Aêe galera da retrolândia Gagá Games! Hoje vou falar de um jogo underrated da Capcom. Todo mundo sabe que ele existe mas poucos o jogaram.
Eu tive a honra de conhecer o título original que iniciou a grande série Street Fighter nos arcades. Perto da casa da minha avó tinha um fliperama. Eu não levava consoles pra lá, pois até hoje ela acha que videogame estraga a TV. Então minha saída era gastar um troco nas máquinas papa-fichas disponíveis. Aliás, eu aprendi a dar calote em ônibus pra economizar o “dindim” da passagem para poder comprar mais algumas fichas. Em 1991 meu pai me deu um Turbo Grafx-16, e com ele um jogo chamado Fighting Street.
Fighting Street é o Street Fighter, também chamado de Street Fighter I pro console da NEC. Minha surpresa foi logo ao ver a caixa do jogo que se tratava do game que eu jogava nos arcades com o nome trocado. Nunca entendí direito o por quê disso nem a lógica por trás, mas a informação mais confiável que eu achei pela internet foi que a alteração se deu para diferenciar o game de arcade do jogo de console. Vai entender uma parada dessas.
O jogo foi portado pela Hudson Soft em 1989 e ficou praticamente igual ao do arcade, que foi lançado dois anos antes. E isso significa que suas qualidades e seus defeitos estão presentes. Se a intenção da Hudson era ser fiel ao jogo original, conseguiram. Em termos gráficos praticamente nada se perdeu. Os cenários estão muito bonitos e detalhados, como por exemplo o Mount Rushroom (monumento americano que tem cabeças de presidentes esculpidos em uma montanha) no estágio de Mike, ou a Grande Muralha da China na fase de Lee (aliás, em Street Fighter Alpha 1, o cenário da Chun-Li foi inspirado neste), já mostravam um certo esmero por parte da Capcom.
Porém a Capcom não sabia ainda fazer uma jogabilidade precisa e balanceada. Na verdade o grande calcanhar de Aquiles do jogo é justamente esse: controles imprecisos e lentos na resposta. Só existem dois personagens selecionáveis: Ryu se você jogar com o player 1 e Ken se jogar com o player 2. Eles são idênticos em tudo. Por isso os golpes aqui são o Hadouken, Shoryuken e Tatsumaki Senpuu Kyaku e os comandos são os mesmos utilizados em Street Fighter II. Estes que em qualquer jogo posterior da série são facílimos de executar, aqui são quase impossíveis. E isso se herdou do jogo original. Provavelmente o pessoal da Hudson pensou que se tratava de um atributo do jogo, pois nessa versão eles incluíram vários “cheat codes”, desde executar os especiais sem fazer a sequência de comandos, como escolher fases, aumentar o número de créditos (continues) e até mesmo ver o final sem precisar jogar. Há também outros dois macetes: habilitar o Ken como player 1 e ver um final alternativo.
Há dez adversários que precisam ser derrotados para você ver o final do game. São eles, Retsu, Geki, Joe, Mike (que se transformaria em Balrog em Street Fighter II), Lee, Gen, Birdie, Eagle, Adon (que iria voltar depois na série Alpha) e Sagat, o chefão final. Aqui, Sagat não tinha aquela cicatriz no meio do peito. Em relação à animação dos personagens, ainda estava aquém do que veríamos em Street Fighter II, só que para um jogo de 1987 estava muito bom. E ao contrário do que era comum em conversões, todos os quadros de animações foram mantidos.
O grande trunfo deveria ter sido o som. Beneficiando-se da tecnologia do CD, a Hudson poderia ter dado uma boa melhorada nas músicas e nos efeitos. Mas não foi o que aconteceu. A melhora foi apenas uma polida no que a versão de arcade já oferecia. Não foi acrescentado absolutamente nada.
Para a maioria dos jogadores, este jogo não passará de uma curiosidade se muito. Quem se arriscar a jogá-lo até o fim, provavelmente não o fará de novo. Mas eu sinto um carinho muito grande por Fighting Street, por ter sido meu primeiro jogo de CD que joguei na vida, por ter sido uma conversão perfeita do original e principalmente, pelo que o título representa. Street Fighter foi a semente da grande árvore que a série é hoje. Até a próxima pessoal.
