Olá amigos leitores do Gagá Games! Aqui é o retrogamer André Breder trazendo para vocês mais uma edição do Recordar é envelhecer! Desta vez irei recordar um game de corrida futurístico que fez um sucesso enorme na época em que saudoso Super NES dava seus primeiros passos: trata-se do mega-clássico F-Zero. Espero que gostem do texto! Boa leitura e até a próxima!
No futuro as corridas serão bem mais velozes…
Lançado em 1991, logo no início de vida do Super NES, o jogo de corrida F-Zero logo se tornaria um dos games mais populares do console de 16 bits da Nintendo.
O grande diferencial de F-Zero em relação aos outros jogos de seu gênero, era que o mesmo era ambientado em um futuro distante, onde os carros de corridas não usam pneus, pois literalmente voam na pista, chegando a atingir velocidades incríveis de mais de 400 km/h! Com certeza a Fórmula 1 na época em que se passa F-Zero não existe mais, pois já não teria a menor graça.
Escolha seu carro!
Em F-Zero o jogador pode escolher entre 4 tipos de carros: Blue Falcon, Golden Fox, Wild Goose e Fire Stingray. Cada um deles possui suas características, seus prós e contras. O carro Fire Stingray, por exemplo, é o que consegue atingir a maior velocidade e é também o que possui maior resistência a batidas, pois seu nível de poder é o maior entre os 4 carros do jogo, mas em compensação ele também é o mais pesado, e portanto o mais complicado para se fazer as curvas. O ideal é o jogador antes testar cada um dos carros disponíveis, para ver qual deles se encaixa melhor na sua maneira de jogar.
Teste os carros no modo “Practice”!
Se um jogador é novato em F-Zero, o ideal é começar conhecendo o jogo pelo modo Practice, onde ele poderá testar cada um dos carros do jogo, e ir também se acostumando com o traçado de 7 pistas diferentes, que podem ser escolhidas livremente pelo jogador.
Neste modo pode escolher até mesmo jogar em uma pista sozinho, para assim conhecê-la com mais tranquilidade, sem ter que ficar se preocupando com um carro rival.
Três ligas diferentes!
Após o jogador descobrir qual dos carros ele julga como sendo o melhor, e já estar totalmente por dentro dos controles e comandos do jogo, será a hora dele partir com tudo para as corridas de verdade! No modo Grand Prix ele poderá escolher livremente entre 3 ligas: Knight League, Queen League e King League.
Mesmo o jogo dando essa liberdade para o jogador o mesmo deve ter em mente que as três seguem um nível de dificuldade crescente, sendo a Knight League a que possui as pistas mais fáceis e a King League as mais difíceis.
Em ambas as ligas são 5 pistas para correr, sendo que em todas elas a primeira sempre será uma versão diferente da pista Mute City.
O poder dos carros!
Carros hyper-velozes como os de F-Zero não poderiam ter como combustível algo ineficaz como a nossa gasolina. Aqui a energia que faz os carros voarem nas pistas é chamado simplesmente de poder (power), e ao contrário da gasolina não vai se esgotando a medida que vai sendo usado.
O poder de cada carro é realmente infinito quanto ao uso dele para unicamente fazer com que o carro funcione, mas o mesmo vai sendo diminuído a medida que o jogador choca-se com os outros carros, e também com as laterais e obtáculos que as pistas possuem.
Durante as corridas será visível no alto da tela uma barra de energia com a palavra “Power” na frente. Esta é a barra que indica quanto poder o carro possui. Se a barra de poder chegar a zero, o carro explodirá, fazendo então que a corrida termine mais cedo e de uma forma nada agradável para o jogador.
Para recuperar a energia perdida, toda pista possui uma área de reabastecimento, onde basta o jogador manter seu carro sobre ela para fazer vir dos céus uma espécie de espaçonave que recarrega a barra de poder aos poucos.
Gráficos
Os gráficos de F-Zero são simples mas muito bonitos! Cada pista possui seus detalhes a serem observados por quem joga, e cada uma delas se passa em um tipo de área diferente, fazendo com que os cenários não sejam cansativos. O design dos carros ficou bem legal, sendo que eles mais se parecem com naves espaciais do que meros carros de corrida. Se o futuro reservar para a humanidade carros tão estilosos como os de F-Zero, isso era algo que eu gostaria de ver, pena que eu acredito que não irei viver tanto quanto uma Dercy Gonçalves por exemplo. As cores do jogo foram muito bem usadas, principalmente em relação as pistas, que ficaram bem diferentes uma das outras principalmente pelo uso inteligente deste fator.
