Olá amigos e amigas (alguma mulher visita o blog?) do Gagá Games! Aqui é retrogamer André Breder trazendo até vocês mais uma edição do Recordar é Envelhecer! Hoje vou lembrar de um game de “porrada” que fez sucesso nos arcades, e que teve uma versão lançada também para o NES: trata-se do game Double Dragon, o “avô” ou “pai” do Final Fight e Streets of Rage. Tenham todos uma boa leitura e até a próxima!
Infelizmente… uma versão diferente…
Double Dragon foi lançado originalmente para os arcades no ano de 1987, sendo um absoluto sucesso! No ano seguinte saiu uma conversão do jogo para o NES, que infelizmente, não foi fiel a versão original, tendo algumas mudanças ruins (como a mudança do roteiro do jogo) e outras boas(como a adição de um esquema de níveis, onde o personagem principal vai aprendendo golpes novos ao ganhar experiência). Mas a mais sentida diferença foi, com certeza, a ausência do modo de dois jogadores simultâneos na tela no modo principal do jogo.
Principalmente por causa disso, o roteiro do game foi alterado, colocando o irmão gêmeo de Billy, o igualmente bom de briga Jimmy, como o grande vilão! É isso mesmo que você leu, Jimmy Lee foi rebaixado de herói para um vilão traidor! Quem se lembra do roteiro original de Double Dragon, sabe que nele a namorada de Billy, Marion, é seqüestrada por uma gang chamada “Black Warriors”, e então Billy parte ao resgate da moça, podendo contar com a ajuda do seu irmão, Jimmy.
Já na versão do NES, como não é possível se jogar com Jimmy devido a ausência do modo de dois jogadores na versão normal do jogo, ele foi colocado como o chefão da gang! No final do jogo descobre-se que Jimmy Lee é na verdade o chefe da gang “Black Warriors”, o misterioso “Shadow Boss”, o responsável pelo sequestro da namorada de seu próprio irmão!
Modo de dois jogadores e Modo de níveis
O modo de dois jogadores presente no jogo segue o esquema dos jogos de luta com combates mano a mano entre dois lutadores. Nele pode-se escolher entre alguns dos personagens do jogo(até mesmo o grandalhão Abobo está incluído na lista) e lutar contra o computador ou com outro jogador.
Um detalhe interessante nesta versão é o modo de níveis. O jogador vai acumulando experiência que é ganha com a derrota dos inimigos, podendo assim subir de nível (ganha-se um coração para indicar isso), e consequentemente aprendendo novos golpes.
Sobre o game
Os gráficos são simples, mas muito bonitos. As cores do jogo estão boas e os cenários de fundo são bem detalhados. Os desenhos do personagens ficaram bem legais, assim como a animação dos mesmos.
Os controles estão excelentes! Os comandos funcionam com uma grande precisão e rapidez! Ao chegar no sétimo nível, o personagem poderá executar uma grande variedade de golpes, tais como chute giratório, cabeçada, voadora, gancho, joelhada e cotovelada.
Os efeitos sonoros são simples também, mas cumprem seu papel no jogo. Poderiam ser melhores, claro, mas não chegam a ser desagradáveis. Os sons dos golpes são até gostosos de ouvir, e faz com que você queira socar ou chutar inimigos sem parar!
As músicas são ótimas! Os temas de Double Dragon são todos clássicos! Basta ouvir qualquer uma das músicas do jogo para lembranças da infância voltarem na hora em nossas memórias! Destaque para a música da primeira fase, e para o tema de abertura do jogo, que acabou se tornando clássico na série!
A versão de Double Dragon para o NES é bem difícil, e suas fases são mais complicadas e maiores do que as fases do game original. A fase da floresta, por exemplo, foi esticada, tendo que você encontrar uma passagem secreta para continuar ou então você vai ficar dando voltas na fase até seu tempo esgotar e você morrer! A última fase também existe o mesmo esquema, você tem que achar o caminho certo para continuar de forma correta e assim encontrar o último chefão. Um outro detalhe que ajuda a aumentar a dificuldade do jogo é que os inimigos não ficam atordoados quando são atingidos por golpes mais simples, sendo então capazes de revidar no mesmo instante! Os chefes tem um nível de dificuldade crescente, ou seja, começam fáceis e se tornam bem difíceis no final do jogo.
Conclusão
Apesar dos pesares, a versão de Double Dragon para o NES é boa e garante boas horas de diversão. Na minha opinião seria melhor se ela tivesse se mantido fiel ao roteiro original e tendo o modo de dois jogadores no modo normal de jogo. Pelo menos o segundo jogo da série lançado para o NES retomou o roteiro original, colocando Jimmy Lee novamente como um herói e não como um vilão que tem que roubar a namorada do próprio irmão para conseguir arrumar uma mulher.
