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Todo mundo está careca de saber que no final de semana passado ocorreu o Rio Game Show. E todo mundo sabe que esta cobertura sobre o evento está com uma semana de atraso. Mas e daí? Nosso blog é sobre notícias velhas, não é mesmo?

Eu, infelizmente, não pude ir. Estava ocupado no sábado, e domingo foi aniversário da minha mãe (pensei em convidá-la para comemorar o aniversário em pleno evento, mas minha esposa achou que a ideia não era boa). Mas o Gagá Games tem correspondentes até na Tailândia, e meus amigos Late Mr. Douglas, Mestre Ryu e Roberto Tailor enviaram suas impressões, que vou sintetizar aqui.

O Douglas apresenta o evento para nós:

Olá velhos senhores! Meu nome é Late Mr.Douglas e fui enviado para cobrir a feira Rio Game Show. Se você estava perdido na selva e não viu a matéria no Gagá Games, a Rio Game Show é uma feira de games e foi intitulada A maior feira de games do Brasil.

O evento foi realizado nos dias 28 e 29 novembro no Centro de Convenções SulAmérica, que fica localizado no centro do Rio de Janeiro. A edição anterior, realizada em junho de 2009, foi no Clube Canto do Rio, em Niterói. Segundo alguns relatos, essa primeira edição deixou a desejar em vários aspectos.

Na foto do Douglas, a gente nota que as coisas melhoraram MUITO em relação à primeira edição do RGS.
Na foto do Douglas, a gente nota que as coisas melhoraram MUITO em relação à primeira edição do RGS.

Como vocês devem se lembrar, a primeira edição do RGS se passou em um espaço pequeno demais. Era difícil se locomover pelo local, impossível ouvir as palestras e quente para diabo. Felizmente, o novo local escolhido para o evento (Centro de Convenções Sul América, no centro do Rio) mostrou-se bem mais adequado, e como contou meu amigo Roberto F. Tailor, “logo na entrada do evento o prometido ar-condicionado já dá as caras.” O amigo Mestre Ryu foi além, dizendo que o evento estava bem melhor “tanto em matéria de espaço (apesar de apenas 1 andar para aproveitar as atrações, com exceção da sala especial de palestra) como em matéria de organização. Estandes caprichados; lindas e simpáticas modelos, circulando e entregando brindes e nenhum tumulto – a não ser alguns (err..) organizadores da equipe Seven furando fila em máquinas de fliperama (Street Fighter II, inclusive)”.

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Concurso de cosplay: "apareceram poucos mas bons cosplayers", segundo Roberto Tailor. A foto também é dele.

Arcade de Street Fighter II? É, e não foi a única velharia em arcades que o evento apresentou não. Conta o Douglas:

Resolvi dar uma volta pela feira e conhecer outras (velhas) novidades e fui até área chamada “Arena Arcade”. Lá era possível jogar livremente alguns clássicos como Street Fighter 2, Cruis’n USA, aquelas-máquinas-de-dança-que-não-sei-o-nome e outras. Nada chamou minha atenção, com exceção de duas máquinas de pinball clássicas, Revenge from Mars e Medieval Madness. Sempre adorei pinball e essas máquinas são demais! Extremamente divertidas, fabricadas com material de primeira e bastante caras! Dá vontade pegar um empréstimo no banco e colocar uma dessas belezinhas na sala de casa!

Notem a expressão de felicidade desta jovem donzela que teve o privilégio de fazer massagem em um de nosso gagás durante o RGS.
Notem a expressão de felicidade da jovem donzela que teve o prazer de fazer massagem em um de nosso gagás no RGS.

Vai com calma, Douglas, eu sei que você está noivo… primeiro você casa, e só depois começa a dizer essas coisas que assustam as esposas! O interessante é que embora o evento tenha muitas coisas modernas, os organizadores claramente valorizam o público da antiga… até autorama tinha:

Logo depois, fui ver “O Maior autorama do Brasil”. Uau, deve ser o máximo! Que criança nunca sonhou em ter uma pista dessas em casa e ficar o dia inteiro brincando com os fantásticos carrinhos? É, acho que fiquei bem velho, porque achei o autorama muito chato! Não que a pista gigante não fosse interessante, mas os carros ficavam rodando, rodando, rodando… Depois de 2 minutos, pensei: será que não acontece mais nada? Depois de mais 2 minutos, vi que não e resolvi ir para a próxima atração.

Esse Douglas é uma peça mesmo… o que você esperava de um autorama? Explosões aleatórias pelo meio da pista? Chefes de fase? O Sephiroth aparecendo na última volta? 🙂

Ao contrário do que aconteceu no primeiro RGS, parece que desta vez foi possível entender alguma coisa das palestras, já que o Roberto disse que “a palestra da Level Up! Foi muito descontraída e teve uma farta distribuição de cash através de pequenas perguntas. Chicletes temáticos também foram liberados.” Chicletes temáticos? Tipo, seria legal um chiclete de cereja do Alex Kidd, não seria? Não temos fotos dos chicletes, mas sim da sala de palestras, e dá para notar que a coisa evoluiu muito em relação à primeira edição:

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Aleluia, sala especial para as palestras! No primeiro evento não dava para entender NADA. Foto do Roberto Tailor.

