, caro amigo. As artes do oculto, desde as mais antigas gerações, somente residem no coração e sangue pulsantes de layanos, antes mesmo do direito de receberem tal alcunha. Robôs sequer sonham e não poderiam sequer desejar tal poder. Os ciborgues humanóides (replicantes), porém, foram criados para, entre outras coisas, criar simulacros de tais habilidades. As classes Mieu e Searren são exemplos perfeitos disso.

    Deixando a pomposidade de lado (hehe), eu disse morto e mortífero por não ter nenhuma vida biológica por ali (ao contrário de Rhys que via alguma fauna e monstros de Laya) e por, mesmo nessa ausência, ser igualmente fatal. Sei que entendeu, mas eu reli o que eu escrevi e achei estranho. hehehe Achei melhor esclarecer para outros quando lerem também.

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