Olá crianças! Prontos para o terceiro e último tópico de curiosidades sobre Phanatsy Star III?

RELAÇÕES DE PSIII COM O RESTANTE DA SÉRIE

Side-Story ou não side-story. Eis a questão? (sim, estou aqui fazendo uma pergunta. hehehe)

Uma das principais críticas ao Phantasy Star III é o fato dele, aparentemente, ter nada ou muito, muito pouco a ver com a “série principal”. Coloco assim, entre aspas, somente para destacar e não para duvidar, que fique claro. hehehe

Os fãs de Phantasy Star louvam principalmente o fato dele ter um encadeamento coerente; enfim, por se tratar de fato de uma série e não de uma porção de jogos diferentes unidos sob um mesmo título pomposo. Talvez fosse até mais adequado chamar Phantasy Star de “saga” e não de “série” já que este termo pode levar a pensar naquilo que se critica sobre “jogos em série”, uma mera linha de produção para se obter lucro com propaganda e nome de certo produto.

Tendo isso em vista, a discussão não é se Phantasy Star III tem a ver ou não com a saga; e sim um desvio da dificuldade de alocá-lo a ela por suas peculiaridades. Sendo assim, não é uma mera “história paralela” como poderíamos, com um certo grau de certeza, afirmar sobre Phantasy Star Gaiden que ostenta o “alternativo” até em seu próprio nome.

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Conseguem distinguir os mundos dos domos? Ou só alguns? reparem que não há um domo gelado.

Bom, a primeira e mais simples alusão é no Phantasy Star IV. Quando o grupo alcança o computador de uma nave que orbitava Motávia há anos, descobrem que, instantes antes de Palma explodir e se tornar em um cinturão de asteróides, diversas naves escaparam. A imagem que mostram é de uma nave-mundo semelhante a ALisa III e Neo Palm. Tudo leva a crer que naves menores (como a de Tyler de Phantasy Star II) também escaparam de Palma antes do desastre e conseguiram pousar, com algum sucesso, em Dezóris e Motávia. Contudo, a única nave que se manteve em atividade (e talvez a única que não foi destruída ou inutilizada no impacto com os outros planetas) foi justamente a de Tyler que, ao final de tudo, “estacionou-a” em Dezóris. Isso quer dizer que durante mil anos não houve viagens interplanetárias em Algol. Ao menos oficialmente já que tudo leva a crer que Rune (a Quinta Geração de Lutz) tinha lá as suas formas de viajar de um planeta para outro (não, Ryuka não é tão poderosa assim. Ou é? hehehe A magia, e não técnica, de Alis em PSI permitia voltar a cidades em outros planetas, não?).

Esta é a única referência oficial em outros jogos da saga sobre naves como Alisa III (ainda que o nome dela não seja pronunciado). Se sabemos que em torno de quatrocentas escaparam de Palma e Rika afirma que algumas dezenas pousaram em Dezóris e Motávia, é provável que muitas tenham sido interceptadas pelo ainda ativo MotherBrain. As maiores devem ter sido mais facilmente atingidas de modo que somente Alisa III e Neo Palm restaram.

Agora, vem a parte difícil de relacioná-lo. Difícil, mas que leva a uma série de esclarecimentos sobre a própria essência da saga. Comecemos com o primeiro, Phantasy Star I.

Palma era, “literal” e metaforicamente, o centro de Algol. Era o segundo planeta, tinha clima ameno e agradável e uma população humana forte e uma polítca clara e estabelecida de governo. Logo, desenvolveram-se tecnologicamente o suficiente para invadir, digo, colonizar (mas não são a mesma coisa? hehehe) Motávia e Dezóris. Mas não possuíam somente grande saber técnico; eram artistas e também filósofos e pensadores.

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Reparem que os planetas aqui já estão com órbitas trocadas. Palma não é mais o segundo planeta a partir do Sol, mas o primeiro.

Com Phantasy Star II, isso vai além da própria destruição de seu planeta original. Descobrimos com Tyler que existe uma força de resistência contra o Cérebro-Mãe. Isso significa que muitos estavam descontentes com os rumos dos acontecimentos. E, não é difícil de se imaginar que a situação em Palma não era das melhores desde que trocara de órbita com Motávia. Muitas pessoas morreram e ao que parece, o planeta foi se tornando isolado, provavelmente por se considerar perdido e futuramente sem vida como fora Motávia antes dele.

Aqui as coisas complicam de novo. A versão japonesa tenta colocar os eventos de Phantasy Star III o mais longe possível da série principal afirmando que seus acontecimentos se passam mil anos após o Phantasy Star IV. O que nos leva a teorias sobre: como raios o Dark Force pode continuar nesse plano de realidade mesmo após a “destruição” de Profound Darkness por Chaz e Cia.?