Efeitos e Trilha Sonora
Os efeitos sonoros são excelentes, e bem gostosos de se ouvir! O barulho do motor do carro, por exemplo, é contagiante, podendo fazer o jogador querer acelerar sem parar e esquecer de freiar nas curvas! Tudo foi feito com o devido cuidado, sendo que não há um só efeito que pode ser considerado como ruim. Mérito da equipe que cuidou da parte sonora do jogo, e que conseguiu com maestria e bom gosto, criar sons bacanas e bem originais, pois grande parte deles não existem em nossa realidade! Fazer efeitos sonoros para um jogo de Fórmula 1, por exemplo, é bem mais fácil, pois bastar pegar os sons característicos deste tipo de corrida e colocá-los no jogo. Agora ter que bolar efeitos futurísticos e deixá-los agradáveis para quem os ouve, realmente não é uma tarefa das mais fáceis, e isso a equipe de F-Zero conseguiu fazer muito bem!
As músicas que compõem a trilha sonora de F-Zero são muito boas, cada qual passando um determinado clima para o jogador, sendo que a maioria são bem empolgantes. Mas dentre todas, uma música realmente conseguiu se destacar: trata-se do tema da pista de Mute City, uma música realmente grudenta, e que muitos jogadores até hoje não conseguem esquecer sua melodia! Basta fazer alguma referência ao nome F-Zero para que imediatamente este tema venha a mente, algo realmente incrível! O tema deu tanto certo, que já apareceu em outros jogos posteriores da franquia, e de forma merecida, pois trata-se de uma música realmente empolgante, bacana e inesquecível!
Jogabilidade
A jogabilidade é simples, com comandos básicos que são encontrados em qualquer game do gênero, como acelerar, freiar, usar o turbo, etc. Nada complicado para aqueles que curtem um bom jogo de corrida. Até mesmo os botões R e L tem funções no jogo, sendo que eles são bem úteis para ajudar a fazer as curvas com mais precisão ou então tentar fechar um adversário que está a ponto de ultrapassá-lo. Não há do que reclamar dos controles do jogo, pois são realmente muito bons.
Dificuldade
A dificuldade do jogo varia de acordo com a liga escolhida pelo jogador, e também de acordo com nível (class) que ele determina antes de começar a correr, sendo que existem três: beginner, standard e expert. Ou seja, o nível de dificuldade do jogo pode ser alterado e adequado pelo jogador de várias maneiras. Mas mesmo no modo mais fácil o jogo não é moleza, exigindo uma boa habilidade do jogador com os controles e também um bom conhecimento do traçado das pistas, mas nada que a prática não resolva. A Nintendo foi feliz em permitir que o jogo tenha até três níveis de dificuldade, pois isso acabou fazendo o mesmo mais “durável”. Jogadores mais habilidosos, que bateram todos os recordes nos modos beginner e standard, teriam um grande desafio pela frente no modo expert.
Conclusão
F-Zero foi sucesso praticamente absoluto entre os donos de um Super NES na época em que foi lançado! E por causa de todo esse sucesso, não era preciso nem ser vidente para adivinhar que posteriormente seriam lançados diversos jogos trazendo o universo de F-Zero para os mais variados consoles da Nintendo. Nascia assim mais uma bela franquia, mas cujo primeiro jogo ficaria marcado para sempre na memória daqueles que até hojem não conseguem esquecer o clássico tema de Mute City.
Cara, eu aaaaaaaaaaamo F-Zero. Joguei incessantemente no meu saudoso SuperNES. Até hoje eu sinto que a Nintendo podia ter investido mais na franquia. Sei que há versões mais recentes, mas acho que o jogo merecia algo grandioso, tratamento cinco estrelas.
Você citou a música da Mute City (pista em que a rapaziada duelava insanamente pelo melhor tempo), mas eu curtia mesmo a música da pista Big Blue. Aliás, a turma do 8-bit Instrumental tem uma versão fabulosa para os temas de F-Zero:
http://www.8bitinstrumental.com/?page_id=153
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Orakio Rob, “O Gagá”
A música da pista Big Blue também é MARA, como diria o seu Ladir. Mas como a pista Mute City é a inicial de todas as três ligas do jogo (Knight League, Queen League e King League), fica difícl não esquecer seu tema musical.
