Como vão amigos do Gagá Games, tudo tranquilo? Espero que todos estejam bem! É chegada a hora de mais uma edição do Recordar é envelhecer, coluna onde eu, o retrogamer André Breder relembra alguns games clássicos. O jogo que recordo hoje é um dos meus preferidos do velho Master System: trata-se do clone de Castlevania chamado Master of Darkness. Tenham todos uma boa leitura e até a próxima!

Sim! Nós também temos Castlevania… ou quase…

A série Castlevania da Konami nunca foi exclusividade de nenhuma fabricante de consoles, mas curiosamente demorou bastante tempo para que um console da SEGA tivesse um jogo da série, pois somente em 1994 isso aconteceu, com o lançamento de Castlevania Bloodlines para o Mega Drive. Antes disso a série já havia figurado em vários consoles, sendo que a maioria deles eram de propriedade da Nintendo, a grande grande rival da SEGA na época.

Enquanto o NES tinha três jogos ótimos da série, o Master System ficava a ver navios. Mas foi então que um grupo de programadores dentro da SEGA revolveu fazer seu próprio “Castlevania” para o console de 8 bits da empresa, lançando em 1992 para o Master System um dos melhores “clones” já vistos de um jogo da famosa série vampiresca da Konami: Master of Darkness.

Este jogo para muitos, pode até ser considerado uma cópia sem vergonha da série Castlevania, mas os donos do ótimo console Master System enfim puderam ter, mesmo que não de forma oficial, um jogo que para ser mais “Castlevania” do que era, só faltou ser feito pela própria Konami!

História

Estamos em Londres, no ano de 1892, e muitas mulheres tem sido misteriosamente mortas durante a noite, e seus corpos são encontrados pela manhã sem nenhuma gota de sangue. Um investigador do paranormal, um jovem psicológo chamado Ferdinand Social, usa sua “Ouija Board” para entrar em contato com bons espíritos, para que assim possa saber quem está por trás de tantas mortes.

Os espíritos avisam que ele deve ir para as proximidades do Rio Thames, justamente o local onde tem ocorridos os assassinatos, mas que deverá ter cuidado, pois é um vampiro, uma terrível criatura das Trevas, que está por trás de tanta crueldade. E para infelicidade de Dr. Social, ele também é avisado que outras forças malignas, juntamente com o assassino do Rio Thames, pretendem trazer de volta a este mundo o vampiro mais poderoso que já existiu: Dracula!

Master of Darkness traz várias cut-scenes durante a passagem de um estágio para outro, que servem para ir contando aos poucos a história do jogo, algo que realmente ficou muito bem sacado! Desta forma o jogador sabe exatamente onde Dr.Social está indo e os motivos para isso, já que ao contrário do que ocorre nos principais jogos da série Castlevania, a aventura em Master of Darkness rola em vários lugares diferentes e bem distintos, e não somente em um castelo sujo e velho. Os estágios do jogo são divididos em três partes, sendo que somente o último e quinto estágio é diferente neste ponto, tendo apenas uma única parte. E para se assemelhar de vez com a série da Konami, o último estágio ocorre justamente no Castelo de Dracula na Transylvania, que em Master of Darkness é um pequeno labirinto.

Personagens reais e fictícios estão no jogo!

A série Castlevania ficou marcada, principalmente em seus primeiros jogos, por trazer como chefes de fases seres clássicos dos filmes antigos de Terror, tais como a asquerosa Múmia ou o tenebroso monstro Frankstein. Master of Darkness pelo menos neste ponto não resolveu copiar a série da Konami, trazendo como chefes personagens bem originais, mas que também são mundialmente conhecidos, seja por meio de livros ou filmes, ou até mesmo por fatos ocorridos na história da humanidade.

Entre os personagens que realmente existiram, está a figura de Jack, o estripador, que é o primeiro chefe do jogo. Há também uma garota com poderes para-normais, que supostamente foi baseada na personagem Carrie, a estranha, que é uma criação do famosíssimo escritor Stephen King.