Mas vamos aos assuntos de interesse do público velhaco. Tinha muita novidade na feira, mas a gente que saber mesmo é de velharias! Como conta o Douglas:

O Pioneer Laser Active
O Pioneer Laser Active

Antes de me render aos apelos da nova geração, resolvi olhar mais atentamente em volta e minha atenção foi imediatamente tragada pela exposição chamada “A história do videogames”. Vários videogames clássicos estavam enfileirados e prontos para serem jogados! Em êxtase, percebi que lá estavam: Telejogo, Virtual Boy (infelizmente, desligado), Atari 2600, Phantom System, Master System, Saturn, Nintendo 64, entre outros. Fiquei bastante tempo tirando fotos e apreciando alguns jogos, entre eles o Sonic do Pioneer LaserActive Sega Mega-CD.

A exposição também ocorreu na primeira edição do evento, quando havia poucos consoles ligados às TVs de LCD. Felizmente, como conta o Roberto, parece que o problema foi resolvido nesta segunda edição: “Encontrei todos os consoles ligados a tvs de LCD (ou plasma, whatever), do telejogo ao X360.” Eu acho que todos deve ser força de expressão, mas a julgar pelas fotos que ele me mandou, parece que tinha MUITA coisa ligada mesmo. Só isso, por mim, já valia ter ido ao evento.

Olhem só o Robertão jogando 3DO, que inveja... valeu pela foto, Roberto!
Olhem só o Robertão jogando 3DO, que inveja... valeu pela foto, Roberto!

O grande momento foi mesmo a conferência com Ralph Baer, o criador do Odyssey e, para alguns, o pai dos videogames. “A procura pela conferência foi tanta que os organizadores decidiram não distribuir credenciais como nas outras conferências e abrir a sala para todos os interessados”, conta o Douglas. “Foi muito legal ver tantas pessoas interessadas num dos precursores da indústria atual de videogames, até porque nossa sociedade costuma esquecer rapidamente das pessoas, por mais importante que elas sejam.” Sobre a conferência, Mestre Ryu conta que “o público parecia bastante apreensivo, resultando em pouco desenvolvimento nas perguntas, muitas já eram conhecidas, levando a um tempo curto, apenas 40 minutos aproximados, quando o programado era 1 hora de duração”. Raios, e eu aqui, cheio de perguntas legais para fazer ao homem. Mas parece que ocorreram alguns problemas na organização: “o problema mais grave da palestra é que o tradutor presente não traduzia nada das respostas de Ralph Baer, ficando difícil de acompanhar.”

Holy shit! Ralph Baer! Velho, eu tinha um odyssey! Minha dá um autógrafo, eu tenho todos os seus discos!
Holy shit! Ralph Baer! Velho, eu tinha um odyssey! Minha dá um autógrafo, eu tenho todos os seus discos!

Embora sem novidades, a conferência foi interessante para a turma que não conhecia a história do homem. Como conta o Douglas:

Como está aposentado, o sr. Baer não tem mais contato com a indústria dos jogos e disse que só joga quando vai à casa do neto, que insiste para que joguem uma partida no Nintendo Wii. Sobre a criação do Odyssey, contou que foi difícil que sua idéia fosse aceita e que levou 3 anos para encontrar alguma empresa interessada. No caso, a Magnavox, fabricante de televisores. Além dessas, ele respondeu as mais variadas perguntas e até teve que ouvir um “I love videogames” deu um fã mais exaltado (e sem noção também!), mas em todas as situações foi solícito e simpático. No final da conferência, foi muito aplaudido pelo público presente e pude perceber que todos estavam felizes em compartilhar aqueles momentos com um senhor muito inteligente, simpático e, acima de tudo, com um bom coração.

Cáspita! Eu quero um desses!
Cáspita! Eu quero um desses! Valeu pela foto, Roberto!

Quem não compareceu ao evento pode assistir à conferência pelo Youtube.

Obviamente o evento também teve muitas coisas destinadas ao público moderno, como um palco onde a rapaziada subia para “arrepiar” em Beatles Rock Band. Mas imagino a dor de meu amigo Douglas, que relatou: “Foi duro escutar ‘Don’t Let Me Down’ sendo ‘cantada’ pelos candidatos a Beatles.” Pensando bem, o aniversário da minha mãe não foi tão ruim assim 🙂

Resumindo suas impressões sobre o evento, disse o Douglas:

Resumindo as impressões sobre a feira, achei tudo muito bem organizado e, apesar de algumas falhas, como falta de informações no site sobre os campeonatos, falta de informações sobre os videogames presentes na exposição “A história do videogames”, falta de um local melhor para alimentação, os acertos foram bem maiores que os erros. Havia atrações para todos os gostos e não era necessário gastar dinheiro com quase nada além do ingresso. Fui para casa satisfeito por ter passado um dia feliz na feira e, com certeza, estarei presente na edição de 2010. E espero que todos estejam por lá!

Obrigado ao Douglas, ao Mestre Ryu e ao Roberto Tailor pelas impressões e pelas fotos! Se em 2010 o RGS não cair no aniversário da minha mãe (ou do meu pai), juro que estarei lá!

Rio Game Show: relato sobre as velharias
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