Street Fighter 1, o jogo que muitos se perguntavam na época da febre SF 2 e ninguém sabia responder. eu ainda vou dar uma testada nele, para dizer que pelo menos eu terminei ele. diziam que se conseguir lançar um simples hadouken nesse game em todos os rounds, o jogador é convertido a um semi deus. pois os comandos eram dificeis pra burro.
estou até achando que o próximo Street Fighter 5 daqui há dez anos, vai ser um remake desse game. com gráficos melhorados
leandro(leon belmont) alves[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Cheguei a ver isso nos fliperamas também. E cara, que inveja de você ter tido acesso acesso a um PC-Engine em 1991.
O valor histórico desse jogo é muito grande, mas é realmente uma pena que a jogabilidade seja tacanha. Bom, felizmente existe uma forma de contornar isso, e eu recomendo: há alguns anos, o time “Capcomunications Mugen team” lançou o “Street Fighter One”, um remake polido, com especiais de fácil execução, TODOS os personagens selecionáveis e animações fluidas. Ah, o jogo é gratuito e bem leve.
E antes que alguém torça o nariz porque é Mugen, digo logo: testei o jogo e é um prazer afirmar que ele se encaixa na seleta (pra não dizer ínfima) parcela de jogos respeitáveis feitos em Mugen.
tiagoruback[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Realmente os gráficos eram bem bonitos levando em consideração a época em que foi lançado. Pena que os controles fossem péssimos e houvesse um desequilíbrio enorme entre golpes normais e “especiais” – acho que três ou quatro hadoukens já derrotavam o oponente O.o
Mas se serviu de laboratório para Street II, já merece um lugar na história.
Daniel Lemes[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Tive a oportunidade de joga no inicio doa anos 90.Mas não me chamou muita a atenção, a não ser pelos gráficos. A jogabilidade muito ruim. Muito tempo depois, ja no Mame joguei apenas por curiosidade. Mas vale apena conhecer o primeiro de uma serie que se tornou um grande divisor de águas no mundo dos games.
Lisandro[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Aí, grande Piga, táva com o Mario na cabeça? É monte RUSHMORE. Misturou com Mushroom? :))
No mais, ótimo review, apesar de que acho esse jogo “INJOGÁVEL”. Bons gráficos, sons, mas na hora de por a mão no pad… não conseguia derrotar o Sagat nem com reza brava.
Mesmo assim, ainda queria ter esse jogo completinho pro meu PCE só a título de coleção mesmo. Daqui uns anos apresento pro meu moleque a origem daquele jogo de luta que ele adora, o tal “Istrit Fait”…
Eduardo[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Street Fighter (SF).. o jogo que, se eu tivesse chegado um dia antes, teria conseguido dar um jogadinha. Explico…
Tinha um buteco aqui perto de casa que era uma das “mecas” em arcades (aqui, chamávamos tudo de flíper)e onde sempre surgiam as novidades antes de todos os outros locais. Só que, estranhamente, Street ficou apenas um único dia neste lugar.
Quando fiquei sabendo de um “Jogo de Karatê” que tinha chegado lá, fui correndo para ver… e nada! Já tinha sido levado embora. Quando perguntei pro dono do estabelecimento o motivo, ele disse que ninguém tinha gostado porque ninguém conseguia fazer os comandos. E mais, disse ainda que, para conseguirem executá-los, a molecada chachoalhava os manches frenéticamente dando até porrada nos botões. Com isto, acabariam quebrando fazendo chamar o técnico para arrumar os controles o tempo todo.
Seja lá o quê passou na cabeça deste homem por tirar a máquina tão rápido do bar, isto acabou resultando no fato de eu nunca ter visto este jogo, em qualquer versão que fosse. SF é a “mosca branca” em minha vida gamística. Hahahaha!
Até mais!
Curiosidade: Pelo que soube, as primeiras versões de Street Fighter em arcade continham a variação de força no golpe de acordo com a intensidade ao apertá-lo. Depois, a Capcom adotou os 3 botões de soco e os 3 de chute usados também em SF2)
Douglas Deiró[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Não sei como que a Capcom até hoje não lançou ele como bonus em algumas de suas coletâneas ou até mesmo nos Street mais novos.