É incrível… basta eu ver uma screenshot de F-Zero ou mesmo pensar no jogo para no mesmo instante me lembrar do tema de Mute City… acho que a Nintendo fez “macumba” ou algo do tipo para que este tema fosse tão inesquecível… hehehehehe…
André “Caduco” Breder[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Muito bom o texto. Eu concordo com tudo o que foi dito. Confesso a você que quando joguei F-Zero a primeira vez eu não gostei muito – afinal de contas o que um muleque de 5 anos conhece de games pra saber o que é bom e o que é ruim?
Depois de um tempinho eu ganhei o cartucho do meu irmão e, na época com meus 10 anos mais ou menos, achei que o jogo na realidade era fantástico.
Hoje com meus 20 anos eu sei a importância desse jogo não só para o SNES, mas também para a indústria em geral – foi o primeiro jogo da história a criar um ambiente pseudo-3D, contribuindo para jogos subsequentes que vieram em 3D, como o Starfox por exemplo.
Excelente!
Sérgio[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Acho que não houve um jogo que marcou tanto a minha vida de jogador quanto F-Zero. Sempre sonhei com um futuro como o de F-Zero. Modéstia á parte, ninguém me vencia quando eu era muleque, mas agora com o “peso da idade”, acho que meus reflexos ficaram um pouco lentos, mas dá pro gasto. Vale lembrar que há outra classe além das três mencionadas: a Master, que pode ser desabilitada zerando o jogo na dificuldade Expert. A classe Master só é desabilitada para a liga na qual a classe Expert foi zerada. Zerando a classe Master, um “adendo” ao final do jogo mostra o carro correndo numa visão aérea e um agradecimento especial vindo do piloto do seu carro, mas é bem difícil conseguir essa proeza!!!
P.S. Os Neskimos também fizeram uma versão bem bacana da Decide in the Eyes (música da Big Blue) http://www.soundclick.com/bands/default.cfm?bandID=91259
P.S.S. Não é preciso esperar tanto tempo pra Fórmula Um perder a graça. Ela já não tem mais graça hoje… 🙂
Rkwgf[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Não conhecia a versão dos Neskimos, valeu pelo link.
Orakio Rob, “O Gagá”[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
@Rkwgf
Valeu cara pelas informações extras sobre o F-Zero! Eu nem sonhava que existia uma classe Master no jogo, pois confesso que jogos de corrida não são mesmo o meu forte e apesar de curtir F-Zero nunca consegui jogá-lo em uma dificuldade alta.
Os americanos do NESkimos sempre mandam bem! É uma puta banda, pena que estão um pouco parados hoje em dia e já faz um tempo que não gravam nada de novo.
E sobre a F-1, bem sou suspeito pra falar algo sobre ela pois é um dos meus esportes preferidos para assistir na TV… mas mesmo assim vou defendê-la: após a era Schumacher as coisas por lá melhoram muito na minha opinião, com os dois últimos campeonatos sendo disputados até a última corrida e com os campeões ficando apenas com um ponto de vantagem sobre o segundo colocado! Tá bem mais equilibrada e divertida de assisitir, ainda mais este ano onde equipe consideradas “fracas” como Braw GP, Toyata e RBR, por exemplo, ficando bem colocadas nas corridas, na frente de equipes consideradas “fortes” como Ferrari e Mclaren. Tudo bem que F-1 realmente empolgante como nos anos 80 e 90 nunca mais, mas ainda estou me divertindo muito assistindo corridas.
André “Caduco” Breder[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
Valeu galera! A classe Master é quase impossível de ser batida, sem noção!!! Tem que dar muito toquinho na traseira dos outros carros pra conseguir ultrapassar.
@André “Caduco” Breder
Confesso que não acompanho a F1 desde a era Schumacher, mas esse “estigma” tem me acompanhado desde então, e assisti a poquíssimas corridas. O esporte sem competitividade não passa de um carrossel. Então migrei para outras categorias, e atualmente sou muito fã da NASCAR Sprint Cup. Mas como aqui não é lugar para discutir isso, não vou estender muito o assunto, mas fica a dica ai: apesar de parecer um pouco chata no começo, da pra perceber que a competitividade e´muito alta, já que os carros são basicamente os mesmos. Mas vou dar mais uma chance para a F1 então.
Rkwgf[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
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thanks for this tips
sicolesEO[Citar este comentário] [Responder a este comentário]
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