Olá! Aqui é o seu amigo André Breder trazendo mais uma edição do Recordar é envelhecer. O game que recordo desta vez eu particularmente considero como sendo um dos melhores jogos de ação da geração 8 Bits: trata-se de Kenseiden, um jogo que é tão bom, mas tão bom, que até hoje não consigo entender como a SEGA não fez nenhuma continuação direta deste belo game! É um absurdo!!! Uma injustiça!!! Er… mas vou parar de ficar resmungando, pois não há nada pior na vida do que um velho resmungão. Bem, tenham todos uma boa leitura!
Um jogo de ação excelente!
No ano de 1988 a SEGA lançou aquele que é considerado por muitos, como uma das grandes obras primas do Master System: trata-se Kenseiden, um excelente jogo de ação estrelado por um destemido samurai.
O principal ponto positivo de Kenseiden é seu criativo modo de jogo, onde o protagonista ganha novas habilidades ao derrotar os chefes que ele irá encontrar durante sua jornada. Numa época em que grandes jogos de ação começavam sua história no console de 8 bits da rival Nintendo (como Castlevania e Mega Man), Kenseiden fez bonito, não ficando devendo em nada para os jogos de mesmo gênero de sua concorrente.
História
Hayato, um grande samurai, tem uma difícil missão a cumprir: ele deve seguir por várias regiões do Japão para recuperar a ‘Espada do Rei Dragão’ juntamente com os pergaminhos mágicos, que são herança de sua família e que lhe foram roubados pelos Warlocks, criaturas demoníacas que dominaram o país. Hayato deve derrotar cada um dos líderes dos Warlocks, até estar apto a adentrar o Castelo Vermelho do maligno Yonensai, que é o líder supremo dos Warlocks.
Recuperando os Pergaminhos Mágicos!
Como já foi comentado, ao recuperar cada um dos pergaminhos mágicos, Hayato aprenderá uma nova habilidade. Chegar ao último chefe com todas as habilidades que o jogo permite, será essencial para conseguir derrotá-lo, portanto o jogador deve antes de invadir o Castelo Vermelho, tomar as devidas precauções, visitando todas as regiões do jogo e derrotando seus respectivos chefes. As habilidades que Hayato pode conseguir durante o jogo são: High Jump (pular mais alto), Slash with Sword (habilidade de fazer um ataque em forma de arco), Smash the Helmet of Foe (ataque em forma de arco no ar), Kill by Stealth (ataque de alcance maior enquanto está abaixado) e Berserker (atacar sem parar enquanto caminha).
Escolha seu caminho!
Em Kenseiden, cada uma das fases representa uma das províncias do Japão antigo. Após completar a segunda fase, o jogador pode escolher para qual ele deseja seguir, apertando o botão 1 para escolher uma das fases no caminho e o botão 2 para entrar na fase. Essa liberdade de escolher seu caminho só torna o jogo ainda mais divertido, e também há a possibilidade de até mesmo voltar a visitar uma fase já completada!
Mas mesmo com toda essa liberdade, o jogador deve ter em mente que deixar de visitar certas áreas, significa também, em alguns casos, deixar de enfrentar aquele chefe que possui um dos pergaminhos mágicos, ou seja, Hayato deixará de aprender uma nova habilidade que poderá ser muito útil no decorrer do jogo. Portanto, para chegar a final do jogo com plenas condições de terminá-lo, é realmente necessário visitar todas as fases do jogo, ou pelo menos as mais importantes, que guardam os chefes para serem derrotados.
Itens que ajudam na missão de Hayato!
Durante a jornada de Hayato, o mesmo poderá encontrar vários itens importantes para sua sobrevivência. Os mais simples são o Hyotan, que é uma pequena cabaça que traz em si algum líquido milagroso pois restaura um pouco da energia perdida de Hayato; e a Katana, que deixa os ataques mais fortes. Mas há outros 3 tipos de itens bem mais difíceis de se conseguir, e que consequentemente, são bem mais valiosos: Inro, que é um tipo de caixa medicinal que enche a energia de Hayato quando a mesma chegar a zero; Nikki, um diário que vale um continue; e Kokeshi, um boneco de madeira que vale uma vida extra.