Mauricio[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Eu amo jogos antigos (não diga!!!), estou acostumado a jogabilidades arcaicas, que só mesmo a nostalgia conserta… mas o primeiro Street Fighter é um dos mais injogáveis que eu já me deparei. Talvez por estar tão acostumado à perfeição de SF2, simplesmente não consigo jogar o original por mais de 5 minutos. Tem seus méritos, inovou, etc, mas hoje só tem valor histórico, só vale pela curiosidade.
Sérgio Mequinho[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
vi esse jogo em um bar perto de casa na epoca do lançamento dele, ninguem jogava esse jogo, na epoca acho que deve ter sido um fracasso total, ainda bem que a capcom nao desistiu e lançou o sf2 pq esse primeiro só vale mesmo pela historia do 2.
edu[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Tenho eleaqui em casa no ps2 naqela coleção de classicos da capcom, mas é quase impossivel derrtar o Sagat.
wes[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Joguei no PS2 naquele Capcom Classic 2 é bem difícil de fazer uma magia cara olha que você tem fazer muito esforço pra conseguir.
aki é rock[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@leandro(leon belmont) alves
Eu acho que este game mercia um remake sim, leandro. Não precisava nem melhorar os gráficos, só consertar os comandos.
@tiagoruback
Nos anos 90 eu tive acesso ao Turbo Graphx-16, que era a versão americana do PCE. O mesmo valeu pros jogos, só o que saiu no Tio Sam. Quanto ao Street Fighter One que você citou, poderia fornecer um link pra baixar?
@Daniel Lemes
Sim, tinha isso de 04 ou 05 golpes especiais e fim de luta. Geralmente eu quem morria, já que não conseguia executar os golpes direito. 🙂
@Lisandro
@Sérgio Mequinho
Gráficos bonito, porém jogabilidade péssima. Todo o cuidado que a Capcom teve foi por água abaixo por causa disso.
@Eduardo
uauhauhahua. Eu devia tá pensando no Mário mesmo 🙂 Valeu pela correção. Você não foi o único a achar este game injogável. Qual a idade do seu gurí? Pelo que entendí, você já está mostrando para ele o caminho gamer. Muito bom! 🙂
@Douglas Deiró
A máquina que eu jogava não tinha esse lance de quanto mais forte apertar o botão, mais forte o golpe. Também a máquina era pirata e os controles só viviam ferrados. As raras vezes que tinha outra pessoa além de mim na máquina, o que eu via era o pessoal dando porrada nos botões e nos sticks.
@Mauricio
Este jogo tem na Capcom Classics Collection Vol.2 para PS2.
@edu
Além de não terem desistido, mandaram muito bem nos controles de Street Fighter II. Por isso a franquia virou o sucesso que é hoje.
@wes
@aki é rock
Eu tenho aqui essa coletanea da Capcom. Mas prefiro jogar no emulador de PCE por causa do cheat dos golpes especias. Aí fica moleza terminar.
Falow! 🙂
piga[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Piga, me recordei de que uma vez emulamos o MAME aqui faz uns 12 anos e tinha a rom desse Fighting Street que eu conheci primeiro em fliperamas, ai resolvemos eu e uma turma de época tentar finalizar o jogo, foi muito engraçado e mesmo com sua injogabilidade, ficavamos revezando e um colega meu foi o “King of The Hill”. Por acaso chegou a terminar ele Piga?
Abraço
Ulisses Old Gamer 78[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Opa, taqui o link do Street Fighter One que eu falei. Foi bem difícil de achar, pois o jogo é de 2007, o site oficial tá fora, o link do baixaki jogos tá fora, vários links tão off. Esse foi o único que consegui encontrar.
Street Fighter One Upper (Mugen Remake) – Tamanho: 63,2 MB
http://www.filestube.com/f4f790f87a6a32ef03ea/go.html
Tiago Ruback[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Eu tenho ele aqui no PC Engine. É como falaram, bons gráficos, péssima jogabilidade. Tanto no console quanto no arcade, joguem o Capcom Collection pra vocês verem.
