Uma das disciplinas que eu leciono tem o nome de “Psicologia, Arte e Processos Criativos” e, nessa parte final do semestre, o foco tem sido na experiência mesma dos espectadores diante de uma obra de arte. Na última aula, eu propus aos alunos que apresentaria a eles uma obra qualquer e que, a partir dela, buscaria falar sobre o sentido dela e o que ela comunicava.
“Mas o que isso tem a ver conosco?”, vocês podem se perguntar.
Muito simples. A obra que escolhi, como podem ver abaixo, é uma música que, por acaso, faz parte da trilha sonora de um game belíssimo: Wild Arms para PSX. Eu digo “por acaso” porque anos antes de ter acesso a esse jogo e à sua trilha sonora eu já a havia ouvido. Ou seja, primeiro ela se mostrou como uma música “comum” dissociada da relação com acontecimentos narrativos ou cenas em tela. Tanto que, quando ela toca durante o jogo, apenas contemplei a plenitude de seu sentido que já havia sido comunicada anteriormente para mim.