Fases de treinamento!
Há ainda no jogo dois itens bem valiosos, que só podem ser conseguidos em duas fases de treinamento do jogo. Estes itens são uma espécie de amuletos (sendo um azul e um vermelho) que são chamados de Omamori, e ambos aumentam a defesa de Hayato.
No total o jogo traz 4 fases de treinamento, sendo duas com os amuletos Omamori como prêmio, e mais duas em que no final o jogador tem sua energia aumentada.
Passar por estas fases de treinamento não é uma tarefa nada fácil, já que basta um erro para ter que voltar para o início das mesmas e ter que começar tudo de novo! Após cada fase de treinamento vencida, ela se torna uma espécie de abrigo para Hayato, onde ele pode sempre recuperar sua energia perdida.
Gráficos
Kenseiden possui ótimos gráficos, com cenários bem detalhados e inimigos bem montados. As cores do jogo estão no tom correto para um jogo mais adulto. Nada de ambientes super coloridos que dão aquele clima “alegre” e “feliz” de outros jogos de ação mais infantis do Master System, como Alex Kidd, por exemplo. Em alguns cenários até mesmo crânios humanos estão a mostra! O jogo só possui dois megas de memória, mas mostra que seus produtores souberam muito bem ir até o limite que podiam, dando a Kenseiden gráficos que não ficavam devendo em nada para seus concorrentes na época, como os jogos da famosa série Castlevania.
Efeitos e Trilha Sonora
Os efeitos sonoros estão muito bem feitos e bem diversificados. O som dos golpes e ataques de Hayato estão ótimos, assim como os demais efeitos produzidos pelos inimigos. Até mesmo as cachoeiras do jogo possuem um som característico, algo que dá maior profundidade e uma perfeita ambientação para o jogador.
A trlha sonora é bem bacana, com músicas que passam diversos climas para o jogador. Em alguns cenários elas serão empolgantes e agitadas, já em outros lentas e macabras.
Cada tipo de cenário tem sua trilha sonora característica, e todas acabam funcionando de maneira perfeita em cada um deles. Destaque para as músicas do chefes do jogo que são capazes de empolgar até defunto!
Jogabilidade
Os controles são simples e funcionais. No começo serão poucos comandos possíveis, mas a medida em que Hayato vai recuperando os pergaminhos mágicos, eles irão aumentar, pois ele passará a ter mais tipos de comandos para executar. Mesmo com o limitado controle do Master System, que tem apenas um botão direcional e mais dois botões de ação, os produtores de Kenseiden foram inteligentes o suficiente para extrair ao máximo as possibilidades de comandos, fazendo combinações entre os botões para que certos golpes ou ações especiais pudessem ser executadas, e felizmente sem serem difíceis ou complicados de fazer.
Dificuldade
Kenseiden pode ser considerado um jogo bem difícil, com estágios que vão ficando cada vez mais complicados à medida em que o jogador prossegue na jornada de Hayato. Os primeiros cenários serão moleza, mas os finais apresentam um dificuldade bem alta, com muitos inimigos “enjoados” que insistem em ficar no seu caminho. Alguns serão tão covardes que até tentarão fazer com que Hayato seja literalmente jogado em um abismo, perdendo assim uma vida.
Da mesma forma que Castlevania (clássico do NES), em Kenseiden há uma série de abismos e buracos que parecem terem sido criados de forma estratégica para que os inimigos te empurrem para dentro deles!
Os chefes do jogo também vão ficando cada vez mais complicados, mas o jogador deve ter em mente que cada um deles possuiu um ponto fraco e uma forma particular para ser derrotado. Alguns chefes ainda poderão ser derrotados de forma mais fácil ao se utilizar certas técnicas ganhas com a derrota de outros.
