Leia todos os posts desta série clicando aqui.
Dando prosseguimento à serie de boas lembranças adquiridas com a prática de jogar videogame, hoje vamos falar um pouco das sensações que tive com o TK-90X (ou ZX-Spectrum, como preferirem).
Capítulo 2: ZX Spectrum
Meu irmão Marlos foi ludibriado por um colega pidão e acabou fazendo uma troca injusta de mano no Atari dele por um Odyssey 2. O brinquedo da Philips até que tinha seus pontos positivos, como aquele Come-Come bem animado, o Senhor das Trevas (um shooter bem divertido) e até mesmo o esquisito Didi na Mina Encantada. Porém, em poucos meses percebemos que saímos no prejuízo neste negócio, pois os games, em sua imensa maioria, eram menos profundos e enjoavam rapidamente.
Após esta cagada, meu irmão se redimiu pedindo de aniversário um microcomputador. O MSX seria a bola da vez, mas por fatores econômicos acabamos optando por um ZX Spectrum mesmo, conhecido como TK-90X no Brasil. Apesar da leitura lenta dos games em fita cassete (quase cinco minutos de loadings torcendo para não dar erro e ter que começar tudo novamente), os games desta plataforma eram bem superiores aos do Atari. Não se fazia mais necessário instigar a imaginação visualizando um cavaleiro de armadura enquanto se via apenas um quadrado na tela. No TK era possível ver sprites de verdade, com cores mais vivas. Os títulos disponíveis tinham mais fases e apresentavam um enredo, não mais ficavam naquele ciclo vicioso de estágios se repetindo infinitamente.
Aos oito anos, a sensação que tive ao ver Knight Lore pela primeira vez foi indescritível. O carinha aparecia perdido num castelo e se transformava em lobo todas as noites. Os gráficos eram soberbos em perspectiva isométrica. O ZX Spectrum ainda continha versões de Arcades famosos, que mesmo sendo consideravelmente inferiores às originais, amenizavam nossas lombrigas, matando um pouco a vontade que tínhamos de estar no fliperama.
Características marcantes da época: ter que regular o cabeçote dos gravadores de fita cassete para buscar o agudo ideal na leitura dos jogos. A longa espera pelo carregamento também é um fato a se considerar. Jogos absurdamente difíceis.
Games preferidos deste aparelho:
– Knight Lore
– Manic Minner
– Bruce Lee
– Yie-ar Kung Fu
– Exolon
– Renegade
– Load Runner
– The Way of the Exploding Fists
– Sai Combat
– Atic Atac
– Great Escape
E você, gostaria de compartilhar como foi sua experiência com o Zx-Spectrum ou algum “TK” da vida?
Próximo Capítulo: Nintendinho
jogava na casa de um amigo, o que me lembro era exatamente isso, alem de demorar pra carregar os jogos, era o fato de gravar eles em fita k7, e os graficos, yie ar kung fu era o mais jogado, e tinha um jogo do batman, e tinha tambem uma lista de programaçao que podia fazer nele, ficamos um tempao uma vez fazendo um programinha que no final era só um relogio tosco
mas era legal, ainda mais naquela epoca
edu[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Já cheguei a programar um remake de Phantasy Star no TK90X, porém, bem mais simples claro. Eu tinha jogos prontos: Tornado Low Level, Decathlon e outros, porém eu gostava mais de construir os jogos que vinham descritos na coleção de revistas INPUT (essas revistas abordavam os computadores caseiros da época, com artigos e muitas linhas de programas para fazer jogos)
LordGiodai[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Bem lembrado!!! Obrigado!
@LordGiodai
@edu
Meu irmão mais velho viveu mais esta época de programação, ele vivia comprando a revista INPUT mesmo. Eu sabia programar coisas simples como perguntas e respostas, enquanto meu brother fazia jogos mais elaborados.
Faltou esta parte no texto mesmo, a linguagem usada era o BASIC e o Código de Máquina.
Uma vez o Marlos ficou a tarde inteira programando um jogo de labirinto que já simulava o 3D, ele ainda não tinha salvo quando eu esbarrei na tomada. Ele perdeu o sábado inteiro fazendo aquilo. Nem preciso dizer que tive que me esconder prá não levar umas lapadas né?
Tandrilion, O Matusalém[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Tandrilion, O Matusalém
Realmente, era perdido muito tempo mesmo para programar e depois salvar em fita cassete.
Lembro que além do BASIC e código de máquina, era utilizado também o assembler; porém, só o BASIC poderia ser utilizado diretamente, pois os outros dois necessitam de procedimentos específicos (que não dominava na época) para serem construídos.
Antes do TX90X, tinha o TK85 que era bem parecido, porém era preto-e-branco.
Já o TK90X era disponível em duas versões de RAM, uma com 16k (ou 24?) e outra com 48k (haha, hoje tem gente que reclama por ter 520 mega de RAM…)
Um tempinho depois a MicroDigital lançou o TX95, que tinha um teclado bem mais moderno, porém o sistema era quase a mesma coisa
Ah, eu já dei lapada em uma irmã depois que ela esbarrou na mesinha que ficava o micro…
LordGiodai[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@LordGiodai
Tadinha da irmãzinha, kkkkkk.
Tandrilion, o Matusalém[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Quantas tardes de sábado eu passei jogando no TK90X. Além de vários jogos que o Tandrilion citou, eu amava Terra Cresta, Jack The Nipper 1 e 2, Dan Dare, Driller, Jet Pac, Valhala, entre muitos outros que não me lembro agora.
Além da jogatina, eu também fazia uns jogos e programas. Eu gostava de pegar os programas da INPUT ou de um livro que eu tinha e ficar modificando até ficar do jeito que eu queria.
fredtoy[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Meu primeiro videogame foi um Odyssey. Fiquei muito feliz no dia que consegui trocá-lo por um Gemini, que era fabricado pela Coleco e compatível com o Atari 2600.
Em 1984, cheguei a aprender programação basic em um TK82. Muito mais limitado que seus irmãos TK85 e TK90X…
Breno Peixoto[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Ahhh! O TK-90X de 48 K! Foi meu primeiro computador – e meu presente de Natal de mim para mim mesmo em 1985 🙂 Além da citada INPUT, havia também a “MicroSistemas”, a “primeira revista brasileira de microcomputadores”, onde sempre haviam aquelas listagens imensas de programas para digitar. E eu também me lembro de um programa numa rádio FM, em João Pessoa – PB (eu morava lá nessa época), onde você podia BAIXAR programas (gravando numa fita K7, claro). Acho que foi no ano seguinte que eu comprei um TK-95 (aquele do “teclado profissional”), mas esse vivia dando problema. Bons tempos, bons tempos!
Abel[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Jogo isométrico derrubava qualquer um mesmo. “Mais 3D” que o parallax de Moon Patrol, diria eu 🙂 Até hoje é uma emoção ver gráficos isométricos.
O console doméstico que vi com poder de fogo similar ao do ZX, era o Intellivision. Mas o querido Atari 2600 e o Odyssey… coitadinhos deles perto do TK!
Eric Fraga[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Esse confesso que ate conheci, mais não joguei!
Marcelo Vitor29[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Sobre o Odyssey que o seu irmão Marlos recebeu, conforme relatado na postagem.
Proponho trocá-lo por um Atari 2600 com dois controles e um cartucho.
Você aceita?
Márcio Rodrigues[Citar este comentário] [Responder a este comentário]