Gráficos e Sonoridade:

Os gráficos de Master of Darkness seguem os padrões dos jogos da série Castlevania, ou seja, são muito bem trabalhados fazendo com que o jogo possua cenários de fundo cheios de detalhes interessantes, e bem variados: o jogador encontra pela frente desde locais horripilantes como casas mal-assombradas até cemitérios cheios de esqueletos e outros seres das trevas.

O design do personagem principal, bem como dos demais “seres” encontrados no jogo, ficou muito bem feito, e a animação dos mesmos está na medida certa. Em algumas partes de Master of Darkness haverá até nuvens ou árvores que se mexem, dando mais vida ao jogo.

Os efeitos sonoros são bem simples, mas todos cumprem bem o seu papel no jogo. Não há nada de espetácular, mas também nada que seja motivo para reclamações. A Trilha Sonora… é ótima! As músicas são realmente excelentes e fazem com que o jogador entre no clima sombrio do jogo de maneira perfeita! Até parece que foi o pessoal da própria Konami que ficou responsável pela criação dos temas musicais de Master of Darkness, tamanha são as suas qualidades! Destaque para o tema do primeiro estágio, que é muito bom e cuja melodia “mórbida” e “misteriosa” acaba grudando em sua mente de tal forma que chega a ser difícil de esquecê-la, mesmo que você fique um bom tempo sem ter contato com o jogo.

Jogabilidade e Dificuldade

A jogabilidade é muito boa. Todos os comandos e ações de Dr. Social podem ser feitos de maneira rápida e precisa. O jovem investigador ao invés de um chicote prefere usar diversos tipos de armas brancas como facas, espadas e machados, para seus ataques principais.

Enquanto a faca é a mais fraca das armas, o Machado é a mais forte. Dr. Social também pode fazer uso de armas secundárias, que são, assim com as armas principais, recolhidas durante o jogo, e vão desde uma pistola até estacas afiadas para furar algum vampiro com precisão. Entre os comandos básicos de Dr. Social, o mesmo pode andar, pular, agachar e até mesmo andar agachado.

Em relação ao grau de dificuldade, Master of Darkness procurou se diferenciar dos jogos da série Castlevania, pois ele possui uma dificuldade muito baixa. Os estágios do jogo vão ficando cada vez mais complicados a medida que se avança no jogo, mas os produtores de Master of Darkness resolveram facilitar as coisas, colocando frascos que restauram sua energia em uma quantidade até mesmo desnecessária durante as fases, o que acabou deixando tudo muito mais fácil do que deveria ser.

Até mesmo nas “cabeças flutuantes”, que são de onde se consegue os itens e armas do jogo, é possível encontrar um “salvador” frasco que restaura a energia de Dr. Social. Há também vários frascos escondidos em blocos que podem ser quebrados, mas eles são muito fáceis de se encontrar.

Os chefes são todos muito fáceis, bastando o jogador decorar a forma de ataque de cada um para poder vencer sem maiores problemas. Até mesmo o vampiro Dracula está fácil de ser derrotado, algo que pode até mesmo desapontar jogadores mais experientes que esperavam por um grande duelo contra o Senhor das Trevas neste jogo.

Conclusão

Como sou fanático pelos jogos da série Castlevania e Master of Darkness conseguiu ser uma “cópia” muito bem feita, não é preciso ser adivinho para deduzir que eu gosto muito deste jogo! Lembro que na época em que eu possuía um Master System, Master of Darkness foi um dos jogos que mais aluguei para o console!

Só não comprei um cartucho do mesmo porque não tinha dinheiro na época, pois eu realmente me divirtia muito com o jogo, que mesmo sendo fácil, não se tornava enjoativo para mim. Hoje graças a emulação posso jogá-lo quando eu bem pretender, e pode ter certeza que ele continua me divertindo muito!

Pra resumir: Master of Darkness é um dos meus jogos preferidos do Master System! Se você curte jogos de ação no estilo Castlevania, pode ter certeza que também vai gostar muito deste jogo!

Recordar é envelhecer: Master of Darkness (Master System)

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