bann-treasure_of_the_rudras

Treasure of the Rudras foi um dos últimos RPGs lançados pela Square para o Super Famicom. Como o jogo nunca foi lançado fora do Japão, passou despercebido por muita gente. Nesta série de quatro posts, nosso amigo Thiago “Senil” vai nos apresentar a este interessante jogo da Square, que curiosamente não virou franquia e até hoje foge ao “radar” de muitos amantes do gênero.

— Orakio “O Gagá” Rob

“Na Jade da vida reside o Corpo do Espírito… o Espírito reside no Escolhido que irá purificar o mundo.”

RizaQuando falamos dos personagens de Treasure of the Rudras, invariavelmente falamos também de outros que encontramos pelo caminho. Fazer isso arruinaria boa parte da graça do jogo, e por isso serei sucinto e falarei mais dos personagens principais e do elo que os une.

Como cada um de nós, todos os personagens do jogo têm seus afazeres, suas obrigações, deveres e metas de vida: há quem tenha objetivos mais virtuosos; outros sentem mais prazer naquilo que obtêm; alguns não têm a menor ideia do que fazem, ou por que o fazem. E todos fazem o que fazem porque acreditam estar certos; fazendo isso, influem decididamente na teia do destino. E é claro que isso também vale para os quatro portadores de jade.

Riza foi uma criança abençoada e primeiro prenúncio da exatidão das profecias dos danans sobre o salvamento do mundo: nasceu com uma jade incrustada e visível em sua testa. Viveu uma vida alegre com suas dificuldades costumeiras. Mas por trás de sua doçura e tranquilidade de menina espreitava uma angústia: a responsabilidade que tinha de, a certa altura, sair da comodidade de onde estava e partir para fazer o que achava correto. Ela procurava somente uma coisa: livrar o mundo da sujeira e da destruição causada pelos próprios humanos, que tiveram a oportunidade de habitar Terra Firma quase quatro mil anos atrás. Não por ser seu destino ou qualquer coisa assim, mas simplesmente porque era o que ela queria fazer. Em seu caminho, Riza se depara com humanos solidários, répteis orgulhosos e sereias temerosas.

rudras005rudras006

À esquerda: a escolhida deve conhecer as profecias antigas. À direita: somente Riza pode purificar o mundo.

Sion não queria muito mais do que ser o mais forte do reino de Cyrunne. Mais forte ainda do que seu mentor Taurus, para quem sempre perdia. Cometia deslizes e era descuidado em sua busca pretensiosa, mas não desistia jamais. O que ele mais desejava era provar-se forte não somente às outras pessoas, mas a seu próprio mestre. Não derrotando-o em um combate direto, mas passando pela mesma prova que ele, e somente ele, havia conseguido passar: o teste da Torre dos Valentes. Ele teria que disputar com dois grandes amigos seus (Rostam e Huey) o direito de ir até lá. No entanto, o encontro com o Rudra dos Gigantes não só lhe custou um olho, mas também a perda de seus amigos. Agora, com a jade em seu globo ocular, suas metas se afinam às de outras pessoas. Ele conta com a ajuda do último gigante que se sabe vivo, de um velho danan e de uma destemida humana.

Surlent é discípulo de Solon, um grande sábio que guarda um dos portais que leva ao Mundo Inferior. Preocupado e interessado em saber mais sobre as profecias dos danans e suas consequências, decide estudar sob a tutela do Dr. Muench, que escavou há alguns anos a Lago Stone dos gigantes, e que agora estava envolvido com a dos répteis. E é justamente com essa pedra ancestral que seu encontro e destino com uma jade incrustada ali, onde há a divisa entre o corpo e a alma, há de acontecer. Ele conta com a ajuda de um exímio espadachim, do filho “desalmado” de um inventor e de uma rara e corajosa criança danan.

rudras007rudras008

À esquerda: Riza liberta as borboletas presas na cidade de ar puro, Babel. À direita: o ar é o primeiro ambiente recuperado e que cumpre a primeira das profecias dos danans.

Dune é um ardiloso, ágil e perigoso caçador de tesouros. Seu caminho cruza o de todos os outros portadores. Ao tentar descobrir tesouros no lugar em que uma suposta estátua descansava, adquire um bem precioso que é forçado a aceitar, mesmo contra sua vontade: a jade. Não seria apenas à beira do fim que ele se voltaria ao seu destino como portador de jade uma vez mais: disposto a reunir todos os tesouros profetizados na lenda que fariam o Rudra adquirir um corpo poderoso novamente, une-se aos outros três em sua missão de interromper o Grande Ciclo de uma vez por todas.

Irão estes quatro ser bem sucedidos em sua empreitada?

No próximo post, a música de Treasure of the Rudras. Sexta-feira, no Gagá Games!

Treasure of the Rudras: os personagens
Tags:                 

9 ideias sobre “Treasure of the Rudras: os personagens

  • 28/04/2010 em 10:26 am
    Permalink

    @GLStoque
    Boas as comparações que fez!

    Afinal, ambos os consoles foram praticamente os últimos de suas gerações; tinham que fazer bonito para obter alguma porção considerável do mercado que já era dominado no Japão por outros consoles (Famicom e Mega Drive).

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 28/04/2010 em 7:26 pm
    Permalink

    Que bela escolha você fez, Treasure of the Rudras é um jogo lindo, uma verdadeira pérola esquecida no tempo.

    O sistema de magias é algo bem inteligente e único, foi o que mais me chamou a atenção. Futuramente seria bem legal falar um pouco sobre ele.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 28/04/2010 em 7:40 pm
    Permalink

    @Sir Kao
    Yep. Com certeza é uma pena ele não ser tão falado.

    Dos posts que planejei (quatro ao todo), nenhum deles fala especificamente do sistema de magias (mas faço menção a ele, claro). Não quis ficar entrando em detalhes de prefixos, sufixos e termos básicos para cada elemento porque isso só seria útil para quem está jogando mesmo. Quando joguei pela primeira vez, era divertido ficar tentando descobrir por conta, anotando cada mantra novo descoberto e coisas assim.

    Porém, se houver interesse do povo, eu até poderia fazer um quinto post e falar a respeito disso com minúcia. Talvez faça mais gente se interessar pelo jogo, não é?

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 28/04/2010 em 8:36 pm
    Permalink

    @Cosmão
    huahuahuahauha

    Dessa vez não Cosmão. hehe Não vou mentir que quando pensei em falar desse jogo (lá pelo meio do ano passado hehe), queria emendar um diário dele assim que terminasse o do PSIII. Mas estou cheio de coisas a fazer (por isso fiquei quatro meses sem postar) e estou tentando agora voltar à normalidade de postagens regualres. Uma empreitada dessas não ia ser uma boa para a minha saúde tão cedo. hehehe

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *