O post de ontem sobre Dungeon Siege ficou meio artístico demais, então hoje eu vou fazer algo diferente. Neste post, nós vamos falar só sobre como é a sensação de estraçalhar o Hitler no Wolfenstein 3D. How’s that for a change?

Vocês já sabem que eu ando jogando Wolf 3D. Fiz dois posts aqui, pouquíssima gente leu o primeiro, menos gente ainda leu o segundo, mas este aqui provavelmente vai se o mais pop dos três porque tem o Hitler na chamada. Que bom que existe um consenso entre os seres humanos de que o Hitler era uma praga. Se nós todos não tivéssemos o Hitler para odiar, os jogos iam ter que fazer a gente atirar em pessoas que, de repente, não mereciam o nosso ódio. Já pensou que droga ter que atirar no Gandhi para zerar seu FPS favorito? Ou pior, na Madre Teresa?

Os dois episódios anteriores de Wolf 3D tiveram chefes bacanas. Um deles, inclusive, atirou seringas em mim, uma experiência inédita nos meus mais de 30 anos de videogame. Porém, por mais bacana que o chefe fosse, você sempre fechava o episódio pensando: “E o Hitler, cadê?”. Pronto, o Hitler é o chefe do episódio três.



Adoro os gráficos do Wolf 3D, sem ironia

Vale destacar que no episódio três é que o Wolf 3D mostra a que veio. Se antes a gente enfrentava dois, três inimigos por vez, aqui é comum enfrentarmos o dobro disso (até mais em alguns momentos). E o oficial de branco? Pombas, o cara corre pra caramba. Ao entrar numa área com vários corredores ou portas, você tem que tentar agir o mais rápidamente possível, porque enquanto explora um lado cautelosamente, o oficial pode estar vindo correndo pelo outro e te pegar por trás.


Esses oficiais de branco são rápidos pra caramba e te obrigam a apertar o passo no terceiro episódio

Diante disso, o jogador se vê obrigado a correr e atirar ao mesmo tempo para chegar logo a um canto seguro, com uma parede às suas costas, e dali ir voltando com mais calma e segurança para matar quem sobrou. E como você tem que abater gente enquanto corre, vai ter que usar bem mais as metralhadoras. A pistolinha, coitada, praticamente não tem mais utilidade. Estou jogando no penúltimo nível de dificuldade, imagino que a pauleira seja muito louca no último.

Cruzes, o Hitler flutua e cospe fogo!

Mas vamos ao Hitler. A última fase do episódio, como de costume, é a “fase do chefe”, mas o Hitler “real” não dá as caras imediatamente. Ao abrir a primeira porta, você topa com um tipo de clone dele, só que ele parece meio que uma assombração. Flutua, cospe bolas de fogo e se desmancha depois de levar uns tiros, coisa de louco. E tem uma boa meia dúzia deles pela fase.

Na seção final é que o Führer aparece mesmo, só que ele vem equipado com uma espécie de mecha, bizarrice total. O robozão tem duas metralhadoras assustadoras e pode acabar com você rapidinho. A grande dificuldade é que você tem que afundar o dedo no gatinho da metralhadora e se mexer bastante, mas não pode errar muitos tiros para não ficar sem munição.


Mecha Hitler! Fogo nele!

Depois de muito tiro, a armadura vai pro saco, mas o Hitler é macho pra caramba e continua atirando em você. Descarreguei minha metralhadora nele, e quando eu só tinha umas seis balas sobrando, o maldito gritou “Eva, auf wiedersehen!” e morreu. Morreu, gente, Hitler morreu! E fui eu que matei! Vocês não querem o meu autógrafo?

Detalhe que o jogo não acaba aí não, tem mais uns episódios adicionais que são “prequências” da história. As “nocturnal missions” estão incluídas na versão de Wolf 3D vendida no Steam, mas na época você tinha que comprá-las diretamente da Apogee Software. De acordo com o manual, era só ligar para o telefone 1-800-GAME123. Será que alguém ainda atende se a gente ligar?

Wolfenstein 3D: “Eva, auf wiedersehen!”

9 ideias sobre “Wolfenstein 3D: “Eva, auf wiedersehen!”

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