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É muito interessante isso do Jimmy ser o vilão, enquanto em nenhum outro jogo ele é. No Battletoads & Double Dragon o Shadow Boss reaparece, mas sem nada a ver com o Jimmy.
Daniel “Talude” Paes Cuter[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
O lance do Jimmy ser o vilão “Shadow Boss” na versão do NES, foi a forma que os produtores tiveram de manter os dois irmãos Lee no game, já que ficaria totalmente sem nexo o título “Double Dragon” se realmente só houvesse a participação do Billy Lee.
Então inventaram essa do Jimmy ser o vilão final. Eu acho que eles poderiam ter feito diferente: mesmo o jogo sendo apenas para um jogador, poderiam ter permitido o jogador escolher com qual dos irmãos Lee ele jogaria, e de quebra poderia fazer cada um ter algumas diferenças (como golpes exclusivos e especificos para cada um). Na história original da série “Shadow Boss” não tem nada a ver com o Jimmy Lee mesmo, deixando a versão do NES como um game com uma “realidade alternativa” dentro da franquia Double Dragon.
André "Caduco" Breder[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Estava pensando qual game teria um parente do principal e me veio na cabeça o Art of Fighting no qual o Mr. ? (Karate) é na verdade Takuma Sakazaki, pai do Ryo, mas como pau-mandado obrigatóriamente
Daniel “Talude” Paes Cuter[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Bela recordação, Caduco. Classicão da porra!
Joguei demais nos arcades (junto com Renegade, outro classicão de porrada, e Moon Patrol) e lembro de ficar também confuso quando peguei a versão de NES pra jogar no meu Milmar (era assim o nome?!) e “Ei, cadê o outro pra fazer o ‘Dragão Duplo’?”. Foi um choque, mas como o jogo é divertido pra cacete, depois nem liguei…
Quando tu falas que essa versão do Nintendinho é mais difícil que a original, tu tá se referindo à do arcade? Olha nego, vou te dizer: Você deve ter jogado no fácil, porque naquela época e ainda hoje no MAME só joguei no difícil e acho bem mais pedreira! É até meio óbvio já que em arcade os caras querem te empobrecer o mais que puderem gastando dinheiro nas fichas…
Cpt.Guapo[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Guapo valeu pela observação. Na verdade eu me expressei mal: o que eu quis dizer é que as fases da versão do NES de Double Dragon são mais complicadas e maiores do que as fases do game original. Com certeza a versão dos Arcades é mais pedreira, ainda mais no nível mais difícil. Mas vou alterar esta informação no meu texto.
André "Caduco" Breder[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
O Jimmy como o chefe final do jogo é uma adaptação da batalha final da versão arcade, quando duas pessoas terminam o jogo.
O primeiro Streets of Rage também tem uma cena semelhante e igualmente inesperada.
Castle Crashers da XBLA também faz isso: antes de salvar as princesas, os jogadores devem lutar entre sí.
Hyper Emerson[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Pode até ser visto desta forma, mas ficou uma adaptação “meia boca” na minha opinião. O legal desta disputa final entre os dois irmãos na versão original do Double Dragon, é por ela ser feita entre dois jogadores, o que infelizmente, não ocorre na versão do NES. E apesar da briguinha entre os dois irmãos para ver quem vai ficar com a Marion no final do primeiro game, eles continuam amigos, já que também lutam lado a lado nos games posteriores da franquia.
André “Caduco” Breder[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
O que o Emerson falou até me ocorreu, só que me pareceu mais uma desculpa esfarrapada para inventarem essa doideira toda… ainda bem que no Double Dragon 2 consertaram a lambança e fizeram um baita jogo.
Orakio “O Gagá” Rob[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Uma coisa é o Jimmy Lee virar para o Billy no final do game e dizer: “Aí irmaozinho, penei pra c@#@%#* pra salvar a gostosa da sua mulher, e vou querer tirar uma casquinha dela também!”; e outra bem diferente é ele ser colocado como o chefão de uma gang. Jimmy pode até ser um cara que possui uma atração sexual pela sua cunhada, mas não é um psicopata que monta uma gang com a única intenção de roubá-la de seu irmão. Os produtores realmente viajaram legal nessa. 🙂
Com certeza! Entre os jogos da franquia Double Dragon que saíram para o NES, o segundo é o meu preferido! E ainda bem que com ele retornaram ao roteiro original da série.
André “Caduco” Breder[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Tenho uma opinião oposta a de vocês quanto às mudanças drásticas no jogo incluindo o roteiro (talvez minha opinião fosse diferente se eu tivesse um Nintendinho com Double Dragon na época, já que meus irmãos compraram um Master com esse jogo), pois tenho um apreço especial em relação às (boas) adaptações de jogos de NES que não são meros ports como Gauntlet (anos-luz melhor do que o mero port do Master), Mighty Final Fight e Punch-Out!! .