Jet Fidelis[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Você se esqueceu que existe uma versão para nes…Que foi lançada pela Cee no auge dos clones de nes no Brasil.
eduardo[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Mauricio
Este jogo tem na Capcom Classics Collection Vol.2 para PS2.
pois é Piga falha minha,isso porque eu tenho esse jogo aqui em casa!
Mauricio[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Ulisses Old Gamer 78
Fala Ulisses. Terminei sim, pois a versão do PCE tem um cheat que você pode executar os especiais sem fazer os comandos. Aí fica fácil.
@Tiago Ruback
Opa, valeu. Tô baixando aqui…
@Jet Fidelis
Boa recomendação 🙂
@eduardo
A versão de NES é um jogo pirata feito por pirateiros qualquer e não tem nada a ver com o Street Fighter abordado aqui.
@Mauricio
Comigo acontece a mesma coisa. É tanto jogo que nem lembro mais o que eu tenho. 🙂
Falow! 🙂
piga[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Mauricio
Na verdade tem ele em uma das coletaneas da Capcom no PSP.
Mas nem vale a pena…
Gillian[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Quando comecei a emular jogos, minha primeira atitude foi baixar o MAME e esse jogo só para saber como era, Na época fiquei viciado! Mas derrotar o Adon e o Sagat demandam tempo demais.
Daniel Paes Cuter[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Curiosidade histórica e nada mais, o jogo infelizmente tem uma jogabilidade terrível.
O Eagle aparece num crossover da Capcom anos depois, não? Não lembro se Marvel vs. Capcom 2 de PS2, algo assim.
Jefferson Luiz Emmerich de Borba[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
O que muita gente esquece de falar, sendo até uma injustiça para o jogo, é que os gráficos eram muito à frente do seu tempo (lembrem-se, estamos em 1987). Isso, inclusive, acredito ter sido um fator que prejudicasse a jogabilidade. Podem notar que ao acertar um Hadouken – achou difícil? Tenta um Shouryuken… – o jogo dá um slowdown absurdo. Os cenários eram muito bem feitos e os sprites grandes pra época.
Mesmo assim é um jogo divertido. E na minha opinião – podem jogar pedra, se quiserem – é o Street Fighter com os melhores personagens. Pelo menos lembram lutadores de rua, e não figuras circenses ou de um encontro de cosplayers.
Aproveitando o ensejo, tinha um jogo de fliper na mesma época que eu nunca consegui achar. Era maiosoumenos assim: o personagem principal tinha um sprite grande e era tipo um agente secreto à lá 007, com smoking e tudo. Na primeira fase era ele em queda livre enfrentando outros bandidos no próprio ar, antes de cair de pára-quedas. Na segunda fase acho que era dentro de um castelo. Quem conseguir solucionar este enigma e me dar um nome de jogo para pesquisar é porque é um santo. Obrigado.
Belo post!
Onyas[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Onyas eu adoro esse game, é um dos meus preferidos ja zerei varias vezes e jogava muito quando era molecote.
Essa é para você anote o link
http://www.emuparadise.me/M.A.M.E._-_Multiple_Arcade_Machine_Emulator_ROMs/Secret_Agent_%28World%29/16350
Se chama Secret Agent esse jogo da data east, com o design do game Dragon Ninja (eram muito similares)
abraços a Todos
Ulisses Old Gamer 78[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Santo só feoi mesmo Jesus, pelo menos eu creio nele, e tento seguir sempre a sua vontade.
abraços!
Ulisses Old Gamer 78[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Nossa! É esse mesmo Ulisses! Dragon Ninja eu também joguei bastante, bons tempos. Se não é um santo, então pelo menos um bom samaritano, hehe. Valeu!
Onyas[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Gillian
Também tem em uma coletânea do PS2, a Capcom Classics Collection VOL 2.
@Daniel Paes Cuter
A versão do acarde não tem os cheats dos golpes especiais “automáticos”. Então na unha é muito mais difícil.
@Jefferson Luiz Emmerich de Borba
Isso mesmo. O Eagle aparece no Marvel VS Capcom 2.
@Onyas
Eu também gosto de Street Fighter, mas concordo com a galera que a jogabilidade é ruim…
@Ulisses Old Gamer 78
Vou experimentar este Secret Agente “santo samaritano” Ulisses. 😀
piga[Citar este comentário] [Responder a este comentário]