Um fato que certamente faz parte de nossa história de jogadores de videogame é que passamos, em algum momento, a precisar saber inglês. Em jogos de Atari isso era desnecessário. Em muitos outros de aventura ou ação, menos ainda. Por mais que alugasse Burning Force e Rolling Thunder II, nunca precisei saber inglês para jogá-los e avançar bastante.
Academia Gamer: Mundos linguísticos
“Para quem quer fazer exercícios de reflexão”
Olá crianças!
Certamente devem ter notado que o tema “mundo” é recorrente em meus posts. Isso se dá porque é um problema essencial à fenomenologia; e só o é porque é igualmente primordial às questões humanas. Nada pode ser pensado fora deste mundo que contém todos os mundos e regiões possíveis.
Merleau-Ponty, em uma de suas obras, afirma que cada um de nós nasce em determinado mundo linguístico. Isso vai além de simplesmente pensarmos que estamos desde sempre dentro de um espaço delimitado geograficamente em que determinado idioma (ou idiomas, se for o caso) é o oficial. As palavras em qualquer idioma são carregadas de sentidos que foram se somando e modificando com o passar das eras. E vemos o mundo neste prisma (e não sob ele).
Claro que não estou levando em conta aqui as considerações de C. S. Lewis sobre a “morte das palavras”, mas isso eu deixo para um outro post.