Não cheguei a zerar a versão do NES do Double Dragon, não faz muitos anos que a joguei no emulador e ela me surpreendeu bastante. Talvez o maior defeito seja não jogar de dois mesmo, mas na época não sabia do fato.
Quando você diz que no Double Dragon II: The Revenge do NES eles retomam o roteiro original da série, você se refere meramente ao fato de Jimmy ser novamente herói, não? Pois a versão do NES é bem diferente da de arcade, esta é mais do mesmo do primeiro jogo enquanto aquela tem mais fases, chefão final diferente e até fim diferente. E a versão do NES é notável, pois lançaram uma trilha sonora do jogo e depois refizeram-no para PC Engine-CD. Recomendo que joguem o remake, é muito bom!
Como não podia faltar, um vídeo comparativo entre as versão de Master (que tem suporte à unidade FM) e NES. O vídeo é bom, apesar da vozinha irritante:
http://www.youtube.com/watch?v=np4EABbttZE
E até hoje não entendo porque nas versões da Nintendo o Billy tem cabelo castanho e o Jimmy é loiro :S .
ANTIDEUS[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Se o Double Dragon de NES tivesse a opção de dois jogadores, esta versão seria, na minha opinião, a melhor lançada do jogo. É uma pena que isso só foi ocorrer no segundo jogo.
É isso mesmo. De acordo com a trama de Double Dragon II do NES, Jimmy Lee jamais foi um vilão no passado. Ele sempre foi um herói ao lado do seu irmão, que unidos em prol da justiça sempre desafiaram as gangs e malfeitores que infestavam as ruas de Nova Iorque… com isso passaram a ser conhecidos como os “Double Dragons”.
André "Caduco" Breder[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Só pra constar: pelo menos uma mulher frequenta o blog…. EU!
Double Dragon é figurinha carimbada na minha lista de boas recordações
Quanto às mudanças no roteiro do NES, nunca liguei pq qdo ouço a musiquinha da apresentação da vontade de distribuir socos, seja em quem for! rsrsrsrs
Cris[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Acho legal o fato das fases serem mais longas nesta versão
9volt[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Realmente o Double Dragon do NES é um game divertido, mas o legal de um bom beat n´up é a possibilidade de se jogar em dupla, por isso prefiro muito mais o Double Dragon II.
Eu também acho isso, foi uma ideia bem sacada essa de alongar as fases.
André "Caduco" Breder[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Double Dragon é animal, curto toda a franquia, o acredito que o mais fraco era aquele de luta achu qe era o IV, para mim o fato de Jimmy ser o vilão nesse não afetou muito, agora a falta do 2 players, quebrou um pouco. mas ta valendo 😀
Excelente post vei 😉
Cyber Woo[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
O Double Dragon de luta que você está se referindo na verdade é o Double Dragon V: The Shadow Falls. O Double Dragon IV, apesar de ser um game que eu não curto, ainda se manteve dentro do padrão dos games anteriores, sendo composto de fases.
Valeu!
André "Caduco" Breder[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Double Dragon é um barato, mas só joguei as versões lançadas para consoles da Sega. Mas valeram a jogatina a cada momento. Inclusive, peguei esses dias para jogar com um amigo meu via rede a versão de Master System que me parece ter cores um pouco melhores que essa e a possibildiade de se jogar com duas pessoas. Só uma pena que não tenham alongado as fases como no NES.
O Senil[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Nossa, bateu uma saudade de jogar Double Dragon com meu irmão, era briga no game e na vida real, meu irmão é cheio de sacanear -_-”
È esse mesmo Caduco, Dragon V: The Shadow Falls, não chega a ser ruim, mas foi o mais fraco na minha humilde opinião, quanto aos demais,gostei muito dos outros, lembro tbm que me acabava com Double Dragon do ARCADE.
Mas nada bate os da epoca do nes *_*
Pancadaria na cabeça 😛
Cyber Woo[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Vixe, bateu uma vontade de jogar Double Dragon II no NES…
Vectorman[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Taí um jogo que nunca gostei. Double Dragon do NES era brochante, além do roteiro e da falta de modo de 2players, o fato dele ter muitos elementos de plataforma. Argh! Ainda bem que a DD2 consertaram a maioria das falhas. Versão do Master System dá de 10 a 0. E a do Mega Drive nem se fala, praticamente idêntico ao arcade, merece até analise aqui no Gagá.
Dr_Venom[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
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já tou jogando^^. esse negógio era divertido demais rapá, já tou zerando aqui.
leandro(leon belmont) alves[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Eu tenho as versões do NES e do Master… Não acho a versão do NES ruim, pelo contrário: acho muito boa. A do Master o som é fraquinho demais, apesar de ser mais fiel ao original do arcade. As músicas lembram meio de longe as originais. A Sega e a Technos poderiam ter feito um trabalho melhor para o Master, que era um console mais moderno do que o NES.
Rogerio Hayama[Citar este comentário] [Responder a este comentário]