Conclusão
Kenseiden é um dos melhores jogos de ação do Master System, e porque não dizer, de toda a geração 8 bits. Tinha tudo para se tornar um franquia das boas (boa história, modo de jogo interessante, trilha sonora impecável,etc), mas sabe lá por qual motivo a SEGA não investiu em sequências do jogo. É uma pena que uma idéia tão boa tenha ficada restrita a apenas um jogo, pois eu particularmente adoraria poder ter jogado um Kenseiden 2 no Mega Drive por exemplo, ou mesmo, no próprio Master System.
Caramba, rapaz, eu nem lembrava mais de Kenseiden… eu me divertia um bocado com esse jogo, mas nunca zerei. Engraçado mesmo não terem lançado uma continuação. É uma baita injustiça que certos jogos de qualidade do Master System, do Saturn e do Dreamcast nunca tenham ganho notoriedade por conta do insucesso de seus consoles. O Master System está cheio de jogos que deveriam ser clássicos, mas por não serem conhecidos do grande público são apenas “cults”.
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
crueldade… me deu vontade d jogar…
Tallarico[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Kenseiden… Hum! isso é velho que nem a posição de fazer… Deixa pra lá! Eu joguei isso só uma vez, é dificio pra car@$#¨%$… Depois eu não tive mais oportunidade, quer dizer, acho que deve ter uma cópia dessa ROM no meio dos arquivos não nomeados de Master…
J.F. Souza[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
É um dos melhores jogos, e inclusive ajudei o devilfox nesta tradução para o Português, confira no Po.B.R.E. ! o/
gamer_boy[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Cara, eu não me lembrava do nome desse jogo, mas sinceramente eu procuerei procurei demais, eu ficava horas jogando e era tão dificil que eu poderia dizer que era impossivel dar final nesse jogo…
Saudades dos velhos tempos….
Nilton[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Absolutamente top. Na verdade, eu achava que era port de algum arcade da Sega. Só perde para Phantasy Star como melhor jogo de Master System.
Ainda um dos meus games de ação favoritos de todos os tempos. A música, a ação sempre à noite (para espertamente reduzir palheta de cores) e as hordas de youkais vindo pra cima dão um clima único ao jogo. As fases de treinamento eram dureza, mas valiam a pena pelos itens ao final. Os chefes eram dureza se você não estivesse com os upgrades certos nas habilidades para quando enfrentá-los. O fato de poder escolher o próximo caminho no mapa era ótimo. A música tradicional japonesa renderizada em 8-bits era realmente excelente.
Só zerei uma vez. Infelizmente, você só ganhava um texto mesmo e uma imagem de um castelo ao fundo. Bem, o importante era a realização do feito, claro! 🙂
namekuseijin[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
haha, vejam o que achei:
http://www.youtube.com/watch?v=nJ79H5w_A14
Sim, a música dos bosses era capaz de levantar defunto. Era exatamente porque havia tantos deles por aí… 🙂
ainda lembro mais dela pela baixo pulsante, mas a guitarra captou bem o espírito…
namekuseijin[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@namekuseijin
Pô, ficou maneiríssimo!
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
É, esse jogo é sua cara mesmo mestre Gagá. Eu tive ele pra Master System, ficava morrendo de medo das músicas e lembro do quão difícil o bichinho era.
De fato, o jogo tinha uma qualidade superior, estranho nunca terem dado atenção a ele.
Stuka[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
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Concerteza o um dos melhores games que ja joguei,ate hoje nao consiguir enjuar desse belissimo game!!!
Jackson-metal Bahia[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Jackson, Kenseiden é mesmo um daqueles games do tipo impossível de se enjoar. Clássico eterno do Master System!
André Breder[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
acabei de zerar essa bagaça que se chama Kenseiden. a parte dos treinamentos com aquelas flechas malditas é osso demais. mas o jogo é bom mesmo. e queria saber de uma coisa: Getsu Fumma den tem um estilo de jogo parecido..quem copiou?
leandro(leon belmont) alves[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@leandro(leon belmont) alves
Valeu pela dica! Assisti o vídeo do Getsu Fumma Den e vou baixar. ;D
GuitarDreamer[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
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