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"Morra rascunho de Escuridão Profunda!", Rune furioso com o designer de monstros de PSIV

Já a versão americana localiza os eventos do jogo ao mesmo tempo de Phantasy Star IV. O que considero mais correto já que um Dark Force a mais dentre os outros três (e aqueles aleatórios no labirinto final que são o Dark Falz de PSI) não é tão problemático quanto possa parecer. O único porém é a Guerra entre Laya e Orakio que teria ocorrido logo após a destruição de Palma. Mas não aniquila a afirmação do Compendium de que membros das famílias Sa Riik e Le Cille lideraram a revolta palmana contra o Cérebro-Mãe e não contra a tecnologia já que uns dominavam tanto a arte da manufatura de robôs (oriunda desde a época de PSI) e outros a arte da combinação genética.

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Uma imagem instantes depois da explosão de Palma.

Uma outra relação possível com Phantasy Star II é o final do Aron. Eles viajam no tempo ao passarem pelo buraco negro e alcançam a Terra. É assim então que os terráqueos ficam sabendo sobre Algol e para onde partem na espaçonave Noah em direção à estrela-domônio na constelação de Perseus. E isso iniciaria todo o conflito e drama inerente a este jogo.

Pronto, chegando ao final de tudo que tinha a falar de Phantasy Star III. Só uma resenha por vir e pronto. hehehe Espero que agüentem!

Até lá!

Diário de Bordo: Phantasy Star III – Curiosidades (03)
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8 ideias sobre “Diário de Bordo: Phantasy Star III – Curiosidades (03)

  • 22/12/2009 em 7:40 am
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    >não, Ryuka não é tão poderosa assim. Ou é?
    R: É sim! Dá pra dar um jeitinho.

    > O único porém é a Guerra entre Laya e Orakio que teria ocorrido logo após a destruição de Palma.
    R: Eu acho que a guerra teve inicio em Palma, e deve ter rendido até chegar em Alisa III.

    > Pronto, chegando ao final de tudo que tinha a falar de Phantasy Star III.
    R: Cara tem mais coisas pra falar sobre esse jogo.

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  • 22/12/2009 em 7:43 am
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    @J.F. Souza
    hehehehe Eu sei que tem. Muitas outras coisas mesmo para falar. Mas o que eu tinha planejado para falar desde que comecei o diário de bordo era basicamente isso que já trouxe. Só estou corrigindo alguns erros de digitação no review o vou postá-lo daqui a pouco.

    E eu concordo que o conflito Laya e Orakio começou ainda em Palma, mas acho que só virou uma guerra mesmo quando estavam “confinados” na Alisa III. Afinal, o Dark Force não aparece sempre e exatamente a cada mil anos (sempre pode haver alguma diferença).

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  • 22/12/2009 em 9:25 am
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    Sobre relações e citações de PSIII com os outros , não devemos esquecer que :

    1) Alisa é o nome dado a Alis na versão japonesa
    2) As armas com o nome “Nei”
    3) As cidade com o nome de “New Mota” e “New Dezo” .
    4) A outra espaçonave tem o nome de “Neo Palm”
    5) Na versão japonesa , as pessoas tinham sobrenomes e em um dos personagens da primeira geração era “Mahlay” (Baía Mahlay ouvi dizer???) .

    Só isso já é uma boa referência …

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  • 22/12/2009 em 9:31 am
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    @Washington
    Opa! Claro que são referências boas!

    É que como acabei tocando em várias delas durante os diários de bordo, tentei focar aqui naquelas que ficaram meio nebulosas ou que dão os caminhos para especulações. Mas valeu por ter colocado um comentário, daí fica ainda mais completa.

    Só fiquei em dúvida com relação a New Dezo que só consigo relacionar com Neudaiz de Phantasy Star Universe. E o “Mahlay”. Olhei na lista de sobrenomes que tenho aqui e não encontrei nada a respeito. Poderia passar um link ou algo assim para eu dar uma olhada?

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  • 22/12/2009 em 7:07 pm
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    Ops , correções a fazer :

    Me enganei (1) na verdade o sobre Mahlay apareceu foi em PSIV (Hahn Mahlay) e (2) Só existe New Mota em PSIII (realmente não há New Dezo)

    Sooooooorrrry !!!

    Mas para compensar tenho mais duas referências : 1) Mesetas , oras Mesetas , a moeda oficial do sistema Algol também está aqui . 2) Monomate/Dimate/Trimate ; para quem jogou a versão retraduzida de PS1 feita pelo SMS Power , viu que no original em vez do grupo recarregar as energias com cola e burger , na verdade usam bebidas suplementos energéticos e um deles era chamado de “PerolieMATE” . Dai vem os nomes de mates depois apresentados em PSIII . (inclusive aparece depois em PSIV simplesmente como “PeroMATE”) . Entendido ?

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  • 05/01/2010 em 11:26 am
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    @Orakio “O Gagá” Rob
    huahuahuaha

    Cara, eu adoraria, de verdade. Mas o que mata é a falta de tempo para cuidar de um site. Eu mal consigo cuidar de dois blogs que participo. hehehe Mas entendo que são muitos detalhes mesmo que não cabem em um blog de divulgação mais geral como o nosso. Mas é algo a se pensar, quem sabe?

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